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RACISMO RELIGIOSO X INTOLERANCIA RELIGIOSA APS2020-2

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE DIREITO
Matheus Benedito de Paula - D40BGE0 Rita de Cássia Alves Teixeira - N104EA7 Rozilene S. Ribas Nogueira - N175BB8 Mayara Tapia Dutra - T651AI2
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA CASO CERVEJARIA BACKER
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2020
Matheus Benedito de Paula - D40BGE0 Rita de Cássia Alves Teixeira - N104EA7 Rozilene S. Ribas Nogueira - N175BB8 Mayara Tapia Dutra - T651AI2
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA CASO CERVEJARIA BACKER
Trabalho apresentado ao curso de graduação de Direito da Universidade Paulista, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Atividades Práticas Supervisionada.
Orientador: Profa. Ma. Milena Bregalda
RESUMO (Matheus)
O presente trabalho tem por objetivo uma frugal análise quanto à intolerância religiosa no cenário nacional, com enfoque nos reflexos sociais e consequências jurídicas, apreciados sob a luz do direito constitucional e penal.
Para proporcionar uma melhor compreensão do caso, urge a necessidade de se estabelecer o contexto histórico que permeia a origem do preconceito que conduz à prática da intolerância e do racismo, bem como o surgimento e a incorporação das religiões de matriz africana na cultura e religiosidade brasileira.
Vencidas as considerações quanto aos aspectos históricos, evoluímos ao estudo das particularidades das religiões de matriz afriacana, empreendendo uma rasa demonstração da cultura e suntuosidades do Candomblé e da Umbanda.
Com base nas informações colhidas, foi empreendida a análise do contexto histórico que o procedimento investigatório (inquérito policial), plano de fundo para a concepção de hipóteses de enquadramento e tipificação penal.
O epílogo do presente estudo, verte sobre a responsabilidade civil objetiva, salvaguardada no Código de Defesa do Consumidor, e a apresentação de anteparo legal contra prejuízos decorrentes do risco das atividades, com fim de garantia da recolocação no mercado	e	à	justa	indenização	às	vítimas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
DO SURGIMENTO DAS CERVEJAS ARTESANAIS NO BRASIL	6
As grandes cervejarias: do início até se tornarem grandes corporações
.........................................................................................................................6
Público alvo das cervejarias artesanais no Brasil	7
CURIOSIDADES	7
CERVEJARIA BACKER	8
Tempos de glória	8
O CASO	9
O que é monoetilenoglicol e dietilenoglicol	9
Da utilização das substâncias na fabricação das cervejas	10
Sintomas da intoxicação	10
Notas sobre a intoxicação pela substância	11
Casos de intoxicação pela substãncia dietilenoglicol ao redor do mundo	12
DAS INVESTIGAÇÕES	13
DOS DIREITOS E GARANTIAS	14
DA RESPONSABILIDADE PENAL	16
DA RESPONSABILIDADE CIVIL	20
Do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990).	21
Responsabilidade Civil objetiva do Fabricante	21
Do enquadramento	22
DO SEGURO DE RESPONSABILIDADE	23
CONCLUSÃO	24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	25
1 INTRODUÇÃO (Mayara)
No decorrer desta obra, se dará enfoque na origem do preconceito que conduz à prática da intolerância e do racismo, bem como no surgimento e incorporação das religiões de matriz africana à cultura e religiosidade brasileira, apresentando suas implicações na vida do ser humano. Serão abordadas, também, discuções relativas aos vários ramos do direito, comprovando que, embora autônomos, acabam por conversarem entre si, assegurando a sociedade no que se tange o âmbito jurídico.
Serão relevadas as particularidades das religiões de matriz afriacana, empreendendo uma rasa demonstração da cultura e suntuosidades do Candomblé e da Umbanda. Revelar-se-á sua complexidade, o sistema de crenças do panteão africano, aspectos de sua liturgia, suas divindades, e os Templos que servem de referêcia aos cultos.
Chegaremos ao embate em relação à intolerância religiosa no Brasil, vislumbrando os fatos sobre os primas histórico, constitucional, penalista e jurisprudencial. Fora mister trazer a baila, discuções sobre a responsabilidade civil objetiva e subjetiva do Estado à luz das liberdades constitucionais.
E por fim, se apresentará o tópico principal deste diploma, que é a Responsabilidade Penal pela prática dos crimes de intolerância religiosa e racismo, onde serão relatados os estudos sobre os tipos penais, elementares do crime, e possíveis penas cominadas, sem embargos da respectiva jurisprudência.
Ante o exposto, nos acompanhe nesta triste trajetória, que retrata a necessidade de medidas estatais coercitivas de enfrentamento à intolerância e ao racismo religioso, sem menoscabo às inúmeras esferas atingidas pela intransigência humana, à proteção da vida e da liberdade individual e coletiva face à escassez de fraternidade e respeito aos seus semelhante. Assim, resulta a reflexão: Até quando?.
5
Da Origem e denominações
As religiões de matriz africana foram incorporadas à cultura brasileira, em meados dos séculos XVI e XIX, em consequência do tráfico de escravos nativos de Angola, Congo, Moçambique, Benin, Guiné, Nigéria, sem embargos às outras regiões do continente africano profanadas pelos escravocratas.
Afora os conhecimentos operacionais, as tradições e saberes culturais brindados pelos africanos, a religiosidade ostenta papel de destaque na formação social e cultural pátria, bem como na construção do atual ordenamento religioso. 
A incorporação das matrizes culturais e religiosas, com relevo a sabedoria Yoruba, Bantú e Ewè Fon, ensejaram a formação de territórios tradicionais para a prática litúrgica. Estas raízes africanas, transmutadas face à intolerância religiosa, conduziram à criação de numerosos cultos característicos, os quais se constituem em vultuosas famílias de “Asè”, cujos preceitos estão alicerçados na hierarquia, na tradição, na oralidade e na miscigenação.
Avulta-se a multiplicidade cultural decorrente da integração religiosa entre africanos e brasileiros, pela qual revelam-se notáveis doutrinas, como o candomblé, o batuque, o tambor de mina, a pajelança, a umbanda, a macumba, o catimbó, a jurema sagrada, dentre outros.
No presente estudo, elucidar-se-á, ainda que modestamente, as peculiaridades intrínsecas a prática do Candomblé e da Umbanda.
Candomblé
O Candomblé como prática religiosa, data do século XVIII, definindo seus contornos no acervo cultural e religioso brasileiro em meados do século XX, na Bahia, difundindo-se, posteriormente, por todo o território nacional. 
