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1 Docência para o Ensino Superior Formação e Gestão em Educação a Distância Formação em Educação a Distância O Ensino Superior em ambientes virtuais Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learning Prof. Me. Alessandro José Pisa Prof. Me. Edna Barberato Genghini Unidades I a IV PISA, Alessandro José GENGHINI, Edna Barberato O Ensino Superior em Ambientes Virtuais: Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learning (Livro-texto) / Alessandro José Pisa; Edna Barberato Genghini – São Paulo: Pós- graduação Lato Sensu UNIP, 2019. 140 p. il. 1. Ensino Superior. 2. Ambientes Virtuais. 3. Processos Cognitivos. 4. Andragogia. 5. E-Learning. Alessandro José Pisa; Edna Barberato Genghini. Pós-Graduação Lato Sensu UNIP. III. O Ensino Superior em Ambientes Virtuais: Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learning. Professor conteudista ALESSANDRO JOSÉ PISA é natural de São Paulo e atua desde 2007 na docência do ensino superior, como professor, conteudista e tutor de cursos Ead e coordenador de cursos de ensino superior. Além da docência em disciplinas de graduação e pós-graduação, tem atuação como orientador de trabalhos de conclusão de curso (TCC), conteudista e também validador de conteúdo EAD (Ensino a Distância). Atualmente é professor conteudista da pós-graduação da UNIP Interativa. Formação acadêmica composta por: Bacharelado em Administração de Empresas e com uma segunda graduação em Marketing. Dois Lato Sensu em Gestão Executiva e em Gestão Estratégica de Negócios. Especialização em Docência do Ensino Superior além de Mestrado em Comunicação e Inovação pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Professora Colaboradora/coordenadora: EDNA BARBERATO GENGHINI, Professora Universitária desde 2002. Atualmente no exercício da função de Coordenadora para todo o Brasil de três cursos ao nível de Pós Graduação Lato Sensu: em psicopedagogia institucional, docência para o ensino superior e em formação em educação a distância, pela UNIP – Universidade Paulista – UNIP/EAD, onde também atua como professora adjunta, nas modalidades Sei e Sepi. é diretora e psicopedagoga da Mentor Orientação Psicopedagógica LTDA. ME. desde 1991. Possui graduação em Economia Doméstica – Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André (1980), graduação em Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), Pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade São Judas (1987), Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade Guarulhos (2002) e pós-graduação Lato Sensu em Formação em Educação a Distância pela UNIP – Universidade Paulista (2011). É autora e coautora de livros Textos para os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em Educação a Distância da UNIP – EaD. Áreas de Interesse: Neurociências – Educação Inclusiva – Psicopedagogia Clínica e Institucional – Formação e Gestão em Educação a Distância – Formação de Docentes para o Ensino Superior. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 UNIDADE I 1. A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DO AVA ......................................................... 7 1.1 Contexto histórico, surgimento, evolução do ead e panorama atual .......... 8 1.2 Ambientes virtuais de aprendizagem ............................................................ 23 UNIDADE II 2. O ENSINO SUPERIOR RELACIONADO AO AMBIENTE TECNOLÓGICO.... 33 2.1 Impactos do uso da tecnologia na educação superior ............................... 33 2.2 Estudante, professor, tutor: importância e funções .................................... 48 UNIDADE III 3. O ALUNO ADULTO E SUAS PERCEPÇÕES TECNOLÓGICAS .................... 58 3.1 Perfil do aluno virtual ..................................................................................... 58 3.2 Andragogia e tecnologia ................................................................................ 67 UNIDADE IV 4. TECNOLOGIA DE APRENDIZADO ELETRÔNICO, CAMINHOS PARA O AUTODESENVOLVIMENTO .................................................................................... 81 4.1 E-learning ........................................................................................................ 82 4.2 Comportamento autônomo: autoaprendizagem; avaliações em ambientes virtuais de aprendizagem ....................................................................................... 94 4.3 Avaliações em ambientes virtuais de aprendizagem ................................ 103 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 109 5 INTRODUÇÃO Olá, aluno(a)! Bem-vindo(a)! Apresentamos a você os conteúdos relativos à disciplina O Ensino Superior em Ambientes Virtuais: Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learnig. Este material o auxiliará a compreender os processos sobre a formação dos conceitos do Ensino a Distância, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e os processos de avanços tecnológicos convergem no suporte ao Ensino-Aprendizagem. Além desses temas, buscamos trazer elementos para analisar o processo de construção do conhecimento para formação de adultos, os aspectos teóricos e como aplicá-los em ambientes educacionais. Por fim, o conteúdo busca o entendimento da relação da educação por meio do ambiente virtual de aprendizagem e a autonomia e construção do conhecimento pelo aluno. O objetivo geral desse livro-texto é fazê-lo compreender as relações do ensino superior em ambientes virtuais e como este processo vem sendo alavancado ao longo dos anos. O material apresentado foi disposto em quatro unidades que são distintas, porém complementares. Cada unidade apresenta uma particularidade do tema macro e foi desenvolvida tendo em vista facilitar seu percurso dentro da temática, organizadas desta forma: Unidade 1 – A Educação no contexto do AVA: Contexto histórico, surgimento, evolução do EaD e panorama atual; Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Unidade 2 – O Ensino Superior relacionado ao ambiente tecnológico: Impactos do uso da tecnologia na educação superior; Estudante, Professor, Tutor: importância e funções. Unidade 3 – O Aluno adulto e suas percepções tecnológicas: perfil do aluno virtual, Andragogia e tecnologia. Unidade 4 – Tecnologia de aprendizado eletrônico, caminhos para o autodesenvolvimento: E-learning; Comportamento autônomo: autoaprendizagem; Avaliações em ambientes virtuais de aprendizagem. Para estudar todos os temas indicados, os objetivos específicos da disciplina são: • Entender princípios teórico-metodológicos dos AVA relacionados ao ensino superior; 6 • Refletir sobre as possibilidades e limites oferecidos pelas tecnologias aplicadas à educação; • Compreender o conceito de EaD como modalidade de ensino; suas especificidades, definições e evolução ao longo do tempo; • Perceber a Educação a Distância como uma modalidade que reflete as principais transformações na sociedade informacional e seus reflexos na educação; • Embasar teoricamente a educação de jovens e adultos; • Explorar o E-learning como ferramenta de autodesenvolvimento e consumo de informação; • Identificar a potencialidade da distribuição de conteúdo informacional. Aproveite a leitura e as imagens do seu livro e não deixe de buscar as indicações da sessão “Saiba mais” para aprimorar seus conhecimentos. Então, vamos aos trabalhos! Boa jornada! 7 1. A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DO AVA Esta unidade abordará a Educação a Distância, as tecnologias de informação e comunicação e dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, bem como suas especificidades e aplicações. Para contextuar, é necessário analisarmos fatoresque estão ligados à evolução econômica, tempo, espaço, custo e dificuldades de deslocamentos constantes nas grandes metrópoles. Tais questões são lembradas por seus impactos em todos os envolvidos nos processos de ensino (professores, tutores e alunos). A partir deste cenário é que se tem uma reflexão sobre as tradicionais formas de ensino contrapondo a abertura de espaços aos sistemas alternativos, como Educação a Distância (EaD), cuja facilidade de recursos de aprendizagem e autonomia são trabalhados de modo peculiar. Figura 1: A Educação sob um novo olhar! Fonte: <https://educamaisbrasil2019.org/educa-mais-brasil-ead-2019/> Acesso em: 01 mar. 2019. Fundamentado no fato de que a informação e o conhecimento são as principais fontes para obtenção de vantagem competitiva e que a busca por constantes atualizações e aprendizado contínuo são exigências do mercado ao mesmo tempo em que há barreiras como deslocamentos físicos rotineiros para instituições de ensino convencionais, a Educação a Distância tem como desafio garantir a qualidade do desempenho do aluno na forma do seu aprendizado. Assim, com os avanços da tecnologia e comunicação, e, sobretudo, com o advento da própria Internet, problemas relacionados à distância física e falta de tempo foram facilmente solucionados. É através desse cenário que a Educação a Distância é percebida como uma modalidade de ensino consolidada que pretende ampliar o acesso à educação. Para melhor compreensão do tema é necessário trafegarmos pelo contexto histórico, surgimento, evolução da EaD e panorama atual, além de nos aprofundarmos também sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem Conteúdos trabalhados na unidade: A educação no contexto do AVA: Contexto histórico, surgimento, evolução do EaD e panorama atual; Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). 