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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA2

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RAMON VALENTE – SEMIOLOGIA – 5º PERÍDO 2020.1 
1 
SEMIOLOGIA 
NEUROLÓGICA 
SEQUÊNCIA 
• Estado mental 
• Nervos cranianos 
• Sistema motor (trofismo, tônus, força, reflexos) 
• Coordenação 
• Sensibilidade 
• Marcha 
• Provas meningoradiculares 
ESTADO MENTAL 
• Aspectos do paciente na entrevista (comportamento, 
atitude frente ao examinador, comunicação, 
impressão emocional). 
• Consciência (estado de lucidez). 
• Variações do nível de consciência: alerta, sonolento, 
confusão, torpor, coma. 
• Conteúdo da consciência orientação (espaço-tempo), 
atenção, memória, humor, juízo crítico, conduta, 
linguagem. 
NERVOS CRANIANOS 
 
I NERVO: OLFATÓRIO 
LEMBRETE: na análise desse nervo perguntar sobre: História 
prévia de TCE, tabagismo, infecção recente de via aérea 
superior, doenças sistêmicas, nutrição, toxinas, medicações e 
drogas ilícitas 
SEMIOTÉCNICA 
1. Explique o exame ao paciente 
2. Manter os olhos fechados 
3. O lado supostamente anormal deve ser examinado 
primeiro 
4. Ao ser exposto a uma substância, acusar 
primeiramente que percebe um cheiro 
5. A seguir, nomear o cheiro que identificou, não toque 
o paciente ou dê pistas sonoras, oclua uma narina, 
enquanto o paciente realiza inalações repetidas com a 
outra 
6. Testar o olfato com estímulos não irritativos (café, 
canela, cravo), pois substâncias irritativas podem 
estimular receptores sensitivos trigeminais, falseando 
a percepção do nervo em questão. 
ATENÇÃO PARA O QUE SE BUSCA COM ESSE EXAME: 
• PRIMEIRO DETECTAR O CHEIRO = CONTINUIDADE DE VIA 
OLFATÓRIA 
• INFORME QUAL O ODOR = FUNÇÃO CORTICAL INTACTA 
ACHADO SIGNIIFICADO 
ANOSMIA Ausência de cheiro 
CACOSMIA 
Percepção de odores como 
desagradáveis 
HIPEROSMIA Olfato excessivamente aguçado 
HIPOSMIA Diminuição do olfato 
PAROSMIA Perversão do olfato 
PRESBIOSMIA 
Redução do olfato por 
envelhecimento 
 
II NERVO: ÓPTICO 
LEMBRAR: perguntar na anamnese se o paciente se queixa de 
alguma alteração: 
• Alguma alteração na 
• Qualidade da visão? 
• Alteração para visão de cores? 
• Presença de manchas? 
• Percebe alguma parte da imagem borrada? 
1º PASSO: VERIFICAR A ACUIDADE VISUAL 
 
• Cartão de Snellen, fixado a 6 metros 
• Cartão de Rosenbaum, a 35 cm 
O ideal é que o paciente enxergue até a 8ª fileira, ou seja, 
20/20. INTERPRETAÇÃO: paciente possui acuidade visual de: 
(com ou sem lentes corretoras, caso use) ex.: 20/100 (significa 
que ele enxerga a 20 pés, o que era para ser visto a 100 pés). 
No caso de o paciente não conseguir ler o cartão a acuidade 
deve ser aferida por meio do “contar dedos”. 
 
Contar de dos a 
3, 2 , 1 metros 
de distância
Movimento de 
mãos ou visão 
para vultos
Percepção 
luminosa
2 
INTERPRETAÇÃO 
• PACIENTE POSSUI ACUIDADE VISUAL: 
• EX.:CONTA DEDOS A 3 METROS COM OLHO ESQ. 
OU 
• EX.:TEM PERCEPÇÃO DE VULTOS COM OLHO DIREITO 
OU 
• EX.:TEM PERCEPÇÃO LUMINOSA COM OLHO DIR. 
OU 
• AMAUROSE (NEUROLÓGICA) 
• CEGUEIRA (OFTALMOLÓGICA) 
2º PASSO: VISÃO PARA CORES 
 
3º PASSO: CAMPO VISUAL 
• Teste da confrontação 
• Avaliação do campo visual pelo piscamento a ameaça 
(caso o paciente não seja colaborativo). 
As fibras que vêm da retina temporal não cruzam, elas seguem 
do mesmo lado de onde tiveram sua origem. 
 