O Candomblé constitui-se em um sistema religioso autônomo e específico, firmado na crença devotada a uma divindade suprema (Olorum, Manzù ou Nzambi, a depender da nação), e na reverência aos orixás, voduns ou nkisis, cujas forças emanam da natureza personificada (orixás e ancestrais), que se configura na ancestralidade divinizada. 
De tradição oral, cuja língua é o Yorubá (idioma africano), não comporta registro escrito de sua liturgia, sendo seu exercício e aprendizado transmitidos por seus sacerdotes (Babalorixás e Yalorixás) e armazenados em registros pessoais, produzidos por seus adeptos. 
Considerada rígida em suas tradições, preserva hierarquia singular, com determinação de cargos e funções peculiares a cada “filho” do “Ilé asè” (casa de axé). A autoridade maior é exercida pelo/a Pai/Mãe de santo (Babalorixá ou Yalorixá), e sob sua liderança estão submissos os demais membros. Dentre os “filhos de santo” (praticantes da religião), distinguem-se os que são tomados pelo transe mediúnico (Yawos, ebomy, denominados de “rodantes”) e aqueles que não são tomados pelo fenômeno da incorporação, chamados Ogãs (homens) e Ekedys (mulheres).
Tradicionalmente, a sucessão de seus líderes religiosos processa-se por hereditariedade, e eventualmente, dar-se-á por concessão do próprio Orisà regente.
Atualmente, algumas Casas de Candomblé possuem maior destaque no cenário religioso, tendo sido tombadas como patrimônio histórico e cultural pátrio, como a Casa Branca do Engenho Velho (Salvador – 1986), Opo Afonjá (Salvador – 1999), Gantoá (Salvador– 2002), Casa de Oxumarê (Salvador – 2004), Casa de Nagô (São Luis).
Os rituais do Candomblé são celebrados em casas, roças ou terreiros, podendo também ocorrerem em meio à natureza (rios, matas, cachoeira), com fim de exaltação das divindades (orixás), e compõem-se de cânticos, rezas (aduràs, oríkìs), do soar ritmado dos atabaques e outros instrumentos típicos, das “giras” e “xirês” (roda de louvor na qual os praticantes reverenciam os Orixás e as divindades se corporificam), e da oferenda (ebò) de vegetais, minerais, objetos e, por vezes, do sacrifício animal.
Característica por ser uma religião politeísta, o Candomblé cultua múltiplas divindades, as quais vinculam-se a força e energia da natureza, com qualidades, personalidades, habilidades, preferências e fenômenos específicos, distintos entre si. No Brasil, o elenco de divindades está adstrito à 16 divindades, quais sejam: Exu (Esù), Ogum, Oxóssi, Xangô (Sangò), Iansã, Oxum (Osùn), Obá, Logun-Edé, Nanã, Ossaim, Obaluaê, Oxumare, Iemanjá (Yemonjà), Oxaguian (Osogyian), Oxalá (Osáàlà) e Ibejí/Erês (crianças).
Dentre as especificidades do culto, estão as características e elementos que representam as diversas divindades. Para melhor inteligência quanto as peculiaridades do culto, demonstrar-se-á, as principais características e elementos que acompanham os Orixás:
	Orixá
	Dia da Semana
	Elemento
	Relação
	Instrumento
	Ebó (Oferenda)
	Cores
	Saudação
	Exú
	segunda-feira
	Fogo e Terra
	Caminhos
	Ogó (bastão de madeira)
	Apadè
	Preto e Vermelho
	Laroye
	Ogum
	terça-feira
	Ferro e minerais
	Guerra
	(Obé) Espada de Ferro
	Feijão preto
	Azul escuro
	Ogunhê
	Oxóssi
	quinta-feira
	Fauna e Flora
	Caça e fartura
	Ofá (arco e flexa)
	Milho de galinha, coco
	Azul turquesa
	Oke Arô
	Xangô
	quarta-feira
	Fogo
	Justiça
	Oxê (Machado de duas lâminas)
	Quiabo
	Vermelho, branco e marrom
	Kaô Kabiesile
	Iansã
	quarta-feira
	Fogo, ventos
	Espírito
	Iruexim (cabo de ferro que segura um rabo de cavalo)
	Acarajé
	Vermelho, rosa e branco
	Eparrey
	Oxum
	Sábado
	Água doce
	Fertilidade e riqueza (ouro)
	Abebê (espelho)
	Feijão fradinho
	Dourado, amarelo.
	Ora ieiê ô
	Obá
	quarta-feira
	Guerra
	Equilíbrio e justiça
	Ofange (espada), Ofé (arco e flecha)
	Acarajé, feijão fradinho
	Marrom, vermelho e amOarelo
	Obá xirê
	Logun Edé
	quinta-feira
	Pesca e Caça
	Fartura
	Abebê (espelho), Ofá (arco e flecha)
	Feijão fradinho, camarão
	Azul turquesa e amarelo
	Loci Loci
	Nanã
	terça-feira
	Terra, barro, mortos
	Criação e Morte 
	Ibiri 
	Feijão com coco, canjica, batata doce
	Lilás e branco
	Saluba
	Obaluaê
	segunda-feira
	Terra
	Saúde
	Xaxará (bastão)
	Pipoca
	Branco, preto e vermelho
	Atotô
	Ossaim
	terça-feira
	Matas e florestas
	Medicamentos e cura
	Opassanìyn (haste com pássaro na ponta)
	Frutas, feijão fradinho, milho
	Verde e branco
	Eu eu Assau
	Oxumarê
	terça-feira
	Arco-Iris
	Conhecimento e saúde
	Serpente de metal
	Batata doce, inhame
	Amarelo e verde
	Aroboboi
	Iemanjá
	Sábado
	Água salgada
	Maternidade, força
	Abebê 
	Canjica, arroz branco e camarão
	Branco, verde e azul
	Odoya, Omi Ô, Eruya
	Oxaguian
	sexta-feira
	Ar, atmosfera
	Guerra, coragem
	Mão de Pilão, escudo, Atori (vara)
	Inhame
	Branco e prata
	Epa Babá
	Oxalá
	sexta-feira
	Céu
	Vida e a criação
	Opaxorô (bengala)
	Canjica, inhame
	Branco
	Epa Babá
	Ibeji/Erês
	Domingo
	
	Dualidade, alegria
	Não há
	Caruru, vatapá, doces
	Todas
	Beje eró
Por fim, mister relevar que para compor a vultuosa família do Ilê Axé, e participar das cerimônias e oferendas praticadas no culto do Candomblé, se faz necessário a submissão ao ritual de iniciação (fazer o santo), que pode perdurar por 7, 14 e até 21 dias, nos quais o Abiã fica recolhido no Ilê. Uma vez iniciado, o Yawo, cumprirá os preceitos (restrições de conduta/alimentares), fará as obrigações (1,3,7 anos) até que atinja a “maior idade” (Ebomy = irmão mais velho), podendo ou não, se tornar um Pai/Mãe de Santo.
