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Resumo Aula 31 e 32 - Prof Andre Estefam - D Processual Penal

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Magistratura e MP 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Processual Penal 
 Professor: Andre Estefam 
Aulas: 13 e 14 | Data: 18/04/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
COMPETÊNCIA (Cont). 
 
TRIBUNAL DO JURI 
I. Princípios 
II. A instituição do Júri 
III. Rito do Júri 
 
 
COMPETÊNCIA 
 
Em nossa última aula demos início ao estudo do tema competência e vimos os seguintes pontos: 
 
I. DefiniçãoÉ a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído por lei a cada órgão ou grupo de órgãos 
judiciais. (Liebman) 
II. Etapas na fixação na competência 
Etapa preliminar: avaliar se há foro por prerrogativa da função. 
Passa-se, então, aos seguintes passos: 
1. Determinar a justiça competente 
2. Verificar o foro competente 
3. Fixação do juízo competente 
 
Encerramos nossa última aula falando sobre foro por prerrogativa de função. 
 
 Etapa ou critério preliminar: FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. 
 
Em nossa última aula, vimos que este não se trata de privilégio, pois a características não é dada em caráter pessoal, 
mas sim em razão da função exercida. 
O primeiro ponto trabalhado foi: 
 
1. Fonte normativa 
Essas regras de foro por prerrogativa de função, dada sua especialidade, devem advir da CF. Poderiam advir de 
normas estaduais e leis? 
Quanto a Constituição do Estado, é possível a previsão, desde que haja simetria com a CF. 
E a lei? Não. Lei não pode ampliar as hipóteses de prerrogativa de foro. O que ela pode ampliar é o rol de 
autoridades que tem foro especial. 
 
Hoje daremos continuidade deste ponto. 
 
2. Rito processual 
Os casos sujeitos a foro especial seguem o procedimento previsto nas leis 8038/90 e 8658/93, em que há: 
- uma defesa preliminar  etapa anterior ao recebimento da inicial 
- restrição ao duplo grau de jurisdição não cabe recurso similar à apelação. 
 
 
 
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3. Foro por prerrogativa de função VS. Crime doloso contra à vida 
Se o foro especial estiver na CF, é ele que prevalece. 
Se o foro especial estiver previsto EXCLUSIVAMENTE na CE, prevalece a competência do júri. 
 
Súmula 721 STF 
A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI PREVALECE 
SOBRE O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDO 
EXCLUSIVAMENTE PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. 
 
4. Momento do crime em relação ao exercício do cargo ou função 
 Cometido antes 
Sim, há prerrogativa de foro enquanto durar o exercício do cargo ou função. 
 
 Praticado durante 
O foro especial subsiste após o término da função/ cargo? 
STF (ADIn 2797) entende que não cabe, pois não se trata de privilegio pessoal, mas prerrogativa em função do 
cargo. Só existe prerrogativa enquanto durar o exercício do cargo ou da função. 
(professor vai disponibilizar uma tabelinha com as autoridades que tem prerrogativa de função na área do aluno). 
 
EMENTA 
Dados Gerais 
Processo: ADI 2797 DF 
Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE 
Julgamento: 15/09/2005 
Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação: DJ 19-12-2006 PP-00037 EMENT VOL-02261-02 PP-00250 
DecisãoI. ADIn: legitimidade ativa: "entidade de classe de âmbito nacional" (art. 103, IX, CF): Associação Nacional 
dos Membros do Ministério Público - CONAMP 
1. Ao julgar, a ADIn 3153-AgR, 12.08.04, Pertence, Inf STF 356, o plenário do Supremo Tribunal abandonou o 
entendimento que excluía as entidades de classe de segundo grau - as chamadas "associações de associações" - do 
rol dos legitimados à ação direta. 
2. De qualquer sorte, no novo estatuto da CONAMP - agora Associação Nacional dos Membros do Ministério Público 
- a qualidade de "associados efetivos" ficou adstrita às pessoas físicas integrantes da categoria, - o que basta a 
satisfazer a jurisprudência restritiva-, ainda que o estatuto reserve às associações afiliadas papel relevante na 
gestão da entidade nacional. II. ADIn: pertinência temática. Presença da relação de pertinência temática entre a 
finalidade institucional das duas entidades requerentes e os dispositivos legais impugnados: as normas legais 
questionadas se refletem na distribuição vertical de competência funcional entre os órgãos do Poder Judiciário - e, 
em conseqüência, entre os do Ministério Público . III. Foro especial por prerrogativa de função: extensão, no tempo, 
ao momento posterior à cessação da investidura na função dele determinante. Súmula 394/STF (cancelamento 
pelo Supremo Tribunal Federal). Lei 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do C. Processo Penal: 
pretensão inadmissível de interpretação autêntica da Constituição por lei ordinária e usurpação da competência do 
Supremo Tribunal para interpretar a Constituição: inconstitucionalidade declarada. 
1. O novo § 1º do art. 84 CPrPen constitui evidente reação legislativa ao cancelamento da Súmula 394 por decisão 
tomada pelo Supremo Tribunal no Inq 687-QO, 25.8.97, rel. o em. Ministro Sydney Sanches (RTJ 179/912), cujos 
fundamentos a lei nova contraria inequivocamente. 
2. Tanto a Súmula 394, como a decisão do Supremo Tribunal, que a cancelou, derivaram de interpretação direta e 
exclusiva da Constituição Federal. 
 
