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Docência para o Ensino Superior Formação e Gestão em Educação a Distância Formação em Educação a Distância

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Docência para o Ensino Superior 
Formação e Gestão em Educação a Distância 
Formação em Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
O Ensino Superior em ambientes virtuais 
Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learning 
 
 
 
Prof. Me. Alessandro José Pisa 
Prof. Me. Edna Barberato Genghini 
 
 
Unidades I a IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PISA, Alessandro José 
GENGHINI, Edna Barberato 
 
 
O Ensino Superior em Ambientes Virtuais: Processos 
Cognitivos, Andragogia e E-Learning (Livro-texto) / Alessandro 
José Pisa; Edna Barberato Genghini – São Paulo: Pós-
graduação Lato Sensu UNIP, 2019. 
 
 
140 p. il. 
 
 
 1. Ensino Superior. 2. Ambientes Virtuais. 3. Processos 
Cognitivos. 4. Andragogia. 5. E-Learning. Alessandro José Pisa; 
Edna Barberato Genghini. Pós-Graduação Lato Sensu UNIP. III. 
O Ensino Superior em Ambientes Virtuais: Processos 
Cognitivos, Andragogia e E-Learning. 
 
 
Professor conteudista 
ALESSANDRO JOSÉ PISA é natural de São Paulo e atua desde 2007 na 
docência do ensino superior, como professor, conteudista e tutor de cursos Ead e 
coordenador de cursos de ensino superior. Além da docência em disciplinas de 
graduação e pós-graduação, tem atuação como orientador de trabalhos de conclusão 
de curso (TCC), conteudista e também validador de conteúdo EAD (Ensino a 
Distância). Atualmente é professor conteudista da pós-graduação da UNIP Interativa. 
Formação acadêmica composta por: Bacharelado em Administração de Empresas e 
com uma segunda graduação em Marketing. Dois Lato Sensu em Gestão Executiva e 
em Gestão Estratégica de Negócios. Especialização em Docência do Ensino Superior 
além de Mestrado em Comunicação e Inovação pela Universidade Municipal de São 
Caetano do Sul. 
 
Professora Colaboradora/coordenadora: 
EDNA BARBERATO GENGHINI, Professora Universitária desde 2002. 
Atualmente no exercício da função de Coordenadora para todo o Brasil de três cursos 
ao nível de Pós Graduação Lato Sensu: em psicopedagogia institucional, docência 
para o ensino superior e em formação em educação a distância, pela UNIP – 
Universidade Paulista – UNIP/EAD, onde também atua como professora adjunta, nas 
modalidades Sei e Sepi. é diretora e psicopedagoga da Mentor Orientação 
Psicopedagógica LTDA. ME. desde 1991. Possui graduação em Economia Doméstica 
– Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André (1980), graduação em 
Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), Pós-graduação em Psicopedagogia 
pela Universidade São Judas (1987), Mestrado em Ciências Humanas pela 
Universidade Guarulhos (2002) e pós-graduação Lato Sensu em Formação em 
Educação a Distância pela UNIP – Universidade Paulista (2011). É autora e coautora 
de livros Textos para os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia 
Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em Educação a Distância 
da UNIP – EaD. Áreas de Interesse: Neurociências – Educação Inclusiva – 
Psicopedagogia Clínica e Institucional – Formação e Gestão em Educação a Distância 
– Formação de Docentes para o Ensino Superior. 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
UNIDADE I 
1. A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DO AVA ......................................................... 7 
1.1 Contexto histórico, surgimento, evolução do ead e panorama atual .......... 8 
1.2 Ambientes virtuais de aprendizagem ............................................................ 23 
UNIDADE II 
2. O ENSINO SUPERIOR RELACIONADO AO AMBIENTE TECNOLÓGICO.... 33 
2.1 Impactos do uso da tecnologia na educação superior ............................... 33 
2.2 Estudante, professor, tutor: importância e funções .................................... 48 
UNIDADE III 
3. O ALUNO ADULTO E SUAS PERCEPÇÕES TECNOLÓGICAS .................... 58 
3.1 Perfil do aluno virtual ..................................................................................... 58 
3.2 Andragogia e tecnologia ................................................................................ 67 
UNIDADE IV 
4. TECNOLOGIA DE APRENDIZADO ELETRÔNICO, CAMINHOS PARA O 
AUTODESENVOLVIMENTO .................................................................................... 81 
4.1 E-learning ........................................................................................................ 82 
4.2 Comportamento autônomo: autoaprendizagem; avaliações em ambientes 
virtuais de aprendizagem ....................................................................................... 94 
4.3 Avaliações em ambientes virtuais de aprendizagem ................................ 103 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 109 
 
5 
INTRODUÇÃO 
 
Olá, aluno(a)! 
Bem-vindo(a)! 
 
Apresentamos a você os conteúdos relativos à disciplina O Ensino Superior em 
Ambientes Virtuais: Processos Cognitivos, Andragogia e E-Learnig. 
Este material o auxiliará a compreender os processos sobre a formação dos 
conceitos do Ensino a Distância, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e os 
processos de avanços tecnológicos convergem no suporte ao Ensino-Aprendizagem. 
Além desses temas, buscamos trazer elementos para analisar o processo de 
construção do conhecimento para formação de adultos, os aspectos teóricos e como 
aplicá-los em ambientes educacionais. 
Por fim, o conteúdo busca o entendimento da relação da educação por meio do 
ambiente virtual de aprendizagem e a autonomia e construção do conhecimento pelo 
aluno. 
O objetivo geral desse livro-texto é fazê-lo compreender as relações do ensino 
superior em ambientes virtuais e como este processo vem sendo alavancado ao longo 
dos anos. 
O material apresentado foi disposto em quatro unidades que são distintas, 
porém complementares. Cada unidade apresenta uma particularidade do tema macro 
e foi desenvolvida tendo em vista facilitar seu percurso dentro da temática, 
organizadas desta forma: 
 
Unidade 1 – A Educação no contexto do AVA: Contexto histórico, 
surgimento, evolução do EaD e panorama atual; Ambientes virtuais de aprendizagem 
(AVA). 
Unidade 2 – O Ensino Superior relacionado ao ambiente tecnológico: 
Impactos do uso da tecnologia na educação superior; Estudante, Professor, Tutor: 
importância e funções. 
Unidade 3 – O Aluno adulto e suas percepções tecnológicas: perfil do aluno 
virtual, Andragogia e tecnologia. 
Unidade 4 – Tecnologia de aprendizado eletrônico, caminhos para o 
autodesenvolvimento: E-learning; Comportamento autônomo: autoaprendizagem; 
Avaliações em ambientes virtuais de aprendizagem. 
 
Para estudar todos os temas indicados, os objetivos específicos da disciplina 
são: 
 
• Entender princípios teórico-metodológicos dos AVA relacionados ao ensino 
superior; 
 
6 
• Refletir sobre as possibilidades e limites oferecidos pelas tecnologias 
aplicadas à educação; 
• Compreender o conceito de EaD como modalidade de ensino; suas 
especificidades, definições e evolução ao longo do tempo; 
• Perceber a Educação a Distância como uma modalidade que reflete as 
principais transformações na sociedade informacional e seus reflexos na educação; 
• Embasar teoricamente a educação de jovens e adultos; 
• Explorar o E-learning como ferramenta de autodesenvolvimento e consumo 
de informação; 
• Identificar a potencialidade da distribuição de conteúdo informacional. 
 
Aproveite a leitura e as imagens do seu livro e não deixe de buscar as 
indicações da sessão “Saiba mais” para aprimorar seus conhecimentos. 
 
Então, vamos aos trabalhos! 
Boa jornada! 
 
 
 
7 
1. A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DO AVA 
 
 
 
 
 
 
Esta unidade abordará a Educação a Distância, as tecnologias de informação 
e comunicação e dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, bem como suas 
especificidades e aplicações. 
Para contextuar, é necessário analisarmos fatoresque estão ligados à evolução 
econômica, tempo, espaço, custo e dificuldades de deslocamentos constantes nas 
grandes metrópoles. Tais questões são lembradas por seus impactos em todos os 
envolvidos nos processos de ensino (professores, tutores e alunos). A partir deste 
cenário é que se tem uma reflexão sobre as tradicionais formas de ensino contrapondo 
a abertura de espaços aos sistemas alternativos, como Educação a Distância (EaD), 
cuja facilidade de recursos de aprendizagem e autonomia são trabalhados de modo 
peculiar. 
Figura 1: A Educação sob um novo olhar! 
 
Fonte: <https://educamaisbrasil2019.org/educa-mais-brasil-ead-2019/> Acesso em: 01 mar. 2019. 
 