Umbanda
Fundada por Zélio Fernandinho de Moraes em 1908, após a manifestação do Caboclo Sete Encruzilhadas que promoveu a cura de sua enfermidade, a Umbanda constitui culto religioso sincrético afro-brasileiro, cujos preceitos estão adstritos à Caridade, ao Amor e a Luminosidade. 
Atualmente, inúmeros são os “Terreiros” e Casas que dedicam-se a disseminação das crenças e da prática da fraternidade, como o Casa de Lei (Belém/PA), Templo de Umbanda Luz, Amor e Lei (São Paulo/SP), Casa do Cigano (São Paulo/SP).
Surgida no subúrbio carioca, a Umbanda pode ser considerada a junção de doutrinas como o Candomblé, o Kardecismo e o próprio Catolicismo. De origem periférica, têm como divindades os denominados “excluídos”, Índios e Negros (Caboclos, Preto-Velho, Zé-Pelintra, Pombo-gira, Exú), e em toda sua complexidade, cumula fundamentos do Kardecismo (reencarnação), e do Catolicismo (Santíssima Trindade).
Semelhante ao Candomblé, têm como Orixás, rol idêntico, preservadas todas as especificidades, bem como sua prática se dá nas Casas, Terreiros e barracões, bem como ao ar livre e em meio à natureza. Os rituais são conduzidos pelos Pais/Mães de santo (sacerdotes), nos quais os discípulos (filhos de santo) soam cânticos (hino e pontos) conduzidos pelo ritmo dos atabaques (coro), ocasião na qual os adeptos dançam em louvor ao sagrado, e decorridos os atos iniciais, são tomados pela força sobrenatural (incorporação).
Dissemelha-se do Candomblé por não empreender sacrifício animal, bem como pelo culto às divindades distintas e o uso, essencialmente, de vestimenta branca e língua nativa (português).
Para melhor elucidação das entidades cultuadas nesta vertente espírita, destacamos: 
Caboclos: espíritos de índios que atuam na cura e na promoção da saúde.
Pretos velhos: espíritos ditos evoluídos, conselheiros imigrantes da África.
Baianos: pessoas que viveram na Bahia e optaram pelo retorno para ajudar a quem precisa. Trabalham com emprego, saúde, força moral.
Marinheiros/Marujos: Trabalham com limpeza psicológica, física, espiritual, e sempre falam a verdade. Marinheiros de vida sofrida, mas de muito aprendizado.
Erês: são os espíritos das crianças, risonhos e brincalhões. Consolam os aflitos, os pais e mães e, às vezes, cometem algumas travessuras.
Malandros: são aquelas pessoas tiveram que usar de sua esperteza para sobreviver. Cuidam de pessoas viciadas, das maltratadas, das prostitutas, esquecidas.
Pomba-gira: são mulheres que em vida lutaram contra a situação opressora feminina e por isso, agora ajudam àquelas que passam por problemas. Uma delas foi Maria Padilha, amante do rei Dom Pedro I de Castela (1334-1369), retratada como mulher sensual, bem-vestida e sedutora.
A Umbanda é a religião da caridade, do amor e da inclusão, não há impedimentos para a prática do culto. 
2 ENTENDENDO O CASO
O texto proposto para estudo nos trouxe uma série de reflexões e questionamentos, os quais vamos descorrer a seguir, trazendo a baila os motivos causadores da indignação e ao mesmo tempo medo dos indivíduos adeptos das religiões de matriz africanas.
2.1 O Preconceito X Intolerância Religiosa X Racismo Religioso
Não basta termos conhecimento de que a Intolerância religiosa perdura em nossa sociedade, é importante levantarmos as causas, para que possamos combater fervorosamente este mal que assola as manifestações de diversidades culturais, religiosas, dentre outros.
O preconceito é um pré-julgamento de ordem subjetiva do ser humano, criado a partir de crenças, superstições, opiniões rasas, e vem alimentando o ódio ou o repúdio a determinado grupo de pessoas, manifestando-se muitas vezes por meio da intolerância, de forma violenta física ou verbalmente contra os indivíduos ou grupos devido sua religião, sexualidade, raça, cor.Este baseado unicamente em um sentimento hostil e discriminatório, um juízo de valor criado sem nenhum fundamento, e nocivo a todo tipo de diversidade, onde as diferenças que deveriam ser valorizadas, é rechaçadas da sociedade através desta cultura de ódio criada dentro do coração humano. 
O mundo inteiro é assolado pelo o preconceito, eno Brasil não é diferente, em território nacional cresce ainda mais devido as desigualdades sociais. Essa falta de tolerância com o outro, com as diferenças, tem aumentado de forma assustadora, mobilizando as autoridades para que criem leis capazes de punir atitudes e ações preconceituosas, de forma que sejam erradicadas como a Lei 7716/1989. A pena para os que cometem atos associados ao preconceito é de reclusão de 2 a 5 anos.
Art. 1.º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pos isto, uma das alternativas encontradas para combater essa postura intolerante, além das leis, é a Educação, trazendo meios favoráveis para que os indivíduos possam se inserir numa sociedade global, tolerante e realmente democrática.
Consequentemente verificamos que na intolerância religiosa, materializa-se o preconceito e a discriminação, violentamente, violando não somente o direito de expressão, de crença, de ser diferente, mas também o direito de manifestar a sua fé de acordo com a convicção de cada indivíduo.
Desde os primórdios as civilizações vivem a procura do sobrenatural, do Ser Supremo, anseiam pela imortalidade, pela vida eterna, pela paz interior, buscando explicações para os males da vida, fundamentos estes encontrados nas religiões, seja ela qual for, tem a sua verdade.
Portanto, podemos compreender que a Intolerância Religiosa acomete os indivíduos não somente na manifestação de sua fé, mas fere o âmago da sua busca, que é poder vivenciar suas descobertas a partir de suas vivências espirituais, através de sua religião.