8 1.1 Contexto histórico, surgimento, evolução do EaD e panorama atual Figura 2: EaD e a Democratização do Ensino Fonte: <http://escolaaberta3setor.org.br/projeto/a-historia-da-educacao-a-distancia-no-mundo/>. Acesso em: 01 mar. 2019. A Educação a Distância surge para democratizar o acesso a um programa de educação efetiva, baseados em critérios qualitativos e quantitativos, viabilizados pela evolução da tecnologia e comunicação, onde é possível criar interação entre professores e alunos, ainda que não estejam no mesmo ambiente físico. O conceito oficial de Educação a Distância no Brasil é definido pelo atual Decreto n.º 9.057 de 25 de maio de 2017 (BRASIL, 2007). Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação a distância a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos. (BRASIL, 2017). 9 As tecnologias de informação e comunicação (TICs) têm sido cada vez mais integradas aos projetos e cursos de Educação a Distância (EaD) no Brasil, a fim de viabilizar os processos de ensino e aprendizagem, e de estimular a conexão entre os envolvidos. Nesse cenário, a EaD é concebida como um novo formato ou modalidade de ensino e de aprendizagem. O uso das TICs como ferramenta didático-pedagógica, tanto na esfera presencial ou como virtual; aliada aos recursos tecnológicos são um desafio para os profissionais da educação e os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). (SILVA; SOARES, 2015). Por isso, a tecnologia é encarada como principal meio que promove a comunicação e a interação entre alunos e professores no formato da EaD. Tal modalidade é praticada nas mais diversas etapas do ensino, seja na Educação Básica, mas principalmente na Educação Superior, em especializações e cursos abertos. Ao falarmos de EaD é importante considerá-la como fator de desenvolvimento da própria educação, em sentido amplo. MORAES (2010) define que: O Ministério da Educação (MEC), publicou no dia 21/06/2017 portaria que regulamenta o Decreto n.º 9057 de 25 de Maio de 2017, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos superiores na modalidade à distância, melhorar a qualidade de atuação regulatória do MEC na área, aperfeiçoando procedimentos, desburocratizando fluxos e reduzindo o tempo e reduzindo o tempo de análise e o estoque de processos. Veja um resumo das regulamentações atualizadas em: <http://portal.mec.gov.br/busca-geral/212-noticias/educacao-superior- 1690610854/50451-mec-atualiza-regulamentacao-de-ead-e-amplia-a-oferta-de- cursos>. Acesso em: 03 mar. 2019. Veja o que diz na íntegra o Decreto nº 9057 de 25 de Maio de 2017 em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2017/Decreto/D9057.htm#art24>. Acesso em: 03 mar. 2019. As referidas atualizações foram publicadas ainda na portaria normativa do Diário Oficial da União em 21/06/2017, em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6 6431-portaria-normativa-11-pdf&category_slug=maio-2017-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 03 mar. 2019. 10 […] não apenas amplia oportunidades para indivíduos e grupos sociais “confinados” pelo espaço e pela agenda social, isto é, pelos seus ritmos de vida e trabalho. Essa é uma das motivações mais enunciadas nos projetos em uso e na literatura da área. Para haver claras evidências empíricas desses resultados. Desse modo, ela amplia o poder de fogo da educação, em sentido geral, como favor de desenvolvimento. Ela é uma arma a mais – e uma arma de considerável alcance, que muda o caráter da “guerra”, como o avião nomeio do século. (MORAES, 2010, p. 13) Quando falamos de Educação a Distância não nos limitamos a refletir somente sob o aspecto tempo e espaço, mas também na relação existente entre o ensino/aprendizagem e a autonomia do aluno. De acordo com Moran (2002), a Educação a Distância é um processo de ensino aprendizagem mediado por tecnologias em que professores e alunos estão separados espacial e temporalmente, sendo fundamental a autonomia do aluno e a interação com os demais envolvidos. Corroborando com esta afirmação, RODRIGUES e CALVO (2009) defendem que a EaD: […] descreve o universo de relações professor x aluno quando alunos e instrutores estão separados no espaço e/ou no tempo. Este universo de relações tem como primícias básicas: a estrutura dos programas educacionais, a interação entre alunos e professores e a natureza e o grau de autonomia do aluno (RODRIGUES; CALVO, 2009, p. 3). Ao falarmos sobre a questão da autonomia no processo de ensino e de aprendizagem é importante considerar que a modalidade de EaD exige mudanças na rotina dos alunos. Assim, a independência na hora de estudar e a autonomia do aprendizado vão depender da capacidade de gerenciamento do tempo do aluno, considerando ainda fatores primordiais como disciplina, interesse, motivação, compromisso com prazos, senso de urgência, entre outros. As dicas a seguir foram obtidas da Você S/A (2018) e foram elaboradas para aprimorar o seu aproveitamento do curso na modalidade EaD. Fique atento e comece já a colocar em prática! 11 Toque para ampliar Fonte: <https://exame.abril.com.br/carreira/cursos-ead-estao-crescendo-no-brasil/>. Acesso em: 10 mar. 2019. http://abrappmobile.azurewebsites.net/wp-content/uploads/2018/01/arteEAD1.png 12 Figura 3: Contexto histórico e evolução do EaD Fonte: <http://www.ead.unimontes.br/nasala/a-evolucao-da-ead/>. Acesso em: 01 mar. 2019 Apesar da Educação a Distância ser uma forma de aprendizado bastante comum e praticada nos dias de hoje, com ferramentas tecnológicas cada vez mais interativas e versáteis, sua história é notada por uma trajetória complexa e bastante extensa. Conforme são relatadosos fatos históricos, o conceito e as práticas da EaD não são recentes. Segundo Golvêa e Oliveira (2006), algumas referências são tão antigas que fazem menção às epístolas de São Paulo às comunidades cristãs da Ásia Menor, registradas na Bíblia, como a origem histórica da Educação a Distância. Tais ensinamentos diziam respeito à maneira como conviver diante das doutrinas cristãs em ambientes desfavoráveis e teriam sido enviadas por volta de meados do século I. Oficialmente, o primeiro registro da história da Educação a Distância no mundo, começa em 1728, com o Professor Caleb Phillips, de Short Hand, na Gazeta de Boston, através de um curso diferenciado com material para ensino e tutorial por correspondência (ALVES, 2011). Já no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distância (ALVES, 2011), a referência do marco inicial da história da Educação a Distância se inicia em 1904, quando no Jornal do Brasil foi ofertado o curso de datilografia por correspondência. Posteriormente, em 1923, a educação via rádio foi o segundo meio de transmissão de Educação a Distância no Brasil com a criação da Rádio Sociedade do Rio de janeiro, que trazia o curso de Associação Brasileira de Educação a Distância. A TV, por sua vez, foi utilizada como transmissora de conteúdos educacionais por volta dos anos 60 e 70. E, por fim, com o surgimento dos primeiros computadores entre as décadas de 1980 e 1990 foi possível viabilizar e fortalecer a estrutura da Educação a Distância em um panorama mundial. É importante ressaltar que em 1995 foi criado o Centro Nacional de Educação a Distância e, no ano seguinte, é criada a Secretaria de Educação a Distância dentro de uma política que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira, a partir disso, a história da Educação a Distância no Brasil só tem sido fortalecida por melhores infraestruturas e regulamentações. 13 Destacamos a seguir alguns exemplos obtidos no Acervo do Estadão, de cursos profissionalizantes realizados por correspondência que aconteceram no ano de 1909, estampados nas páginas do Estado; ou nos anos de 1943 e 1948, em que vemos os exemplos dos cursos de eletrônica e rádio por meio de cartas-aula. Outro destaque é a propaganda do bem-sucedido exemplo de Teleducação, ensino via televisão. A primeira aula do Telecurso 2.