Fundamentado no fato de que a informação e o conhecimento são as principais 
fontes para obtenção de vantagem competitiva e que a busca por constantes 
atualizações e aprendizado contínuo são exigências do mercado ao mesmo tempo 
em que há barreiras como deslocamentos físicos rotineiros para instituições de ensino 
convencionais, a Educação a Distância tem como desafio garantir a qualidade do 
desempenho do aluno na forma do seu aprendizado. 
Assim, com os avanços da tecnologia e comunicação, e, sobretudo, com o 
advento da própria Internet, problemas relacionados à distância física e falta de tempo 
foram facilmente solucionados. É através desse cenário que a Educação a Distância 
é percebida como uma modalidade de ensino consolidada que pretende ampliar o 
acesso à educação. 
Para melhor compreensão do tema é necessário trafegarmos pelo contexto 
histórico, surgimento, evolução da EaD e panorama atual, além de nos aprofundarmos 
também sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
Conteúdos trabalhados na unidade: A educação no contexto do AVA: 
Contexto histórico, surgimento, evolução do EaD e panorama atual; Ambientes 
virtuais de aprendizagem (AVA). 
 
8 
 
 
1.1 Contexto histórico, surgimento, evolução do EaD e panorama atual 
 
Figura 2: EaD e a Democratização do Ensino 
 
Fonte: <http://escolaaberta3setor.org.br/projeto/a-historia-da-educacao-a-distancia-no-mundo/>. 
Acesso em: 01 mar. 2019. 
 
A Educação a Distância surge para democratizar o acesso a um programa de 
educação efetiva, baseados em critérios qualitativos e quantitativos, viabilizados pela 
evolução da tecnologia e comunicação, onde é possível criar interação entre 
professores e alunos, ainda que não estejam no mesmo ambiente físico. 
O conceito oficial de Educação a Distância no Brasil é definido pelo atual 
Decreto n.º 9.057 de 25 de maio de 2017 (BRASIL, 2007). 
 
Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação a distância a 
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e 
tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com 
políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre 
outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da 
educação que estejam em lugares e tempos diversos. (BRASIL, 2017). 
 
 
9 
 
 
As tecnologias de informação e comunicação (TICs) têm sido cada vez mais 
integradas aos projetos e cursos de Educação a Distância (EaD) no Brasil, a fim de 
viabilizar os processos de ensino e aprendizagem, e de estimular a conexão entre os 
envolvidos. Nesse cenário, a EaD é concebida como um novo formato ou modalidade 
de ensino e de aprendizagem. O uso das TICs como ferramenta didático-pedagógica, 
tanto na esfera presencial ou como virtual; aliada aos recursos tecnológicos são um 
desafio para os profissionais da educação e os ambientes virtuais de aprendizagem 
(AVA). (SILVA; SOARES, 2015). 
Por isso, a tecnologia é encarada como principal meio que promove a 
comunicação e a interação entre alunos e professores no formato da EaD. Tal 
modalidade é praticada nas mais diversas etapas do ensino, seja na Educação 
Básica, mas principalmente na Educação Superior, em especializações e cursos 
abertos. 
Ao falarmos de EaD é importante considerá-la como fator de desenvolvimento 
da própria educação, em sentido amplo. MORAES (2010) define que: 
O Ministério da Educação (MEC), publicou no dia 21/06/2017 portaria que 
regulamenta o Decreto n.º 9057 de 25 de Maio de 2017, com o objetivo de 
ampliar a oferta de cursos superiores na modalidade à distância, melhorar a 
qualidade de atuação regulatória do MEC na área, aperfeiçoando 
procedimentos, desburocratizando fluxos e reduzindo o tempo e reduzindo o 
tempo de análise e o estoque de processos. 
Veja um resumo das regulamentações atualizadas em: 
<http://portal.mec.gov.br/busca-geral/212-noticias/educacao-superior-
1690610854/50451-mec-atualiza-regulamentacao-de-ead-e-amplia-a-oferta-de-
cursos>. Acesso em: 03 mar. 2019. 
Veja o que diz na íntegra o Decreto nº 9057 de 25 de Maio de 2017 em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D9057.htm#art24>. Acesso em: 03 mar. 2019. 
As referidas atualizações foram publicadas ainda na portaria normativa do Diário 
Oficial da União em 21/06/2017, em: 
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6
6431-portaria-normativa-11-pdf&category_slug=maio-2017-pdf&Itemid=30192>. 
Acesso em: 03 mar. 2019. 
 
10 
 
[…] não apenas amplia oportunidades para indivíduos e grupos sociais 
“confinados” pelo espaço e pela agenda social, isto é, pelos seus ritmos de 
vida e trabalho. Essa é uma das motivações mais enunciadas nos projetos 
em uso e na literatura da área. Para haver claras evidências empíricas desses 
resultados. Desse modo, ela amplia o poder de fogo da educação, em sentido 
geral, como favor de desenvolvimento. Ela é uma arma a mais – e uma arma 
de considerável alcance, que muda o caráter da “guerra”, como o avião 
nomeio do século. (MORAES, 2010, p. 13) 
 
Quando falamos de Educação a Distância não nos limitamos a refletir somente 
sob o aspecto tempo e espaço, mas também na relação existente entre o 
ensino/aprendizagem e a autonomia do aluno. De acordo com Moran (2002), a 
Educação a Distância é um processo de ensino aprendizagem mediado por 
tecnologias em que professores e alunos estão separados espacial e temporalmente, 
sendo fundamental a autonomia do aluno e a interação com os demais envolvidos. 
Corroborando com esta afirmação, RODRIGUES e CALVO (2009) defendem 
que a EaD: 
 
[…] descreve o universo de relações professor x aluno quando alunos e 
instrutores estão separados no espaço e/ou no tempo. Este universo de 
relações tem como primícias básicas: a estrutura dos programas 
educacionais, a interação entre alunos e professores e a natureza e o grau 
de autonomia do aluno (RODRIGUES; CALVO, 2009, p. 3). 
 
Ao falarmos sobre a questão da autonomia no processo de ensino e de 
aprendizagem é importante considerar que a modalidade de EaD exige mudanças na 
rotina dos alunos. Assim, a independência na hora de estudar e a autonomia do 
aprendizado vão depender da capacidade de gerenciamento do tempo do aluno, 
considerando ainda fatores primordiais como disciplina, interesse, motivação, 
compromisso com prazos, senso de urgência, entre outros. 
 
 
As dicas a seguir foram obtidas da Você S/A (2018) e foram elaboradas para 
aprimorar o seu aproveitamento do curso na modalidade EaD. Fique atento e comece 
já a colocar em prática! 
 
 
 
 
11 
 Toque para ampliar 
Fonte: <https://exame.abril.com.br/carreira/cursos-ead-estao-crescendo-no-brasil/>. Acesso em: 10 mar. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
http://abrappmobile.azurewebsites.net/wp-content/uploads/2018/01/arteEAD1.png
 
12 
Figura 3: Contexto histórico e evolução do EaD 
 
Fonte: <http://www.ead.unimontes.br/nasala/a-evolucao-da-ead/>. Acesso em: 01 mar. 2019 
 
Apesar da Educação a Distância ser uma forma de aprendizado bastante 
comum e praticada nos dias de hoje, com ferramentas tecnológicas cada vez mais 
interativas e versáteis, sua história é notada por uma trajetória complexa e bastante 
extensa. Conforme são relatadosos fatos históricos, o conceito e as práticas da EaD 
não são recentes. 
Segundo Golvêa e Oliveira (2006), algumas referências são tão antigas que 
fazem menção às epístolas de São Paulo às comunidades cristãs da Ásia Menor, 
registradas na Bíblia, como a origem histórica da Educação a Distância. Tais 
ensinamentos diziam respeito à maneira como conviver diante das doutrinas cristãs 
em ambientes desfavoráveis e teriam sido enviadas por volta de meados do século I. 
Oficialmente, o primeiro registro da história da Educação a Distância no mundo, 
começa em 1728, com o Professor Caleb Phillips, de Short Hand, na Gazeta de 
Boston, através de um curso diferenciado com material para ensino e tutorial por 
correspondência (ALVES, 2011). 
Já no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distância 
(ALVES, 2011), a referência do marco inicial da história da Educação a Distância se 
inicia em 1904, quando no Jornal do Brasil foi ofertado o curso de datilografia por 
correspondência. 
Posteriormente, em 1923, a educação via rádio foi o segundo meio de 
transmissão de Educação a Distância no Brasil com a criação da Rádio Sociedade do 
Rio de janeiro, que trazia o curso de Associação Brasileira de Educação a Distância. 
A TV, por sua vez, foi utilizada como transmissora de conteúdos educacionais por 
volta dos anos 60 e 70. 
E, por fim, com o surgimento dos primeiros computadores entre as décadas de 
1980 e 1990 foi possível viabilizar e fortalecer a estrutura da Educação a Distância em 
um panorama mundial. 
É importante ressaltar que em 1995 foi criado o Centro Nacional de Educação 
a Distância e, no ano seguinte, é criada a Secretaria de Educação a Distância dentro 
de uma política que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira, 
a partir disso, a história da Educação a Distância no Brasil só tem sido fortalecida por 
melhores infraestruturas e regulamentações. 
 