Quando nos referimos a intolerância religiosa e ao preconceito no que tange as religiões de matriz africanas, percebemos que o fenômeno é ainda maior, e acabamos tratando apenas os sintomas e não a doença em si, lidamos com manifestações e não com a estrutura em si. 
Tais sintomas só vem corroborar e explicitar uma “doença” pré-existente, decorrente desde a época da escravidão, e vem se estendendo até os dias contemporâneos, que se intitula como Racismo Religioso, onde os escravos eram privados de expressar abertamente sua fé, e eram obrigados a aceitar a religião que lhes eram impostas pelos seus senhores, e hoje não temos mais senhores, e nem escravos, mas a “imposição” continuou, mas agora de forma estrutural, a começar pelo Estado que se diz laico, verificamos que apesar dos esforços dispensados pelas autoridades em criação de leis para punir tais atos e agressores, ainda falta muito para que estas leis funcionem com efetividade em nosso ordenamento, o que traz às religiões de matriz africanas o sentimento de medo, incertezas, e a sensação de impunidade.
Considerando que seja uma doença pré-existente, precisamos então atacar a raiz, enfrentar o problema de frente para desestruturar esse racismo nas instituições e não apenas tratar os sintomas, a começar pelo Estado, e seguidores de outras religiões, pois estes são formados por instituições, e é isso que os adéptos das religiões de matrizes africanas estão reenvindicando através da audiência pública na Alerj- Rio de Janeiro, querem fazer entender que a violência vai além de uma simples intolerância religiosa, a qual cumulada com o preconceito, chegando assim a violência maior Racismo Religioso, e pedem o respaudo das autoridades.
A intolerância religiosa é fruto de um longo processo histórico de doutrinação. Mesmo com os avanços das políticas públicas e projetos para assegurar a liberdade de expressão e culto, o Brasil e demais países continuam protagonizando novos casos de discriminação.
Um religioso presente na audiência pública, relata em sua explanação o sentimento não só de um lider religioso, não só de adepto de uma religião, mas também o sentimento de um povo, como segue: “Intolerância religiosa é uma forma muito suave de se falar sobre esse racismo.É uma coisificação de nossas tradições.Não fere somente a religiosidade em si, fere todo o povo negro, porque é um resquício do racismo e do sequestro dos povos africanos tirados da sua terra”.
3 DOS DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
(...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
(...)
A religião equivale a um conjunto de sistemas culturais e de crenças dirigido à elucidação dos fenômenos naturais que transpõem o universo, a vida e a morte. É uma estrutura orgânica, sujeita à subordinação hierárquica, que impõe balizas às relações sociais do indivíduo, e deste com o sagrado. Assim, temos que a religião não contempla tão somente a crença sacra, mas consagra uma doutrina social e comportamental formadora da consciência humana.
Isto posto, prosseguindo ao exame do tema, consentir com a intolerância religiosa e quaisquer formas de preconceito à multiplicidade cultural e de crença, impõe notória violação às prescrições constitucionais, ferindo o direito à vida, à liberdade de expressão e de crença, uma vez que o indivíduo é composto por suas convicções. 
Neste ínterim, pronunciar-se quanto a religiosidade individual, é adentrar a intimidade, enveredar-se na consciência humana, nas relações sociais e de autodeterminação. 
A baila do exposto, a Carta Maior pátria consagra rol de direitos e garantias constitucionais que buscam tutelar a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade, com objetivo de promover o bem nacional, assumindo como fundamento do Estado Democrático de Direito, homenageado na redação do inciso III do artigo 1º da Constituição Federal, a Dignidade da Pessoa Humana.
Mister relevar que a Constituição Federal reserva especial proteção às liberdades individuais, as quais coligem à pluralidade religiosa face à laicidade do Estado. Significa dizer, que não há imperativo quanto à orientação religiosa, porquanto o Estado se mantém alheio à determinação de qualquer doutrina que vise conduzir à uma crença universal, assumindo compromisso de prestar proteção e garantia do exercício religioso.
Neste sentido, a liberdade religiosa está vinculada não somente ao que ou em quem se debruça a fé, mas a liberdade de culto que preserva toda liturgia, e a liberdade de organização religiosa permissiva ao estabelecimento de locais para o exercício religioso. É a mão do Estado promovendo as elementares da dignidade humana, exercendo seu caráter acautelador para a garantia da liberdade.
Assim, tem-se que o Estado busca homenagear a diversidade religiosa, indubitavelmente benéfica ao fortalecimento das relações familiares, à formação moral e ética do cidadão que refletiram na conduta social do indivíduo. 
4 DADOS SOBRE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL DE 2011 A JUNHO DE 2019
Para além da garantia constitucional e do pacto estabelecido pela ONU por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, existe a Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997, que em seu primeiro artigo prevê a punição para crimes motivados por discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Porém cada dia, mas nos deparamos com episódios de intolerância e violência religiosa que são expressos de diversas maneiras: violência, ofensas, atitudes preconceituosas, uso da força contra minorias religiosas. E essas situações dificultam a plena liberdade de exercer este direito que também está previsto constitucionalmente, mesmo que estejamos em um estado laico do ponto de vista jurídico, numa sociedade plural, todo esse preconceito,toda essa intolerância é uma barreira clara para a efetivação dessa liberdade.
Porém cada dia, mas nos deparamos com episódios de intolerância e violência religiosa que são expressos de diversas maneiras: violência, ofensas, atitudes preconceituosas, uso da força contra minorias religiosas. E essas situações dificultam a plena liberdade de exercer este direito que também está previsto constitucionalmente, mesmo que estejamos em um estado laico do ponto de vista jurídico, numa sociedade plural, todo esse preconceito, toda essa intolerância é uma barreira clara para a efetivação dessa liberdade.
Dados do Ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos-DISQUE 100, traz para gente dados nacionais sobre as denúncias feitas sobre intolerância religiosa no país. Esses dados são de 2011 a junho de 2019.
Desde o início dessas análises, os estados com mais casos de denúncias: São Paulo e Rio de Janeiro, seguidos pelos estados da Bahia e Minas Gerais. 
Quando falamos em religião das vitimas o que predomina é o fato de não informarem a sua religião, e daqueles que informam sua religião conseguimos constatar que entre 2011 e 2012 a religião das vítimas variava levando em consideração a grande quantidade de crenças existentes, a partir de 2013 podemos ver que adeptos do candomblé, do umbanda e do espiritismo começaram a sofrer mais com a intolerância religiosa e entre 2016 e 2019 é predominante na análise da religião das vítimas que adeptos do umbanda, do candomblé de religiões de matriz africana, eram a maioria das vítimas dessas denúncias feitas ao disque 100, segundo dados coletados. Conseguimos enxergar que a violência relacionada a pessoas adeptas de religiões originárias da África vem aumentando. 
