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DERMATOPATOLOGIA Cada patologia acontece em uma camada diferente da pele. As camadas são: 1) Epiderme ep. Estratificado pavimentoso queratinizado 2) Derme a) Tecido Conjuntivo Frouxo b) TC Denso Não Modelado 3) Hipoderme Tecido Adiposo Unilocular A pele do corpo é dividida em pele fina, presente na maioria do corpo, que tem pêlos, e pele grossa, presente nas articulações e regiões de maior contato, como as mãos e os pés. Na pele grossa, temos uma camada chamada CAMADA LUCIDA antes da córnea. EPIDERME Dividias em camadas: 1) Camada de Células Basais são células ativas que possuem a capacidade de proliferação e diferenciação. Sofrem mitoses Próxima a camada Basal, temos a presença de Melanócitos, células responsáveis pela produção de Melanina. 2) Camada Espinhosa Boa parte da Epiderme é caracterizada pela presença de Queratinócitos, e esses caracterizam a Camada Espinhosa. 3) Camada Granulosa Também apresenta Queratinócitos. 4) Camada da Córnea A ultima camada é composta por filamentos de queratina, que são produzidos a partir do processo em que o queratinócito perde todas as suas organelas e resta apenas os filamentos queratinosos. DERME Abaixo da membrana basal da camada de células basais, encontro TCF Papilar, e abaixo deste, temos a camada de TCF Denso Não Modelado. Ambos constituem a Derme. HIPODERME Abaixo da camada de TCF DNM, encontramos a tecido adiposo unilocular constituindo a hipoderme. As papilas dérmicas são as regiões da derme que formam essas ondas. As cristas são os vales de células basais, que fazem parte da Epiderme. Essa divisão ocorre devido às patologias que acometem cada região. Os Queratinócitos produzem os grânulos de queratina e armazenam eles na superfície apical, em cima do núcleo dessas células, como um modo de defesa contra os raios solares, protegendo o DNA celular. DISTURBIOS DE PIGMENTAÇÃO E DOS MELANÓCITOS 1) FORMAÇÃO DAS SARDAS (EFÉLIDE) As sardas são lesões pigmentadas, comuns na infância, em indivíduos de pele clara. Em ruivos, há um ciclo de aumento no verão e diminuição no inverno, devido a incidência solar, essa característica as distingue dos lentigos, que mantém uma coloração estável independente da exposição solar. O aumento das sardas está relacionado com a quantidade de melanina nos Queratinócitos, não tem a ver com o Melanócito. Aumento da quantidade do pigmento de melanina dentro dos queratinócitos basais. OBS: pessoas de pele clara tem uma menor proteção de melanina em seu Queratinócito para proteger seu DNA celular. Por isso deve-se usar protetor solar. 2) MELASMA Acastanhada, um pouco maior que as sardas, plana e lisa, geralmente sem forma especifica. A patogênese do melasma parece relacionada as alterações funcionais nos melanocitos, resultando em aumento das transferência dos pigmentos de queratinócitos basais ou macrófagos dérmicos. 3) FORMAÇÃO DE PINTAS – NEVOS MELANOCÍTICOS Nevus = lesão congênita da pele (marca de nascença). São neoplasias benignas comuns, onde teremos mutações nos oncogenes RAs. Nevos melanocíticos adquiridos comuns são regiões solida, relativamente planas (máculas) ou elevadas da pele (pápulas), de margens bem definidas e bordas circulares, marrom acastanhadas, uniformemente pigmentadas e pequenas (usualmente menores que 6mm de diâmetro). Os nevos melanocíticos são inicialmente formados por melanócitos que foram transformados a partir de células individuais, altamente dendríticas, normalmente interpostas entre os queratinócitos basais em células arredondadas, que crescem formando agregados ou “ninhos” ao longo das junções dermoepidérmica. Todos têm em sua origem exposição aos raios solares. Patogenia (senescência induzida pelo oncogenes): Melanócitos ativação de Ras e BRAF Proliferação por tempo determinado (Melanócito para a senescência). Para a formação de pintas, tenho a ativação dos Melanócitos, acarretada pela incidência de raios solares, que ativam oncogenes que modificam os Melanócitos. A pinta estabiliza o tamanho, pois os Melanócitos entram em dormência logo após sofrem pouco crescimento. Por isso que deve ser feito acompanhamento. A remoção das pintas é feita para que essas células não vão para a derme. PINTAS = NEVOS Temos 3 tipos: 1) Nevos Juncionais Entre a Derme e a Epiderme 2) Nevos Composto acomete a Epiderme, crista e Derme. 