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Genes e Genomas de eucariotos Genes de eucariotos possuem a estrutura básica semelhantes à dos procariotos com regiões codificadoras e reguladoras. Entretanto, essas estruturas são mais complexas. A região reguladora a montante da codificadora, é mais extensa com um nº maior de reguladores. Um gene eucariótico pode conter elementos reguladores a milhares de pb da sua região codificadora. A região codificadora é composta por sequências denominadas íntrons e éxons.. Os íntrons estão presentes s no DNA genômico, são transcritos em um RNA precursor (pré-RNA), porém removidos no processo de splicing, que dá origem ao RNA maduro. É comum a presença de uma cauda de adeninas (poli-A) que serve para a ligação de proteínas específicas, as quais dão ao mRNA proteção contra a degradação enzimática. Genomas Genoma nuclear O genoma principal dos eucariotos é encontrado compactado no interior do núcleo circundado pela carioteca. Esse DNA nuclear está organizado em cromossomos, cada um deles composto por uma única molécula de DNA linear. A maioria dos organismos eucarióticos é diploide, isto é, possui dois conjuntos completos de cromossomos em cada célula somática. Contudo, espécies que são poliploides (com 3 ou mais cópias de cada cromossomo por célula) ocorrem entre eucariotos unicelulares, fungos, animais e vegetais. Existem espécies, que apresentam fases de desenvolvimento ou formas haploides (com um único conjunto de cromossomos por célula). Genoma de organelas Mitocôndrias e Plastídeos apresentam genomas próprios, que diferem em estrutura e composição gênica dos genomas nucleares. Esses genomas são chamados de genomas extranucleares e contêm diversos genes relacionado às funções de cada organela. Síntese de ATP como fonte de energia no caso de mitocôndrias, e fixação de dióxido de carbono atmosférico em compostos orgânicos às expensas de luz solar no caso de cloroplastos. A presença de genomas próprios é resquício da origem evolutiva dessas organelas a partir de bactérias que foram internalizadas, inicialmente como endossimbiontes, em células eucarióticas ancestrais propriedades dos genomas Replicons múltiplos Cada cromossomo eucariótico está organizado em múltiplos replicons em tandem, diferente dos procariotos. Quanto a estrutura, cada replicon eucariótico tem entre 5 e 15 kb, sendo essa extensão definida a partir do espaçamento (nem sempre regular) das múltiplas origens de replicação ao longo de cada molécula de DNA que constitui um cromossomo. Porém, a cada ciclo celular, nem todas as origens de replicação são ativadas, o que determina, do ponto de vista funcional, que a extensão de cada replicon seja bem maior, podendo chegar a mais de 1 Mb. ESTRUTURA DOS GENES Discente: Vitoria Catschor; Disciplina: Biologia Molecular. valor de c Fenômeno que pode ser observado em muitos grupos taxonômicos e descreve uma frequente falta de correlação entre a complexidade biológica dos organismos e os tamanhos dos respectivos genomas. O paradoxo do valor C resulta da presença de uma grande quantidade de sequências não associadas a genes, nos genomas de algumas espécies eucarióticas, isso faz com que o tamanho do genoma não reflita diretamente o número de genes nele presente. Essas sequências intergênicas, com representatividade variada nos genomas de diferentes espécies, são constituídas em grande parte por elementos transponíveis e outras classes de DNA repetitivo. densidade genica Distância média entre genes individuais ao longo de um genoma. A densidade gênica depende da proporção de sequências intergênicas no genoma, com tendência a aumentar mais que o número de genes à medida que avança na escala evolutiva. Assim, a densidade gênica pode variar muito entre diferentes espécies e apresenta propensão geral inversa à do número de genes, pois tende a diminuir em eucariotos mais complexos É importante lembrar que a densidade gênica é um parâmetro que não contempla eventuais diferenças na distribuição dos genes ao longo dos cromossomos famílias genicas genes parálogos, únicos, não funcionais A ocorrência de eventos de duplicação gênica ao longo da evolução determina que muitos genes façam parte de famílias de parálogos, cujo grau de parentesco, definido pela similaridade de sequências, pode variar desde apenas 30 até quase 100% ao longo de todo o gene ou, pelo menos, em um ou mais de seus éxons. Em contrapartida, os genes “órfãos”, que não fazem parte de nenhuma família em um genoma, são os chamados de genes únicos. A origem de famílias gênicas por duplicação e divergência por mutação leva também à formação de muitos parálogos não funcionais, chamados de pseudogenes. sequencias intergênicas elementos transponíveis E dna satélite Sequências intergênicas fazem parte do genoma da maioria das espécies eucarióticas, são elas todas as sequências genômicas não vinculadas diretamente a um gene. Tem como fatores complicadores as extensas, complexas e heterogêneas regiões reguladoras dos genes, o grande número de íntrons e sua grande extensão (em genomas mais complexos). São em geral tratadas como intergênicas todas as sequências que não sejam parte de éxons ou íntrons de genes funcionais de estrutura típica. A quantidade dessas sequências tende a aumentar proporcionalmente mais do que a quantidade de sequências gênicas nos genomas de eucariotos mais complexos, explicando o chamado “paradoxo do valor C”. Elementos transponíveis são sequências de DNA capazes de se integrarem (por transposição) em outros lócus, o que implica no aumento do seu nº de cópias no genoma. Se dividem em 2 grupos principais: o dos transposons de DNA, mobilizados por meio de intermediários de DNA, e retrotransposons, mobilizados por um mecanismo que envolve a transcrição reversa de um intermediário de RNA DNA do satélite consiste em arranjos muito grandes de DNA não codificado e repetido em tandem. O DNA satélite é o principal componente dos centrômeros funcionais. Essas repetições tendem a produzir uma frequência diferente das bases e, portanto, têm uma densidade diferente do DNA em massa, formando um segundo ou banda 'satélite' quando o DNA genômico é separado em um gradiente de densidade. agrupamento de genes Os genes eucarióticos típicos estão organizados em unidades de transcrição individuais, com cada gene sendo transcrito em um produto de RNA monocistrônico. ao contrário do que ocorre em procariotos, é menos comum em eucariotos a organização em operons, com dois ou mais genes (ou regiões codificadoras) sendo transcritos em um único RNA policistrônicos.
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