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RAMON VALENTE – SEMIOLOGIA – 5º PERÍDO 2020.1 1 SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA SEQUÊNCIA • Estado mental • Nervos cranianos • Sistema motor (trofismo, tônus, força, reflexos) • Coordenação • Sensibilidade • Marcha • Provas meningoradiculares ESTADO MENTAL • Aspectos do paciente na entrevista (comportamento, atitude frente ao examinador, comunicação, impressão emocional). • Consciência (estado de lucidez). • Variações do nível de consciência: alerta, sonolento, confusão, torpor, coma. • Conteúdo da consciência orientação (espaço-tempo), atenção, memória, humor, juízo crítico, conduta, linguagem. NERVOS CRANIANOS I NERVO: OLFATÓRIO LEMBRETE: na análise desse nervo perguntar sobre: História prévia de TCE, tabagismo, infecção recente de via aérea superior, doenças sistêmicas, nutrição, toxinas, medicações e drogas ilícitas SEMIOTÉCNICA 1. Explique o exame ao paciente 2. Manter os olhos fechados 3. O lado supostamente anormal deve ser examinado primeiro 4. Ao ser exposto a uma substância, acusar primeiramente que percebe um cheiro 5. A seguir, nomear o cheiro que identificou, não toque o paciente ou dê pistas sonoras, oclua uma narina, enquanto o paciente realiza inalações repetidas com a outra 6. Testar o olfato com estímulos não irritativos (café, canela, cravo), pois substâncias irritativas podem estimular receptores sensitivos trigeminais, falseando a percepção do nervo em questão. ATENÇÃO PARA O QUE SE BUSCA COM ESSE EXAME: • PRIMEIRO DETECTAR O CHEIRO = CONTINUIDADE DE VIA OLFATÓRIA • INFORME QUAL O ODOR = FUNÇÃO CORTICAL INTACTA ACHADO SIGNIIFICADO ANOSMIA Ausência de cheiro CACOSMIA Percepção de odores como desagradáveis HIPEROSMIA Olfato excessivamente aguçado HIPOSMIA Diminuição do olfato PAROSMIA Perversão do olfato PRESBIOSMIA Redução do olfato por envelhecimento II NERVO: ÓPTICO LEMBRAR: perguntar na anamnese se o paciente se queixa de alguma alteração: • Alguma alteração na • Qualidade da visão? • Alteração para visão de cores? • Presença de manchas? • Percebe alguma parte da imagem borrada? 1º PASSO: VERIFICAR A ACUIDADE VISUAL • Cartão de Snellen, fixado a 6 metros • Cartão de Rosenbaum, a 35 cm O ideal é que o paciente enxergue até a 8ª fileira, ou seja, 20/20. INTERPRETAÇÃO: paciente possui acuidade visual de: (com ou sem lentes corretoras, caso use) ex.: 20/100 (significa que ele enxerga a 20 pés, o que era para ser visto a 100 pés). No caso de o paciente não conseguir ler o cartão a acuidade deve ser aferida por meio do “contar dedos”. Contar de dos a 3, 2 , 1 metros de distância Movimento de mãos ou visão para vultos Percepção luminosa 2 INTERPRETAÇÃO • PACIENTE POSSUI ACUIDADE VISUAL: • EX.:CONTA DEDOS A 3 METROS COM OLHO ESQ. OU • EX.:TEM PERCEPÇÃO DE VULTOS COM OLHO DIREITO OU • EX.:TEM PERCEPÇÃO LUMINOSA COM OLHO DIR. OU • AMAUROSE (NEUROLÓGICA) • CEGUEIRA (OFTALMOLÓGICA) 2º PASSO: VISÃO PARA CORES 3º PASSO: CAMPO VISUAL • Teste da confrontação • Avaliação do campo visual pelo piscamento a ameaça (caso o paciente não seja colaborativo). As fibras que vêm da retina temporal não cruzam, elas seguem do mesmo lado de onde tiveram sua origem. 