3) Nevos Intradermicos só está na Derme Crescimento dos Nevos ocorre da forma em que primeiro as células são se expandir na epiderme, e depois crescerão em profundidade. Os nevos (pintas) podem evoluir a um melanoma. O melanoma maligno é grave, pois tem uma grande capacidade de provocar metástase. O crescimento progressivo das células névicas, a partir da junção dermoepidérmica em direção a derme subjacente, é acompanhado por um processo denominado maturação. Quanto menos maduras, as células névicas mais superficiais são maiores, tendem a produzir melanina e crescem em ninhos. Regra do ABCDE: A de assimetria = as pintas benignas possuem lados proporcionais; B de bordas: no caso de um melanoma, as bordas são irregulares e apresentam linhas tortas; C de cores = uma pinta maligna apresentará duas ou três tonalidades distintas; D de diâmetro = sinais com mais de meio centímetro exigem atenção; E de evolução = pintas com crescimento acelerado são mais perigosas. PELE FINA Os pelos possuem sua raiz na derme. A produção de sebo também vai da derme até a epiderme. MELANOMA Possuem bordas irregulares, pois possui desregulação do crescimento celular. É o tipo mais grave, devido a sua alta possibilidade de provocar metástase. Patogenia: 10 a 15% fatores hereditários; A luz solar aparece como importante fator no desenvolvimento do melanoma maligno da pele -> causa danos no DNA. Desregulacão do crescimento celular -> células crescem radialmente e verticalmente Características clinicas O melanoma maligno da pele é usualmente assintomático. O sinal clinico mais importante é a alteração na cor, tamanho e/ou formato em uma lesão pigmentada. Apresentam uma variação na pigmentação, aparecendo em tons de negro, cinza, marrom, vermelho, azul – escuro. As bordas são irregulares. Os sinais clínicos de alerta dos melanomas são: a) Aumento de um sinal preexistente; b) Prurido ou dor em um sinal preexistente; c) Desenvolvimento de um lesão pigmentada recente durante a idade adulta; d) Irregularidade de bordas em uma lesão pigmentada; e) Cor variegada dentro de uma lesão pigmentada. Padrões de crescimento e morfologia Possuem um crescimento radial e vertical. O crescimento radial indica a tendência do melanoma a crescer de forma horizontalmente dentro das camadas da epiderme e derme superficial, durante esse estagio de crescimento, as células do melanoma não tem capacidade de fazer metástase. Com o tempo, ele vai assumindo um padrão de crescimento vertical, onde o melanoma cresce para baixo, em direção as camadas mais profundas da derme como uma massa expansiva com perda de maturação celular. As células do melanoma contem núcleos grandes de contornos irregulares, com cromatina caracteristicamente agrupada na periferia da membrana nuclear e nucléolo vermelho (eosinofílico) proeminente. TUMORES EPITELIAIS BENIGNOS São derivados: Do epitélio (ep. Escamoso estratificado queratinizado da epiderme); Dos folículos pilosos (queratinócitos); Glândulas (ductos). Deve-se fazer uma analise histopatológica detalhada para não confundir com malignos. 1) Cistos Trata-se de um nódulo benigno que pode surgir em qualquer área do corpo, porem é mais comum na face, pescoço e tronco, que são regiões com maior acumulo de glândulassebáceas. Pode ter origem traumática. Coloração: amarelada e vermelha (presença de bactérias). 2) Ceratoses seborréicas Ceratoses seborreicas afetam (LESÃO) Camada da córnea preenchidas hiperceratose (queratina). Ou seja, a lesão na camada da córnea é preenchida por filamentos de queratina. Elas surgem como placas graxentas, arredondadas, achatadas, em forma de moeda, que variam de mm a vários cm de diâmetro. São uniformemente marrom – acastanhadas e frequentemente mostram uma superfície aveludada a granular. Produção excessiva de queratina (hiperceratose) na superfície das ceratoses seborréicas, e pequenos cistos preenchidos por queratina (cistos córneos) e invaginaçoes da queratina para dentro da massa tumoral principal são achados característicos. TUMORES EPITELIAIS MALIGNOS 1) Carcinoma Espinocelular ou Carcinoma de Células Escamosas A causa exógena mais comum desse tipo de carcinoma é a exposição a raios UV com subsequente dano ao DNA. A incidência do tumor é proporcional ao grau de exposição solar durante a vida. A luz solar além de seu efeito no DNA, parece também ter na pele efeito imunossupressor direto ou transitório, afetando a função de vigilância normal das células de Langerhans que na epiderme apresentam antígenos e também causam mutação na p53, enzima supressor tumoral. Células da camada espinhosa da epiderme. 