 
13 
 
 
 
 
Destacamos a seguir alguns exemplos obtidos no Acervo do Estadão, de 
cursos profissionalizantes realizados por correspondência que aconteceram no ano 
de 1909, estampados nas páginas do Estado; ou nos anos de 1943 e 1948, em que 
vemos os exemplos dos cursos de eletrônica e rádio por meio de cartas-aula. 
Outro destaque é a propaganda do bem-sucedido exemplo de Teleducação, 
ensino via televisão. A primeira aula do Telecurso 2.º grau, promovido pela Fundação 
Padre Anchieta, em parceria com a Rede Globo, foi realizada no dia 16 de janeiro de 
1978, com transmissão apenas para o estado de São Paulo. Posteriormente foi 
ampliada para as demais cidades. 
 
Figura 4: Cursos profissionalizantes por correspondência 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou-por-
correio,9176,0.htm>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
 
 
 
Quer saber mais sobre a cronologia completa dos fatores históricos que 
permeiam a Educação a Distância no Brasil e no mundo? 
Veja o artigo a seguir em: 
<http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.p
df>. Acesso em: 03 mar. 2019. 
 
O Estado de S. Paulo – 25/03/1909 O Estado de S. Paulo – 17/10/1943 O Estado de S. Paulo – 30/5/1948 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou-por-
correio,9176,0.htm>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
 
 
 
 
O Estado de S. Paulo – 17/01/1978 O Estado de S. Paulo – 18/12/1996 
Vale a pena conhecer mais no Acervo do Estadão os anúncios dos primeiros 
cursos de EaD no Brasil, realizados por correspondências, rádio e TV. É uma 
excelente oportunidade de entender muito mais sobre a sua evolução e expansão! 
Dica: Veja mais exemplos clicando nas imagens. 
<https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-a-distancia-comecou-
por-correio,9176,0.htm>. Acesso em: 07 mar. 2019. 
Figura 6: Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB) 
Figura 5: O ensino via televisão 
 
15 
 
 
É muito importante considerar os fatores que influenciam e contribuem para o 
crescimento tão acelerado da Educação a Distância no Brasil. Podemos destacar 
como referência uma matéria da Revista Exame (2018), em que aponta que esta 
expansão se deve por dois fatores: custo mais baixo (se comparado aos cursos 
presenciais) e a flexibilidade no que diz respeito à tempo e espaço. 
Outros fatores que influenciaram a expansão da Educação a Distância no 
Brasil, segundo o site Minha Biblioteca.com.br (2018), são: 
 crescimento do acesso à internet uma vez que a nova geração de alunos 
já nasce rodeada pelas novas tecnologias e se sentem à vontade em 
ambientes virtuais; 
 fator econômico, com mensalidades consideravelmente menores, além de 
não haver gastos com locomoção até o campus; 
 maior flexibilidade e controle do aprendizado já o aluno tem a liberdade de 
estudar e rever as aulas de acordo com a sua disponibilidade; 
 menor desconfiança com a otimização da regulamentação do EaD e a 
segurança de diplomas reconhecidos pelo MEC; 
Para compreender melhor a Evolução do EaD, veja no que consiste as suas três 
principais etapas. São elas: 
 A primeira geração do EAD foi caracterizada pelos cursos por 
correspondência. Nesse tipo de curso, o aluno recebia o material solicitado 
em casa, com conteúdos e exercícios a respeito do tema que seria estudado. 
Um bom exemplo dessa geração é o Instituto Universal Brasileiro, preparava 
os alunos para o mercado de trabalho com materiais impressos enviados 
pelo correio. 
 A segunda geração do ensino a distância no Brasil veio a partir dos anos 
1970, quando o foco principal ainda eram os materiais impressos, mas 
surgiram também fitas de vídeo, programas da televisão etc. O Telecurso é 
um programa que exemplifica essa geração. Nessa mesma época, na Europa 
e nos Estados Unidos já surgiam as primeiras Universidades Abertas. 
 A última geração (5ª) é classificada pelos dias atuais: a tecnologia está 
totalmente integrada, os alunos utilizam os mais diversos recursos de 
comunicação por meio de computadores conectados à Internet, e o número 
de adeptos cresceu muito. Existem, no Brasil, mais de um milhão de alunos 
que optaram pelo ensino a distância para concluir uma faculdade. 
Consulte em: <https://www.ead.com.br/ead/expansao-ead-brasil.html>. Acesso 
em: 05 mar. 2019. 
 
16 
 e avanço da tecnologia permitindo ao usuário o acesso à informação por 
meio de diversas plataformas e ferramentas como videoaulas, livros 
digitais, conteúdo em áudio, inclusive por meio de ferramentas como 
smartphone ou tablets. 
É importante destacar ainda como fatores que contemplam o crescimento da 
modalidade EaD no Brasil, os programas de bolsas que ofertam vagas com um 
desconto parcial ou total na mensalidade do curso. 
 
Figura 7: EaD – Navegando e Aprendendo 
 
 
Fonte: <https://www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia/>. Acesso em: 07/03/2019. 
 
A partir da contextualização histórica e da evolução da EaD no Brasil e no 
mundo, dos fatores que influenciam o seu crescimento e dos principais exemplos de 
aplicações de sucesso nessa modalidade, vamos observar um panorama atual sobre 
o tema, bem como as suas projeções para os próximos anos. 
De acordo com os dados obtidos pela Revista Veja (2018), cerca de 1,5 milhão 
de brasileiros optam pelo ensino a distância – 18,6% das matrículas totais. Em 2004, 
eram apenas 60.000, 4,2% do total. O número de ingressantes nessa modalidade no 
ensino superior cresceu 21,4% de 2015 a 2016 e já representa 28% dos novos alunos. 
Por outro lado, a quantidade de alunos que entraram em vagas presenciais em 
faculdades sofreu retração de 3,7% no mesmo período. 
Abaixo é possível ter uma noção mais detalhada sobre o panorama atual no 
Brasil sobre a procura dos cursos EaD. Os dados foram coletados da Revista Veja 
(2018). 
 
17 
Gráfico 1: Evolução da procura de cursos de graduação por EaD (% em relação ao 
total de matrículas)
 
Fonte:<https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
Como notamos no gráfico acima que abrange a evolução da procura de cursos 
de graduação por EaD em relação ao total de matrículas, houve um crescimento 
perceptível, considerando os anos de 2004 e 2016. 
 
Gráfico 2: Número de ingressantes em cursos de graduação 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
 
18 
O mesmo acontece para o gráfico 2 que representa o número de ingressantes 
em cursos de graduação. Houve um crescimento considerável entre os anos de 2015 
e 2016, atingindo os 21,4%, neste último. 
 
Gráfico 3: Instituições de ensino superior que ofertam EAD 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
O gráfico 3 indica que, entre os anos de 2009 e 2016 a oferta de Instituições de 
Ensino Superior que atuam com a modalidade EaD quase dobrou. 
 
Gráfico 4: Evolução da mensalidade média do EaD 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
19 
O gráfico 4 que representa a evolução da mensalidade média no EaD mostra 
que, no decorrer dos anos, os investimentos financeiros nesta modalidade estão se 
tornando cada vez mais acessíveis. 
Gráfico 5: Evolução da idade média do aluno de EaD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
Figura 8: Período estimado pela procura da EaD 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Figura 9: Perfil Predominante na EaD 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
Conforme demonstra o gráfico 5 “Evolução da idade média do aluno de EaD” e 
as Figuras 8 e 9 obtidas através da Veja (2018), o perfil aproximado do público que 
usufrui da EaD são mulheres, alunas de licenciatura, com uma média de idade de 28 
anos, com continuidade à Educação Superior em um tempo de 2 anos após à 
Educação no Ensino Médio. 
 
Figura 10: Dados globais sobre a oferta de EaD no Brasil 
 
Fonte: 
<http://abed.org.br/arquivos/qualidade_educacao_superior_distancia_carlos_biel_abr_2018.pdf>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
Conforme dados acima, é possível constatar que a modalidade de Educação a 
Distância vem conquistando cada vez mais a credibilidade e o crescimento pela 
procura no país, devido os resultados positivos obtidos com os avanços tecnológicos 
e a facilidade ao acesso no que diz respeito à formação das pessoas. Em suma, o 
cenário é promissor para a modalidade de EaD, que se aproxima cada vez mais do 
cenário de cursos presenciais. 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 2012, foi publicado o livro “A prática da Educação a Distância na 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte” e, em sua apresentação, a professora 
Marta Pernambuco afirma que “A implementação da Educação a Distância, 
principalmente como forma de escolarização”, gera polêmicas.” Depois, ela faz alguns 
questionamentos, reproduzidos a seguir: 
 
Questão adaptada de: <https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-
para-o-enem-e-vestibular/nova-proposta-de-redacao-ead-e-democratizacao-do-
ensino-superior/>. Acesso em: 10 mar. 2019 
 
A partir das considerações acima, feitas pela professora e do conhecimento 
obtido sobre a Educação a Distância, seu surgimento, contexto histórico e panorama 
atual, elabore um pequeno artigo de opinião no qual você defenda um ponto de vista 
em resposta à seguinte questão: 
A Educação a Distância é uma alternativa viável para a democratização da 
Educação Superior de qualidade no Brasil? 
 