º grau, promovido pela Fundação Padre Anchieta, em parceria com a Rede Globo, foi realizada no dia 16 de janeiro de 1978, com transmissão apenas para o estado de São Paulo. Posteriormente foi ampliada para as demais cidades. Figura 4: Cursos profissionalizantes por correspondência Fonte: <https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou-por- correio,9176,0.htm>. Acesso em: 05 mar. 2019. Quer saber mais sobre a cronologia completa dos fatores históricos que permeiam a Educação a Distância no Brasil e no mundo? Veja o artigo a seguir em: <http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.p df>. Acesso em: 03 mar. 2019. O Estado de S. Paulo – 25/03/1909 O Estado de S. Paulo – 17/10/1943 O Estado de S. Paulo – 30/5/1948 14 Fonte: <https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou-por- correio,9176,0.htm>. Acesso em: 05 mar. 2019. O Estado de S. Paulo – 17/01/1978 O Estado de S. Paulo – 18/12/1996 Vale a pena conhecer mais no Acervo do Estadão os anúncios dos primeiros cursos de EaD no Brasil, realizados por correspondências, rádio e TV. É uma excelente oportunidade de entender muito mais sobre a sua evolução e expansão! Dica: Veja mais exemplos clicando nas imagens. <https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou- por-correio,9176,0.htm>. Acesso em: 07 mar. 2019. Figura 6: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Figura 5: O ensino via televisão 15 É muito importante considerar os fatores que influenciam e contribuem para o crescimento tão acelerado da Educação a Distância no Brasil. Podemos destacar como referência uma matéria da Revista Exame (2018), em que aponta que esta expansão se deve por dois fatores: custo mais baixo (se comparado aos cursos presenciais) e a flexibilidade no que diz respeito à tempo e espaço. Outros fatores que influenciaram a expansão da Educação a Distância no Brasil, segundo o site Minha Biblioteca.com.br (2018), são: crescimento do acesso à internet uma vez que a nova geração de alunos já nasce rodeada pelas novas tecnologias e se sentem à vontade em ambientes virtuais; fator econômico, com mensalidades consideravelmente menores, além de não haver gastos com locomoção até o campus; maior flexibilidade e controle do aprendizado já o aluno tem a liberdade de estudar e rever as aulas de acordo com a sua disponibilidade; menor desconfiança com a otimização da regulamentação do EaD e a segurança de diplomas reconhecidos pelo MEC; Para compreender melhor a Evolução do EaD, veja no que consiste as suas três principais etapas. São elas: A primeira geração do EAD foi caracterizada pelos cursos por correspondência. Nesse tipo de curso, o aluno recebia o material solicitado em casa, com conteúdos e exercícios a respeito do tema que seria estudado. Um bom exemplo dessa geração é o Instituto Universal Brasileiro, preparava os alunos para o mercado de trabalho com materiais impressos enviados pelo correio. A segunda geração do ensino a distância no Brasil veio a partir dos anos 1970, quando o foco principal ainda eram os materiais impressos, mas surgiram também fitas de vídeo, programas da televisão etc. O Telecurso é um programa que exemplifica essa geração. Nessa mesma época, na Europa e nos Estados Unidos já surgiam as primeiras Universidades Abertas. A última geração (5ª) é classificada pelos dias atuais: a tecnologia está totalmente integrada, os alunos utilizam os mais diversos recursos de comunicação por meio de computadores conectados à Internet, e o número de adeptos cresceu muito. Existem, no Brasil, mais de um milhão de alunos que optaram pelo ensino a distância para concluir uma faculdade. Consulte em: <https://www.ead.com.br/ead/expansao-ead-brasil.html>. Acesso em: 05 mar. 2019. 16 e avanço da tecnologia permitindo ao usuário o acesso à informação por meio de diversas plataformas e ferramentas como videoaulas, livros digitais, conteúdo em áudio, inclusive por meio de ferramentas como smartphone ou tablets. É importante destacar ainda como fatores que contemplam o crescimento da modalidade EaD no Brasil, os programas de bolsas que ofertam vagas com um desconto parcial ou total na mensalidade do curso. Figura 7: EaD – Navegando e Aprendendo Fonte: <https://www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia/>. Acesso em: 07/03/2019. A partir da contextualização histórica e da evolução da EaD no Brasil e no mundo, dos fatores que influenciam o seu crescimento e dos principais exemplos de aplicações de sucesso nessa modalidade, vamos observar um panorama atual sobre o tema, bem como as suas projeções para os próximos anos. De acordo com os dados obtidos pela Revista Veja (2018), cerca de 1,5 milhão de brasileiros optam pelo ensino a distância – 18,6% das matrículas totais. Em 2004, eram apenas 60.000, 4,2% do total. O número de ingressantes nessa modalidade no ensino superior cresceu 21,4% de 2015 a 2016 e já representa 28% dos novos alunos. Por outro lado, a quantidade de alunos que entraram em vagas presenciais em faculdades sofreu retração de 3,7% no mesmo período. Abaixo é possível ter uma noção mais detalhada sobre o panorama atual no Brasil sobre a procura dos cursos EaD. Os dados foram coletados da Revista Veja (2018). 17 Gráfico 1: Evolução da procura de cursos de graduação por EaD (% em relação ao total de matrículas) Fonte:<https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 Como notamos no gráfico acima que abrange a evolução da procura de cursos de graduação por EaD em relação ao total de matrículas, houve um crescimento perceptível, considerando os anos de 2004 e 2016. Gráfico 2: Número de ingressantes em cursos de graduação Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 18 O mesmo acontece para o gráfico 2 que representa o número de ingressantes em cursos de graduação. Houve um crescimento considerável entre os anos de 2015 e 2016, atingindo os 21,4%, neste último. Gráfico 3: Instituições de ensino superior que ofertam EAD Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 O gráfico 3 indica que, entre os anos de 2009 e 2016 a oferta de Instituições de Ensino Superior que atuam com a modalidade EaD quase dobrou. Gráfico 4: Evolução da mensalidade média do EaD Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 19 O gráfico 4 que representa a evolução da mensalidade média no EaD mostra que, no decorrer dos anos, os investimentos financeiros nesta modalidade estão se tornando cada vez mais acessíveis. Gráfico 5: Evolução da idade média do aluno de EaD Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 Figura 8: Período estimado pela procura da EaD Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 20 Figura 9: Perfil Predominante na EaD Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. Acesso em: 07 mar. 2019 Conforme demonstra o gráfico 5 “Evolução da idade média do aluno de EaD” e as Figuras 8 e 9 obtidas através da Veja (2018), o perfil aproximado do público que usufrui da EaD são mulheres, alunas de licenciatura, com uma média de idade de 28 anos, com continuidade à Educação Superior em um tempo de 2 anos após à Educação no Ensino Médio. Figura 10: Dados globais sobre a oferta de EaD no Brasil Fonte: <http://abed.org.br/arquivos/qualidade_educacao_superior_distancia_carlos_biel_abr_2018.pdf>. Acesso em: 07 mar. 2019 Conforme dados acima, é possível constatar que a modalidade de Educação a Distância vem conquistando cada vez mais a credibilidade e o crescimento pela procura no país, devido os resultados positivos obtidos com os avanços tecnológicos e a facilidade ao acesso no que diz respeito à formação das pessoas. Em suma, o cenário é promissor para a modalidade de EaD, que se aproxima cada vez mais do cenário de cursos presenciais. 21 Em 2012, foi publicado o livro “A prática da Educação a Distância na Universidade Federal do Rio Grande do Norte” e, em sua apresentação, a professora Marta Pernambuco afirma que “A implementação da Educação a Distância, principalmente como forma de escolarização”, gera polêmicas.” Depois, ela faz alguns questionamentos, reproduzidos a seguir: Questão adaptada de: <https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao- para-o-enem-e-vestibular/nova-proposta-de-redacao-ead-e-democratizacao-do- ensino-superior/>. Acesso em: 10 mar. 2019 A partir das considerações acima, feitas pela professora e do conhecimento obtido sobre a Educação a Distância, seu surgimento, contexto histórico e panorama atual, elabore um pequeno artigo de opinião no qual você defenda um ponto de vista em resposta à seguinte questão: A Educação a Distância é uma alternativa viável para a democratização da Educação Superior de qualidade no Brasil? Vale a pena conhecer e observar os dados complementares sobre o panorama atual da Educação a Distância no Brasil através as referências a seguir, disponíveis em: <http://abed.org.br/arquivos/qualidade_educacao_superior_distancia_carlos_biel_abr_201 8.