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Aula 02 - LINDB

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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS 
NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO 
 
 Decreto-Lei 4.657/1942 – redação da pela Lei 
12.376/2010. 
 
 Autônoma do Código Civil; 
 Destina a facilitar a aplicação das demais leis; 
 Caráter universal (aplica-se a todos os ramos do 
direito). 
 Normas preliminares à totalidade do 
ordenamento jurídico universal. 
 A Lei da Leis 
 
 “Disciplina as próprias normas jurídicas, 
determinando o seu modo de aplicação e 
entendimento, no tempo e no espaço”. 
 
 Carlos Roberto Gonçalves 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 Generalidade (para todos); 
 
 Imperatividade (impõe dever de conduta); 
 
 Autorizamento (autoriza ao violado que exija o 
cumprimento dela ou reparação); 
 
 Permanência (perdura até ser revogada); 
 
 Emanação de autoridade competente (de acordo 
com as competências previstas na CF). 
 Modo de aplicação da Lei: 
 
 Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos 
fins sociais a que ela se dirige e às exigências do 
bem comum. 
 
 Modo de entendimento: 
 
 Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito 
 Modo de aplicação no tempo: 
 
 Art. 1º. Salvo disposição em contrário, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada. 
 Modo de Aplicação no Espaço: 
 
 Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos 
de família. 
 Assim, a LINDB tem por funções regulamentar: 
 
 O início da obrigatoriedade da lei: 
 Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a 
vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
 
 O tempo de obrigatoriedade da lei; 
 
 Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, 
a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue. 
 
 Revogação: é a supressão da força obrigatória 
da lei, retirando-lhe a eficácia. Só pode ser feito 
por outra lei, da mesma hierarquia ou superior. 
 
 Quanto à extensão pode ser: 
 Total: ab-rogação 
 Parcial: derrogação 
 
 Quanto à forma de execução: 
 Expressa: quando a lei nova declara, de modo 
taxativo e inequívoco. 
 Tácita: mostra-se incompatível com a lei antiga, 
mas não declara expressamente. 
 
 
 Critério cronológico 
 Lex posterior derogat legi priori 
 Lei anterior de caráter amplo e geral, regula 
inteiramente a matéria versada na lei anterior. 
 
 Critério hierárquico 
 Lex superior derogat legi inferiori 
 Perda do fundamento de validade. 
 
 Critério da especialidade 
 Lex specialis derogat legi generali 
 Lei especial revoga a geral. 
 A eficácia global da ordem jurídica, não 
admitindo a ignorância da lei vigente, que a 
comprometeria: 
 
 Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece. 
 
 
 Os mecanismos de integração das normas quando 
houver lacunas; 
 
 Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
 
 
 Os critérios de hermenêutica jurídica: 
 
 Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos 
fins sociais a que ela se dirige e às exigências do 
bem comum. 
 
 
 O direito intertemporal, para assegurar a 
estabilidade do ordenamento jurídico-positivo, 
preservando situações consolidadas. 
 
 Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já 
consumado segundo a lei vigente ao tempo 
em que se efetuou. 
 
 § 2º Consideram-se adquiridos assim os 
direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do 
exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
 
 § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a 
decisão judicial de que já não caiba recurso. 
 
 O direito internacional privado brasileiro: 
 
 Art. 8o Para qualificar os bens e regular as 
relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados. 
 
 
 
 Os atos civis praticados, no estrangeiro, pelas 
autoridades consulares brasileiras: 
 
 Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são 
competentes as autoridades consulares 
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os 
mais atos de Registro Civil e de tabelionato, 
inclusive o registro de nascimento e de óbito dos 
filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país 
da sede do Consulado.

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