 
 
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3. Não pode a lei ordinária pretender impor, como seu objeto imediato, uma interpretação da Constituição: a 
questão é de inconstitucionalidade formal, ínsita a toda norma de gradação inferior que se proponha a ditar 
interpretação da norma de hierarquia superior. 
4. Quando, ao vício de inconstitucionalidade formal, a lei interpretativa da Constituição acresça o de opor-se ao 
entendimento da jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal - guarda da Constituição -, às razões 
dogmáticas acentuadas se impõem ao Tribunal razões de alta política institucional para repelir a usurpação pelo 
legislador de sua missão de intérprete final da Lei Fundamental: admitir pudesse a lei ordinária inverter a leitura 
pelo Supremo Tribunal da Constituição seria dizer que a interpretação constitucional da Corte estaria sujeita ao 
referendo do legislador, ou seja, que a Constituição - como entendida pelo órgão que ela própria erigiu em guarda 
da sua supremacia -, só constituiria o correto entendimento da Lei Suprema na medida da inteligência que lhe desse 
outro órgão constituído, o legislador ordinário, ao contrário, submetido aos seus ditames. 
5. Inconstitucionalidade do § 1º do art. 84 C.Pr.Penal, acrescido pela lei questionada e, por arrastamento, da regra 
final do § 2º do mesmo artigo, que manda estender a regra à ação de improbidade administrativa. IV. Ação de 
improbidade administrativa: extensão da competência especial por prerrogativa de função estabelecida para o 
processo penal condenatório contra o mesmo dignitário (§ 2º do art. 84 do C Pr Penal introduzido pela L. 
10.628/2002): declaração, por lei, de competência originária não prevista na Constituição: inconstitucionalidade. 
1. No plano federal, as hipóteses de competência cível ou criminal dos tribunais da União são as previstas na 
Constituição da República ou dela implicitamente decorrentes, salvo quando esta mesma remeta à lei a sua fixação. 
2. Essa exclusividade constitucional da fonte das competências dos tribunais federais resulta, de logo, de ser a 
Justiça da União especial em relação às dos Estados, detentores de toda a jurisdição residual. 
3. Acresce que a competência originária dos Tribunais é, por definição, derrogação da competência ordinária dos 
juízos de primeiro grau, do que decorre que, demarcada a última pela Constituição, só a própria Constituição a 
pode excetuar. 
4. Como mera explicitação de competências originárias implícitas na Lei Fundamental, à disposição legal em causa 
seriam oponíveis as razões já aventadas contra a pretensão de imposição por lei ordinária de uma dada 
interpretação constitucional. 
5. De outro lado, pretende a lei questionada equiparar a ação de improbidade administrativa, de natureza civil (CF, 
art. 37, § 4º), à ação penal contra os mais altos dignitários da República, para o fim de estabelecer competência 
origináriado Supremo Tribunal, em relação à qual a jurisprudência do Tribunal sempre estabeleceu nítida distinção 
entre as duas espécies. 
6. Quanto aos Tribunais locais, a Constituição Federal -salvo as hipóteses dos seus arts. 29, X e 96, III -, reservou 
explicitamente às Constituições dos Estados-membros a definição da competência dos seus tribunais, o que afasta 
a possibilidade de ser ela alterada por lei federal ordinária. V. Ação de improbidade administrativa e competência 
constitucional para o julgamento dos crimes de responsabilidade. 
1. O eventual acolhimento da tese de que a competência constitucional para julgar os crimes de responsabilidade 
haveria de estender-se ao processo e julgamento da ação de improbidade, agitada na Rcl 2138, ora pendente de 
julgamento no Supremo Tribunal, não prejudica nem é prejudicada pela inconstitucionalidade do novo § 2º do art. 
84 do C.Pr.Penal. 
2. A competência originária dos tribunais para julgar crimes de responsabilidade é bem mais restrita que a de julgar 
autoridades por crimes comuns: afora o caso dos chefes do Poder Executivo - cujo impeachment é da competência 
dos órgãos políticos - a cogitada competência dos tribunais não alcançaria, sequer por integração analógica, os 
membros do Congresso Nacional e das outras casas legislativas, aos quais, segundo a Constituição, não se pode 
atribuir a prática de crimes de responsabilidade. 
3. Por outro lado, ao contrário do que sucede com os crimes comuns, a regra é que cessa a imputabilidade por 
crimes de responsabilidade com o termo da investidura do dignitário acusado. 
 
