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Resenha Avaliação Direito Penal Parte Geral

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Data: 27/10/2020
Disciplina: Direito Penal parte Geral
DIREITO PENAL: PARTE GERAL
					 	O Direito Penal busca promover o relacionamento entre integrantes da sociedade de forma equilibrada. Para que o equilíbrio ocorra, são desenvolvidas normas jurídicas que, diferente de mandamentos, não proíbem a execução de delitos, mas sancionam penalidades para suas práticas. O Direito Penal busca proteger os bens jurídicos fundamentais na sociedade.
A sanção não é única. Com a aplicação do Princípio da Individualização da Pena, existem formas diversas e justas, segundo o legislador, para que se aplique a pena correta à ação cometida pelo agente, ação esta que depende de lei anterior para a definir, e pena previamente cominada.
	 	As sanções no Direito Penal são basicamente:
Pena de detenção ou reclusão, medida de segurança e multa.
 	Uma das funções do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos. Bens jurídicos constituem-se em valores materiais ou imateriais objetos de relação de indivíduos e sociedade. Somente os bens jurídicos imprescindíveis à coexistência pacífica da sociedade devem ser defendidos pelo Direito Penal. O cidadão deve ter sua liberdade assegurada e a convicção de que poderá usufruir de uma vida amparada pelos direitos fundamentais, sabendo que caso seu patrimônio material ou imaterial seja violado, será providenciado a justiça. O que se dá noutra função do Direito Penal, a manutenção da paz social. Dever de prestação do Estado, garantidor de segurança, igualdade e harmonia do seu povo.
 	A natureza do Direito Penal pode ser identificada ao estudar a conduta. Tal ação pode ser apreciada sob os aspectos da lesividade do resultado e da reprovabilidade da ação. Vale destacar que, o Direito Penal deve ser o último ramo a ser aplicado ao caso.
 	Por origem, a fonte do Direito deve ser entendida na sua origem primária que é tudo que faz surgir a norma jurídica. As fontes podem ser divididas em materiais (ou de produção, materiais ou substanciais) e formais (ou de cognição ou conhecimento). As formais podem ser imediatas (lei) ou mediatas (costumes, princípios, doutrina, jurisprudência etc).
 	As normas podem se classificar em:
Normas penais classificadoras: descrevem a conduta criminosa e estabelecem sua pena.
Normas penais não incriminadoras: 
	. Permissivas: prescrevem causas de exclusão da ilicitude do fato.
. Exculpantes: prescrevem outras causas de exclusão do crime.
. Explicativas: esclarecem o significado de outras normas.
. Complementares: fornecem princípios ferais para a aplicação do Direito Penal.
 	Dois ou mais sujeitos fazem parte do fato, o sujeito ativo e o passivo. O sujeito ativo é o que comete o delito. O sujeito passivo é o titular do bem jurídico protegido pela lei.
 	O Código Penal brasileiro adota o Conceito Analítico, caracterizado pelo conceito tripartido, onde determina que o fato para ser crime deve ser típico, ilícito e culpável. Nesse conceito o crime é dividido em vários elementos e são analisados como parte de uma estrutura.
 	O fato típico é a ação ou omissão, culposa ou dolosa que que gera um resultado com previsão em lei. É composto pelo nexo de causalidade, conduta, resultado e tipicidade. A ilicitude, ou antijuricidade é quando a conduta do agente contraria a norma jurídica. Culpabilidade é o juízo de reprovação social que recai sobre o indivíduo e o fato que o mesmo produziu.
 	O crime pode ser comum, que é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa; próprio, que somente pode ser cometido por alguém que possua características exigidas pelo legislador; e de mão própria, que não admite coautoria, onde somente um agente com características preestabelecidas pelo legislador pode cometer.
	 	O crime também pode ser de dano, onde ocorre a lesão do bem jurídico; e de perigo, que pode ser dividido em concreto e abstrato. O perigo abstrato denota ameaça de futura e potencial lesão. O perigo concreto é o real, que indica que houve o risco no momento da conduta.
 	O crime também pode ser material, onde possui ação e resultado; formal, onde possui resultado, mas a sua consumação é antecipada na lei; e de mera conduta, em que a lei somente descreve o comportamento do agente.
 	Outras formas de classificação dos crimes são: comissivos e omissivos; instantâneos, permanentes e instantâneos de efeitos permanentes; crimes continuados; crimes principais e acessórios; crimes simples e compostos (ou complexos); crime progressivo; delito putativo; crimes unissubsistentes e plurissubsistentes; crime de atentado; crimes de ação múltipla; crime vago; crime pluri ofensivo; crime com tipo penal fechado e com tipo penal aberto.
 	O art. 4º do Código Penal relata: “considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.” 
O aplicador da lei deve aplicar a norma sabendo a data do crime, a fim de utilizar-se da legislação vigente à época. Caso a lei tenha sido revogada, retroage; se a nova lei for mais gravosa, não retroage, ou seja, aplica-se a irretroatividade da lei penal mais grave. Mas se a nova lei for mais benéfica, a mesma retroagirá para beneficiar o réu.
Conforme dito anteriormente, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem há pena sem prévia cominação legal”, o que concluir que a lei que incrimina deve ser anterior ao fato. A irretroatividade confere segurança jurídica e impede excessos punitivos aos fatos antigos, portanto aplica-se tanto aos novos crimes quanto a agravamentos de pena. Portanto sendo a nova lei mais agressiva, a lei revogada será ultra-ativa aos atos cometidos durante sua vigência. O ordenamento pátrio adota a teoria da atividade, em que considera que o crime é praticado no momento da conduta comissiva ou omissiva.
 	Além do tempo da execução do crime, o local do mesmo também influencia na adoção da norma. A validade da lei penal também se refere ao espaço em que ela pode ser aplicada. O ordenamento pátrio adota a teoria da ubiquidade, onde considera o crime praticado no momento da conduta ou do resultado.
 	A regra para aplicação da lei penal brasileira no espaço é a Territorialidade. Segundo Guilherme de Souza Nucci, a territorialidade é “a aplicação das leis brasileiras aos delitos cometidos dentro do território nacional (art. 5º, caput, CP)”. 
Em algumas situações, “admite-se o interesse do Brasil em punir autores de crimes ocorridos fora do seu território. Extraterritorialidade, portanto, significa a aplicação da lei penal nacional a delitos ocorridos no estrangeiro (art. 7.º, CP)” .
A extraterritorialidade será dividida em 02 (dois) critérios:
Incondicionada: “o interesse punitivo da Justiça brasileira deve ser exercido de qualquer maneira, independentemente de qualquer condição”;
Condicionada: “somente há interesse do Brasil em punir o autor de crime cometido no exterior se preenchidas as condições descritas no art. 7.º, § 2.º, a, b, c, d, e, e § 3.º, do Código Penal”.
Referências
NUCCI, G. S. Manual de direito penal: parte geral, parte especial. Referência 2012. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2012.

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