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Behaviorismo Radical na Prática Clínica

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Resumo TTPC
Texto 1 – Behaviorismo Radical e Prática Clínica
- Teve inicio em laboratórios desde 1930, onde a técnica era empregadas em instituições psiquiátricas, técnicas essas como: manipulação de variáveis independentes (ambientais), que aumentam ou diminuem a frequência dos comportamentos alvos.
- Os eventos privados inicialmente não eram levados a sério.
- 1960/1970 – houve uma extensão de técnicas aos ambientes verbais, como forma de compensar a não atenção dada pelas técnicas de modificação do comportamento à influencia que os sentimentos e os pensamentos poderiam ter na compreensão e no tratamento dos comportamentos humanos.
- O behaviorismo radical surge com Skinner, a partir de uma metodologia cientifica de investigação.
Behaviorismo Radical
 (
- 
Por considerar o Comportamento como seu objeto de estudo e por ter o método cientifica como sua forma de produzir conhecimento
.
- Considera eventos privados como objeto de estudo.
- 
Visão de homem
: relação homem e ambiente.
)
Características:
1. Visão Monista e Materialista
- O homem tem apenas uma natureza material (não há distinção do físico e do metafisico), não há dualismo mente-corpo (os eventos mentais não atuam por si só).
- Tanto o comportamento publico como o evento privado ocorrem na mesma dimensão natural, sendo que os segundos só são acessados pelo indivíduo.
Comportamentos privados: pensar, imaginar, sentir, sorrir, sonha, fantasiar e reciclar.
Inconsciente: como adjetivo, é não estar consciente do seu comportamento, são os comportamentos que não estão claras as variáveis que o determinam.
Implicações: - O organismo não armazena experiências, é modificado por elas.
- Pessoa como unidade biológica que vem interagindo com o ambiente.
- Não há inclusão de construtos hipotéticos mediacionais e metafísicos.
- Nenhum sofrimento ocorre fora do mundo natural.
- As condições biológicas podem as vezes não dar condições, mas não determinam a causa (Exemplo: contingências de extinção geral depressão).
2. O comportamento é determinado
- Nenhum fenômeno ocorre por acaso, mas em decorrência de um ou mais fenômenos anteriores.
- É explicar o presente a partir do passado
- Quem determina é o ambiente, a partir da interação que o organismo humano tem com ele: na história do próprio indivíduo e nas práticas culturais.
- Escolhas e tomadas de decisão não ocorrem ao passado, são determinados por eventos passados, assim como as intenções e as expectativas.
Implicações: - É importante compreender os fenômenos comportamentais relacionados as queixas.
- São efeitos sobre si e sobre os outros, o que vai determinar os juízos de valores.
- Todas as ações, as ideias e os sentimentos são coerentes com o que ele viveu e está vivendo.
- Às vezes o comportamento não é funcional, mas algo o estabeleceu ao longo da história do indivíduo.
3. O comportamento como interação organismo-ambiente
- O comportamento é aquilo que o organismo faz, independentemente de ser público ou privado.
- Os fatores mentais, como pensar, sentir, também são comportamentos.
- Há relações de dependências entre eventos ambientais.
- O comportamento também é uma relação entre eventos naturais.
Comportamento: interação organismo-ambiente
“OS HOMENS AGEM SOBRE O MUNDO, MODIFICAM-NO E POR SUA VEZ SÃO MODIFICADOS PELAS CONSEQUENCIAS DE SUAS AÇÕES”.
Implicações: - O comportamento é um fenômeno histórico que deve ser compreendido em quais condições ocorreu.
- É importante identificar quais variáveis são responsáveis pelo comportamento.
- É uma terapia voltada para ação, pois o sujeito é um indivíduo ativo no seu processo, faz com que as pessoas busquem suas contingências.
- O processo é sempre histórico.
	
4. Visão Contextualista
- Refere-se ao comportamento no contexto, sendo este, conjunto de condições em que o comportamento ocorre.
- Um mesmo estimulo pode ter várias funções, dependendo da relação analisada.
- A compreensão do comportamento só ocorrerá se identificar relações atuais e passadas entre resposta e ambiente.
- As relações são funcionais e não lineares, entre o organismo e o ambiente.
Autoconhecimento: é mais do que identificar características pessoais, é história, efeito e percepção das condições/respostas.
Implicações: O Autoconhecimento é muito mais amplo do que identificar características pessoais.