 
4º PASSO: FUNDOSCOPIA 
Descrever um fundo de olho normal: 
A retina é regular, sem manchas, sem alterações, identificar a 
mácula (um tipo de borramento). O nervo óptico é uma região 
de disco, uma região mais clara para onde convergem os vasos. 
Deve-se observar também se os vasos estão preservados, se 
existem sangramentos, se os vasos são tortuosos. Lembrando 
que as veias são mais grossas e as artérias mais finas. O disco 
óptico tem uma coloração amarelo-rósea; o bordo nasal é 
ligeiramente menos nítido, tendo em vista que é o local em que 
há mais junção de estruturas, em contrapartida o bordo 
temporal é mais bem delimitado. 
 
Anormal: 
Em caso de papiledema inicial observa-se ingurgitamento dos 
vasos, bem como a própria cabeça do nervo óptico que se torna 
mais avermelhada. No papiledema avançado perde-se 
totalmente a precisão do nervo óptico, nota-se apenas um 
borramento avermelhado. Caso haja progressão ou dano 
significativo em virtude de um papiledema ocorre o que se 
chama de amaurose e na inspeção do fundo de olho encontra-
se a “papila pálida” ou “atrófica”. 
 
III, IV E VI NERVOS: OCULOMOTORES 
SEMIOTÉCNICA 
1. Levantar as pálpebras do paciente 
2. Solicitar que o paciente siga o dedo do examinador 
3. Analisar a MOV em 6 direções: laterais, longitudinais e 
transversais. 
MOTRICIDADE OCULAR EXTRÍNSECA 
 
3 
 
 
PARALISIA DO 3º NERVO: 
Paciente com ptose palpebral e com olhar desviado para 
lateral. Por quê? Porque o terceiro nervo é responsável por 
inervar os músculos reto medial, superior e inferior; tendo em 
vista sua paralisia esses músculos ficam “sem comando” 
perdendo seu tônus natural. Contudo, o 6º nervo – que, neste 
caso, não está paralisado - é responsável por inervar o músculo 
reto lateral, “puxando” o olho do paciente para lateral. 
Ainda é possível comentar sobre o termo “terceiro completo”. 
Diz-se “completo” quando há dilatação pupilar (midríase), 
porque o terceiro nervo também é responsável por inervação 
das fibras parassimpáticas promotoras da miose e midríase. 
PARALISIA DO 4º NERVO: 
O paciente apresenta perda do olhar conjugado quando é 
solicitado que ele dirija o olhar para a região direita, por 
exemplo, o paciente apresenta um desvio para cima. Isso 
ocorre porque o nervo troclear inerva apenas o músculo oblíquo 
superior, que é responsável por conduzir o olhar “para o meio 
e para baixo” (isso mesmo, não está errado não!). 
Dessa forma, se o músculo que era responsável por “puxar” o 
olho para o meio e para baixo está “sem força” o músculo que 
é responsável por puxar o olho para o meio de para cima 
(oblíquo inferior) age sem um antagonista, responsável por uma 
contraposição vetorial, acabando por agir em excesso, 
causando ligeiro arrastamento desse olho para cima. 
MOTRICIDADE OCULAR INTRÍNSECA 
 
V NERVO: TRIGÊMEO 
• Fibra grossa: sensitiva 
• Fibra fina: motora 
SEMIÓTICA SENSITIVA 
 