Partindo para a comparação do aumento de número de denúncias no decorrer desse lapso temporal em cada estado, conseguimos ver aumento em determinados anos e mais à frente a redução dessas denúncias. Entre 2011 e 2012 na Bahia por exemplo teve um aumentou de 800% no número de denúncias, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro com uma média de 500% cada um. Entre 2012 e 2013 as regiões do Nordeste e do Centro-oeste tiveram um aumento significativo na média do número de denúncias. Entre 2013 e 2014 esses números caíram. Analisando entre 2014 e 2015 vemos que os números voltaram a subir principalmente no Nordeste, a Bahia por exemplo teve um aumento de 475% na média de denúncias, nos anos seguintes as regiões que tiveram maiores médias comparadas a anos anteriores: Norte e Nordeste. A partir de 2017 os números de denúncias comparadas a anos anteriores caíram bastante, resultando em porcentagens negativas.
O estado que tem mais denúncias de descriminação religiosa a cada 100 mil habitantes é o Rio de Janeiro (estando em 4 anos distintos no topo do ranking) seguido do Distrito Federal (esse que esteve 3 anos distintos no topo desse ranking). Para efeito de comparação o estado com a maior média em 2011 era o DF (0,08), em 2012 o mesmo estado com a mesma posição teve uma média de 0,31 denúncias por 100 mil habitantes, parece pouco, mas analisando o contexto de tudo, é um aumento nesse número de denúncias.
Analisando mais detalhadamente esses dados, vemos que o perfil das vítimas (sexo) de 2011 a 2015, são em sua maioria homens, a partir de 2016 esse contexto se inverte e as mulheres são predominantes as maiores vítimas de discriminação. Quando se trata da questão de gênero os heterossexuais foram os que mais sofreram discriminação religiosa, seguido dos gays e lésbicas. A faixa etária da maioria dessas pessoas é dos 25 aos 30 anos e a maioria se declara parda, branca ou preta.
Indo ao perfil dos suspeitos de cometer este tipo de crime: a maioria é do sexo feminino, com idade entre 31 a 50 anos, de cor branca segundo dados, seguidas da cor parda e preta em sua minoria.
Partindo para o ponto da relação do suspeito com a vítima, podemos ver que a maior parte são desconhecidos, vindo depois mãe, irmão(ã), familiares. O mesmo dado encontramos quando analisamos relação demandante e vítima: temos desconhecidos como a maioria, seguidos por irmão(ã), filho(a). E a casa da vítima por dados unanimes é o local onde acontece a porcentagem maior dos casos de discriminação religiosa.
A quantidade de casos pode ser ainda maior, uma vez que muitas vítimas preferem não realizar a denúncia por medo de que a violência se repita ou não receber o apoio necessário.
Embora menos de 1% da população siga as religiões afro-brasileiras, 30% dos casos registrados pela central telefônica de direitos humanos envolveram vítimas praticantes de religiões afro-brasileiras.  Quatro por cento dos casos registrados pela central telefônica de direitos humanos envolviam violência.  A imprensa relatou vários incidentes em que indivíduos e grupos destruíram terreiros e objetos sagrados.
Luiz Antonio Simas afirma que o aumento do número de ataques é visível há pelo menos 40 anos, junto com o avanço das religiões neopentecostais, e é a expressão violenta de uma disputa de mercado religioso. Segundo ele, enquanto as religiões neopentecostais operam pela lógica da teoria da prosperidade e da conversão, as religiões de matriz africana estão mais ligadas à vocação e à ancestralidade. “Religiões de matriz africana não são religiões de conversão. Já as religiões monoteístas têm essa tendência. Se partimos do princípio de que há um único Deus, eliminamos todos os outros. Um dos fundamentos da ideia da evangelização é que aquele que não é fiel tem que ser convertido”, explica.
4 ANÁLISE COM ENFOQUE PENAL E PENAS CUMINADAS
Infelizmente, mesmo sendo matéria presente no aludido Código Penal vigente no país, existe um tipo de fobia religiosa no Brasil que, seguindo historiadores e sociólogos, pais de santo e até mesmo padres, os alvos são religiões de matrizes africanas, como de enfoque na dissertação.
	Ativamente, cabe trazer ao bojo dessa obra, a íntima e indispensável dependência que há entre o arcabouço normativo com a coletividade, vez que havendo Direito, há uma sociedade, a qual se regulara pelas disposições legais e imputara penas para aqueles que descumprirem.
	Posto isso, mister se faz, levando-se em consideração a temática em foco, tecer considerações acerca do laicismo presente no Brasil, isso é, seguindo uma vertente doutrinária, uma defesa, bem como, uma promoção da separação do Ente Estatal das igrejas e comunidades religiosas, aduzindo uma neutralidade em face de matéria religiosa.
	Superado os pensamentos pretéritos que permeavam durante o Império, o qual a Religião reconhecida era a Religião Católica Apostólica Romana, onde o Estado era norteado por agir fundado estruturalmente na aquiescência da Igreja Católica, em 1891, ouve a separação entre a Igreja e o Estado, surgindo assim, a denominação Laico.
	Como bem explanado em ponto próprio, a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, no rolar do seu artigo 5º, aduz pontos sobre a liberdade de crenças e práticas de variados cultos religiosos, bem como, o resguardo pelos locais que são exercidos as celebrações.
	Por conseguinte, levando-se em consideração o relatado a título de matéria, o qual se deve declinar o trabalho, perceptível está a transgressão e subsunção do fato a norma, no que diz respeito aos crimes contra o sentimento religiosos, mais precisamente corroborado pelos idos do Artigo 208 do Código Penal, o qual expõe:
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.
	
	Em uma breve análise do tipo, acaba-se por perceptível a pluralidade de verbos que podem ser praticados, caracterizando assim, um tipo penal misto cumulativo, possuindo três figuras incriminadoras autônomas.
	Vislumbrando as denúncias realizadas pela Comissão da Alerj, a qual expõe relatosde agressões, ameaças e ataques sofridos pelos terreiros de religiões de matriz africana, acaba-se por perceptível a violação e enquadramento no tipificado pelo artigo supramencionado.
	Registra-se também a ótima narrativa do legislador ao determinar uma causa de aumento de pena, estando presente no parágrafo único do mesmo artigo, aduzindo que, quando da violência empregada resultarem lesões corporais, haverá majoração da pena, uma vez as disposições do Artigo 108 do mesmo diploma, bem como, a aplicação, de forma cumulativa, da sanção cominadas as decorrentes das lesões corporais.