- Só se compreende através de ver além da ação, ou seja, olhar além da resposta e identificar os antecedentes e as consequências, além da sua história de punições e reforçamento.
- São as contingências que mantém os comportamentos.
- Todo comportamento é mutável e essas mudanças são sempre graduais.
“SOMOS PRISIONEIROS DAS CONSEQUENCIAS”
5. Visão externalista
- O que importa é o que determina o que tem dentro.
- O ambiente é o que determina o comportamento, seja ele privado ou não, ou seja, o que é externo ao comportamento.
- Não se atribui status causal e nem dimensões metafisicas ao que se tem “dentro”.
- Eventos privados podem entrar no controle de comportamentos, mas o que importa é sua origem, sua relação com o organismo e o ambiente.
- O modelo skinneriano é interacionista, com influencias mutuas entre o comportamento e o ambiente.
Implicações: - Busca-se sempre contingências ambientais.
- É fundamental o desenvolvimento da capacidade de identificar as variáveis independentes dos comportamentos clinicamente relevantes, bem como a capacidade de ajudar o cliente a fazer o mesmo. -> explica a aquisição e manutenção dos comportamentos.
6. Visão selecionista
- Cada espécie é resultado de um processo que envolve milhares ou milhões de anos em que mudanças ambientais selecionaram características mais apropriadas para a sua sobrevivência.
- Um evento tem sua probabilidades de ocorrer conforme o evento que ocorre posterior a ele.
- A seleção atua na história do indivíduo e nas práticas CULTURAIS.
- Os comportamentos são selecionados ou não pelas suas consequências.
- Todo comportamento é mantido por contingências de reforçamento.
- Personalidade é produto, não causa.
Autoimagem = regras a respeito de si.
Implicações: - O clinico olha, através do selecionismo, como os comportamentos foram adquiridos e mantidos.
- A atenção é sempre voltada para os processos de seleção comportamental.
- Há mais interesse nas funções do que na forma (topografia), pois pessoas podem apresentar comportamentos semelhantes, mas com funções diferentes.
- O indivíduo se depara com situações que exigem variação de comportamento e isso faz com que um comportamento emitido em uma situação possa não ser apropriado a outra.
- Só há seleção se houver variabilidade entre os membros, pouca variabilidade vai diminuir as probabilidades de existência.
“MUDAR ENVOLVE ENGAJAR-SE EM SITUAÇÕES COM ELEVADO CUSTO DE RESPOSTA E DE GANHOS EM UM PRAZO MUITO LONGO”.
Concepções enganosas sobre a Terapia Comportamental
1. Terapia Superficial
Texto 2 – Classificação diagnóstica: o que a análise do comportamento tem a dizer?
- O diagnóstico é um conjunto de atividades e instrumentos propostos por diferentes teorias psicológicas na tentativa de conhecer o comportamento humano – BASEADO NO MODELO MÉDICO – orienta a compreensão da anormalidade como uma doença.
- Comportamentos “bizarros” são sintomas causados por estruturas psíquicas subjacentes.
- A análise dos comportamentos está ligada aos critérios do DSM e do CID.
- DSM e CID: visa cumprir algumas funções independentes da abordagem pelo profissional: organiza informações, orienta o tratamento, possibilita a comunicação, prove questões legais e de seguro.
 (
Motivos do uso questionável para a AC
)- Tem ênfase na topografia do comportamento (não leva em consideração as diferenças entre as situações e que o comportamento é omitido).
- Faz análise nomotética (não leva em conta o repertorio comportamental, há uma generalização).
- Tem caráter internalista (faz referências a eventos privados na explicação do comportamento).
- Conhecer a psiquiatria ajuda a saber os limites da terapia.
- AC utiliza a funcionalidade (o comportamento se dá por sua função e nãopor traços, por traço sugere-se uma origem interna), a analise ideográfica (leva em conta as situações, aborda relações causais para problemas de comportamento de clientes individuais) e o externalismo (permite o controle do comportamento).
- Quando se identifica as funções de seu comportamento, o indivíduo é capaz de evitar em contato com as situações semelhantes, além de permitir a manipulação das variáveis.
- Duas correntes de analistas do comportamento, uma que defende o uso dos manuais, sendo os argumentos: facilitação da comunicação entre profissionais, possibilidade de que behavioristas radicais tenham impacto nas futuras revisões de sistema como o DSM, possibilidade de ajuda para sugerir relações de controle a serem investigadas; e outra que se opõe ao uso, com os argumentos: as classificações impendem uma análise detalhada de casos individuais, não podem ser avaliados quanto a sua efetividade na orientação do comportamento e o patológico é estático.