Vale a pena conhecer e observar os dados complementares sobre o panorama atual da 
Educação a Distância no Brasil através as referências a seguir, disponíveis em: 
<http://abed.org.br/arquivos/qualidade_educacao_superior_distancia_carlos_biel_abr_201
8.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
<https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-
brasil/>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
<https://www.fundacred.org.br/site/2017/11/27/ead-no-brasil-correspondera-51-do-
mercado-em-2023-diz-pesquisa/>. Acesso em: 07 mar. 2019 
 
 
 
 
https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/
https://veja.abril.com.br/educacao/ead-15-milhao-de-pessoas-estuda-a-distancia-no-brasil/
 
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Não esqueça de justificar e exemplificar com os fundamentos que foram 
trabalhados até agora! 
Bom trabalho! 
 
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1.2 Ambientes virtuais de aprendizagem 
 
Figura 11: Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) 
 
 
Fonte: <http://gabriellaeadava.blogspot.com/2015/07/artigo-ambiente-virtuai-de-aprendizagem.html>. 
Acesso em: 07 mar. 2019 
 
Assim como as TICs são consideradas ferramentas didático-pedagógicas, os 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são vistos como uma nova realidade no 
processo de ensino aprendizagem cheiode desafios e inovação. 
SILVA, PEREIRA e SOARES (2015) trazem uma definição ampla e 
esclarecedora sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem a seguir: 
 
O termo ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é designado para descrever 
o conjunto de sistemas necessários à gestão da aprendizagem online. Tais 
sistemas permitem a gestão de todos os processos, desde a criação do curso 
até a disponibilização do material didático ao aluno. Os AVA são sistemas 
que fornecem suporte a diversos tipos de atividades realizadas pelo aluno e 
pelo professor, um conjunto de ferramentas que são usadas em diferentes 
situações dos processos de ensino e de aprendizagem. (SILVA; PEREIRA; 
SOARES, 2015, p. 16). 
 
É possível considerar, desta forma, que os Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem são sistemas capazes de otimizar o processo de ensino e 
aprendizagem através da organização de conteúdo, controle e interação entre 
professores e alunos. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Figura 12: Versatilidade dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
 
Fonte: <http://teachersuellen.blogspot.com/2015/08/ambiente-virtual-de-aprendizagem-ava.html>. 
Acesso em: 10 mar. 2019 
 
Um Ambiente Virtual de Aprendizagem é um instrumento versátil que pode ser 
utilizado tanto em cursos inteiramente virtuais (EaD), como em alguns casos para 
complemento de aulas presenciais com conteúdos virtuais. Uma ferramenta que veio 
para somar, quando o assunto permeia o processo de ensino aprendizagem. 
Para complementar o pensamento acima, Almeida (2003), define o que ensinar 
em ambientes virtuais de aprendizagem significa: 
 
[…] organizar situações de aprendizagem, planejar e propor atividades; 
disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e linguagens; 
ter um professor que atue como mediador e orientador do aluno, procurando 
identificar suas representações de pensamento; fornecer informações 
relevantes, incentivar a busca de distintas fontes de informações e a 
realização de experimentações; provocar a reflexão sobre processos e 
produtos; favorecer a formalização de conceitos; propiciar a Inter 
aprendizagem e a aprendizagem significativa do aluno (ALMEIDA, 2003 
p.334) 
 
Villardi (2005) corrobora com o pensamento acima e destaca ainda que os 
ambientes virtuais de aprendizagem são instrumentos poderosos no processo de 
ensino aprendizagem, conforme citado a seguir: 
 
As novas tecnologias de informação e de comunicação fizeram ingressar nos 
ambientes tecnológicos de treinamento e ensino um poderoso instrumental 
interacional, capaz de alterar, substantivamente, as possibilidades de relação 
entre os sujeitos envolvidos e, sim, viabilizar que, nesses ambientes, se criem 
as condições indispensáveis ao caráter dialógico da educação (VILLARDI, 
2005, p. 82). 
 
 
 
 
25 
 
Figura 13: As Ferramentas Tecnológicas do AVA 
 
Fonte: Nuvens de palavras criadas a partir do site <https://www.wordclouds.com/>. Acesso 
em: 05 mar. 2019 
 
Uma vez entendido que Ambiente Virtual de Aprendizagem, ou AVA, é um 
sistema criado para gerenciar cursos através da internet, que podem ser utilizados 
nas modalidades presenciais, semipresenciais ou a distância, é importante considerar 
o uso de suas ferramentas, bem como suas aplicabilidades. 
Se os Ambientes Virtuais de Aprendizagem são utilizados para viabilizar a 
construção e o aprimoramento do conhecimento, suas ferramentas tecnológicas 
precisam estar condizentes com a proposta do curso, bem como com a realidade de 
seus alunos. Moran Costas (2013) destaca que “a educação precisa ser mais 
contextualizada, próxima a vivência dos alunos, trazendo autoconhecimento da sua 
vida e do seu mundo”. 
Para Andrade e Santos (2010): 
 
[…] a interação nos ambientes virtuais será intensificada, somente se, os 
professores e alunos utilizarem as ferramentas interativas síncronas e 
assíncronas de forma significativa no processo de ensino aprendizagem e em 
sua inter-relação para o desenvolvimento acadêmico. E, estas ferramentas 
devem ser utilizadas de forma intencional pelos participantes do curso, 
sempre visando a melhor forma de atingir o objetivo de aprendizagem. 
 
Diante do exposto, podemos considerar que as ferramentas tecnológicas são 
elementos essenciais na construção do conhecimento e da aprendizagem em um 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, pois a partir de delas são criados mecanismos de 
educação interativa. 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 14: Os benefícios do AVA 
 
Fonte: <http://www.abutakka.com.br/wp-
content/uploads/2014/11/REDUZIDA_Grafico_Rosana.jpg>. Acesso em: 10 mar. 2019 
 
No que diz respeito às ferramentas tecnológicas dos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem vale lembrar que podemos classificá-las em dois grupos distintos: 
síncronas e assíncronas. Corrêa (2007) define “[…] síncronas aquelas que os 
participantes estão conectados no ambiente simultaneamente, já as ferramentas 
assíncronas é o oposto, isto é, os interlocutores interagem no sistema tempos 
diferentes.” E são através dessas ferramentas que o corpo docente pode aprimorar a 
sua atuação nestes ambientes virtuais e aumentar o interesse dos alunos a partir dos 
conteúdos gerados. 
Podemos citar como exemplos de ferramentas síncronas: chat, msn/icq interno, 
videoconferência, prova online etc.; como ferramentas assíncronas temos: e-mail, 
mural, painel de avisos, biblioteca virtual, fórum de discussões, FAQ etc. 
É evidente o quanto toda a comunidade acadêmica, alunos, professores e as 
instituições de ensino obtêm vantagens e benefícios nos processos de ensino 
aprendizagem, quando enxergamos o potencial contido nas ferramentas tecnológicas 
em seus Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns desses benefícios, no contexto dos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem, podem ser destacados, como a consolidação da autonomia do aluno 
no processo de aprendizado. Para melhor detalhar, Schelemmer (2005) lista os 
benefícios dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem para as instituições de ensino, 
para professores e alunos, como segue: 
 
Benefícios para instituições de ensino: 
 Possibilita atender a um variado espectro de público; 
 Amplia os espaços destinados à Educação, podendo ser usado para a 
constituição de comunidades virtuais de aprendizagem, tanto como 
apoio ao ensino presencial quanto para a educação a distância; 
 Quando utilizado na modalidade à distância, o AVA possibilita reduzir 
custos relacionados a deslocamentos físicos e infraestrutura física. 
 
Benefícios para os professores: 
 Suporta diferentes estilos de aprendizagem: cooperativa, orientada por 
discussão, centrada no sujeito, por projetos, por 
desafios/problemas/casos; 
 Serve de suporte para o desenvolvimento de práticas pedagógicas 
interdisciplinares e transdisciplinares; 
 Possibilita disseminar informações para um grande número de pessoas 
ao mesmo tempo, sem limites de amplitude geográfica; 
 Disponibilizada a informação no ambiente, tornando possível a 
atualização, o armazenamento, a recuperação, a distribuição e 
compartilhamento instantâneo; 
 A concepção didático-pedagógica possibilita uma visão clara das 
possibilidades de uso das ferramentas e uma maior interação. 
 Permite a personalização de uma comunidade de acordo com suas 
necessidades e características. Dessa forma, o conceptor, ao criar uma 
comunidade, pode escolher dentre as opções oferecidas as que melhor 
atendam aos objetivos da comunidade em questão. Ainda, ele tem a 
facilidade de, a qualquer momento, poder incluir ou excluir ferramentas. 
 