 
ATENÇÃO: ângulo da mandíbula é território de C2. 
• Tátil (com algodão) 
• Térmica (tubos de ensaio com água fria/quente; pode 
fazer com metais) 
• Dolorosa (palito de dente, alfinete) 
Achados: normal; hipoestesia; hiperestesia; anestesia 
SEMIÓTICA MOTORA 
O V nervo é responsável pela inervação dos músculos temporais 
e massetéricos. 
1. Trofismo: normal, atrofiado, hipotrofiado. Inpecionar, 
apenas, como o músculo parece estar. 
2. Tônus: normal ou hipotonia. Espamando a mão dobre 
a regiões temporais solicita-se que o paciente faça o 
movimento de mastigar, daí analisa-se o tônus. 
3. Força: normal, paresia, plegia. Havendo a lesão, 
deslocamento da mandíbula vai se dar para o lado 
lesado em virtude da fraqueza do músculo 
pterigoideo. 
4. Reflexos: 
a. Oromandibular (aferência) 
b. Mandibular ou mentoniano (aferência e 
eferência) 
c. Mucoso (córneo-palpebral): aferência, isto é, 
a sensação é sentida por V1 e, pela 
integração com ponte, a eferência 
(piscamento) VII nervo 
 
 
VII NERVO: FACIAL 
É um nervo de função mista: 70% de suas fibras são motoras, 
dirigidas para os músculos da expressão facial; 30% é 
responsável por parte sensorial: 2/3 anteriores da língua. 
Apresenta três segmentos: 
• Supranuclear (córtex ao núcleo tronco); 
• Nuclear; 
• Infranuclear. 
4 
 
SINAIS PATOLÓGICOS 
SINAL DOS CÍLIOS: em condições normais, quando aperta bem 
os olhos não mostra os cílios, quando o paciente aperta bem os 
olhos, mas os cílios continuam à mostra tem-se esse sinal. O 
lado parético não tem força, obviamente, e deixa os cílios 
aparecerem. 
 
LAGOFTALMO: é a função que as pálpebras têm de se encostar. 
SINAL DE BELL: é um composto de observar o não encostamento 
das pálpebras (lagoftalmo), acompanhado de deslocamento do 
globo ocularpara cima e para o lado. 
SINAL DE NEGRO: quando se pede para paciente olhar para cima 
e um dos olhos “sobe” mais que o outro. 
APAGAMENTO DA PREGA NASOLABIAL OU SULCO NASOGENIANO: 
vê-se o sulco menos marcado no lado da paralisia. 
DISARTRIA: B -P -M -V: letras em que se usa muito o movimento 
labial para produção do seu som. 
EPÍFORA: lacrimejamento constante. 
DISGEUSIA –HIPOGEUSIA –AGEUSIA: distúrbios da gustação (o VII 
inerva 2/3 anteriores da língua) 
SINAL DE BERGARA-WARTEMBERG: quando a sensação vibratória 
quando se pede para o paciente fechar os olhos com força é 
percebida de maneira diferente. 
SINAL DO FUMADOR DE CACHIMBO: usado para pacientes que 
não entendem, não colaboram; analisa-se indiretamente a 
integridade do VII nervo: pela lacidez da bochecha, fraqueza 
perilabial o ar “escapa”. “O paciente cachimba”. 
MANOBRA DE CHARLES FOIX: o examinador faz uma prensa na 
região da articulação temporomandibular, a fim de que o 
paciente, por dor, contraia a face, dai observa-se se há simetria 
na contração. 
REFLEXOS PROFUNDOS: 
a) NASO PALPABRAL - GLABELAR (7 sensitivo - PONTE – 7 
motor): percute-se entre as sobrancelhas e espera-se 
o piscar dos olhos. 
b) ORORBICULAR (5 – PONTE – 7 motor): percussão acima 
do lábio superior e a resposta esperada a “tentativa” 
de fazer um bico. 
Esses são os reflexos que analisam integridade de integração do 
7º nervo com os demais. 
COMO DIFERENCIAR A PARALISIA CENTRAL DA PERIFÉRICA? 
• Periférica: acomete toda hemiface da lesão. 
• Central: o território superior da fronte é poupado, 
acometendo os 2/3 inferiores da face. 
A inervação da porção superior da face vem tanto do córtex 
esquerdo como direito. Para que ocorra paralisia facial 
periférica, a lesão pode ocorrer tanto no núcleo como na região 
infranuclear, tendo em vista que nessa topografia existem 
tanto fibras cruzadas como fibras homolaterais, acometendo 
toda a hemiface (tanto terço superior como inferior). 
Em contrapartida, se a lesão for no córtex, além de 
contralateral ao déficit (lembrar que estamos acima da 
decussassão das pirâmides), ela vai acometer apenas os 2/3 
inferiores, já que o terço superior recebe inervação dos dois 
córtices: enquanto um dos córtices é acometido o outro “dá 
conta” de inervar o terço superior da face. 
 