 Cometido após 
 
 
 
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Não há foro especial. Neste sentido, súmula 451, STF 
 
SÚMULA 451 - STF 
A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao 
crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional. 
 
 
TRIBUNAL DO JURI 
 
I. Princípios 
CF, Art. 5, XXXVIII – É cláusula pétrea. O Constituinte assegura 4 princípios referentes ao tribunal do júri: 
 
CF/88 – Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe 
der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
a) Princípio da plenitude de defesa 
(plena defesa é mais do que ampla defesa). Plenitude de defesa > ampla defesa. 
b) Sigilo das votações 
Diante disso, tem-se que: 
- O veredicto não é fundamentado 
- Jurados julgam por íntima convicção (decide sem dever de fundamentação). Há instrumentos legais que garantem 
esse sigilo, tal como: 
 - incomunicabilidade dos jurados 
 - votação em sala especial (sala secreta) 
- proibição do veredicto unânime (pois neste caso, seria fácil identificar como os jurados decidiram. Neste 
caso, o que o juiz faz é: obtendo 4 votos afirmativos ou negativos, ele interrompe a apuração) 
c) Soberania dos veredictos 
Trata-se da impossibilidade de juízes togados se substituírem aos jurados na decisão da causa. 
Provando que soberania não é poder absoluto, cabe apelação contra decisão do júri (mas neste caso deve-se provar 
que o veredicto foi manifestamente contrário à prova – art. 593, III, d, CPP). Neste caso, no máximo, réu é 
submetido a novo júri. 
Outra prova de que este poder não é absoluto é que cabe revisão criminal. 
 
CPP - Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação 
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei 
nº 263, de 23.2.1948) 
 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos 
autos. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
 
 
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d) Competência para o julgamento de crimes dolosos contra a vida 
Crimes contra á vida constam dos art. 121 a 127, CP. 
 
CP- Art. 121. Matar alguem: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Caso de diminuição de pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante 
valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em 
seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de 
um sexto a um terço. 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
 II - por motivo futil; 
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro 
recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído 
pela Lei nº 13.142, de 2015) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino 
quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 
2015) 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído 
pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 Homicídio culposo 
 § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aumento de pena 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um 
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato 
socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, 
 
 
 
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ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a 
pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra 
pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de 
aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio 
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
(Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
 § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o 
crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de 
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela 
Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a 
metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 
2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) 
anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
 Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe 
auxílio para que o faça: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou 
reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão 
corporal de natureza grave. 
 Parágrafo único - A penaé duplicada: 
 Aumento de pena 
 I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
 II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência. 
 Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio 
filho, durante o parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem 
lho provoque: (Vide ADPF 54) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
(Vide ADPF 54) 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
 
 
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 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante 
não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o 
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência 
 Forma qualificada 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são 
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos 
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de 
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, 
lhe sobrevém a morte. 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 
54) 
 Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de 
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante 
legal. 
 
Diante disso, têm-se algumas questões: 
- latrocínio (157, 3º, parte final) e genocídio (Lei 2898/56). 
Ambos são de competência do juiz singular. No caso do latrocínio temos a súmula STF, 603. Quanto ao genocídio, 
o STJ entendeu que são de competência do juiz singular, no caso o federal. 
Tratam-se de crimes complexos, pois além da vida, latrocínio viola também pó patrimônio e o genocídio, antes de 
ser considerado como crime contra a vida, é considerado um crime contra a humanidade. 
 
CP - Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, 
por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, 
de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 
vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 
9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 
SÚMULA 603 - STF 
A COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO DE LATROCÍNIO 
É DO JUIZ SINGULAR E NÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI. 
 
 
Há crimes contra a vida não julgado pelo júri – vamos ver essas exceções: 
1- Foro especial prevista pela CF 
2- Crime militar doloso contra a vida  tanto sujeito ativo quanto passivo devem ser militares e o fato tenha 
alguma relação com a função que exercem. 
 
