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BNCC E SEUS DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO passeidireto

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ATIVIDADE 1.2 - BNCC E SEUS DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO
Analise e comente (com suas próprias palavras):
a) As competências gerais da educação básica (você encontrará na introdução do documento da BNCC).
b) A relevância das competências gerais para a formação do estudante do Ensino Médio.
c). Escolha uma das competências gerais da educação básica e comente como ela se articula com o itinerário formativo da sua área de atuação – Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
d) Referências.
e) A sua dissertação deve ter, no mínimo, 1 lauda (página), sem contar as referências
Digite aqui seu texto:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que determina os direitos de aprendizagem de todo aluno cursando a Educação Básica
no Brasil. Ela possui 10 Competências Gerais que norteiam o trabalho das escolas e dos professores em todos os anos e componentes curriculares da Educação Básica. Para a construção da BNCC, considerou-se competência como sendo a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Isso significa que competência é aquilo que permite aos estudantes desenvolverem plenamente cada uma das habilidades e aprendizagens essenciais estipuladas pela Base.
As Competências Gerais não devem ser interpretadas como um componente curricular, mas tratadas de forma transdisciplinar, presentes em todas as áreas de conhecimento e etapas da educação. Elas “foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no século 21”.
As competências gerais da BNCC são:
Conhecimento, que visa valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultura e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Ou seja, os estudantes continuam com o aprendizado tradicional sobre todas as matérias que faziam parte da base curricular anterior.
Pensamento científico, crítico e criativo, com o intuito de exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. O aluno não deve mais simplesmente receber a informação do professor e aceitá-la, ele é treinado a questionar, a procurar informação além do que só o que o livro expõe por exemplo.
Repertorio cultural, para valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 
Comunicação, Utilizando diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Cultura digital, visando compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Trabalho e Projeto de Vida, para valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Argumentação, para que os alunos consigam argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Autoconhecimento e Autocuidado, para conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Empatia e Cooperação, Exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Responsabilidade e Cidadania, para que possam agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Por meio da orientação por competências, o aluno é convidado a deixar sua posição inerte na rotina da sala de aula para – muito além de apenas compreender conceitos – propor e testar soluções em situações verdadeiras, conectadas à sua realidade local. O estudante também é motivado a interagir, assumindo um papel mais participativo na sociedade, de forma que ele seja capaz de construir e expor argumentos, expressando seus princípios e valores.
Se pegarmos a competência número dois, pensamento científico, crítico e criativos, podemos avaliar a importância dela para o estudo e desenvolvimento em ciências da natureza suas tecnologias. Essa competência pode se tratar da mobilização dos conhecimentos científicos na resolução de situações-problema a partir de uma visão interdisciplinar e com a utilização e aplicação de tecnologias digitais ao longo do processo. Pensar sobre a resolução de problemas em um mundo em constante mudança é muito importante, uma vez que as demandas profissionais, sociais e culturais do estudante em um futuro muito próximo provavelmente não serão as mesmas enfrentadas hoje, e ser capaz de resolver problemas cada vez mais complexos, de forma crítica e criativa, é essencial. 
A partir dessa competência, espera-se do estudante que ele valorize a busca de soluções de maneira colaborativa, mobilizando habilidades que desenvolvam a resiliência, a argumentação, o protagonismo e o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação. Espera-se que, o estudante seja capaz de reconhecer que os conhecimentos científicos sofrem transformações ao longo do tempo, identificando a importância da experimentação e da interpretação de resultados com base na probabilidade e incerteza, reconhecendo que os avanços das tecnologias representam parte importante desse processo, além de aplicar seus conhecimentos na construção de argumentos e posicionamentos frente aos diferentes desafios cotidianos, sempre com ética, responsabilidade e valorizando a sustentabilidade.
E um dos objetivos de aprendizagem dessa competência é resolver situações-problema relacionadas ao entorno, levantando dados com o uso de tecnologias digitais e envolvendo a comunidade escolar. Identificar aspectos de natureza da Ciência a partir da análise de experimentos históricos que contribuíram para a construção das principais teorias científicas da Biologia. Propor modelos de análise para testar hipóteses sobre observações e/ou situações-problema. Aplicar diferentes abordagens (metodologias) científicas para compreender a dinâmica da matéria e energia em situações-problema relacionadas ao ambiente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+): Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília:MEC, 2006. BRASIL. 
DOS SANTOS JÚNIOR, Flávio Nunes; NEIRA, Marcos Garcia. Olhares sobre a proposta de reorganização do currículo do ensino médio na rede estadual paulista. Revista Internacional de Formação de Professores, v. 5, 2020.
Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Currículo Paulista Ensino Médio, 2020. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wpcontent/uploads/sites/7/2020/03/formacao-geral-curriculo-paulista-ensino-medio.pdf. Acesso em: 21 mai. 2020.

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