VIII NERVO: VESTÍBULO-COCLEAR 
FUNÇÕES: 
1. PARTE COCLEAR = AUDIÇÃO 
2. PARTE VESTIBULAR = EQUILÍBRIO, COORDENAÇÃO E 
ORIENTAÇÃO ESPACIAL 
PARTE COCLEAR 
• Verificar a membrana timpânica (edema ou 
hipersensibilidade da mastóide) 
• Questionar se existe tinitus, hipoacusia 
• Teste monoauricular esfregaço dos dedos 
comparativo; diapasão 
• Teste weber diapasão vértice cabeça: 
o Normal não lateralizar. 
o Distúrbio de condução: desvia para lado 
hipoacusia 
• Teste de Rinne - condução óssea/condução aérea 
o 2x +/-: rinne positivo 
o CO > CA: rinne negativo = distúrbio condução 
(orelha, membrana timpânica) 
o CA > CO: todas estarão reduzidas = 
neurosensorial 
• Audiometria 
5 
 
PARTE VESTIBULAR 
• Labirinto = sáculo, utrículo e 3 canais semicirculares; 
• Orientação tridimensional no espaço, manutenção do 
equilíbrio; 
• Nervo vestibular ângulo pontocerebelar sulco 
bulbopontino. 
 
ANAMNESE 
• Queixa de tontura: cair, rodar, inclinar, cabeça lesa, 
zonzo, flutuação, instabilidade 
• Acompanham sintomas neurovegetativos: náusea, 
vômitos, sudorese, palidez, taquicardia, diarreia 
• Zumbidos 
• Vertigem: é uma falsa sensação de movimento gerada 
por desordens do sistema vestibular, 
a. Vertigem objetiva sensação de que meio 
ambiente gira em volta dele lesão no sistema 
vestibular periférico 
b. Vertigem subjetiva sensação sentida pelo 
paciente de que ele está girando pode ser 
lesão no sistema vestibular central 
Prova dos índices: lesões do sistema vestibular: desvio ambos 
os índices para o lado da lesão deficitária; lesões de um 
hemisfério cerebelar: o paciente tende a desviar um dos índices 
para o lado afetado; 
Prova de Romberg: em posição de sentido com os pés juntos, 
com os olhos abertos e em seguida, para sensibilizar, fecham-
se os olhos. 
Nas lesões vestibulares unilaterais o paciente afasta os 
calcanhares, tendendo a cair para o lado do ouvido afetado. 
Motricidade ocular extrínseca: pesquisa de nistagmos. 
IX NERVO: GLOSSOFARÍNGEO 
• Emerge do bulbo pelo sulco lateral posterior 
filamentos radiculares 
• Emerge do crânio pelo forame jugular, seguindo 
trajeto descendente entre a carótida e jugular → 
musculo estilofaringeo, anterioriza-se até a raiz da 
língua, faringe, tonsilas e 1/3 posterior da língua 
• Funções motora, sensitiva e sensorial (gustativas) 1/3 
posterior da língua 
X NERVO: VAGO 
• Emerge do bulbo sulco lateral posterior na forma de 
filamentos radiculares 
• Emerge do crânio pelo forame jugular 
• Percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome 
• Os núcleos do x nervo são os mesmos do ix nervo com 
funções em comum 
 