4º PASSO: FUNDOSCOPIA Descrever um fundo de olho normal: A retina é regular, sem manchas, sem alterações, identificar a mácula (um tipo de borramento). O nervo óptico é uma região de disco, uma região mais clara para onde convergem os vasos. Deve-se observar também se os vasos estão preservados, se existem sangramentos, se os vasos são tortuosos. Lembrando que as veias são mais grossas e as artérias mais finas. O disco óptico tem uma coloração amarelo-rósea; o bordo nasal é ligeiramente menos nítido, tendo em vista que é o local em que há mais junção de estruturas, em contrapartida o bordo temporal é mais bem delimitado. Anormal: Em caso de papiledema inicial observa-se ingurgitamento dos vasos, bem como a própria cabeça do nervo óptico que se torna mais avermelhada. No papiledema avançado perde-se totalmente a precisão do nervo óptico, nota-se apenas um borramento avermelhado. Caso haja progressão ou dano significativo em virtude de um papiledema ocorre o que se chama de amaurose e na inspeção do fundo de olho encontra- se a “papila pálida” ou “atrófica”. III, IV E VI NERVOS: OCULOMOTORES SEMIOTÉCNICA 1. Levantar as pálpebras do paciente 2. Solicitar que o paciente siga o dedo do examinador 3. Analisar a MOV em 6 direções: laterais, longitudinais e transversais. MOTRICIDADE OCULAR EXTRÍNSECA 3 PARALISIA DO 3º NERVO: Paciente com ptose palpebral e com olhar desviado para lateral. Por quê? Porque o terceiro nervo é responsável por inervar os músculos reto medial, superior e inferior; tendo em vista sua paralisia esses músculos ficam “sem comando” perdendo seu tônus natural. Contudo, o 6º nervo – que, neste caso, não está paralisado - é responsável por inervar o músculo reto lateral, “puxando” o olho do paciente para lateral. Ainda é possível comentar sobre o termo “terceiro completo”. Diz-se “completo” quando há dilatação pupilar (midríase), porque o terceiro nervo também é responsável por inervação das fibras parassimpáticas promotoras da miose e midríase. PARALISIA DO 4º NERVO: O paciente apresenta perda do olhar conjugado quando é solicitado que ele dirija o olhar para a região direita, por exemplo, o paciente apresenta um desvio para cima. Isso ocorre porque o nervo troclear inerva apenas o músculo oblíquo superior, que é responsável por conduzir o olhar “para o meio e para baixo” (isso mesmo, não está errado não!). Dessa forma, se o músculo que era responsável por “puxar” o olho para o meio e para baixo está “sem força” o músculo que é responsável por puxar o olho para o meio de para cima (oblíquo inferior) age sem um antagonista, responsável por uma contraposição vetorial, acabando por agir em excesso, causando ligeiro arrastamento desse olho para cima. MOTRICIDADE OCULAR INTRÍNSECA V NERVO: TRIGÊMEO • Fibra grossa: sensitiva • Fibra fina: motora SEMIÓTICA SENSITIVA ATENÇÃO: ângulo da mandíbula é território de C2. • Tátil (com algodão) • Térmica (tubos de ensaio com água fria/quente; pode fazer com metais) • Dolorosa (palito de dente, alfinete) Achados: normal; hipoestesia; hiperestesia; anestesia SEMIÓTICA MOTORA O V nervo é responsável pela inervação dos músculos temporais e massetéricos. 1. Trofismo: normal, atrofiado, hipotrofiado. Inpecionar, apenas, como o músculo parece estar. 2. Tônus: normal ou hipotonia. Espamando a mão dobre a regiões temporais solicita-se que o paciente faça o movimento de mastigar, daí analisa-se o tônus. 3. Força: normal, paresia, plegia. Havendo a lesão, deslocamento da mandíbula vai se dar para o lado lesado em virtude da fraqueza do músculo pterigoideo. 4. Reflexos: a. Oromandibular (aferência) b. Mandibular ou mentoniano (aferência e eferência) c. Mucoso (córneo-palpebral): aferência, isto é, a sensação é sentida por V1 e, pela integração com ponte, a eferência (piscamento) VII nervo VII NERVO: FACIAL É um nervo de função mista: 70% de suas fibras são motoras, dirigidas para os músculos da expressão facial; 30% é responsável por parte sensorial: 2/3 anteriores da língua. Apresenta três segmentos: • Supranuclear (córtex ao núcleo tronco); • Nuclear; • Infranuclear. 