	Da leitura do caput, é conclusivo que o objeto jurídico tutelado é a liberdade de crença e de função religiosa, preservando o sentimento religioso, seguindo as disposições das declarações presentes na Carta de Direitos Humanos, bem como, resguardada pela Carta Maior do Brasil.
	O sujeito ativo no preceituado comportamento é elencado como qualquer pessoa, sendo dispensável qual a crença do indivíduo, bem como, qualquer outra qualidade ou condição especial. Já o sujeito passivo, pode se considerar, de forma imediata, a coletividade e, mediatamente, o indivíduo que sofrer as ações tipificadas.
	Seguindo uma vertente doutrinária, insta salientar o esculpido pelo mestre Heleno Fragoso, o qual aduz:
“Estes crimes violam diretamente interesses coletivos, motivo pelo qual sujeito passivo deles é, primariamente, o corpo social. Será sujeito passivo particular ou secundário qualquer pessoa física ou jurídica que sofrer a ação incriminada”.
	O elemento objetivo do tipo, devido à complexidade, é divido em três:
	- Escárnio por motivo de religião: o verbo escarnecer traduz, levando em consideração o contexto a ele empregado, como ridicularizar, humilhar, achincalhar, zombar, por motivo de crença ou função religiosa da vítima. Seguindo o princípio da taxatividade, bem como, o exposto por Rogério Greco em sua obra, para haver uma concreta subsunção do fato a norma, o escarnecimento deverá acontecer em local público, ou seja, publicamente. Caso viesse a acontecer em um lugar reservado, se decairia a um outro crime, a elucidar pela injúria.
	- Impedimento ou perturbação de culto religioso: impedimento podemos considerar em duas esferas distintas, onde a primeira, consideramos como evitar, dificultar, inibir o início da celebração/culto. Já a segunda, uma paralização do que já estava acontecendo, considerando assim, uma interrupção.
	No que diz respeito a perturbação, preleciona-se como atrapalhar, tumultuar, embaraçar a cerimônia religiosa, fazendo com que os atos não prossigam na maneira rotineira, podendo acontecer mediante violência, gritos, ruídos, dentre outros.
	- Vilipêndio público de ato ou objeto religioso: compreende-se como verbo vilipendiar os atos de menosprezar, menoscabar, afrontar, insultar um ato ou objeto religioso, como preceituado no diploma legal.
	Quanto ao elemento subjetivo do tipo, vislumbra-se o dolo dos agentes, podendo ser ele direto, ou eventual, consubstanciado na vontade livre e consciente de escárnio a alguém publicamente, haja vista a sua religião ou função religiosa, bem como, impedir ou perturbar a realização de culto religioso ou ainda, vilipendiar o ato ou um objeto com valor religioso.
	Registra-se que não está presente, no Diploma Legal, a tipificação da modalidade culposa. Assim, se esta for reconhecida, decairá a um fato atípico, por conseguinte, não punível.
	Quanto ao instituto da consumação e tentativa, se dá, levando em consideração o primeiro objeto do tipo, quando o agente escarnece, de forma pública, alguém, seguindo os requisitos supratranscritos, não importando se de fato a vítima se sentiu afetada com o comportamento perpetrado pelo sujeito ativo. Seguindo o pensamento de Bitencourt, é admissível a tentativa quando na forma escrita.
	Na segunda modalidade, seguindo a doutrina majoritária, ocorre a consumação quando o agente consegue, de forma efetiva, impedir a realização da cerimônia ou culto religioso, seja evitando o início, ou, interrompendo a realização, sendo admissível a tentativa.
	Por fim, quanto a prática de vilipêndio, alcança a consumação quando ocorre a eficácia dos atos prelecionados a cima. Nesse interim, seguindo uma corrente doutrinária, não se admite a tentativa na forma verbal, contudo, se fora cometido mais de um ato, será admitido a forma tentada.
	Quanto a ação penal, estamos diante de uma Ação Penal Pública Incondicionada.
	Mediante o exposto e levando-se em consideração o caso trazido à baila, acaba-se por perceptivo o enquadramento do fato a norma, dando ensejo a um país que é praticante do laicismo, bem como, busca pelo resguardo da liberdade religiosa.
	A prática desse crime, por vezes, também vem cumulado com outras práticas ofensivas, a elucidar pelo caso de uma mulher, Regina Santana da Silva, que acusa a empresa de demiti-la por ser macumbeira além de negra, tipificando o racismo.
	Segundo o relato da funcionária, a sua supervisora a obrigou a tirar uma touca que usava na cabeça, onde escondia a cabeça raspada - dias atrás, Regina havia passado por um ritual de iniciação no candomblé, e que, seguindo a tradição, a raspagem da cabeça simboliza a consagração da pessoa aos orixás -, e com um olhar de reprovação, disse que o tipo que religião ao qual frequentava não cabia na empresa, pois “além de ser negra, era macumbeira”.
	Para exemplificar ainda mais referida situação, vale a transcrição do depoimento da ialorixá Edna de Oxum, que ocupa a posição de zeladora espiritual de Regina e é presidente do Ilê Axé:
"Estamos vivendo tempos difíceis de ataques às aos praticantes das religiões de matriz africana e de desrespeito ao nosso sagrado. Nós não vamos deixar essa situação impune. Já temos uma advogada cuidando do caso e queremos a reparação na Justiça de todas as ofensas e crimes praticados contra minha filha de santo".
	Também, seguindo os pensamentos de Mãe Edna, que é conhecida como sacerdotisa, os adeptos dessas religiões de matriz africana (candomblé e umbanda, por exemplo), não devem se calar diante dessas situações de racismo e preconceitos religiosos que são submetidos reiteradamente.
	Posto isso, vislumbramos que a cada dia que passa, mais importante as disposições legais sobre o tema, afinal, o desrespeito, intolerância, preconceito, está enraizado numa parcela da população, necessitando de outorgas, tantos na esfera civil, bem como, criminal, sejam aplicadas afim de evitar a propagação de ofensas a liberdade religiosa.
5 DIA DE LUTA 
No Brasil é comemorado no dia 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. 
A data, que é baseada na Lei de n° 11.635, é em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador – que sofreu infarto após ser acusada de charlatanismo e ter sua casa e terreiro invadidos.