Conheça o trabalho intitulado “Avas – Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem” para aprofundar seu conhecimento sobre as principais 
ferramentas tecnológicas contidas nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem. 
É uma leitura que explicita detalhadamente as ferramentas tecnológicas 
considerando a sua classificação por interatividade, sincronia e finalidades. 
O conteúdo está disponível em: 
<http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/76242728/AMBIENTES%20VIRTUAIS%20DE%20APRENDIZAGEM>. Acesso em: 10 mar. 2019. 
 
28 
Benefícios para os alunos: 
 Proporciona um fácil acesso à informação, pois não depende de espaço 
e nem de tempo fixos. Os alunos ficam livres para estudar em seu próprio 
ritmo, independentemente do lugar onde estejam. Podem acessar a sua 
comunidade por meio do AVA, de qualquer lugar e a qualquer hora. O 
aprendizado pode ocorrer 24 horas por dia, sete dias por semana; 
 Possibilita o compartilhamento de informações e a produção de 
conhecimento de forma coletiva, propiciando ampliar experiências, 
estimulando a colaboração entre os alunos; 
 Os alunos, individualmente ou em grupo, podem ter um 
acompanhamento personalizado e adequado às suas necessidades, de 
forma que, além de poder se conectar na hora que julgar mais propícia, 
ainda contam com a disponibilidade de poder escolher os assuntos e as 
opções que julgarem mais convenientes; 
 O AVA possibilita que grupos de alunos interagem em comunidades, que 
possam compartilhar as informações e seus insights, mesmo após a 
conclusão do curso ou da capacitação. 
 
De uma forma resumida, entendemos que os benefícios dos Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem envolvem a superação do tempo-espaço, com possibilidades de 
várias pessoas em lugares diferentes ao mesmo tempo; o reforço da importância do 
trabalho didático do professor; a colaboração e cooperação no processo ensino- 
aprendizagem: com participação ativa de alunos e professores; interatividade através 
das ferramentas de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não deixe de ler “Educação a Distância e ensino superior – 
introdução didática a um tema polêmico”. 
 
O livro busca apresentar ao leitor um fenômeno de crescente 
importância nos dias de hoje: a educação a distância (EaD), distanciando-se 
de visões estereotipadas que endeusam ou satanizam essas práticas e, 
focando, especificamente, no Ensino Superior e nas formas de mostrar seus 
potenciais e seus limites. 
 
MORAES, Reginaldo C. Educação a distância e ensino superior: 
introdução didática a um tema polêmico. São Paulo: Editora Senac, 2010. 
 
 
29 
Figura 15: Moodle – As plataformas do AVA 
 
Fonte: <https://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/plataformas-ava>. Acesso em: 10 
mar. 2019 
 
As plataformas que permeiam os Ambientes Virtuais de Aprendizagem podem 
ser divididas em dois grupos: de software livre e as que são software de autoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos citar como exemplos de plataformas dos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem o Moodle, LM Estúdios, Teleduc, AulaNet, E-Proinfo. 
O MOODLE é a principal plataforma educacional da web utilizadas em diversas 
universidades públicas e privadas e se define como “um modelo em software livre, 
utilizado como ferramenta de apoio ao ensino e à aprendizagem” (MOODLE, 2019). 
 
 
Os softwares livres (utilizados com frequência em portais do governo) 
são aqueles que podem ser usados, copiados, estudados, modificados, 
customizados e redistribuídos, esses softwares só possuem um dificultador: 
as modificações são restritas. Já os softwares de autoria eles são criados e 
desenvolvidos por empresas para atender especificamente a uma demanda, 
em alguns casos eles são customizados para atender ao cliente e podem 
sofrer melhorias ao longo de sua utilização. 
 
Conteúdo disponível em: 
<http://gepoteriko.pbworks.com/w/page/76242728/AMBIENTES%20VIRTUA
IS%20DE%20APRENDIZAGEM>. Acesso em: 11 mar. 2019 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após conhecer as ferramentas tecnológicas dos Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem abordadas nesta unidade, discorra em um texto sucinto sobre quais 
dessas ferramentas são mais utilizadas por você em seu curso, justificando os motivos 
de sua preferência, bem como classificando em síncronas ou assíncronas. 
Bom trabalho! 
A plataforma Moodle pode ser descrita e caracterizada, conforme a 
seguir. 
 O Moodle, sendo um AVA, potencializa a aprendizagem colaborativa, 
apresentando diversos recursos importantes, dentre eles: chat, 
fórum, mensagem, workshop (oficina de trabalho) e wiki (coleção de 
documentos em hipertexto). 
 O Moodle é um sistema de administração de atividades educacionais 
destinado à criação de comunidades online. 
 O Moodle aplica-se tanto à forma como foi feito como a uma 
sugestiva maneira pela qual um estudante ou um professor pode se 
integrar estudando ou ensinando um curso online. Dispõe de uma 
proposta bastante diferenciada: “aprender em colaboração” no 
ambiente online. 
 
Fonte: ROSTAS, Márcia Helena Sauáia Guimarães; ROSTAS, 
Guilherme Ribeiro. O ambiente virtual de aprendizagem (moodle) como 
ferramenta auxiliar no processo ensino-aprendizagem: uma questão de 
comunicação. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/px29p/pdf/soto-
9788579830174-08.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019. 
 
Para informações mais detalhadas com definições e características 
desta ferramenta, acessar: 
<http://moodle.org>. Acesso em: 10 mar. 2019. 
<https://www.moodlelivre.com.br/noticias/593-caracteristicas-de-
moodle>. Acesso em: 10 mar. 2019. 
<https://www.moodlelivre.com.br/tutoriais-e-dicas/974-o-que-e-moodle>. 
Acesso em: 10 mar. 2019. 
 
 
 
 
 
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Encerramos a Unidade I que contemplou as conexões entre Educação a 
Distância em Ambientes Virtuais de Aprendizagem e como esta modalidade se 
expandiu ao longo dos anos. 
No que diz respeito à evolução do EaD no Brasil, fica claro que a tecnologia e 
seus avanços foram fundamentais para este cenário de mudança e adaptação de 
ensino, além de outros fatores que contribuíram para o seu crescimento. 
Aqui, você ainda estudou que os Ambientes de Aprendizagem, assim como 
suas ferramentas tecnológicas são elementos essenciais para viabilizar uma 
educação dialógica e uma aprendizagem cooperativa dentro de um contexto 
tecnológico. As formas como elas são utilizadas é que irão garantir ou não o sucesso 
de um curso em EaD via internet. 
Também discutimos sobre os benefícios e as diferentes plataformas utilizadas 
em um Ambiente Virtual de Aprendizagem e como elas são capazes de potencializar 
a aprendizagem colaborativa, o gerenciamento de cursos e atividades educacionais e 
a interação entre aluno e professor no ambiente online. 
 
32 
Esperamos que você tenha assimilado o conteúdo e que esteja pronto(a) paraas próximas abordagens dentro deste contexto do Ensino Superior em ambientes 
virtuais. 
 
Até a próxima! 
 
 
 
 
33 
2. O ENSINO SUPERIOR RELACIONADO AO AMBIENTE TECNOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
Esta unidade abordará a educação em convergência com os avanços 
tecnológicos, bem como a análise sobre as importâncias e funções de cada um dos 
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem: estudantes, professores e tutores. 
Para contextualizarmos esta temática, é necessário, primeiramente, de um 
olhar sobre a evolução da tecnologia e a sua capacidade de transformar a dinâmica 
da sociedade em que vivemos, além de ampliar as possibilidades de comunicação e 
interação. 
É importante destacar ainda a mudança como o indivíduo percebe a realidade 
que existe em sua volta, na qual conceitos são redefinidos, técnicas e práticas são 
aprimoradas e novas perspectivas são criadas, tudo graças à utilização das novas 
tecnologias. 
E, se os avanços tecnológicos permeiam todos os setores da vida social, com 
o ambiente educacional não poderia ser diferente. As tecnologias de informação e 
comunicação, ou TICs, surgem para viabilizar uma educação colaborativa, com 
acesso a ambientes virtuais que disponibilizam informações, ao mesmo tempo em que 
permitem diversas interações entre usuários. Um cenário promissor e ao mesmo 
tempo desafiador para a Educação, especialmente para o Ensino Superior, e que 
torna o processo ensino-aprendizagem uma metodologia didática, criativa, com 
autonomia ao aluno e faz do conhecimento uma construção coletiva. 
A partir desse contexto, é importante refletirmos sobre os impactos do uso da 
tecnologia da informação e da comunicação na educação superior, bem como suas 
definições, benefícios e desafios. 
Vamos em frente? 
 
2.1 Impactos do uso da tecnologia na educação superior 
 
Antes de refletirmos sobre os impactos do uso da tecnologia no âmbito 
educacional, é necessário um olhar sobre as inúmeras transformações da sociedade 
contemporânea, quando falamos do avanço dessas tecnologias e de como elas são 
grandes influenciadoras da vida humana, seja no trabalho, ou em casa, na escola ou 
em momentos de lazer. Novos estilos de vida são formados, com pessoas cada vez 
mais conectadas, com novas condutas e seguindo culturas e costumes que são 
ditados pelas grandes tendências das populações mundiais. 
 