SEMIOLOGIA DA DISFUNÇÃO IX E X NERVOS 
• Assimetria de véu palatino; 
• Reflexo nauseoso (9º – bulbo - 10º); 
• Alteração ou perda do paladar (ageusia): 1/3 post. Da 
língua; 
• Sinal da cortina de Vernet: repuxamento para o lado 
sadio; 
• Voz nasalada (lesão do IX); 
• Rouquidão (lesão do X); 
• Anestesia da base da língua e faringe; 
• Disfagia; 
 
6 
 
XI NERVO (ESPINHAL): ACESSÓRIO 
1. RAÍZES CRANIANAS NERVO ACESSORIO 
Núcleo ambíguo núcleo motor do 9º e 10º. Raízes cranianas se 
separam das raízes espinhais no forame jugular e se unem ao 
vago, portanto, a raiz craniana já foi analisada no exame dos IX 
e X nervo. 
2. RAÍZES ESPINHAIS DO NERVO ACESSÓRIO 
Origina-se da parte ventrolateral corno anterior de C2 a C5 ou 
C6. As radículas saem medula unem se as radículas dos 
segmentos superiores formam tronco comum entram pelo 
forame magno unem se as raízes cranianas forame jugular 
depois raízes cranianas e espinhais se separam craniana une se 
ao vago raiz espinhal desce para esternocleidomastoideo 
(EMCT) trapézios (+fibras eferentes somáticas C2 a C4 
puramente motor. 
 
SEMIOLOGIA DO XI NERVO 
• Avaliação ECMT e trapézio (trofismo, tônus, força) 
• Atrofia unilateral esternocleidomastoideo (ecmt) = 
dificuldade para rodar a cabeça contralateral 
• Atrofia bilateral de ecmt = fraqueza na flexao anterior 
da cabeça 
• Atrofia unilateral de trapézio = ombro deprimido com 
escápula alada 
• Atrofia bilateral de trapézio = síndrome da cabeça 
caída 
 
XII NERVO – HIPOGLOSSO 
• Nervo eferente motor emerge do bulbo, próximo linha 
média 
• Participa de reflexos da deglutição, mastigação, 
sucção 
• Sai do crânio canal hipoglosso = genioglosso , 
estiloglosso , hioglosso. 
 
 
 
SISTEMA MOTOR 
TROFISMO 
Avalia-se a pele, os ossos e músculos: se a pele é escuredida, 
se há descamação, se há presença de úlceras, se há dedo em 
martelo, se há pé equino (com “aumento” do dorso). Fâneros e 
pelos: aspecto das unhas (quebradiças), rerefação de pelos. Os 
músculos também fazem parte dessa análise: atrofia, 
hipotrofia, hipertrofia, pseudo-hipertrofia. 
7 
Tudo isso serve para indicar se há prejuízo nos nervos 
periféricos. 
TÔNUS (PESQUISA) 
Manobras passivas movimentar todos segmentos observando 
amplitude dos movimentos articulares (extensão, adução, 
abdução, rotação), primeiro movimentação de modo lento e 
depois de modo rápido 
Rolar passivo dos MMII, balanço dos braços extensibilidade. 
Verificar se o braço encosta no ombro, ou se o calcanhar 
encosta no glúteo. 
Tônus é a resistência que os músculos e articulações impõem 
ao movimento. 
HIPOTONIA 
• Síndrome piramidal fase de choque (1 mês) 
• Síndrome extrapiramidal hipotônico hipercinético 
(Coreia) 
• Síndrome cerebelar 
• Síndrome neurônio motor inferior (corno anterior da 
medula, raiz, plexo, nervo, músculo) 
HIPERTONIA 
• Elástica ou espástica ou sinal do canivete (síndrome 
piramidal liberação) 
• Plástica ou em roda denteada (síndrome 
extrapiramidal hipertônico hipocinético)FORÇA 
PROVAS DE FORÇA 
1. Provas de força global 
a. Prova dos braços estendidos (palmas para 
cima): de olhos fechados e espera-se 1 min.) 
A modalidade da escola francesa orienta feitura com as palmas 
viradas para baixo; a americana indica fazer com as palpas para 
cima. A modalidade francesa é mais acurada, tendo em vista 
que as palmas para cima podem ajudar a identificar sinais sutis 
de síndromes extrapiramidais. 
2. Mingazzini 
3. Barré 
Essas provas acima são destinas a pacientes conscientes, 
colaborativos, mas pacientes com demência grave ou 
acamados, ou que não compreendem comandos deve-se usar 
estas: 
4. Raimiste: braços a 90º e observar se há 
desnivelamento de algum dos membros. 
5. Prova da queda do membro inferior em abdução: 
juntar as pernas (encostar os joelhos) e soltar → deve-
se observar se há queda de algum dos membros, 
revelando déficit dimiado. 
PROVAS DE FORÇA SEGMENTAR 
 