 
II. A instituição do Júri 
 
 
 
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O tribunal do Júri é órgão do poder judiciário que se insere como órgão da justiça comum/ordinária. Enquanto 
órgão do poder judiciário, traz algumas características: 
a) Órgão colegiado 
Composto por 26 membros – 1 juiz de direito e 25 jurados 
Para ser jurado, há alguns requisitos (art. 436) 
- cidadão 
- ser maior de 18 anos, 
- possuir notória idoneidade moral  antecedentes criminais 
Ler no CPP, o art. 436 a 440. 
 
CPP - Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento 
compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória 
idoneidade. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 1o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri 
ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, 
profissão, classe social ou econômica, origem ou grau de instrução. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 2o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no 
valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo 
com a condição econômica do jurado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
 Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
 I – o Presidente da República e os Ministros de Estado; (Incluído 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 II – os Governadores e seus respectivos Secretários; (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
 III – os membros do Congresso Nacional, das Assembléias 
Legislativas e das Câmaras Distrital e Municipais; (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 IV – os Prefeitos Municipais; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 V – os Magistrados e membros do Ministério Público e da 
Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 VI – os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 VII – as autoridades e os servidores da polícia e da segurança 
pública; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 VIII – os militares em serviço ativo; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
 IX – os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua 
dispensa; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 X – aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção 
religiosa, filosófica ou política importará no dever de prestar serviço 
alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto 
 
 
 
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não prestar o serviço imposto. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
 § 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de atividades 
de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo 
produtivo, no Poder Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério 
Público ou em entidade conveniada para esses fins. (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
 § 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos princípios 
da proporcionalidade e da razoabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
 Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado constituirá 
serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade 
moral. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condição do art. 
439 deste Código, preferência, em igualdade de condições, nas 
licitações públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou 
função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou 
remoção voluntária. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
b) Órgão heterogêneo  pois possui juiz julgado e juiz leigo (aquele não é magistrado de carreira) 
c) Órgão horizontal  Não há hierarquia entre juiz e jurados. 
d) Órgão temporário  pois os jurados são periodicamente renovados. 
 
III. Rito do Júri 
Ainda que o CPP não diga expressamente, o rito do júri é especial. 
É chamado por alguns doutrinadores de procedimento soleníssimo / bifásico ou escalonado. 
 
Há 2 fases no júri. 
 
1ª fase: sumário da culpa (=judicium accusations) 
visa verificar a admissibilidade da acusação 
2ª fase: juízo da causa (=judicium causae) 
Faz-se o julgamento do mérito 
 
Vamos aprofundar cada uma dessas fases. 
 
1. Sumário da culpa (=judicium accusations) 
Visa verificar a admissibilidade da acusação 
a) Oferecimento da denúncia ou queixa 
b) Prolação do despacho liminar, em que o magistrado irá receber (art. 406, CPP) ou rejeitar a inicial (do qual 
caberá RESE). 
c) Citação 
d) Resposta escrita (em 10 dias) 
e) Manifestação da acusação (art. 409) – quando houver arguição de preliminar ou juntada de documentos.MP 
se manifesta em 5 dias 
f) Despacho saneador 
 
 
 
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g) Designação da data de audiência única de instrução debates e julgamento. (8 testemunhas pra acusação e mais 
8 para defesa) 
Quais são as 4 decisões que podem ser proferidas? 
1. Pronúncia (art. 413) 
2. Impronúncia (art. 414) 
3. Absolvição Sumária (art. 415) 
4. Desclassificação (art. 419) 
 
Recursos cabíveis: 
Da pronúncia e da desclassificação cabe RESE – art. 581, II a IV. 
Da impronúncia e absolvição sumária cabe apelação do art. 416. 
 
CPP – Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a 
citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo 
de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir 
do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em 
juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação 
inválida ou por edital. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 
(oito), na denúncia ou na queixa. 
 § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar 
tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, 
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo 
de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o 
querelante sobre preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias. 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se 
convencido da materialidade do fato e da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da 
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria 
ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que 
julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras 
e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança 
para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. (Incluído 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 § 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, 
revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade 
anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a 
necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das 
medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
 
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 Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, 
fundamentadamente, impronunciará o acusado. (Redação dada pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
 Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da 
punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se 
houver prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o 
acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
 IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do 
crime. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput 
deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, 
salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a 
acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 
74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os 
autos ao juiz que o seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à 
disposição deste ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
 
Vamos estudar cada uma dessas decisões: 
 
a) Pronúncia 
Decisão interlocutória, mista, não terminativa, que julga admissível a acusação perante o júri, reconhecendo haver 
prova da materialidade e indícios de autoria ou participação. 
(ela não é sentença! Não trata do mérito) 
O que essa decisão faz é encerrar uma fase sem por fim ao processo. 
 