 
 
 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: O Ensino Superior relacionado 
ao ambiente tecnológico: Impactos do uso da tecnologia na educação 
superior; Estudante, Professor, Tutor: importância e funções. 
 
34 
Figura 16: As TICs transformando o mundo 
 
Fonte: <http://miditecnologico.com.br/noticia/brasil-%C3%A9-o-quinto-pa%C3%ADs-que-
mais-investiu-em-tics-no-mundo>. Acesso em: 25 mar. 2019 
 
Vargas e Goulart (2008) abordam a tecnologia no contexto social e cultural de 
sua criação e utilização da seguinte forma: 
 
Há uma ideia corrente de que a tecnologia está cada vez mais presente em 
nosso cotidiano. Trabalhamos, pensamos, nos divertimos sempre com a 
intermediação de equipamentos, mais ou menos sofisticados, quase 
autônomos. É possível dizer que a natureza do ser humano se aproxima de 
um perfil eminentemente tecnológico. Em outras palavras, a natureza 
humana parece só existir e se definir em função das relações estabelecidas 
entre a sociedade e a lógica das máquinas. (VARGAS; GOULART, 2008, p. 
161). 
 
Uma sociedade interativa e conectada através do principal meio de 
comunicação do mundo: a internet, disposta a incorporar as tecnologias de informação 
e comunicação (TICs) em suas práticas sociais, profissionais e educacionais, além 
de, constantemente, criar interações, gerar conhecimento ou identificar oportunidades 
de melhorias entre a vida humana e o mundo digital. 
 
Figura 17: Uma nova perspectiva 
 
Fonte: <https://www.domalberto.edu.br/cursos/as-tics-aplicadas-ao-ensino-superior-80-horas/>. 
Acesso em: 22 mar. 2019 
 
35 
 
E já que os avanços tecnológicos e a internet impactaram todos os setores da 
vida social, com a Educação não poderia ser diferente. O conhecimento, diante do 
cenário tecnológico, é participativo e compartilhado. Tais mudanças exigem dos 
envolvidos constantes adaptações para que estas novas tecnologias sejam 
absorvidas com sucesso. 
Para Silveira (2007): 
 
A educação, hoje, absorve as novas tecnologias de informação e da 
comunicação, como um dia absorveu o lápis, a lousa, a caneta esferográfica, 
as transparências, os slides e outros instrumentos, com o intuito de facilitar 
tanto o ensino como a aprendizagem. (SILVEIRA, 2007, p. 91). 
 
Ao falarmos em possibilidades da propagação do conhecimento através das 
tecnologias de informação e comunicação (TICs) no âmbito educacional, nos 
referimos em como o acesso a informação é ampliado e reproduzido, através da 
internet. 
A sociedade do conhecimento se forma através da interação entre indivíduos, 
em tempo real ou não, livre de espaço e tempo, baseada no conceito do uso 
compartilhado de recursos, onde se valoriza o direito às informações. Cria-se, a partir 
de então, uma cultura de transmissão e socialização do conhecimento, na qual as 
tecnologias de informação e comunicação fazem a Educação ser percebida como um 
bem comum. 
É importante destacarmos que com a diversificação e modernização das 
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) é possível explorar conteúdos, 
conceitos, teorias, tanto em ambientes presenciais, como em ambientes virtuais de 
aprendizagem que antes não podiam ser demonstrados, e são viabilizados através de 
aparelhos tecnológicos como o computador, retroprojetor, televisão, animações, 
internet, softwares, entre outros. Com isso, o ambiente educacional ganha uma nova 
perspectiva muito mais ampla, completa e moderna. 
Podemos considerar que as tecnologias de informação e comunicação 
enriqueceram o cenário educacional no Brasil e no mundo, sobretudo, no Ensino 
Superior, onde está concentrado um público cada vez mais adepto às inovações 
tecnológicas, e que entende a internet como um meio de comunicação necessário 
para suas ações no dia a dia. 
Sobre a internet, Arruda (2009) expressa que: 
 
[…] a informática e a internet trazem consigo uma nova lógica e postura diante 
da aprendizagem completamente distinta das anteriores, afinal, a relação 
espaço-tempo apresentada pela escola é limitada àquele espaço físico, ao 
passo que essas novas tecnologias rompem as possibilidades comunicativas 
e de formação a partir do desaparecimento das fronteiras físicas e espaciais. 
(ARRUDA, 2009, p. 20) 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Figura 18: As tecnologias impulsionando o Ensino Superior 
 
Fonte: <https://www.unit.br/blogead/tobiasbarreto/tecnologia-impulsiona-o-ensino-superior-a-
distancia>. Acesso em: 22 mar. 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Confira a seguir a definição de Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TICs) e aprimore o seu conhecimento sobre o assunto: 
 
“Entende-se que Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) 
consistem de todos os meios técnicos usados para tratar a informação e 
auxiliar na comunicação. Em outras palavras, TICs consistem em 
Tecnologia de Informação (TI) bem como quaisquer formas de 
transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias que 
interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos 
seres. 
Em outras palavras, podem ser entendidas como “um conjunto de 
recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio 
das funções de software e telecomunicações, a automação e 
comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de 
ensino e aprendizagem”. 
Consulte mais em: 
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/vie
wFile/11019/8864>. Acesso em: 22 mar. 2019. 
<http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/tics/>. 
Acesso em: 22 mar. 2019. 
 
 
37 
E se, por um lado, as Instituições de Ensino Superior (IES) tem um papel 
fundamentalna formação do cidadão e preparação para o mercado de trabalho; as 
tecnologias de informação e comunicação (TICs), por sua vez, são as responsáveis 
pelo aprimoramento de ensino aprendizagem da sociedade. 
Desta forma, as Instituições de Ensino Superior, bem como os envolvidos no 
processo ensino-aprendizagem (professores e alunos) enfrentam um cenário 
desafiador: a união do ensino tradicional, das aulas expositivas em cursos presenciais 
conduzidos por quadro negro, giz e explicações de um professor, com a utilização de 
práticas metodológicas, recursos e interação oferecida pelas tecnologias de 
informação e comunicação. 
KENSKI (2003), afirma, do ponto de vista das Instituições de ensino que: 
 
[…] devem criar mecanismos para que docentes e alunos tenham acesso a 
equipamentos, softwares e outras tecnologias de telecomunicações para 
agregar no desenvolvimento pessoal e principalmente profissional dos 
mesmos. Contudo, as mais modernas tecnologias de informação e 
comunicação exigem uma reestruturação ampla do sistema educacional de 
forma geral e não apenas a alteração dos objetivos, dos procedimentos e das 
metodologias de ensino. Mostram a necessidade de reorganização das 
políticas organizacionais, da gestão e das formas de avaliação da educação 
de maneira geral e não apenas as mudanças dos métodos pedagógicos e 
das disciplinas a partir da utilização efetiva das redes no ensino (KENSKI, 
2003, p. 87). 
 
Portanto, no que diz respeito às inovações educacionais com o uso das 
tecnologias de informação e comunicação (TICs), percebemos algumas 
características marcantes, a partir do que foi apontado pelos autores: 
 
• Um novo perfil de aluno, com estratégias mais modernas de acesso ao 
conhecimento; 
• Surgimento da Sociedade do Conhecimento – fortemente influenciada 
pelas TICs; 
• Consolidação de uma sociedade interativa e conectada – sempre acessível 
e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar; 
• Para as Instituições de Ensino – o desafio é entender, absorver práticas 
mais modernas e se adaptar a essa realidade; 
• Para professores – é o momento de ressignificar o seu papel, refletir suas 
práticas pedagógicas, ensinando o aluno a aprender por meio de ações 
continuadas, não restringindo à sala de aula tradicional. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vale a pena conferir a leitura do livro Novas tecnologias e mediação 
pedagógica. Uma das abordagens do autor diz respeito à utilização da internet 
como grande potencializadora na Educação. 
“Utilizar a Internet para ensinar exige muita atenção dos professores. Não 
se deter diante de tantas possibilidades de informação, saber selecionar as mais 
importantes. Uma página bem apresentada, atraente dever ser imediatamente 
selecionada e pesquisada. A Internet facilita a motivação dos alunos, pela 
novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece.” 
 