REFLEXOS PROFUNDOS (MIOTÁTICOS) 
 
 
1. REFLEXO ESTILO-RADIAL: percutir na apófise estiloide 
e verificar se há reflexo. C5- C6 
2. REFLEXO BICIPITAL (A): repousar o braço do paciente 
e percutir o martelo em cima do dedo que estará em 
cima do tendão. É esperada uma flexão do membro 
superior. C5-C6 
3. REFLEXO TRICIPAL (B): percutir na região abaixo do 
cotovelo. É esperada uma extensão do braço. C6-C7C-
8 
4. REFLEXO PATELAR (C):percutir entre a patela e a 
crista da tíbia (no coxim fofo). É esperada uma 
extensão. L2-L3-L4. 
5. REFLEXO AQUILEU (D): colocar a mão na planta do pé 
do paciente e elevá-lo levemente, percutir do tendão 
de Aquiles e esperar uma extensão do pé. L5-S1. 
Os reflexos podem ser representados por números 
(classificação) ou descritos com as nomenclaturas: abolido, 
hipoativo, normoativo, hiperativo, exaltado. 
8 
 
ATENÇÃO: os reflexos podem estar abolidos por conta de 
problemas no nervos periféricos (plexos, corno anterior, raízes 
nervosas), mas pode ser em virtude da fase de choque do 
sistema piramidal. 
CLÔNUS 
Clonus (da palavra Grega para "movimento confuso, violento") 
é uma série de contrações musculares involuntárias devido a 
um estiramento súbito do músculo. O clonus é um sinal de 
algumas condições neurológicas. Associa-se com espasticidade 
e reflexos tendinosos aumentados em doenças que afetam o 
trato corticospinal. É mais facilmente demonstrado pela 
dorsiflexão forçada do tornozelo; que revela uma série de 
movimentos rítmicas de pequena a moderada amplitude. 
Clonus de mão, de patela, de pé. Problemas piramidais graves 
que dão origem aos clonus. Além de exaltamento dos reflexos, 
há o clonus. 
REFLEXOS SUPERFICIAIS 
 
RREFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR: espera-se de resposta: (1) 
flexão do pé (normal); (2) resposta indiferente; (3) Sinal de 
Babinski (extensão do hálux, ou extensão em leque). A manobra 
deve ser feita de maneira leve (superficial de fato), com a unha 
(evitar uso de objetos porque podem falsear o exame com 
estímulos de retirada), durando de 4 – 5 segundos. 
 