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2019. <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no- brasil/>. Acesso em: 05 mar. 2019. <https://www.fundacred.org.br/site/2017/11/27/ead-no-brasil-correspondera-51-do- mercado-em-2023-diz-pesquisa/>. Acesso em: 07 mar. 2019 https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/ https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/ 22 Não esqueça de justificar e exemplificar com os fundamentos que foram trabalhados até agora! Bom trabalho! ______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 23 1.2 Ambientes virtuais de aprendizagem Figura 11: Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) Fonte: <http://gabriellaeadava.blogspot.com/2015/07/artigo-ambiente-virtuai-de-aprendizagem.html>. Acesso em: 07 mar. 2019 Assim como as TICs são consideradas ferramentas didático-pedagógicas, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são vistos como uma nova realidade no processo de ensino aprendizagem cheiode desafios e inovação. SILVA, PEREIRA e SOARES (2015) trazem uma definição ampla e esclarecedora sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem a seguir: O termo ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é designado para descrever o conjunto de sistemas necessários à gestão da aprendizagem online. Tais sistemas permitem a gestão de todos os processos, desde a criação do curso até a disponibilização do material didático ao aluno. Os AVA são sistemas que fornecem suporte a diversos tipos de atividades realizadas pelo aluno e pelo professor, um conjunto de ferramentas que são usadas em diferentes situações dos processos de ensino e de aprendizagem. (SILVA; PEREIRA; SOARES, 2015, p. 16). É possível considerar, desta forma, que os Ambientes Virtuais de Aprendizagem são sistemas capazes de otimizar o processo de ensino e aprendizagem através da organização de conteúdo, controle e interação entre professores e alunos. 24 Figura 12: Versatilidade dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem Fonte: <http://teachersuellen.blogspot.com/2015/08/ambiente-virtual-de-aprendizagem-ava.html>. Acesso em: 10 mar. 2019 Um Ambiente Virtual de Aprendizagem é um instrumento versátil que pode ser utilizado tanto em cursos inteiramente virtuais (EaD), como em alguns casos para complemento de aulas presenciais com conteúdos virtuais. Uma ferramenta que veio para somar, quando o assunto permeia o processo de ensino aprendizagem. Para complementar o pensamento acima, Almeida (2003), define o que ensinar em ambientes virtuais de aprendizagem significa: […] organizar situações de aprendizagem, planejar e propor atividades; disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e linguagens; ter um professor que atue como mediador e orientador do aluno, procurando identificar suas representações de pensamento; fornecer informações relevantes, incentivar a busca de distintas fontes de informações e a realização de experimentações; provocar a reflexão sobre processos e produtos; favorecer a formalização de conceitos; propiciar a Inter aprendizagem e a aprendizagem significativa do aluno (ALMEIDA, 2003 p.334) Villardi (2005) corrobora com o pensamento acima e destaca ainda que os ambientes virtuais de aprendizagem são instrumentos poderosos no processo de ensino aprendizagem, conforme citado a seguir: As novas tecnologias de informação e de comunicação fizeram ingressar nos ambientes tecnológicos de treinamento e ensino um poderoso instrumental interacional, capaz de alterar, substantivamente, as possibilidades de relação entre os sujeitos envolvidos e, sim, viabilizar que, nesses ambientes, se criem as condições indispensáveis ao caráter dialógico da educação (VILLARDI, 2005, p. 82). 25 Figura 13: As Ferramentas Tecnológicas do AVA Fonte: Nuvens de palavras criadas a partir do site <https://www.wordclouds.com/>. Acesso em: 05 mar. 2019 Uma vez entendido que Ambiente Virtual de Aprendizagem, ou AVA, é um sistema criado para gerenciar cursos através da internet, que podem ser utilizados nas modalidades presenciais, semipresenciais ou a distância, é importante considerar o uso de suas ferramentas, bem como suas aplicabilidades. Se os Ambientes Virtuais de Aprendizagem são utilizados para viabilizar a construção e o aprimoramento do conhecimento, suas ferramentas tecnológicas precisam estar condizentes com a proposta do curso, bem como com a realidade de seus alunos. Moran Costas (2013) destaca que “a educação precisa ser mais contextualizada, próxima a vivência dos alunos, trazendo autoconhecimento da sua vida e do seu mundo”. Para Andrade e Santos (2010): […] a interação nos ambientes virtuais será intensificada, somente se, os professores e alunos utilizarem as ferramentas interativas síncronas e assíncronas de forma significativa no processo de ensino aprendizagem e em sua inter-relação para o desenvolvimento acadêmico. E, estas ferramentas devem ser utilizadas de forma intencional pelos participantes do curso, sempre visando a melhor forma de atingir o objetivo de aprendizagem. Diante do exposto, podemos considerar que as ferramentas tecnológicas são elementos essenciais na construção do conhecimento e da aprendizagem em um Ambiente Virtual de Aprendizagem, pois a partir de delas são criados mecanismos de educação interativa. 26 Figura 14: Os benefícios do AVA Fonte: <http://www.abutakka.com.br/wp- content/uploads/2014/11/REDUZIDA_Grafico_Rosana.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2019 No que diz respeito às ferramentas tecnológicas dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem vale lembrar que podemos classificá-las em dois grupos distintos: síncronas e assíncronas. Corrêa (2007) define “[…] síncronas aquelas que os participantes estão conectados no ambiente simultaneamente, já as ferramentas assíncronas é o oposto, isto é, os interlocutores interagem no sistema tempos diferentes.” E são através dessas ferramentas que o corpo docente pode aprimorar a sua atuação nestes ambientes virtuais e aumentar o interesse dos alunos a partir dos conteúdos gerados. Podemos citar como exemplos de ferramentas síncronas: chat, msn/icq interno, videoconferência, prova online etc.; como ferramentas assíncronas temos: e-mail, mural, painel de avisos, biblioteca virtual, fórum de discussões, FAQ etc. É evidente o quanto toda a comunidade acadêmica, alunos, professores e as instituições de ensino obtêm vantagens e benefícios nos processos de ensino aprendizagem, quando enxergamos o potencial contido nas ferramentas tecnológicas em seus Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 27 Alguns desses benefícios, no contexto dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, podem ser destacados, como a consolidação da autonomia do aluno no processo de aprendizado. Para melhor detalhar, Schelemmer (2005) lista os benefícios dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem para as instituições de ensino, para professores e alunos, como segue: Benefícios para instituições de ensino: Possibilita atender a um variado espectro de público; Amplia os espaços destinados à Educação, podendo ser usado para a constituição de comunidades virtuais de aprendizagem, tanto como apoio ao ensino presencial quanto para a educação a distância; Quando utilizado na modalidade à distância, o AVA possibilita reduzir custos relacionados a deslocamentos físicos e infraestrutura física. Benefícios para os professores: Suporta diferentes estilos de aprendizagem: cooperativa, orientada por discussão, centrada no sujeito, por projetos, por desafios/problemas/casos; Serve de suporte para o desenvolvimento de práticas pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares; Possibilita disseminar informações para um grande número de pessoas ao mesmo tempo, sem limites de amplitude geográfica; Disponibilizada a informação no ambiente, tornando possível a atualização, o armazenamento, a recuperação, a distribuição e compartilhamento instantâneo; A concepção didático-pedagógica possibilita uma visão clara das possibilidades de uso das ferramentas e uma maior interação. Permite a personalização de uma comunidade de acordo com suas necessidades e características. Dessa forma, o conceptor, ao criar uma comunidade, pode escolher dentre as opções oferecidas as que melhor atendam aos objetivos da comunidade em questão. Ainda, ele tem a facilidade de, a qualquer momento, poder incluir ou excluir ferramentas. Conheça o trabalho intitulado “Avas – Ambientes Virtuais de Aprendizagem” para aprofundar seu conhecimento sobre as principais ferramentas tecnológicas contidas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem. É uma leitura que explicita detalhadamente as ferramentas tecnológicas considerando a sua classificação por interatividade, sincronia e finalidades. O conteúdo está disponível em: <http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/76242728/AMBIENTES%20VIRTUAIS%20DE%20APRENDIZAGEM>. Acesso em: 10 mar. 2019. 