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda 
Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 
2000. 
Quer conhecer mais sobre a evolução da Educação? Veja o contexto histórico 
de cada uma de suas fases, a seguir: 
 Educação 1.0 – Até meados do século 18, a educação era aquela bem 
tradicional que você (caso tenha pelo menos 30 anos) se lembra bem. O 
aluno aprende com o professor utilizando livros, cadernos, apostilas, lousa e 
giz. O ensino é realizado em um local físico definido: a sala de aula. 
 Educação 2.0 – Partindo a Revolução Industrial até meados do século 20, o 
aluno, algumas vezes, divide experiências com os colegas, utilizando 
hardware, software e materiais didáticos, mas o ensino continua sendo 
realizado em locais definidos, como a sala de aula, ou, no máximo, os 
laboratórios de ciências e de informática. 
 Educação 3.0 – A palavra-chave é COLABORAÇÃO. O aluno aprende com 
o professor e com os seus colegas de forma colaborativa. O Ensino começa 
a ser realizado de forma híbrida, presencial e a distância, com a inserção de 
múltiplos recursos. 
 Educação 4.0 – O aluno passa a viver a experiência de aprendizagem por 
meio de projetos colaborativos, nos quais os professores e colegas atuam 
juntos. Os recursos disponíveis na escola passam a ser usados de maneira 
criativa e novas estratégias são baseadas nas metodologias ativas para as 
atividades em sala de aula. 
Consulte em: <http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/editor/file/ebook-
educacao4.0-planneta.pdf>. Acesso em: 22 mar. 209 
 
39 
Figura 19: A era da aprendizagem colaborativa 
 
Fonte: <https://www5.usp.br/5290/especializada-em-tecnologia-na-educacao-escola-do-
futuro-amplia-leque/>. Acesso em: 22 mar. 2019 
 
Apesar de haver muitas definições de aprendizagem colaborativa definidas 
pelos autores, podemos compreender que trata-se do resultado da interação e troca 
entre os alunos, em torno de um objetivo em comum: o aprendizado. 
Para TORRES (2004, p.50): 
 
A proposta colaborativa caracteriza-se pela: participação ativa do aluno no 
processo de aprendizagem; mediação da aprendizagem feita por professores 
e tutores; construção coletiva do conhecimento, que emerge da troca entre 
pares, das atividades práticas dos alunos, de suas reflexões, de seus debates 
e questionamentos; interatividade entre os diversos atores que atuam no 
processo; estimulação dos processos de expressão e comunicação; 
flexibilização dos papéis no processo das comunicações e das relações a fim 
de permitir a construção coletiva do saber; sistematização do planejamento, 
do desenvolvimento e da avaliação das atividades; aceitação das 
diversidades e diferenças entre alunos; desenvolvimento da autonomia do 
aluno no processo ensino-aprendizagem; valorização da liberdade com 
responsabilidade; comprometimento com a autoria; valorização do processo 
e não do produto (TORRES, 2004, p. 50). 
 
A aprendizagem colaborativa surge para favorecer o desenvolvimento pessoal, 
social, acadêmico e profissional dos alunos, professores e tutores. Podemos destacar 
como alguns benefícios o desenvolvimento do senso de trabalho em equipe e de 
novas competências comportamentais e intelectuais, aprendizagem prática, 
aprimoramento da comunicação, melhoria da autoestima e melhoria de 
relacionamentos interpessoais. 
 
Vejamos a seguir, com relação aos elementos da sala de aula do século 21, 
um panorama atual, considerando o advento das tecnologias de informação e 
 
40 
comunicação na Educação e as principais mudanças e impactos considerando a visão 
do professor e do aluno. 
 
Figura 20: Elementos da Sala de Aula do Século 21 
 
Fonte: <http://bibliotecasemrede.blogspot.com/2012/09/elementos-da-sala-de-aula-do-seculo-
21.html>. Acesso em: 23 mar. 2019 
 
No que diz respeito às tendências mundiais que vão impactar a educação 
brasileira em 2019, entendemos estar diante de um cenário promissor. Apontamos a 
seguir, quais rotinas e formatos de conteúdo e interação vão ganhar ainda mais 
 
41 
espaço no dia a dia das Instituições de Ensino, de acordo com o site Direcional 
Escolas (2019). São eles: Blended Learning (Educação Híbrida); Gamificação; 
Segurança no mundo on-line; Mestrado e doutorado a distância; Dispositivos 
integrados de ensino. 
 Figura 21: A consolidação da Educação Híbrida 
 
Fonte: <https://www.scoop.it/topic/education-online-2/p/4055543567/2015/11/20/a-onda-e-
sistema-hibrido-de-educacao>. Acesso em: 23 mar. 2019. 
 
Assim, como vimos na figura acima, a Educação Híbrida, ou também conhecida 
como Blended Learning, veio para somar e otimizar os processos de ensino-
aprendizagem, porém devemos sempre considerar que somente a tecnologia não é a 
responsável por este cenário. Para definir, podemos dizer que Educação Híbrida é a 
combinação do uso da tecnologia digital com as interações presenciais, a fim de 
otimizar a experiência do aluno. Trata-se de um modelo inovador, que permite a 
integração de novos conteúdos, troca de ideias einformações e, consequentemente, 
o aprendizado colaborativo. 
Em entrevista para a Época Negócios (2018), Julia Freeland Fisher, diretora 
para educação do Clayton Christensen Institute, diz que “o ensino híbrido é o futuro 
https://www.christenseninstitute.org/
 
42 
para a Educação, mas misturar on-line e off-line vai muito além de simplesmente 
colocar um computador na sala de aula”. E complementa dizendo que “nas salas de 
aula de ensino híbrido, os professores se transformam em facilitadores de 
aprendizagem.” 
Vejamos, de acordo com o site Direcional Escolas 2019, um pouco mais sobre 
estas tendências: 
 
Blended Learning – Também conhecido como “aprendizado híbrido” ou 
“modelo semipresencial”, essa metodologia combina sala de aula e educação 
on-line. O foco é na integração de ferramentas digitais, técnicas e materiais 
virtuais com a sala física. 
Gamificação – A gamificação é uma técnica de aprendizagem que trabalha 
a dinâmica de jogos lúdicos para criar mais engajamento dos estudantes no 
ensino e facilitar a absorção de conteúdo. 
Segurança no mundo on-line – A maioria das instituições de ensino têm 
refletido sobre como manter fora dos seus portões ameaças de violência 
armada, agressões e bullying. No entanto, o ambiente digital também exige 
essa preocupação relacionada à segurança. Quanto mais comum for o 
acesso à tecnologia, mais necessário será manter os estudantes a salvo de 
perigos cibernéticos. 
Mestrado e doutorado a distância – No relatório do e-Learning Inside News, 
o Massachussets Institute of Technology (MIT) divulgou que conquistou 
resultados excelentes em seu mais recente programa de mestrado on-line. 
No Brasil, já há debates intensos sobre a oferta de programas de mestrado e 
doutorado no modelo a distância. 
Dispositivos integrados de ensino – Com mais alunos usando vários 
dispositivos entre a casa e a instituição de ensino, programas que permitam 
a “malha de dispositivos”, ou seja, que funcionem em smartphones, tablets e 
computadores, serão fundamentais no processo de educação continuada. 
Essa tendência em relação a ferramentas que funcionam em plataformas – 
geralmente via nuvem – foi refletida em vários produtos da conferência da 
Sociedade Internacional para Tecnologia em Educação (ISTE) 2018. 
 
Destacamos algumas das tendências no âmbito da Educação para o ano de 
2019. Mas sempre é importante lembrarmos que os avanços tecnológicos estão 
sempre nos apresentando formas diferentes para se comunicar, aprender e educar, 
daí a necessidade do reaprender a ensinar à medida que estas tecnologias aparecem. 
Segundo o levantamento do SESI e do SENAI, uma marcante tendência 
advinda do uso das tecnologias educacionais é baseada em Inteligência Artificial, que 
permite a identificação do conhecimento e emoções dos alunos e a sugestão da 
melhor estratégia no processo ensino-aprendizado. 
 
 
43 
Estudo do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial (SENAI) aponta as tendências de uso das tecnologias 
educacionais baseadas em IA nas escolas até 2030. Conheça aqui as tecnologias 
educacionais com uso de inteligência artificial que devem ser difundidas: 
Até o período de 2020 
 Plataformas LMS para aprendizagem colaborativa; 
 Ensino personalizado e Sistemas afetivos/emocionais; 
 Sistemas tutores inteligentes; 
 Jogos sérios; 
 Learning analytics; 
 Robótica inteligente educacional; 
 Visão computacional; 
 Processamento de língua natural; 
 Curso online semipresenciais. 
Entre o período de 2020 a 2030 
 Fones de ouvido “tradutores”; 
 Óculos inteligentes; 
 Jogos sérios envolvendo inteligência artificial, realidades aumentada e 
mista; 
 Ética computacional; 
 Ecossistemas educacionais. 
Conheça mais sobre cada uma destas tecnologias, bem como as suas 
aplicações consultando neste link: 
<https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/educacao/inteligencia-artificial-nas-
escolas-estudo-aponta-ferramentas-que-serao-usadas-ate-2030/>. Acesso em: 22 
mar. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo de caso 
 
 
 
 
Vale a pena conhecer os dados complementares as tendências das 
tecnologias de informação e comunicação na Educação Superior em cursos online 
através da matéria a seguir: 
E para ampliar seus conhecimentos com relação às tendências em 
Inteligência Artificial na Educação no período de 2017 a 2030, veja mais em: 
<http://www2.fiescnet.com.br/web/uploads/recursos/d1dbf03635c1ad8ad3
607190f17c9a19.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2019. 
http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/
http://www.portaldaindustria.com.br/senai/
http://www.portaldaindustria.com.br/senai/
 