4 SINAIS PATOLÓGICOS SINAL DOS CÍLIOS: em condições normais, quando aperta bem os olhos não mostra os cílios, quando o paciente aperta bem os olhos, mas os cílios continuam à mostra tem-se esse sinal. O lado parético não tem força, obviamente, e deixa os cílios aparecerem. LAGOFTALMO: é a função que as pálpebras têm de se encostar. SINAL DE BELL: é um composto de observar o não encostamento das pálpebras (lagoftalmo), acompanhado de deslocamento do globo ocularpara cima e para o lado. SINAL DE NEGRO: quando se pede para paciente olhar para cima e um dos olhos “sobe” mais que o outro. APAGAMENTO DA PREGA NASOLABIAL OU SULCO NASOGENIANO: vê-se o sulco menos marcado no lado da paralisia. DISARTRIA: B -P -M -V: letras em que se usa muito o movimento labial para produção do seu som. EPÍFORA: lacrimejamento constante. DISGEUSIA –HIPOGEUSIA –AGEUSIA: distúrbios da gustação (o VII inerva 2/3 anteriores da língua) SINAL DE BERGARA-WARTEMBERG: quando a sensação vibratória quando se pede para o paciente fechar os olhos com força é percebida de maneira diferente. SINAL DO FUMADOR DE CACHIMBO: usado para pacientes que não entendem, não colaboram; analisa-se indiretamente a integridade do VII nervo: pela lacidez da bochecha, fraqueza perilabial o ar “escapa”. “O paciente cachimba”. MANOBRA DE CHARLES FOIX: o examinador faz uma prensa na região da articulação temporomandibular, a fim de que o paciente, por dor, contraia a face, dai observa-se se há simetria na contração. REFLEXOS PROFUNDOS: a) NASO PALPABRAL - GLABELAR (7 sensitivo - PONTE – 7 motor): percute-se entre as sobrancelhas e espera-se o piscar dos olhos. b) ORORBICULAR (5 – PONTE – 7 motor): percussão acima do lábio superior e a resposta esperada a “tentativa” de fazer um bico. Esses são os reflexos que analisam integridade de integração do 7º nervo com os demais. COMO DIFERENCIAR A PARALISIA CENTRAL DA PERIFÉRICA? • Periférica: acomete toda hemiface da lesão. • Central: o território superior da fronte é poupado, acometendo os 2/3 inferiores da face. A inervação da porção superior da face vem tanto do córtex esquerdo como direito. Para que ocorra paralisia facial periférica, a lesão pode ocorrer tanto no núcleo como na região infranuclear, tendo em vista que nessa topografia existem tanto fibras cruzadas como fibras homolaterais, acometendo toda a hemiface (tanto terço superior como inferior). Em contrapartida, se a lesão for no córtex, além de contralateral ao déficit (lembrar que estamos acima da decussassão das pirâmides), ela vai acometer apenas os 2/3 inferiores, já que o terço superior recebe inervação dos dois córtices: enquanto um dos córtices é acometido o outro “dá conta” de inervar o terço superior da face. VIII NERVO: VESTÍBULO-COCLEAR FUNÇÕES: 1. PARTE COCLEAR = AUDIÇÃO 2. PARTE VESTIBULAR = EQUILÍBRIO, COORDENAÇÃO E ORIENTAÇÃO ESPACIAL PARTE COCLEAR • Verificar a membrana timpânica (edema ou hipersensibilidade da mastóide) • Questionar se existe tinitus, hipoacusia • Teste monoauricular esfregaço dos dedos comparativo; diapasão • Teste weber diapasão vértice cabeça: o Normal não lateralizar. o Distúrbio de condução: desvia para lado hipoacusia • Teste de Rinne - condução óssea/condução aérea o 2x +/-: rinne positivo o CO > CA: rinne negativo = distúrbio condução (orelha, membrana timpânica) o CA > CO: todas estarão reduzidas = neurosensorial • Audiometria 5 PARTE VESTIBULAR • Labirinto = sáculo, utrículo e 3 canais semicirculares; • Orientação tridimensional no espaço, manutenção do equilíbrio; • Nervo vestibular ângulo pontocerebelar sulco bulbopontino. ANAMNESE • Queixa de tontura: cair, rodar, inclinar, cabeça lesa, zonzo, flutuação, instabilidade • Acompanham sintomas neurovegetativos: náusea, vômitos, sudorese, palidez, taquicardia, diarreia • Zumbidos • Vertigem: é uma falsa sensação de movimento gerada por desordens