28 Benefícios para os alunos: Proporciona um fácil acesso à informação, pois não depende de espaço e nem de tempo fixos. Os alunos ficam livres para estudar em seu próprio ritmo, independentemente do lugar onde estejam. Podem acessar a sua comunidade por meio do AVA, de qualquer lugar e a qualquer hora. O aprendizado pode ocorrer 24 horas por dia, sete dias por semana; Possibilita o compartilhamento de informações e a produção de conhecimento de forma coletiva, propiciando ampliar experiências, estimulando a colaboração entre os alunos; Os alunos, individualmente ou em grupo, podem ter um acompanhamento personalizado e adequado às suas necessidades, de forma que, além de poder se conectar na hora que julgar mais propícia, ainda contam com a disponibilidade de poder escolher os assuntos e as opções que julgarem mais convenientes; O AVA possibilita que grupos de alunos interagem em comunidades, que possam compartilhar as informações e seus insights, mesmo após a conclusão do curso ou da capacitação. De uma forma resumida, entendemos que os benefícios dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem envolvem a superação do tempo-espaço, com possibilidades de várias pessoas em lugares diferentes ao mesmo tempo; o reforço da importância do trabalho didático do professor; a colaboração e cooperação no processo ensino- aprendizagem: com participação ativa de alunos e professores; interatividade através das ferramentas de comunicação. Não deixe de ler “Educação a Distância e ensino superior – introdução didática a um tema polêmico”. O livro busca apresentar ao leitor um fenômeno de crescente importância nos dias de hoje: a educação a distância (EaD), distanciando-se de visões estereotipadas que endeusam ou satanizam essas práticas e, focando, especificamente, no Ensino Superior e nas formas de mostrar seus potenciais e seus limites. MORAES, Reginaldo C. Educação a distância e ensino superior: introdução didática a um tema polêmico. São Paulo: Editora Senac, 2010. 29 Figura 15: Moodle – As plataformas do AVA Fonte: <https://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/plataformas-ava>. Acesso em: 10 mar. 2019 As plataformas que permeiam os Ambientes Virtuais de Aprendizagem podem ser divididas em dois grupos: de software livre e as que são software de autoria. Podemos citar como exemplos de plataformas dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem o Moodle, LM Estúdios, Teleduc, AulaNet, E-Proinfo. O MOODLE é a principal plataforma educacional da web utilizadas em diversas universidades públicas e privadas e se define como “um modelo em software livre, utilizado como ferramenta de apoio ao ensino e à aprendizagem” (MOODLE, 2019). Os softwares livres (utilizados com frequência em portais do governo) são aqueles que podem ser usados, copiados, estudados, modificados, customizados e redistribuídos, esses softwares só possuem um dificultador: as modificações são restritas. Já os softwares de autoria eles são criados e desenvolvidos por empresas para atender especificamente a uma demanda, em alguns casos eles são customizados para atender ao cliente e podem sofrer melhorias ao longo de sua utilização. Conteúdo disponível em: <http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/76242728/AMBIENTES%20VIRTUA IS%20DE%20APRENDIZAGEM>. Acesso em: 11 mar. 2019 30 Após conhecer as ferramentas tecnológicas dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem abordadas nesta unidade, discorra em um texto sucinto sobre quais dessas ferramentas são mais utilizadas por você em seu curso, justificando os motivos de sua preferência, bem como classificando em síncronas ou assíncronas. Bom trabalho! A plataforma Moodle pode ser descrita e caracterizada, conforme a seguir. O Moodle, sendo um AVA, potencializa a aprendizagem colaborativa, apresentando diversos recursos importantes, dentre eles: chat, fórum, mensagem, workshop (oficina de trabalho) e wiki (coleção de documentos em hipertexto). O Moodle é um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades online. O Moodle aplica-se tanto à forma como foi feito como a uma sugestiva maneira pela qual um estudante ou um professor pode se integrar estudando ou ensinando um curso online. Dispõe de uma proposta bastante diferenciada: “aprender em colaboração” no ambiente online. Fonte: ROSTAS, Márcia Helena Sauáia Guimarães; ROSTAS, Guilherme Ribeiro. O ambiente virtual de aprendizagem (moodle) como ferramenta auxiliar no processo ensino-aprendizagem: uma questão de comunicação. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/px29p/pdf/soto- 9788579830174-08.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019. Para informações mais detalhadas com definições e características desta ferramenta, acessar: <http://moodle.org>. Acesso em: 10 mar. 2019. <https://www.moodlelivre.com.br/noticias/593-caracteristicas-de- moodle>. Acesso em: 10 mar. 2019. <https://www.moodlelivre.com.br/tutoriais-e-dicas/974-o-que-e-moodle>. Acesso em: 10 mar. 2019. 31 ______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Encerramos a Unidade I que contemplou as conexões entre Educação a Distância em Ambientes Virtuais de Aprendizagem e como esta modalidade se expandiu ao longo dos anos. No que diz respeito à evolução do EaD no Brasil, fica claro que a tecnologia e seus avanços foram fundamentais para este cenário de mudança e adaptação de ensino, além de outros fatores que contribuíram para o seu crescimento. Aqui, você ainda estudou que os Ambientes de Aprendizagem, assim como suas ferramentas tecnológicas são elementos essenciais para viabilizar uma educação dialógica e uma aprendizagem cooperativa dentro de um contexto tecnológico. As formas como elas são utilizadas é que irão garantir ou não o sucesso de um curso em EaD via internet. Também discutimos sobre os benefícios e as diferentes plataformas utilizadas em um Ambiente Virtual de Aprendizagem e como elas são capazes de potencializar a aprendizagem colaborativa, o gerenciamento de cursos e atividades educacionais e a interação entre aluno e professor no ambiente online. 32 Esperamos que você tenha assimilado o conteúdo e que esteja pronto(a) paraas próximas abordagens dentro deste contexto do Ensino Superior em ambientes virtuais. Até a próxima! 33 2. O ENSINO SUPERIOR RELACIONADO AO AMBIENTE TECNOLÓGICO Esta unidade abordará a educação em convergência com os avanços tecnológicos, bem como a análise sobre as importâncias e funções de cada um dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem: estudantes, professores e tutores. Para contextualizarmos esta temática, é necessário, primeiramente, de um olhar sobre a evolução da tecnologia e a sua capacidade de transformar a dinâmica da sociedade em que vivemos, além de ampliar as possibilidades de comunicação e interação. É importante destacar ainda a mudança como o indivíduo percebe a realidade que existe em sua volta, na qual conceitos são redefinidos, técnicas e práticas são aprimoradas e novas perspectivas são criadas, tudo graças à utilização das novas tecnologias. E, se os avanços tecnológicos permeiam todos os setores da vida social, com o ambiente educacional não poderia ser diferente. As tecnologias de informação e comunicação, ou TICs, surgem para viabilizar uma educação colaborativa, com acesso a ambientes virtuais que disponibilizam informações, ao mesmo tempo em que permitem diversas interações entre usuários. Um cenário promissor e ao mesmo tempo desafiador para a Educação, especialmente para o Ensino Superior, e que torna o processo ensino-aprendizagem uma metodologia didática, criativa, com autonomia ao aluno e faz do conhecimento uma construção coletiva. A partir desse contexto, é importante refletirmos sobre os impactos do uso da tecnologia da informação e da comunicação na educação superior, bem como suas definições, benefícios e desafios. Vamos em frente? 2.1 Impactos do uso da tecnologia na educação superior Antes de refletirmos sobre os impactos do uso da tecnologia no âmbito educacional, é necessário um olhar sobre as inúmeras transformações da sociedade contemporânea, quando falamos do avanço dessas tecnologias e de como elas são grandes influenciadoras da vida humana, seja no trabalho, ou em casa, na escola ou em momentos de lazer. Novos estilos de vida são formados, com pessoas cada vez mais conectadas, com novas condutas e seguindo culturas e costumes que são ditados pelas grandes tendências das populações mundiais. Conteúdos trabalhados na unidade: O Ensino Superior relacionado ao ambiente tecnológico: Impactos do uso da tecnologia na educação superior; Estudante, Professor, Tutor: importância e funções. 