Pressupostos - Pronuncia requer: 
 Certeza do fato. Não pode haver dúvida a cerca do fato praticado. 
No caso da autoria e participação  basta a probabilidade 
 
 
 
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Qual é o meio processual adequado para se afirmar com certeza de que houve um crime doloso contra a vida? 
Os crimes dolosos contra a vida deixam vestígios. Crimes que deixam vestígios são os crimes não transeuntes. Via 
de regra, se prova de o crime por meio do corpo, onde se realiza o exame necroscópico. E quando o corpo não é 
encontrado? O que se faz quando os vestígios desaparecem? Neste caso, o art. 167 traz a resposta  é possível se 
valer de prova testemunhal. 
 
CPP - Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver 
exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de 
Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição 
de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de 
identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e 
indicações. 
 Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e 
autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis para 
a identificação do cadáver. 
 Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por 
haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá 
suprir-lhe a falta. 
 
Requisitos 
A pronúncia deverá ser estruturada contendo: 
 Relatório 
 Fundamentação / motivação 
Deve ser feita com cautela, pois o juiz não pode usurpar a competência do júri, analisando o mérito. O juiz deve se 
limitar a dizer o mínimo indispensável. 
O juiz deve se limitar a indicar a prova da materialidade e indícios de autoria. 
Juiz deve adotar uma fundamentação com linguagem cometida. 
Se fizer exame crítico, se houver excesso de linguagem, a decisão será nula. 
 
 Disposição/ conclusão 
Juiz deve julgar admissível. 
Juiz deve indicar o tipo penal, eventuais qualificadoras e as causas de aumento. 
Qualificadoras e causas de aumento  juiz pode tomar 3 atitudes ao analisá-las: 
a. A manutenção  foi descrita na denúncia e juiz apenas a mantém na pronúncia. Para isso, é necessário 
que haja indícios. 
b. A exclusão  para excluir é necessário que a qualificadora, causa de aumento seja manifestamente 
descabida, isso é, que não haja indícios ( excesso de acusação) 
c. A inclusão  é aquela causa de aumento/qualificadora que não foi descrita na denuncia. Para que juiz 
inclua, bastam indícios. 
Pode o juiz incluir uma qualificadora de ofício? Depende. Se a qualificadora constar narrada na descrição do fato, 
pode o juiz incluir de ofício, não havendo qualquer prejuízo para a defesa, pois já constava da narração dos fatos. 
É um caso de emendatio libelli. Lembrar que o acusado se defende dos fatos. 
 
E se a prova colhida revelar circunstância não constante da denuncia? Se o juiz incluísse essa qualificadora, haveria 
uma ofensa ao princípio da plenitude de defesa. Neste caso, haveriauma mutatio libelli. Neste caso, o juiz deverá 
observar as providencia do art. 384: 
 
 
 
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 CPP - Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível 
nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente 
nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida 
na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, 
no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado 
o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o 
aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 § 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao 
aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 § 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e 
admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, 
designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de 
testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates 
e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 § 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 § 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) 
testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, 
adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
 § 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Aqui deve-se respeitar o princípio da correlação. 
 
 Efeitos da pronúncia 
A decisão de pronúncia gera 3 efeitos básicos: 
1. Submeter o réu a júri 
2. Interrompe a prescrição (art. 117, II, CP e súmula 191, STJ) 
3. Fixar a classificação jurídica do fato 
É possível mudar a classificação fixada? Sim, no caso de circunstância superveniente apta a modificar o 
enquadramento legal. Ex.: a morte da vida que estava em estado grave. 
Se alterar a pronuncia, tudo que ocorre a partir disso deve ser readaptado. Até quando é possível que essa alteração 
ocorra? Até o trânsito em julgado. 
 
Originalmente havia uma 4ª consequência: “prisão do réu, salvo quando primário e de bons antecedentes”. 
Atenção: hoje, a pronúncia não gera como efeito a prisão do réu, mas deverá o magistrado ao proferí-la avaliar o 
cabimento de eventual prisão preventiva ou cautelar alternativa á prisão. (art. 413, parágrafo 3º) 
 
CP - Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
 
Súmula 191, STJ 
 
 
 
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A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal 
do Júri venha a desclassificar o crime.

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