44 
 
 
Relatório internacional aponta tendências tecnológicas na educação 
superior 
O relatório “Horizon Report 2013” aponta seis tecnologias emergentes que 
deverão se tornar populares até 2018, seis tendências e seis desafios que as 
universidades devem ter no seu dia a dia para um período de até cinco anos. O 
grupo que ajudou a elaborar o relatório foi composto por 51 especialistas em 
educação, tecnologia e futuro, além de escritores e pensadores. Confira, a seguir, as 
três listas: 
 
1ª Lista – Tecnologias 
Ao grupo de especialistas foi perguntado que tecnologias teriam maior importância 
para o ensino, a aprendizagem e o questionamento criativo nos próximos cinco anos, 
dividindo as análises em três espaços de tempo: até um ano, de 2 a 3 anos, e até 5 
anos. A pergunta, respondida por meio de uma complexa metodologia que envolve 
análise de bibliografia e compilação de dados colaborativamente, tentava determinar 
mais do que uma moda, mas as ferramentas que passariam a ser usadas pelas 
principais instituições de ensino superior. Confira: 
1. Moocs (1 ano) 
Os Massive Open Online Courses (Moocs) se tornaram muito populares 
a partir do ano passado, com o lançamento de iniciativas de peso, como edX, 
Coursera e Udacity. Algumas das características que justificam toda essa 
popularidade são a possibilidade de aprendizado continuado, de nível superior 
e gratuito. 
2. Tablet computing (1 ano) 
Na medida em que os tablets têm se tornado tecnologias mais baratas, 
também tem ficado mais claro que esses aparelhinhos têm características 
únicas, que podem ser aproveitadas no universo educacional. Como são 
portáteis, facilitam o acesso à internet e o compartilhamento de documentos 
em quase qualquer ambiente. Além disso, com a possibilidade de baixar uma 
variedade imensa de apps, cada tablet também facilita um aprendizado 
customizado. 
3. Gaming e Gamificação (2 a 3 anos) 
Gaming, ou simplesmente jogar, tem por objetivo promover o 
engajamento dos alunos, uma vez que desafia seus conhecimentos em uma 
determinada disciplina. Mais recentemente, surgiu a necessidade de se incluir 
também a gamificação nessa tendência. A gamificação é a integração dos 
elementos dos jogos, como níveis, badges e competição, ao currículo. Nas 
edições anteriores do Horizon Report, essa dimensão vinha sendo chamada 
de educação baseada em jogos, mas foi ampliada na medida em que, além de 
incluir as ferramentas necessárias para apoiar o aprendizado, essa tendência 
também está envolta a em uma cultura e em um design específico. 
4. Learning analytics (2 a 3 anos) 
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-07-23/mais-de-7-mil-concluem-1-curso-online-oferecido-por-mit-e-harvard.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-07-19/universidades-americanas-oferecem-mais-de-100-cursos-online-gratuitos.html
 
45 
Ferramenta usada para decifrar tendências e padrões a partir de big data 
disponível sobre o aprendizado dos alunos. Primeiro, o uso do analytics se 
restringia a alunos com dificuldades de aprendizado. Hoje, ele já se mostra um 
recurso mais generalizado e extremamente útil para fazer escolhas 
pedagógicas a partir da necessidade dos alunos. As universidades têm usado 
o analytics para fazer com que o processo de orientação dos estudantesse 
torne muito mais preciso. 
5. Impressoras 3D (5 anos) 
As impressoras 3D oferecem uma forma muito mais barata e rápida de 
se prototipar projetos. No cenário educacional, essas ferramentas têm sido 
usadas em uma gama muito grande de pesquisas e laboratórios, 
especialmente de Stem (acrônimo que reúne áreas de ciência, tecnologia, 
engenharia e matemática). A expectativa dos especialistas é que, em cinco 
anos, elas passem a ser amplamente usadas em outras áreas para criar 
modelos tridimensionais 
6. Tecnologia para vestir (5 anos) 
Pela primeira vez no Horizon, a chamada “wearable technology” integra 
equipamentos eletrônicos a roupas e acessórios. Muitas dessas tecnologias já 
têm aparecido no mercado e já mostram potencial para serem usadas no 
ensino e no aprendizado. Realidade aumentada e telas finas que podem ser 
acopladas a superfícies são exemplos que devem se desenvolver. 
 
2ª Lista – Tendências 
Para produzir o relatório, os especialistas são convidados a entenderem o 
contexto em que a educação está para tentarem prospectar temas que se tornarão 
tendências. Muitas das tendências descritas pelos especialistas têm estreita 
correlação com as tecnologias há pouco apresentadas. 
1. Educação aberta 
Conceitos como conteúdo, dados e recursos abertos, assim como 
noções de transparência e acesso fácil à informação estão se tornando um 
valor importante. Muito comumente confundida com educação gratuita, a 
educação aberta não só é grátis, mas replicável, remixável e sem barreiras ao 
acesso e à interação. 
2. Cursos abertos e gratuitos 
Com a popularização dos Moocs, os cursos on-line, abertos e gratuitos 
passam a se fortalecer como uma alternativa ao estudo tradicional. 
3. Habilidades do mundo real 
O mercado de trabalho demanda dos recém-formados com habilidades 
que são mais frequentemente adquiridas fora da escola, em situações de 
aprendizado informal. 
4. Novas fontes de informação 
Existe um crescente interesse em usar novas fontes de informação para 
personalizar e medir a experiência do aprendizado. Com os alunos se 
dedicando cada vez mais a atividades on-line, há cada vez mais pegadas 
digitais que podem ser rastreadas pelo analytics, ferramenta também em franco 
desenvolvimento. 
5. Novo papel para o professor 
O crescimento e a valorização do aprendizado informal e o aumento na 
quantidade de recursos de educação têm feito com que as funções dos 
 
46 
educadores sejam repensadas. Agora, eles devem se portar muito mais como 
mentores e conectores de todas as informações disponíveis do que detentores 
do conhecimento. 
6. Novo paradigma 
A educação caminha para se tornar cada vez mais on-line, híbrida e 
calcada em modelos colaborativos. 
 
3ª Lista – Desafios 
Tanto as tecnologias emergentes quanto as grandes tendências esperadas no 
campo da educação superior têm sua ocorrência atrelada a importantes desafios por 
que passam as universidades. 
1. Capacitação de professores 
Docentes ainda não estão sendo capacitados para agirem na era digital. 
2. Novas formas de avaliação de pares 
A métrica que costumava ser usada para avaliar trabalhos científicos não 
consegue avaliar com precisão trabalhos difundidos via internet. Novas formas 
de revisão de pares, tais como notas de leitores, inclusão e menção em blogs 
influentes, tagueamento e retuítes, começam a ser valorizadas. 
3. Resistência interna 
Muito frequentemente é o próprio processo educacional que limita a 
adoção de novas tecnologias. 
4. Tecnologias e práticas inadequadas 
Tecnologias capazes de oferecer um aprendizado cada vez mais 
personalizado têm sido muito demandadas, mas elas estão apenas começando 
a ser adotadas. 
5. Modelos tradicionais são questionados 
A popularidade e o alcance dos Moocs estão obrigando instituições 
tradicionais de ensino superior a repensarem o seu papel. 
6. Pesquisadores não usam tecnologias 
Muitos professores e pesquisadores ainda não usam as tecnologias 
digitais para aprender, ensinar ou mesmo organizar a sua pesquisa. 
 
Disponível em: <https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-
05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-
superior.html>. Acesso em: 23 mar. 2019. 
 
 
 
Como podemos observar o relatório apresentado em 2013 sobre as 
tecnologias, tendências e desafios que ocorreriam no processo educacional em nível 
superior para os próximos cinco anos, ou seja, até 2018. O material trouxe de forma 
detalhada os desafios que as universidades teriam naquele período. 
Dessa forma, conforme exposto no material e considerando que o período de 
cinco anos apontado se encerrou (2013 - 2018), considere em cada uma das 3 listas 
apresentadas no texto (tecnologia, tendência e desafios) e faça uma análise crítica 
https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html
https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html
https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-05/relatorio-internacional-aponta-tendencias-tecnologicas-na-educacao-superior.html
 
47 
daquilo que ocorreu com os pontos observados em cada uma das listas, verificando 
aquilo que se realizou por completo ou parcial, se houve algum ponto analisado e 
apresentado no relatório que não se concretizou, destacando na sua análise os pontos 
pelo(s) qual(is) tal(is) motivo(s) não foram concretizados. 
 
 
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Figura 22 – Ressignificando o papel do docente 
 
Fonte: <https://www.geogebra.org/m/b4f2fBX2>. Acesso em: 23 mar. 2019 
 
2.2 Estudante, professor, tutor: importância e funções 
 
Diante deste novo cenário que envolve as TICs é importante refletirmos sobre 
o papel dos envolvidos dentro do processo ensino-aprendizagem, especificamente na 
Educação Superior. Para iniciarmos, vamos falar sobre as características do 
Estudante dentro do contexto tecnológico. 
No que diz respeito

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