34 Figura 16: As TICs transformando o mundo Fonte: <http://miditecnologico.com.br/noticia/brasil-%C3%A9-o-quinto-pa%C3%ADs-que- mais-investiu-em-tics-no-mundo>. Acesso em: 25 mar. 2019 Vargas e Goulart (2008) abordam a tecnologia no contexto social e cultural de sua criação e utilização da seguinte forma: Há uma ideia corrente de que a tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Trabalhamos, pensamos, nos divertimos sempre com a intermediação de equipamentos, mais ou menos sofisticados, quase autônomos. É possível dizer que a natureza do ser humano se aproxima de um perfil eminentemente tecnológico. Em outras palavras, a natureza humana parece só existir e se definir em função das relações estabelecidas entre a sociedade e a lógica das máquinas. (VARGAS; GOULART, 2008, p. 161). Uma sociedade interativa e conectada através do principal meio de comunicação do mundo: a internet, disposta a incorporar as tecnologias de informação e comunicação (TICs) em suas práticas sociais, profissionais e educacionais, além de, constantemente, criar interações, gerar conhecimento ou identificar oportunidades de melhorias entre a vida humana e o mundo digital. Figura 17: Uma nova perspectiva Fonte: <https://www.domalberto.edu.br/cursos/as-tics-aplicadas-ao-ensino-superior-80-horas/>. Acesso em: 22 mar. 2019 35 E já que os avanços tecnológicos e a internet impactaram todos os setores da vida social, com a Educação não poderia ser diferente. O conhecimento, diante do cenário tecnológico, é participativo e compartilhado. Tais mudanças exigem dos envolvidos constantes adaptações para que estas novas tecnologias sejam absorvidas com sucesso. Para Silveira (2007): A educação, hoje, absorve as novas tecnologias de informação e da comunicação, como um dia absorveu o lápis, a lousa, a caneta esferográfica, as transparências, os slides e outros instrumentos, com o intuito de facilitar tanto o ensino como a aprendizagem. (SILVEIRA, 2007, p. 91). Ao falarmos em possibilidades da propagação do conhecimento através das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no âmbito educacional, nos referimos em como o acesso a informação é ampliado e reproduzido, através da internet. A sociedade do conhecimento se forma através da interação entre indivíduos, em tempo real ou não, livre de espaço e tempo, baseada no conceito do uso compartilhado de recursos, onde se valoriza o direito às informações. Cria-se, a partir de então, uma cultura de transmissão e socialização do conhecimento, na qual as tecnologias de informação e comunicação fazem a Educação ser percebida como um bem comum. É importante destacarmos que com a diversificação e modernização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) é possível explorar conteúdos, conceitos, teorias, tanto em ambientes presenciais, como em ambientes virtuais de aprendizagem que antes não podiam ser demonstrados, e são viabilizados através de aparelhos tecnológicos como o computador, retroprojetor, televisão, animações, internet, softwares, entre outros. Com isso, o ambiente educacional ganha uma nova perspectiva muito mais ampla, completa e moderna. Podemos considerar que as tecnologias de informação e comunicação enriqueceram o cenário educacional no Brasil e no mundo, sobretudo, no Ensino Superior, onde está concentrado um público cada vez mais adepto às inovações tecnológicas, e que entende a internet como um meio de comunicação necessário para suas ações no dia a dia. Sobre a internet, Arruda (2009) expressa que: […] a informática e a internet trazem consigo uma nova lógica e postura diante da aprendizagem completamente distinta das anteriores, afinal, a relação espaço-tempo apresentada pela escola é limitada àquele espaço físico, ao passo que essas novas tecnologias rompem as possibilidades comunicativas e de formação a partir do desaparecimento das fronteiras físicas e espaciais. (ARRUDA, 2009, p. 20) 36 Figura 18: As tecnologias impulsionando o Ensino Superior Fonte: <https://www.unit.br/blogead/tobiasbarreto/tecnologia-impulsiona-o-ensino-superior-a- distancia>. Acesso em: 22 mar. 2019 Confira a seguir a definição de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e aprimore o seu conhecimento sobre o assunto: “Entende-se que Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) consistem de todos os meios técnicos usados para tratar a informação e auxiliar na comunicação. Em outras palavras, TICs consistem em Tecnologia de Informação (TI) bem como quaisquer formas de transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Em outras palavras, podem ser entendidas como “um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio das funções de software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem”. Consulte mais em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/vie wFile/11019/8864>. Acesso em: 22 mar. 2019. <http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/tics/>. Acesso em: 22 mar. 2019. 37 E se, por um lado, as Instituições de Ensino Superior (IES) tem um papel fundamentalna formação do cidadão e preparação para o mercado de trabalho; as tecnologias de informação e comunicação (TICs), por sua vez, são as responsáveis pelo aprimoramento de ensino aprendizagem da sociedade. Desta forma, as Instituições de Ensino Superior, bem como os envolvidos no processo ensino-aprendizagem (professores e alunos) enfrentam um cenário desafiador: a união do ensino tradicional, das aulas expositivas em cursos presenciais conduzidos por quadro negro, giz e explicações de um professor, com a utilização de práticas metodológicas, recursos e interação oferecida pelas tecnologias de informação e comunicação. KENSKI (2003), afirma, do ponto de vista das Instituições de ensino que: […] devem criar mecanismos para que docentes e alunos tenham acesso a equipamentos, softwares e outras tecnologias de telecomunicações para agregar no desenvolvimento pessoal e principalmente profissional dos mesmos. Contudo, as mais modernas tecnologias de informação e comunicação exigem uma reestruturação ampla do sistema educacional de forma geral e não apenas a alteração dos objetivos, dos procedimentos e das metodologias de ensino. Mostram a necessidade de reorganização das políticas organizacionais, da gestão e das formas de avaliação da educação de maneira geral e não apenas as mudanças dos métodos pedagógicos e das disciplinas a partir da utilização efetiva das redes no ensino (KENSKI, 2003, p. 87). Portanto, no que diz respeito às inovações educacionais com o uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs), percebemos algumas características marcantes, a partir do que foi apontado pelos autores: • Um novo perfil de aluno, com estratégias mais modernas de acesso ao conhecimento; • Surgimento da Sociedade do Conhecimento – fortemente influenciada pelas TICs; • Consolidação de uma sociedade interativa e conectada – sempre acessível e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar; • Para as Instituições de Ensino – o desafio é entender, absorver práticas mais modernas e se adaptar a essa realidade; • Para professores – é o momento de ressignificar o seu papel, refletir suas práticas pedagógicas, ensinando o aluno a aprender por meio de ações continuadas, não restringindo à sala de aula tradicional. 