do sistema vestibular, a. Vertigem objetiva sensação de que meio ambiente gira em volta dele lesão no sistema vestibular periférico b. Vertigem subjetiva sensação sentida pelo paciente de que ele está girando pode ser lesão no sistema vestibular central Prova dos índices: lesões do sistema vestibular: desvio ambos os índices para o lado da lesão deficitária; lesões de um hemisfério cerebelar: o paciente tende a desviar um dos índices para o lado afetado; Prova de Romberg: em posição de sentido com os pés juntos, com os olhos abertos e em seguida, para sensibilizar, fecham- se os olhos. Nas lesões vestibulares unilaterais o paciente afasta os calcanhares, tendendo a cair para o lado do ouvido afetado. Motricidade ocular extrínseca: pesquisa de nistagmos. IX NERVO: GLOSSOFARÍNGEO • Emerge do bulbo pelo sulco lateral posterior filamentos radiculares • Emerge do crânio pelo forame jugular, seguindo trajeto descendente entre a carótida e jugular → musculo estilofaringeo, anterioriza-se até a raiz da língua, faringe, tonsilas e 1/3 posterior da língua • Funções motora, sensitiva e sensorial (gustativas) 1/3 posterior da língua X NERVO: VAGO • Emerge do bulbo sulco lateral posterior na forma de filamentos radiculares • Emerge do crânio pelo forame jugular • Percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome • Os núcleos do x nervo são os mesmos do ix nervo com funções em comum SEMIOLOGIA DA DISFUNÇÃO IX E X NERVOS • Assimetria de véu palatino; • Reflexo nauseoso (9º – bulbo - 10º); • Alteração ou perda do paladar (ageusia): 1/3 post. Da língua; • Sinal da cortina de Vernet: repuxamento para o lado sadio; • Voz nasalada (lesão do IX); • Rouquidão (lesão do X); • Anestesia da base da língua e faringe; • Disfagia; 6 XI NERVO (ESPINHAL): ACESSÓRIO 1. RAÍZES CRANIANAS NERVO ACESSORIO Núcleo ambíguo núcleo motor do 9º e 10º. Raízes cranianas se separam das raízes espinhais no forame jugular e se unem ao vago, portanto, a raiz craniana já foi analisada no exame dos IX e X nervo. 2. RAÍZES ESPINHAIS DO NERVO ACESSÓRIO Origina-se da parte ventrolateral corno anterior de C2 a C5 ou C6. As radículas saem medula unem se as radículas dos segmentos superiores formam tronco comum entram pelo forame magno unem se as raízes cranianas forame jugular depois raízes cranianas e espinhais se separam craniana une se ao vago raiz espinhal desce para esternocleidomastoideo (EMCT) trapézios (+fibras eferentes somáticas C2 a C4 puramente motor. SEMIOLOGIA DO XI NERVO • Avaliação ECMT e trapézio (trofismo, tônus, força) • Atrofia unilateral esternocleidomastoideo (ecmt) = dificuldade para rodar a cabeça contralateral • Atrofia bilateral de ecmt = fraqueza na flexao anterior da cabeça • Atrofia unilateral de trapézio = ombro deprimido com escápula alada • Atrofia bilateral de trapézio = síndrome da cabeça caída XII NERVO – HIPOGLOSSO • Nervo eferente motor emerge do bulbo, próximo linha média • Participa de reflexos da deglutição, mastigação, sucção • Sai do crânio canal hipoglosso = genioglosso , estiloglosso , hioglosso. SISTEMA MOTOR TROFISMO Avalia-se a pele, os ossos e músculos: se a pele é escuredida, se há descamação, se há presença de úlceras, se há dedo em martelo, se há pé equino (com “aumento” do dorso). Fâneros e pelos: aspecto das unhas (quebradiças), rerefação de pelos. Os músculos também fazem parte dessa análise: atrofia, hipotrofia, hipertrofia, pseudo-hipertrofia. 