Este dia de enfrentamento, vigora desde dezembro de 2007, é comemorado no mesmo dia do falecimento da Iyalorixá, que tornou-se símbolo de combate à intolerância, especialmente em relação as religiões de matriz africana.
Mediante o exposto, uma breve reflexão, até quando teremos que criar dias de enfrentamento à intolerância do ser humano? Até quando pessoas de bem terão que morrer por uma causa? Até quando a falta de humanidade superará a fraternidade e o respeito para com o seu semelhante? Até quando as diferenças vão incomodar as pessoas a ponto de chegar à violência? Até quando...
6 JURISPRUDÊNCIAS
1-APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. PROBLEMA NA LEITURA DO MEDIDOR. PREPOSTO SE RECUSOU A INGRESSAR EM TEMPLO DE CANDOMBLÉ. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. DANO MORAL CONFIGURADO. ACERTO DO CONSUMO NA FATURA SEGUINTE. PROCEDIMENTO PREVISTO EM RESOLUÇÃO DA ANEEL. SENTENÇA MANTIDA. O autor alega que o preposto da ré que se recusou a ingressar no imóvel para realizar leitura do medidor, por funcionar, no local, templo de candomblé. Depoimento testemunhal confirma alegação autoral. Sentença julgou procedente o pedido de indenização por danos morais e rejeitou pedido de cancelamento dafatura seguinte em valor elevado. Insurgência de ambas as partes. Autor reitera pedido de cancelamento da fatura acima da média e pede majoração da indenização. Réu sustenta inexistência de dano moral. Preposto da ré demonstrou intolerância religiosa e disferiu insultos ao autor. Dano moral configurado. Quantum indenizatório razoavelmente fixado em R$ 3.000,00, em consonância com precedentes desta Corte. Incabível o cancelamento da fatura discutida. Foi realizado acerto quando regularizada a leitura do medidor. Procedimento previsto na Resolução n° 414 da ANEEL. Sentença que deve ser mantida. Recursos conhecidos e não providos. 
(TJ-RJ – APL: 0038048-06.2017.8.19.0203, Relator: Des(a). MARIA AUGUSTA VAZ MONTEIRO DE FIGUEIREDO, Data de Julgamento:01/07/2020, QUARTA CAMÂRA CÍVEL, Data de Publicação: 2020-07-07) 
2-PENAL. PROCESSO PENAL. CRIMES DE INJÚRIA QUALIFICADA PELO PRECONCEITO RELIGIOSO E DE AMEAÇA, PRATICADOS CONTRA PESSOA IDOSA DURANTE REUNIÃO DE CONDOMÍNIO. AUTORIA E MATERIALIDADE DEVIDAMENTE COMPROVADAS PELO CONJUNTO PROBATÓRIO ENCARTADO NOS AUTOS. VALOR PROBATÓRIO DA PROVA TESTEMUNHAL. DOSIMETRIA.
1. A prova produzida nos autos demonstra que a apelante ofendeu a dignidade da vítima, fazendo referência a elementos relacionados a sua religião, de forma suficiente para caracterizar o crime de injúria qualificada pelo preconceito religioso, bem como enunciou expressão que foi bastante para intimidar a vítima e para configurar o crime de ameaça.
2. As declarações das testemunhas de Defesa durante a audiência inaugural e após, no decorrer da audiência de acareação, são oscilantes, o que reduz a credibilidade dos depoimentos e frustra o valor da prova testemunhal produzida pela Defesa como meio probatório, em face das demais provas dos autos.
3. Assim, não se afigura razoável recusar valor probatório aos depoimentos prestados pelas testemunhas de acusação, como elementos de convicção do magistrado do conhecimento para sustentar a sentença condenatória.
4. Recurso de apelação a que se dá parcial provimento, para redimensionar a pena privativa de liberdade imposta.
(Acórdão 1197781, 20170710085674APR, Relator: JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, , Revisor: JAIR SOARES, 2ª TURMA CRIMINAL, data de julgamento: 29/8/2019, publicado no DJE: 2/9/2019. Pág.: 289/304)
3-APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE DISCRIMINAÇÃO OU INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. ART. 20, § 2º, DA LEI N. 7.716/1989. CONJUNTO PROBATÓRIO INSUFICIENTE. MATERIALIDADE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PROVA TÉCNICO-PERICIAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 158 DO CPP. INAPLICABILIDADE DO ART. 167 DO CPP. VESTÍGIOS QUE NÃO DESAPARECERAM. AUSÊNCIA DE PROVA JUDICIALIZADA. APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
1. Tratando-se de crime de discriminação ou preconceito religioso, praticado por intermédio da rede mundial de computadores, delito que deixa vestígio, a realização de prova pericial para comprovação de sua materialidade, em regra, é imprescindível, conforme art. 158 do CPP.
2. Inexistindo prova suficiente da materialidade do crime, acolhe-se o pedido de absolvição por insuficiência de provas.
3. Por implicar restrição ao direito fundamental do cidadão à liberdade, a condenação deve se firmar em prova cabal ou irrefutável, sob pena de ofensa ao princípio da não culpabilidade e, em caso de dúvida quanto à materialidade, a absolvição é medida que se impõe com fundamento no princípio in dubio pro reo.
4. De acordo com o princípio da autorresponsabilidade das partes, cabe à acusação bem desenvolver a atividade probatória.
5. Recurso conhecido e provido.
(Acórdão 1194552, 20180310029236APR, Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR, , Revisor: SEBASTIÃO COELHO, 3ª TURMA CRIMINAL, data de julgamento: 15/8/2019, publicado no DJE: 21/8/2019. Pág.: 120/122)
R E L A T Ó R I O 
Cuida-se de apelação criminal interposta por LUCIANO LIMA DE JESUS contra a sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal de Ceilândia que, nos autos da Ação Penal n. 2018.03.1.002923-6, condenou-o, como incurso no art. 20, § 2º, da Lei n. 7.716/1989, à pena privativa de liberdade de 2 (dois) anos de reclusão, no regime inicial aberto, mais 10 (dez) dias-multa, à razão mínima(fls. 101-105).
Nos termos do art. 44 do Código Penal, promoveu-se a substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, as quais serão estabelecidas pelo Juízo da Execução. Inconformada, em suas razões recursais, a Defesa requer a absolvição do apelante quanto ao crime de discriminação e intolerância religiosa, tipificado no art. 20, § 2º, da Lei n. 7.716/1989, por atipicidade da conduta, ante a ausência de dolo do agente, nos termos do art. 386, III, do CPP. Postula ainda a absolvição do acusado, por ausência de provas judicializadas para a condenação, nos termos do artigo 386, incisos V e VII, do Código de Processo Penal, razão pela qual deve ser aplicado o princípio do in dubio pro reo(fls. 118-122v). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em 1º grau, apresentou contrarrazões, pelo conhecimento e não provimento do recurso (fls. 126- 131). A 4ª Procuradoria de Justiça Criminal, por intermédio do d. Procurador de Justiça, oferta parecer pelo conhecimento e não provimento do apelo defensivo (fls. 137-138v). É o breve relatório.