38 Vale a pena conferir a leitura do livro Novas tecnologias e mediação pedagógica. Uma das abordagens do autor diz respeito à utilização da internet como grande potencializadora na Educação. “Utilizar a Internet para ensinar exige muita atenção dos professores. Não se deter diante de tantas possibilidades de informação, saber selecionar as mais importantes. Uma página bem apresentada, atraente dever ser imediatamente selecionada e pesquisada. A Internet facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece.” MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. Quer conhecer mais sobre a evolução da Educação? Veja o contexto histórico de cada uma de suas fases, a seguir: Educação 1.0 – Até meados do século 18, a educação era aquela bem tradicional que você (caso tenha pelo menos 30 anos) se lembra bem. O aluno aprende com o professor utilizando livros, cadernos, apostilas, lousa e giz. O ensino é realizado em um local físico definido: a sala de aula. Educação 2.0 – Partindo a Revolução Industrial até meados do século 20, o aluno, algumas vezes, divide experiências com os colegas, utilizando hardware, software e materiais didáticos, mas o ensino continua sendo realizado em locais definidos, como a sala de aula, ou, no máximo, os laboratórios de ciências e de informática. Educação 3.0 – A palavra-chave é COLABORAÇÃO. O aluno aprende com o professor e com os seus colegas de forma colaborativa. O Ensino começa a ser realizado de forma híbrida, presencial e a distância, com a inserção de múltiplos recursos. Educação 4.0 – O aluno passa a viver a experiência de aprendizagem por meio de projetos colaborativos, nos quais os professores e colegas atuam juntos. Os recursos disponíveis na escola passam a ser usados de maneira criativa e novas estratégias são baseadas nas metodologias ativas para as atividades em sala de aula. Consulte em: <http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/editor/file/ebook- educacao4.0-planneta.pdf>. Acesso em: 22 mar. 209 39 Figura 19: A era da aprendizagem colaborativa Fonte: <https://www5.usp.br/5290/especializada-em-tecnologia-na-educacao-escola-do- futuro-amplia-leque/>. Acesso em: 22 mar. 2019 Apesar de haver muitas definições de aprendizagem colaborativa definidas pelos autores, podemos compreender que trata-se do resultado da interação e troca entre os alunos, em torno de um objetivo em comum: o aprendizado. Para TORRES (2004, p.50): A proposta colaborativa caracteriza-se pela: participação ativa do aluno no processo de aprendizagem; mediação da aprendizagem feita por professores e tutores; construção coletiva do conhecimento, que emerge da troca entre pares, das atividades práticas dos alunos, de suas reflexões, de seus debates e questionamentos; interatividade entre os diversos atores que atuam no processo; estimulação dos processos de expressão e comunicação; flexibilização dos papéis no processo das comunicações e das relações a fim de permitir a construção coletiva do saber; sistematização do planejamento, do desenvolvimento e da avaliação das atividades; aceitação das diversidades e diferenças entre alunos; desenvolvimento da autonomia do aluno no processo ensino-aprendizagem; valorização da liberdade com responsabilidade; comprometimento com a autoria; valorização do processo e não do produto (TORRES, 2004, p. 50). A aprendizagem colaborativa surge para favorecer o desenvolvimento pessoal, social, acadêmico e profissional dos alunos, professores e tutores. Podemos destacar como alguns benefícios o desenvolvimento do senso de trabalho em equipe e de novas competências comportamentais e intelectuais, aprendizagem prática, aprimoramento da comunicação, melhoria da autoestima e melhoria de relacionamentos interpessoais. Vejamos a seguir, com relação aos elementos da sala de aula do século 21, um panorama atual, considerando o advento das tecnologias de informação e 40 comunicação na Educação e as principais mudanças e impactos considerando a visão do professor e do aluno. Figura 20: Elementos da Sala de Aula do Século 21 Fonte: <http://bibliotecasemrede.blogspot.com/2012/09/elementos-da-sala-de-aula-do-seculo- 21.html>. Acesso em: 23 mar. 2019 No que diz respeito às tendências mundiais que vão impactar a educação brasileira em 2019, entendemos estar diante de um cenário promissor. Apontamos a seguir, quais rotinas e formatos de conteúdo e interação vão ganhar ainda mais 41 espaço no dia a dia das Instituições de Ensino, de acordo com o site Direcional Escolas (2019). São eles: Blended Learning (Educação Híbrida); Gamificação; Segurança no mundo on-line; Mestrado e doutorado a distância; Dispositivos integrados de ensino. Figura 21: A consolidação da Educação Híbrida Fonte: <https://www.scoop.it/topic/education-online-2/p/4055543567/2015/11/20/a-onda-e- sistema-hibrido-de-educacao>. Acesso em: 23 mar. 2019. Assim, como vimos na figura acima, a Educação Híbrida, ou também conhecida como Blended Learning, veio para somar e otimizar os processos de ensino- aprendizagem, porém devemos sempre considerar que somente a tecnologia não é a responsável por este cenário. Para definir, podemos dizer que Educação Híbrida é a combinação do uso da tecnologia digital com as interações presenciais, a fim de otimizar a experiência do aluno. Trata-se de um modelo inovador, que permite a integração de novos conteúdos, troca de ideias einformações e, consequentemente, o aprendizado colaborativo. Em entrevista para a Época Negócios (2018), Julia Freeland Fisher, diretora para educação do Clayton Christensen Institute, diz que “o ensino híbrido é o futuro https://www.christenseninstitute.org/ 42 para a Educação, mas misturar on-line e off-line vai muito além de simplesmente colocar um computador na sala de aula”. E complementa dizendo que “nas salas de aula de ensino híbrido, os professores se transformam em facilitadores de aprendizagem.” Vejamos, de acordo com o site Direcional Escolas 2019, um pouco mais sobre estas tendências: Blended Learning – Também conhecido como “aprendizado híbrido” ou “modelo semipresencial”, essa metodologia combina sala de aula e educação on-line. O foco é na integração de ferramentas digitais, técnicas e materiais virtuais com a sala física. Gamificação – A gamificação é uma técnica de aprendizagem que trabalha a dinâmica de jogos lúdicos para criar mais engajamento dos estudantes no ensino e facilitar a absorção de conteúdo. Segurança no mundo on-line – A maioria das instituições de ensino têm refletido sobre como manter fora dos seus portões ameaças de violência armada, agressões e bullying. No entanto, o ambiente digital também exige essa preocupação relacionada à segurança. Quanto mais comum for o acesso à tecnologia, mais necessário será manter os estudantes a salvo de perigos cibernéticos. Mestrado e doutorado a distância – No relatório do e-Learning Inside News, o Massachussets Institute of Technology (MIT) divulgou que conquistou resultados excelentes em seu mais recente programa de mestrado on-line. No Brasil, já há debates intensos sobre a oferta de programas de mestrado e doutorado no modelo a distância. Dispositivos integrados de ensino – Com mais alunos usando vários dispositivos entre a casa e a instituição de ensino, programas que permitam a “malha de dispositivos”, ou seja, que funcionem em smartphones, tablets e computadores, serão fundamentais no processo de educação continuada. Essa tendência em relação a ferramentas que funcionam em plataformas – geralmente via nuvem – foi refletida em vários produtos da conferência da Sociedade Internacional para Tecnologia em Educação (ISTE) 2018. Destacamos algumas das tendências no âmbito da Educação para o ano de 2019. Mas sempre é importante lembrarmos que os avanços tecnológicos estão sempre nos apresentando formas diferentes para se comunicar, aprender e educar, daí a necessidade do reaprender a ensinar à medida que estas tecnologias aparecem. Segundo o levantamento do SESI e do SENAI, uma marcante tendência advinda do uso das tecnologias educacionais é baseada em Inteligência Artificial, que permite a identificação do conhecimento e emoções dos alunos e a sugestão da melhor estratégia no processo ensino-aprendizado. 43 Estudo do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) aponta as tendências de uso das tecnologias educacionais baseadas em IA nas escolas até 2030. Conheça aqui as tecnologias educacionais com uso de inteligência artificial que devem ser difundidas: Até o período de 2020 Plataformas LMS para aprendizagem colaborativa; Ensino personalizado e Sistemas afetivos/emocionais; Sistemas tutores inteligentes; Jogos sérios; Learning analytics; Robótica inteligente educacional; Visão computacional; Processamento de língua natural; Curso online semipresenciais. Entre o período de 2020 a 2030 Fones de ouvido “tradutores”; Óculos inteligentes; Jogos sérios envolvendo inteligência artificial, realidades aumentada e mista; Ética computacional; Ecossistemas educacionais. Conheça mais sobre cada uma destas tecnologias, bem como as suas aplicações consultando neste link: <https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/inteligencia-artificial-nas- escolas-estudo-aponta-ferramentas-que-serao-usadas-ate-2030/>. Acesso em: 22 mar. 2019. Estudo de caso Vale a pena conhecer os dados complementares as tendências das tecnologias de informação e comunicação na Educação Superior em cursos online através da matéria a seguir: E para ampliar seus conhecimentos com relação às tendências em Inteligência Artificial na Educação no período de 2017 a 2030, veja mais em: <http://www2.fiescnet.com.br/web/uploads/recursos/d1dbf03635c1ad8ad3 607190f17c9a19.