7 Tudo isso serve para indicar se há prejuízo nos nervos periféricos. TÔNUS (PESQUISA) Manobras passivas movimentar todos segmentos observando amplitude dos movimentos articulares (extensão, adução, abdução, rotação), primeiro movimentação de modo lento e depois de modo rápido Rolar passivo dos MMII, balanço dos braços extensibilidade. Verificar se o braço encosta no ombro, ou se o calcanhar encosta no glúteo. Tônus é a resistência que os músculos e articulações impõem ao movimento. HIPOTONIA • Síndrome piramidal fase de choque (1 mês) • Síndrome extrapiramidal hipotônico hipercinético (Coreia) • Síndrome cerebelar • Síndrome neurônio motor inferior (corno anterior da medula, raiz, plexo, nervo, músculo) HIPERTONIA • Elástica ou espástica ou sinal do canivete (síndrome piramidal liberação) • Plástica ou em roda denteada (síndrome extrapiramidal hipertônico hipocinético)FORÇA PROVAS DE FORÇA 1. Provas de força global a. Prova dos braços estendidos (palmas para cima): de olhos fechados e espera-se 1 min.) A modalidade da escola francesa orienta feitura com as palmas viradas para baixo; a americana indica fazer com as palpas para cima. A modalidade francesa é mais acurada, tendo em vista que as palmas para cima podem ajudar a identificar sinais sutis de síndromes extrapiramidais. 2. Mingazzini 3. Barré Essas provas acima são destinas a pacientes conscientes, colaborativos, mas pacientes com demência grave ou acamados, ou que não compreendem comandos deve-se usar estas: 4. Raimiste: braços a 90º e observar se há desnivelamento de algum dos membros. 5. Prova da queda do membro inferior em abdução: juntar as pernas (encostar os joelhos) e soltar → deve- se observar se há queda de algum dos membros, revelando déficit dimiado. PROVAS DE FORÇA SEGMENTAR REFLEXOS PROFUNDOS (MIOTÁTICOS) 1. REFLEXO ESTILO-RADIAL: percutir na apófise estiloide e verificar se há reflexo. C5- C6 2. REFLEXO BICIPITAL (A): repousar o braço do paciente e percutir o martelo em cima do dedo que estará em cima do tendão. É esperada uma flexão do membro superior. C5-C6 3. REFLEXO TRICIPAL (B): percutir na região abaixo do cotovelo. É esperada uma extensão do braço. C6-C7C- 8 4. REFLEXO PATELAR (C):percutir entre a patela e a crista da tíbia (no coxim fofo). É esperada uma extensão. L2-L3-L4. 5. REFLEXO AQUILEU (D): colocar a mão na planta do pé do paciente e elevá-lo levemente, percutir do tendão de Aquiles e esperar uma extensão do pé. L5-S1. Os reflexos podem ser representados por números (classificação) ou descritos com as nomenclaturas: abolido, hipoativo, normoativo, hiperativo, exaltado. 8 ATENÇÃO: os reflexos podem estar abolidos por conta de problemas no nervos periféricos (plexos, corno anterior, raízes nervosas), mas pode ser em virtude da fase de choque do sistema piramidal. CLÔNUS Clonus (da palavra Grega para "movimento confuso, violento") é uma série de contrações musculares involuntárias devido a um estiramento súbito do músculo. O clonus é um sinal de algumas condições neurológicas. Associa-se com espasticidade e reflexos tendinosos aumentados em doenças que afetam o trato corticospinal. É mais facilmente demonstrado pela dorsiflexão forçada do tornozelo; que revela uma série de movimentos rítmicas de pequena a moderada amplitude. Clonus de mão, de patela, de pé. Problemas piramidais graves que dão origem aos clonus. Além de exaltamento dos reflexos, há o clonus. REFLEXOS SUPERFICIAIS RREFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR: espera-se de resposta: (1) flexão do pé (normal); (2) resposta indiferente; (3) Sinal de Babinski (extensão do hálux, ou extensão em leque). A manobra deve ser feita de maneira leve (superficial de fato), com a unha (evitar uso de objetos porque podem falsear o exame com estímulos de retirada), durando de 4 – 5 segundos. SEMIOLOGIA CEREBELAR PROVA ÍNDICE-NARIZ Fazer de olhos abertos, depois fechados. Colocar o dedo indicador na ponta do nariz e abrir o braço. Observar se o paciente atinge o alvo e o padrão de movimento até chegar ao nariz. Respostas podem ser: 1. Normal: acerta o alvo e faz movimentação simétrica. 