Analisando as jurisprudências existentes que tratam do assunto, podemos observar que cada dia mais cresce essa discriminação que envolve a questão religiosa, muitos ainda sentem medo de denunciar, por medo, ou simplesmente por sentirem que o judiciário não irá dar atenção correta ao caso, é necessário mais conscientização para que as pessoas entendam que intolerância religiosa é crime, tem lei para a mesma e ela se manifesta de diversas formas, seja com injúrias, violência, qualquer uma que seja precisa ser denunciada. A liberdade de crença é individual e precisa ser respeitada. Não podemos impor as pessoas no que elas devem acreditar. Caso você presencie casos de intolerância – e não apenas religiosa – pode fazer uma denúncia anônima ao Disque 100.
7 A ESPERANÇA DE PAZ EM MEIO A INTOLERÂNCIA
Em meio a tanta violência e intolerância narradas no decorrer desta obra, ainda podemos vislumbrar luz ao fim do túnel, através das ideias de tolerância representadas em livros sagrados e ensinamentos de profetas, seguidores e pensadores de todas as épocas. Destacando que todo ser humano tem o seu o lado pacificador e inclusivo. Conheceremos a seguir alguns pensamentos que nos faz ter esperança no ser humano, ter esperança no nosso País.  
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” .”Jesus Cristo
“Em verdade, jamais se destrói o ódio pelo ódio. O ódio só é destruído pelo Amor. Este é um preceito eterno.”Buda
“A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em considerarmos toda a família humana como uma só família. Quem faz distinção entre os fiéis da própria religião e os de outra, deseduca os membros da sua religião e abre caminho para o abandono, a irreligião”. Gandhi
“A intolerância é o grande mal da humanidade. Nossas verdades não são maiores nem melhores do que as dos nossos irmãos”. Prof.Flávio Marcondes Velloso
”A cabeça de uma pessoa faz dela seu rei.” Casa de Oxumarê
“Em cada indivíduo, em cada povo, em cada cultura, em cada credo, existe algo que é relevante para os demais, por mais diferentes que sejam entre si. Enquanto cada grupo pretender ser o dono exclusivo da verdade, o ideal da fraternidade universal permanecerá inatingível”. Judaísmo
8 CONCLUSÃO (Rosi)
Mediante o exposto, acaba-se por perceptível, quais rumos a negligência, imprudência ou imperícia, mas também até uma possível tipificação dolosa, tomou-se, observando tamanha gravidade e repercussão, obtendo resultados transformadores e irreparáveis na vida das pessoas, como elucidado na presente obra.
Mister se faz, trazer, a título de reflexão que, mesmo com todo o amparo legal e ditames empregados por órgão fiscalizadores como a Defesa Sanitária, muitas empresas, a elucidar o ramo alimentício, preferemcorrer o risco de uma atividade, valendo-se de meios mais econômicos, do que, realizar pesquisar e investimentos, viabilizando o bem-estar e bom andamento do negócio.
Diante disso, a empresa, outrora tenha carregado um fardo de sucesso, com premiações internacionais, acabou-se por tomar um rumo de responsabilidade, haja vista ações na seara civil, consumerista, desrespeitando princípios constitucionais e passível de enquadramento na esfera criminal, no que se tange aos crimes contra a saúde pública.
Encaminhado assim, a finalização dessa exposição, se fosse solicitado uma palavra para resumir referida citação e análise do caso, seria: VIOLAÇÃO. Violação aos direitos fundamentais e consumeristas quanto ao cidadão, dada a incerteza do consumo, afinal, quando se é colocado um produto no mercado a disposição do consumidor, com um valor agregado, o mínimo que o cidadão espera, é qualidade e prazer, e não tornar-se vítima a uma situação assoladora.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/dos-crimes-contra-o-sentimento-religioso-breves-comentarios-ao-artigo-208-do-codigo-penal/ (acessado em 19/10/2020);
- https://jus.com.br/artigos/79131/a-dilapidacao-dos-idolos (acessado em 19/10/2020);
-https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/09/25/cristocracia-e-traficantes-de-jesus-dados-afastam-cristofobia-de-bolsonaro.htm (acessado em 20/10/2020);
- https://www.folhape.com.br/noticias/mulher-acusa-empresa-de-demiti-la-por-ser-macumbeira-alem-de-negra/159211/ (acessado em 20/10/2020)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito
https://vejasp.abril.com.br/cidades/com-novos-terreiros-umbanda-ganha-publico-diverso-em-sao-paulo/
https://www.todamateria.com.br/preconceito/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm
https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/772561844/recurso-ordinario-em-habeas-corpus-rhc-134682-ba-bahia-4000980-2820161000000?ref=serp
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoler%C3%A2ncia_religiosa_no_Brasil#:~:text=O%20Brasil%20tem%20normas%20jur%C3%ADdicas,discrimina%C3%A7%C3%A3o%20ou%20preconceito%20contra%20religi%C3%B5es.
https://www.acn.org.br/brasil/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/intolerancia-religiosa
https://www.brasildefatoba.com.br/2019/07/11/por-que-racismo-religioso-e-nao-apenas-intolerancia-religiosa
(podo colocar acessos entre 19 e 23/10) acima
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/igualdade-racial/comunidades-tradicionais/comunidades-tradicionais-de-matriz-africana
http://www.acordacultura.org.br/artigos/18102013/religiosidade-as-religioes-de-matriz-africana-e-a-escola
https://www.geledes.org.br/guia-sobre-religioes-afro-brasileiras/
https://www.todamateria.com.br/candomble/
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/11/g1-lista-terreiros-de-candomble-na-ba-e-da-dicas-para-frequentar-templos.html
https://www.infoescola.com/religiao/umbanda/
https://www.todamateria.com.br/umbanda/
https://www.visiteobrasil.com.br/nordeste/maranhao/festas-populares/conheca/tambor-de-mina
http://www.acasadoespiritismo.com.br/curiosidades/o%20que%20e%20um%20tabor%20de%20mina.htm
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/revistaspge/revista2/artigo5.htm

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