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2019. http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/ http://www.portaldaindustria.com.br/senai/ http://www.portaldaindustria.com.br/senai/ 44 Relatório internacional aponta tendências tecnológicas na educação superior O relatório “Horizon Report 2013” aponta seis tecnologias emergentes que deverão se tornar populares até 2018, seis tendências e seis desafios que as universidades devem ter no seu dia a dia para um período de até cinco anos. O grupo que ajudou a elaborar o relatório foi composto por 51 especialistas em educação, tecnologia e futuro, além de escritores e pensadores. Confira, a seguir, as três listas: 1ª Lista – Tecnologias Ao grupo de especialistas foi perguntado que tecnologias teriam maior importância para o ensino, a aprendizagem e o questionamento criativo nos próximos cinco anos, dividindo as análises em três espaços de tempo: até um ano, de 2 a 3 anos, e até 5 anos. A pergunta, respondida por meio de uma complexa metodologia que envolve análise de bibliografia e compilação de dados colaborativamente, tentava determinar mais do que uma moda, mas as ferramentas que passariam a ser usadas pelas principais instituições de ensino superior. Confira: 1. Moocs (1 ano) Os Massive Open Online Courses (Moocs) se tornaram muito populares a partir do ano passado, com o lançamento de iniciativas de peso, como edX, Coursera e Udacity. Algumas das características que justificam toda essa popularidade são a possibilidade de aprendizado continuado, de nível superior e gratuito. 2. Tablet computing (1 ano) Na medida em que os tablets têm se tornado tecnologias mais baratas, também tem ficado mais claro que esses aparelhinhos têm características únicas, que podem ser aproveitadas no universo educacional. Como são portáteis, facilitam o acesso à internet e o compartilhamento de documentos em quase qualquer ambiente. Além disso, com a possibilidade de baixar uma variedade imensa de apps, cada tablet também facilita um aprendizado customizado. 3. Gaming e Gamificação (2 a 3 anos) Gaming, ou simplesmente jogar, tem por objetivo promover o engajamento dos alunos, uma vez que desafia seus conhecimentos em uma determinada disciplina. Mais recentemente, surgiu a necessidade de se incluir também a gamificação nessa tendência. A gamificação é a integração dos elementos dos jogos, como níveis, badges e competição, ao currículo. Nas edições anteriores do Horizon Report, essa dimensão vinha sendo chamada de educação baseada em jogos, mas foi ampliada na medida em que, além de incluir as ferramentas necessárias para apoiar o aprendizado, essa tendência também está envolta a em uma cultura e em um design específico. 4. Learning analytics (2 a 3 anos) http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-07-23/mais-de-7-mil-concluem-1-curso-online-oferecido-por-mit-e-harvard.html http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-07-19/universidades-americanas-oferecem-mais-de-100-cursos-online-gratuitos.html 45 Ferramenta usada para decifrar tendências e padrões a partir de big data disponível sobre o aprendizado dos alunos. Primeiro, o uso do analytics se restringia a alunos com dificuldades de aprendizado. Hoje, ele já se mostra um recurso mais generalizado e extremamente útil para fazer escolhas pedagógicas a partir da necessidade dos alunos. As universidades têm usado o analytics para fazer com que o processo de orientação dos estudantesse torne muito mais preciso. 5. Impressoras 3D (5 anos) As impressoras 3D oferecem uma forma muito mais barata e rápida de se prototipar projetos. No cenário educacional, essas ferramentas têm sido usadas em uma gama muito grande de pesquisas e laboratórios, especialmente de Stem (acrônimo que reúne áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática). A expectativa dos especialistas é que, em cinco anos, elas passem a ser amplamente usadas em outras áreas para criar modelos tridimensionais 6. Tecnologia para vestir (5 anos) Pela primeira vez no Horizon, a chamada “wearable technology” integra equipamentos eletrônicos a roupas e acessórios. Muitas dessas tecnologias já têm aparecido no mercado e já mostram potencial para serem usadas no ensino e no aprendizado. Realidade aumentada e telas finas que podem ser acopladas a superfícies são exemplos que devem se desenvolver. 2ª Lista – Tendências Para produzir o relatório, os especialistas são convidados a entenderem o contexto em que a educação está para tentarem prospectar temas que se tornarão tendências. Muitas das tendências descritas pelos especialistas têm estreita correlação com as tecnologias há pouco apresentadas. 1. Educação aberta Conceitos como conteúdo, dados e recursos abertos, assim como noções de transparência e acesso fácil à informação estão se tornando um valor importante. Muito comumente confundida com educação gratuita, a educação aberta não só é grátis, mas replicável, remixável e sem barreiras ao acesso e à interação. 2. Cursos abertos e gratuitos Com a popularização dos Moocs, os cursos on-line, abertos e gratuitos passam a se fortalecer como uma alternativa ao estudo tradicional. 3. Habilidades do mundo real O mercado de trabalho demanda dos recém-formados com habilidades que são mais frequentemente adquiridas fora da escola, em situações de aprendizado informal. 4. Novas fontes de informação Existe um crescente interesse em usar novas fontes de informação para personalizar e medir a experiência do aprendizado. Com os alunos se dedicando cada vez mais a atividades on-line, há cada vez mais pegadas digitais que podem ser rastreadas pelo analytics, ferramenta também em franco desenvolvimento. 5. Novo papel para o professor O crescimento e a valorização do aprendizado informal e o aumento na quantidade de recursos de educação têm feito com que as funções dos 46 educadores sejam repensadas. Agora, eles devem se portar muito mais como mentores e conectores de todas as informações disponíveis do que detentores do conhecimento. 6. Novo paradigma A educação caminha para se tornar cada vez mais on-line, híbrida e calcada em modelos colaborativos. 3ª Lista – Desafios Tanto as tecnologias emergentes quanto as grandes tendências esperadas no campo da educação superior têm sua ocorrência atrelada a importantes desafios por que passam as universidades. 1. Capacitação de professores Docentes ainda não estão sendo capacitados para agirem na era digital. 2. Novas formas de avaliação de pares A métrica que costumava ser usada para avaliar trabalhos científicos não consegue avaliar com precisão trabalhos difundidos via internet. Novas formas de revisão de pares, tais como notas de leitores, inclusão e menção em blogs influentes, tagueamento e retuítes, começam a ser valorizadas. 3. Resistência interna Muito frequentemente é o próprio processo educacional que limita a adoção de novas tecnologias. 4. Tecnologias e práticas inadequadas Tecnologias capazes de oferecer um aprendizado cada vez mais personalizado têm sido muito demandadas, mas elas estão apenas começando a ser adotadas. 5. Modelos tradicionais são questionados A popularidade e o alcance dos Moocs estão obrigando instituições tradicionais de ensino superior a repensarem o seu papel. 6. Pesquisadores não usam tecnologias Muitos professores e pesquisadores ainda não usam as tecnologias digitais para aprender, ensinar ou mesmo organizar a sua pesquisa. Disponível em: <https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05- 05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao- superior.html>. Acesso em: 23 mar. 2019. Como podemos observar o relatório apresentado em 2013 sobre as tecnologias, tendências e desafios que ocorreriam no processo educacional em nível superior para os próximos cinco anos, ou seja, até 2018. O material trouxe de forma detalhada os desafios que as universidades teriam naquele período. Dessa forma, conforme exposto no material e considerando que o período de cinco anos apontado se encerrou (2013 - 2018), considere em cada uma das 3 listas apresentadas no texto (tecnologia, tendência e desafios) e faça uma análise crítica https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html 47 daquilo que ocorreu com os pontos observados em cada uma das listas, verificando aquilo que se realizou por completo ou parcial, se houve algum ponto analisado e apresentado no relatório que não se concretizou, destacando na sua análise os pontos pelo(s) qual(is) tal(is) motivo(s) não foram concretizados. ______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 48 Figura 22 – Ressignificando o papel do docente Fonte: <https://www.geogebra.org/m/b4f2fBX2>. Acesso em: 23 mar. 2019 2.2 Estudante, professor, tutor: importância e funções Diante deste novo cenário que envolve as TICs é importante refletirmos sobre o papel dos envolvidos dentro do processo ensino-aprendizagem, especificamente na Educação Superior. Para iniciarmos, vamos falar sobre as características do Estudante dentro do contexto tecnológico. No que diz respeito
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