 
SEMIOLOGIA CEREBELAR 
PROVA ÍNDICE-NARIZ 
Fazer de olhos abertos, depois fechados. Colocar o dedo 
indicador na ponta do nariz e abrir o braço. Observar se o 
paciente atinge o alvo e o padrão de movimento até chegar ao 
nariz. Respostas podem ser: 
1. Normal: acerta o alvo e faz movimentação simétrica. 
2. Decomposição do movimento: distorção do movimento 
até chegar no alvo. 
3. Dismetria: passa do alvo, ou tenta acertar o alvo 
antes. 
PROVA INDEX-INDEX 
O paciente tenta colocar seu dedo no seu nariz e em seguida no 
dedo do examinador. Explicar que haverá mudança na posição 
do dedo e ele deve acompanhar. Observar a execução dos 
movimentos. 
CALCANHAR JOELHO 
Também de olhos aberto e depois fechados. Com o paciente 
deitado solicitar que ele ponha o calcanhar no joelho. Para 
sensibilizar o exame, pede-se que o paciente coloque o 
calcanhar no joelho e arrasta o calcanhar até o pé pela tíbia. 
Isso serve para identificar pequenos déficits, serve para 
encontrar pequenas decomposições de movimento. 
DIADOCOCINESIA 
Capacidade de realizar movimentos rápidos e alternados. Bater 
nas coxas; bater nas próprias mãos. Em casos de cerebelopatia 
em algum momento o paciente começa a se perder durante as 
batidas. 
PROVA DO RECHAÇO OU STWART HOLMES 
 
Faz a flexão do braço do paciente, faz proteção da cabeça do 
paciente, depois solta e ver se o paciente tem capacidade de 
coordenar o “freio” dos agonistas e antagonistas, impedido que 
o paciente bata em si mesmo. 
PROVAS AXIAIS 
Avaliar como o indivíduo se comporta quanto ao seu eixo axial. 
• Ataxia tronco: nem sentado não consegue controlar o 
tronco. 
• Alargamento de base: ainda não chega a ser uma 
ataxia de tronco, mas já sente a necessidade, para se 
equilibrar, de manter uma base muito aberta. 
• Astasia: não consegue ficar em pé. 
• Abasia: quando o paciente anda com a base muito 
alargada. 
SENSIBILIDADE 
SUPERFICIAL 
Segunda parte das longas vias. 
Dermátomos são as áreas representativas dos segmentos das 
raízes nervosas que saem da coluna cervical. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_muscular
9 
 
• Mamilo: T4 
• Rebordo costal: T6 
• Umbigo: T10 
• Crista ilíaca: T12 
ESTÍMULOS: 
• TÁTIL: testar com chumaço de algodão. 
• TÉRMICO: tubos de ensaio quente e frio. 
• DOLOROSOS: palitos de madeira. 
RESPOSTAS ESPERADAS: 
 
OBSERVAÇÃO: grafoestesia e estereognosia avaliam também 
sensibilidade cortical. 
PROFUNDA 
Sensibilidade vibratória (palestesia): usar diapasão e colocar 
em apófises ósseas. Orientar o paciente que quando parar de 
vibrar ele avise e como o examinador está segundo na haste 
única ele vai saber quando de fato o diapasão vai parar de 
vibrar. Começar a testar de distal para proximal, exemplo: 
hálux-maléolo-joelhos... 
Propriocepção (batiestesia): sensibilidade cinético-postural. 
Movimentar o hálux para cima e para baixo parando em uma 
posição aleatória e pede para o paciente identificar qual é. 
MARCHA 
• Espástica, ceifante ou tesoura 
• Parkinsoniana: passos curtos, festinação (hipertônico 
e hipocinético) 
• Hipercinética, coreica 
• Atáxica, ebriosa: envolve sistema cerebelar, paciente 
anda com base alargada ou desequilibrando 
• Talonante, tabética: perda da propriocepção, isto é, 
acomete os cordões posteriores (funículo posterior); é 
um indivíduo que alarga a base de sustentação, precisa 
olhar para o chão; pela perda da propriocepção 
levanta muito os MMII; coloca primeiro os calcanhares 
no solo. Muito encontrado na neurosífilis(Tabes 
Dorsalis). 
• Saudatória (radiculopatia), perética: paciente com 
hérnia de disco. Ele adota essa posição na tentativa de 
não esticar a raiz dorsal acometida. 
• Escarvante: marcha de acometimento de nervos 
periféricos. Comum nas neuropatias. 
• Miopática, anserina: DMD, DMB. 
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA 
• Rigidez de nuca 
• Dor lombar 
• Sinal de Kerning 
• Sinal de Brudzinski 
• Sinal de Laségue

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