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alegações finais seção 5 penal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA__VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO AGRESTE ESTADO DO CEARÁ
Processo nº: \u2018\u2019...\u2019\u2019
Autor: Ministério Público do Estado do Ceará
Denunciado: JOSÉ PERCIVAL DA SILVA
JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, através de seu procurador que a esta subscreve, vem respeitosamente à presença de V. Exa., nos termos do artigo 403, § 3º do Código de Processo Penal, tempestivamente, no quinquídio legal, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS, pelas razões de fato e de Direito a seguir apontadas;
SÍNTESE DOS FATOS
Os denunciados, sob a liderança do acusado José Percival da Silva (Zé da Farmácia, Presidente da Câmara dos Vereadores e liderança política do Município), valendo-se da qualidade de vereadores do Município, associaram se em unidade de desígnios, com o fim específico de cometer crimes. E, dentro deste propósito, no dia 3 de fevereiro de 2018, na sede da Câmara dos Vereadores desta Comarca, durante uma reunião da Comissão de Finanças e Contratos da Câmara, exigiram do Sr. Paulo Matos, empresário sócio de uma empresa interessada em participar das contratações a serem realizadas pela Câmara de Vereadores, o pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para que sua empresa pudesse participar de um procedimento licitatório que estava agendado para o dia seguinte. Desse modo, como a mera solicitação de vantagem indevida já configura o crime de corrupção passiva, a discussão sobre a (i) legalidade da prisão em flagrante realizada é irrelevante para a configuração do delito. Ante o exposto, estão os denunciados incursos nas iras dos artigos 288 e 317, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Pelo que requer o Ministério Público, seja recebida a presente denúncia, com a consequente citação dos réus para apresentarem defesa no prazo legal, designando-se em seguida audiência de instrução, para que ao final sejam condenados pela prática dos supracitados crimes. O Ministério Público em suas Alegações Finais de fls. \u2018\u2019...\u2019\u2019 pede a condenação do denunciado, sob o argumento de que existem provas suficientes para condená-lo pelo delito de corrupção artigo 317 CP.
Autos à defesa, para apresentação de Alegações Finais.
Em síntese, são os fatos.
DO MÉRITO
Inicialmente, cumpre ressaltar que o denunciado não sabia de nenhum tipo de barganha ou de recebimento de vantagem indevida, o mesmo foi alvo de uma perseguição política que cominou em sua prisão ilegal quando mesmo se encontrava exercendo suas funções de parlamentar, sendo o mesmo vítima de um flagrante preparado.
Cumpre esclarecer ainda, que o denunciado nunca respondeu a nenhum tipo de processo ou de procedimentos relativos a falta de conduta limpa no exercício de suas funções, fato este que fica evidenciado com o depoimento do ofendido acostados nos autos a vítima não só negou, como afirmou que a primeira vez que esteve com Zé foi na Sessão em que ocorreram as prisões, mas que jamais chegou a ter qualquer conversa com ele, em relação a este ou a qualquer outro assunto, respondendo a uma pergunta feita o mesmo declinou que não tinha como afirmar que \u201cZé da Farmácia\u201d estivesse envolvido no crime de corrupção praticado pelos demais réus. Evidenciando ainda mais que o denunciado é inocente.
Continuando o denunciado a ser alvo de perseguição por parte de um dos réus que celebra acordo de delação irregular com o MP, alegando que o denunciado possuía envolvimento, tentando de forma sorrateira limpar sua barra incriminando o denunciado que não teve nenhum vinculo com a pratica delituosa.
Verifica-se que nos autos não há nenhuma prova capaz de incriminar o denunciado de forma concreta e inequívoca ao delito em que é acusado, pelo contrário, existem alegações por parte da vítima que denotam a não participação do denunciado, deixando cristalino o seu não envolvimento.
Como sabemos, no processo penal vigora o princípio segundo o qual a prova, para alicerçar um decreto condenatório, deve ser indiscutível e cristalina.
Portanto, se o conjunto probatório não permitir precisar essa conclusão em decorrência da dúvida, cumpre ao magistrado optar pela absolvição com base no princípio do in dúbio pro réu.
Importante destacar também, que segundo os relatos obtidos nesse procedimento, seja pelas testemunhas ou interrogatório do denunciado, não há qualquer elemento que evidencie a prática do crime de corrupção.
Não há prova legítima nos autos, de acordo com a análise dos depoimentos, do local do fato, das condições em que se desenvolveu a ação, das circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta e os antecedentes do denunciado, cheguem à certeza de que o denunciado praticou o crime razão pela qual, em caso de não absolvição, mostra-se necessária a desclassificação.
Diante disso, verifica-se que não há nos autos qualquer prova que o denunciado tinha a intenção de receber vantagem indevida. Em seu interrogatório, o denunciado é categórico ao afirmar que estava no exercício de sua função parlamentar e jamais se envolveu na prática de corrupção, fato este corroborado pelo depoimento das testemunhas e demais provas trazidas ao processo.
Portanto Exa., não há nos autos prova inquestionável quanto a ocorrência do delito em que está sendo acusado o denunciado. Mostrando-se prudente a absolvição do mesmo.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A ABSOLVIÇÃO do denunciado, nos termos do artigo 386, inciso V, VI e VII do Código de Processo Penal, haja vista que não há prova concreta e inquestionável para sustentar uma condenação, prevalecendo o princípio do in dúbio pro réu.
b)Que seja acolhida as alegações da resposta a acusação.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
XXXXX , XX de XXXXX de 20XX
XXXXXX
(ADVOGADO)
XXXXXXX
(OAB)

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