- Déficits e excessos descrevem respostas, mas o analista do comportamento trabalha as contingências além das respostas, está por sua vez, não ocorre no vácuo.
- Propõe-se o uso de sistema funcionais orientados por categorias que permitiram a aplicação individual da análise funcional.
Classificação funcional: identificar processos funcionais com implicações claras para o tratamento. Exemplo: a esquiva, e o quanto esta pode se torna patológica, esquiva experiencial (alto custo de emissão).
- Visam identificar a intervenção eficaz a partir do reconhecimento da função do comportamento.
- Também apresenta críticas, como: possibilidade ampla de analises funcionais, generalizações para casos similares com pouca eficácia.
Conclusão:
- A utilização de sistemas classificatórios se mostra desnecessária e inconsistente no behaviorismo radical, visto que os sistemas não possibilitam a previsão e o controle do comportamento, pois não trazem uma explicação do comportamento que favoreça a ação de manipular as contingencias.
- Há muitas coisas culturais que mantém a sobrevivência da espécie, não somente orgânica.
Texto 3 – Avaliação funcional como ferramenta norteadora da prática clínica
Definição: é a identificação das relações de dependência entre as respostas de um organismo, o contexto em que ocorrem (condições antecedentes), seus efeitos no mundo (eventos consequentes) e as operações motivadoras em vigor.
- Determina a intervenção apropriada para modificar as relações comportamentais envolvidas na queixa.
- Tem 4 objetivos:
1. identificar o comportamento-alvo e as condições ambientais que o mantém.
2. Determinar a intervenção apropriada.
3. Monitorar o progresso da intervenção.
4. Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção.
- É dividida em 5 etapas (ocorrem concomitantemente):
1. Identificação das características do cliente em uma hierarquia de importância clínica (informações gerais do cliente).
2. Organização dessas características em princípios comportamentais (organização das informações coletas a partir das leis da AC).
3. Planejamento da intervenção (tem por objetivo modificar as relações comportamentais responsáveis pela queixa).
4. Implementação da intervenção (atuação clínica do planejamento).
5. Avaliação dos resultados (analise dos resultados produzidos pela intervenção).
- O objetivo final de toda avaliação funcional é promover o planejamento de uma intervenção que produza a mudança comportamental desejada.
- Normalmente as queixas são excessos comportamentais, déficits comportamentais ou comportamentos inferentes.
- O profissional deve identificar as regularidades e as irregularidades nas experiências narradas pelo cliente ou vivenciadas na interação terapêutica.
- Deve se utilizar de recursos como observação direta, perguntas, interação terapêutica, e regularidades no discurso do cliente.
- A ênfase da avaliação funcional recai sobre o efeito especifico e momentâneo de variáveis ambientais sobre determinada classe de respostas (ANALISE MOLECULAR).
- O clinico deve ampliar a avaliação funcional englobando outros aspectos que favorecem o planejamento da intervenção, como o histórico de desenvolvimento do problema (levantar informações), a história de vida do cliente não diretamente relacionada a queixa (coleta de dados acerca da história de vida) e analise molar do funcionamento do cliente (avaliação dos impactos do problema no funcionamento do cliente)
- Uma alteração em uma única resposta pode afetar todo o sistema funcional do cliente.
- Não se deve emitir julgamentos de valor e explicações metafisicas aos comportamentos-alvos.
- A intervenção só deve ocorrer quando se souber quais as contingências que são necessárias mudar.
Conceitos
1. Variáveis Dependentes e Independentes
Variável: é qualquer evento que pode variar ou ter seu valor modificado. 
- Têm-se as variáveis dependentes e independentes. Na clínica, essas variáveis se referem a quais os efeitos do comportamento de um indivíduo e o que reforça estes comportamentos, e em quais situações são reforçados.
Variáveis Dependentes: Efeito para o qual procuramos causa. 
- Seriam as respostas.
Variáveis independentes: As causas do comportamento – condições externas das quais o comportamento é função – EVENTOS AMBIENTAIS.
- Seriam os antecedentes e conseqüências (ou seja, elas que controlam/mantém o comportamento).
- São encontradas nas relações entre os comportamentos e o ambiente.