2. Decomposição do movimento: distorção do movimento até chegar no alvo. 3. Dismetria: passa do alvo, ou tenta acertar o alvo antes. PROVA INDEX-INDEX O paciente tenta colocar seu dedo no seu nariz e em seguida no dedo do examinador. Explicar que haverá mudança na posição do dedo e ele deve acompanhar. Observar a execução dos movimentos. CALCANHAR JOELHO Também de olhos aberto e depois fechados. Com o paciente deitado solicitar que ele ponha o calcanhar no joelho. Para sensibilizar o exame, pede-se que o paciente coloque o calcanhar no joelho e arrasta o calcanhar até o pé pela tíbia. Isso serve para identificar pequenos déficits, serve para encontrar pequenas decomposições de movimento. DIADOCOCINESIA Capacidade de realizar movimentos rápidos e alternados. Bater nas coxas; bater nas próprias mãos. Em casos de cerebelopatia em algum momento o paciente começa a se perder durante as batidas. PROVA DO RECHAÇO OU STWART HOLMES Faz a flexão do braço do paciente, faz proteção da cabeça do paciente, depois solta e ver se o paciente tem capacidade de coordenar o “freio” dos agonistas e antagonistas, impedido que o paciente bata em si mesmo. PROVAS AXIAIS Avaliar como o indivíduo se comporta quanto ao seu eixo axial. • Ataxia tronco: nem sentado não consegue controlar o tronco. • Alargamento de base: ainda não chega a ser uma ataxia de tronco, mas já sente a necessidade, para se equilibrar, de manter uma base muito aberta. • Astasia: não consegue ficar em pé. • Abasia: quando o paciente anda com a base muito alargada. SENSIBILIDADE SUPERFICIAL Segunda parte das longas vias. Dermátomos são as áreas representativas dos segmentos das raízes nervosas que saem da coluna cervical. https://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_muscular 9 • Mamilo: T4 • Rebordo costal: T6 • Umbigo: T10 • Crista ilíaca: T12 ESTÍMULOS: • TÁTIL: testar com chumaço de algodão. • TÉRMICO: tubos de ensaio quente e frio. • DOLOROSOS: palitos de madeira. RESPOSTAS ESPERADAS: OBSERVAÇÃO: grafoestesia e estereognosia avaliam também sensibilidade cortical. PROFUNDA Sensibilidade vibratória (palestesia): usar diapasão e colocar em apófises ósseas. Orientar o paciente que quando parar de vibrar ele avise e como o examinador está segundo na haste única ele vai saber quando de fato o diapasão vai parar de vibrar. Começar a testar de distal para proximal, exemplo: hálux-maléolo-joelhos... Propriocepção (batiestesia): sensibilidade cinético-postural. Movimentar o hálux para cima e para baixo parando em uma posição aleatória e pede para o paciente identificar qual é. MARCHA • Espástica, ceifante ou tesoura • Parkinsoniana: passos curtos, festinação (hipertônico e hipocinético) • Hipercinética, coreica • Atáxica, ebriosa: envolve sistema cerebelar, paciente anda com base alargada ou desequilibrando • Talonante, tabética: perda da propriocepção, isto é, acomete os cordões posteriores (funículo posterior); é um indivíduo que alarga a base de sustentação, precisa olhar para o chão; pela perda da propriocepção levanta muito os MMII; coloca primeiro os calcanhares no solo. Muito encontrado na neurosífilis(Tabes Dorsalis). • Saudatória (radiculopatia), perética: paciente com hérnia de disco. Ele adota essa posição na tentativa de não esticar a raiz dorsal acometida. • Escarvante: marcha de acometimento de nervos periféricos. Comum nas neuropatias. • Miopática, anserina: DMD, DMB. SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA • Rigidez de nuca • Dor lombar • Sinal de Kerning • Sinal de Brudzinski • Sinal de Laségue
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