- Explicam a aquisição dos comportamentos, as manutenções e servem de parâmetros para avaliar a motivação da mudança necessária a ser alcançada.
Deve-se procurar colher o máximo possível de informações para que a situação possa ser bem analisada. Onde respondeu, quando respondeu, com quem respondeu, o que respondeu e como respondeu são perguntas que devem sempre ser feitas quando se analisa o Comportamento.
2. Avaliação Funcional
- A avaliação funcional consiste basicamente em identificar as variáveis que motivam o comportamento do cliente, as contingências (estímulo, resposta, conseqüência). 
- É uma ferramenta de avaliação muito importante pois ela é a maneira pela qual o terapeuta irá encontrar a melhor forma de intervir no comportamento do cliente através de 5 etapas: identificação das características do cliente de maneira hierárquica (das mais para “menos” importantes); organizar estas características em princípios comportamentais (identificar nas contingências apresentadas as leis do comportamento); planejar a intervenção que será realizada; implementar a intervenção; avaliar os resultados. Este não é um processo rápido, devendo estas 5 etapas se darem no decorrer da análise.
- A análise funcional possui quatro objetivos: 
1. Identificar o comportamento-alvo e quais condições ambientais o mantém.
2. Determinar qual a melhor intervenção para este comportamento. 
3. Monitorar o progresso dessa intervenção.
4. Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção.
3. FAP (Psicoterapia Analítica Funcional)
- Se baseia no modo como o cliente interage com o terapeuta e como ele desenvolve essa relação semelhante ao modo como se relaciona com as outras pessoas e situações na vida diária. A partir disso temos o conceito dos CRB’s (Comportamento Clinicamente Relevantes)
- O CRB é um processo, que se dá por 3 etapas, sendo estas o CRB1, CRB2, e CRB3.
CRB1: O comportamento-alvo “problema” aparece na sessão com o terapeuta. É o comportamento que queremos levar à extinção.
CRB2: Surge um comportamento “bom” em relação ao comportamento “problema”, uma evolução. A fim de levar o CRB1 à extinção, o terapeuta deve reforçar o CRB2.
CRB3: O CRB3, fim do processo, é a tomada de consciência e compreensão do cliente da contingência que controlava seu comportamento-alvo “problema” (CRB1). Autoconhecimento, por assim dizer.
(Obs.: Consciência: para a AC é saber descrever as variáveis das quais o comportamento é função)
4. Audiência Não Punitiva 
- É o ato do terapeuta não punir o relato verbal do cliente. A terapia é um espaço de acolhimento e compreensão, não deve serum ambiente aversivo para o cliente, pois será pouco reforçador para o mesmo.
- A audiência não punitiva é uma das principais estratégias usadas na clínica pois ela pode gerar um aumento de frequência de determinada resposta, pois não é aversivo ao cliente relatar um determinado comportamento na terapia. Pelo fato do relato deste comportamento não ser tomado como aversivo dentro da clínica, acaba por não ser aversivo fora da clínica, além do indivíduo enriquecer suas respostas de autoconhecimento (CRB3) de forma com que, se fosse punido positiva ou negativamente pelo terapeuta, o cliente emitira os CRB3 por si só, e por conseqüência não o reforçaria a compreender o porquê determinados comportamentos ocorrem daquela maneira.
5. Reforçadores Naturais e Reforçadores Arbitrários
Reforçadores naturais – são aqueles que ampliam uma classe de respostas e consequentemente facilitam a generalização. 
Reforçadores arbitrários – são aqueles especificam uma classe de respostas e dificultam a generalização. 
- A FAP privilegia o uso de reforçadores naturais ao invés dos arbitrários pois o cliente aprende nas sessões a se comportar de maneira “adequada” (muitas aspas aqui) e, com isso, levar para fora da terapia aquilo que foi aprendido, reforçado, generalizado.
- Os arbitrários, por sua vez, beneficiam apenas o terapeuta pois ele que irá especificar qual comportamento será reforçado pelo cliente, dificultando a generalização de uma classe de respostas.
6. Comportamento Governado por Regras
- Ao dizer que um comportamento é governado ou controlado por regras, estamos dizendo que existe um estímulo discriminativo verbal do tipo regra que controla o comportamento de um ouvinte. 
- O comportamento governado por regras seria a tendência das pessoas a seguirem instruções umas das outras.
- O uso de regras como possibilidade de intervenção clínica é pouco indicado pois pode causar dependência de forma que o cliente não apresente condições de autorreflexão ou de elaboração de autorregras. É importante que o cliente elabore suas próprias regras, pois assim haverá tomada de consciência ao invés de meramente seguir instruções do terapeuta.
- Porém, há situações em que o uso de regras seria indicado, mas de maneira cautelosa. Por exemplo: quando o cliente apresenta repertórios muito limitados de observação e descrição de contingências, fazendo com que de maneira alguma haja autorreflexão por parte do mesmo. Neste caso, deve-se fazer com que o cliente compreenda quais as conseqüência prováveis a partir do seguimento da regra ao invés de apenas dizer o que o cliente deve fazer e ficar por isso. 
7. Técnicas de Intervenção
- Por técnicas na Terapia Analítico-Comportamento, entende-se como a sistematização de intervenções com vistas a determinados resultados diante de situações específicas.
(Vale lembrar que todo uso de técnicas é uma intervenção, mas nem toda intervenção é uma técnica).
- As técnicas se dividem entre Intervenções predominantemente sobre comportamento operante (antecedente, resposta e conseqüência) e Intervenções predominantemente sobre comportamento respondente (estímulo ou resposta).
Intervenções predominantemente sobre comportamento operante:
ANTECEDENTE
· Regras e Autorregras
· Autoconhecimento
· Autocontrole
· Time-out
· Fading*
RESPOSTA
· Modelação
· Role-playing
CONSEQUÊNCIA
· Modelagem
· DRO/DRA/DRI
· Extinção e punição
· Economia de fichas
Intervenções predominantemente sobre comportamento respondente:
ESTÍMULO
· Dessensibilização sistemática
· Exposição
RESPOSTA
· Relaxamento de Jacobson
· Treino de respiração
Time-out: Quando se espera que determinado comportamento seja extinto, a melhor forma é retirar a apresentação dos reforços que determinam a repetição deste.
 "Time out" se aproxima da idéia de “dar um tempo”, ou seja: sair da situação aversiva para encontrar novas possibilidades.
Fading: Trata-se de um procedimento em que um comportamento que ocorre em uma situação também passa a ser emitido em outra situação a partir da mudança gradual do estímulo, da primeira para a segunda ocasião . É o nome dado à transferência gradativa do controle de um estímulo para outro, de modo que, ao longo de repetições sucessivas, possa se obter a mesma resposta a partir de um estímulo modificado parcialmente ou mesmo de um estímulo novo. 
Role-playing: O role-play, também chamado de ensaio comportamental, é quando o terapeuta e o cliente interpretam papéis (propostos pelo terapeuta) e em seguida invertem os papéis para observar e consequênciar o desempenho subsequente do cliente. Com o rol-play o terapeuta se aproxima, para a situação imediata, variáveis presentes em contingências fora da sessão e pode manejar direta e imediatamente tais variáveis em vez de se restringir ao relato verbal sobre estas.
DRO/DRA/DRI/: DR é a sigla para Reforçamento Diferencial. 
- Existem 3 formas de reforçamento diferencial: Outras respostas, respostas Alternativas, respostas Incompatíveis.
DRO – Reforçar outra resposta qualquer em relação àquela relatada.
DRA – Outra resposta para a mesma conseqüência
DRI – Uma resposta em que não há possibilidade de ocorrer junto de outra
Economia de fichas: A Economia de Fichas é uma estratégia de intervenção da Análise Aplicada do Comportamento que introduz contingências de reforçamento para resposta(s) considerada(s) adequada(s) pelo terapeuta. Estas contingências de reforçamento geralmente são apresentadas em forma de fichas, pontos ou qualquer outro tipo de estímulo reforçador condicionado que possa sinalizar reforçamento em momento posterior. Assim, estas “fichas” podem ser trocadas por atividades, alimentos, objetos ou outro tipo de estímulo reforçador previamente definido. As fichas também podem ser retiradas caso o organismo emita resposta(s) considerada(s) inadequada(s) pelo terapeuta.
Dessensibilização sistemática: Consiste em colocar o cliente pouco a pouco em contato com um determinado estímulo aversivo relatado por ele de maneira gradual com o intuito de que, ao final do processo, o estímulo não seja mais aversivo.
Exposição: A exposição apresenta o mesmo conceito da Dessensibilização sistemática. A diferença é que neste caso não há esse processo de introduzir o estímulo gradualmente, sendo realizado “de uma vez”, de maneira brusca.

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