2) Carcinoma Basocelular São tumores comuns, de crescimento lento, que fazem metástase raramente. Tem tendência a ocorrer em locais de exposição cônica ao sol e em pessoas com a pele cara. Exposição prolongada ao sol -> danos DNA -> mutações na P53 (supressor tumoral). São vistos de 2 padrões: - Crescimentos multifocais = originando-se a partir da epiderme e estendendo-se por muitos cm quadrados ou mais da superfície da pele. - Lesões nodulares = desenvolvendo – se para baixo e profundamente para dentro da derme. Células da camada basal da epiderme; Defeitos do reparo do DNA; Pode atingir a derme; Raramente leva ao processo de metástase; Incomum em pacientes < 20 anos. TUMORES NA DERME 1) Dermatofibroma – Fibroistiocitoma Benigno São formados por células fusiformes benignas, arranjadas em um nódulo bem definido, não é encapsulado, dentro da porção media da derme. MASTOCITOSE É uma doença rara caracterizada pelo aumento do numero de mastócitos na pele e em alguns casos em outros órgãos. Muito dos sinais e sintomas causados da mastocitose são causados pelos efeitos da histamina, da heparina e outras substancias liberadas como resultado da desgranulação de mastócitos, o que leva a uma reação alérgica. Diagnostico confirmado por analise histopatológica com triptase (marcador para mastócito). ICTIOSE Este grupo distúrbios hereditários genéticos está associado a excessiva produção de queratina (hiperqueratose), que resulta clinicamente em escamas semelhantes as dos peixes. Camada córnea. URTICÁRIA Caracterizada pela desgranulação localizada de mastócitos e resultante hiperpermeabilidade vascular dérmica, culminando placas pruriginosas, eritematosas, denominadas vergões. Acomete a superfície da derme. Histamina e heparina aumentam a permeabilidade vascular, aumentando o diâmetro dos vasos. DERMATITE ECZEMATOSA AGUDA – ECZEMA Infiltrados de linfócitos T. São classificados nas seguintes categorias: a) Dermatite de contato alérgica; b) Dermatite atópica; c) Dermatite eczematosa relacionada a fármacos; d) Dermatite fotoeczematosa; e) Dermatite irritante primária. Todas são caracterizadas na fase inicial por lesões avermelhadas, papulovesiculosas, secretantes e com crostas, que com a persistência podem evoluir para placas elevadas descamantes. PSORÍASE É uma dermatose inflamatória crônica, onde pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença. Clinicamente, a maior parte das psoríases afeta a pele dos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombossacaral, sulco interglúteo e glande do penis. As lesões mais típicas são placas bem demarcadas, róseas ou cor de salmão, cobertas por escamas pouco aderentes que caracteristicamente apresentam uma cor branco – prateada. Doença autoimune. Não contagiosa. Não tem cura – medidas para amenizar os sintomas: hidratação e evitar bebidas alcoólicas. Fatores genéticos e ambientas ativam LT citotóxicos na pele, o que gera uma resposta inflamatória, liberando citocinas e IFL- alfa. Assim, tenho sempre uma resposta inflamatória na pele. *Com isso, aumenta a espessura da epiderme, de todas as camadas, principalmente das cristas epidérmicas e camada espinhosa. Espessamento epidérmico acentuado. Mitoses sucessivas acima das células basais (camada espinhosa). Aumento das cristas epidérmicas. Diminuição na camada granulosa. DERMATITE SEBORREICA É uma dermatose inflamatória crônica, é a forma mais grave da caspa. Envolve regiões com alta densidade de glândulas sebáceas, como o couro cabeludo, fronte, canal auditivo externo, sulcos nasolabiais e área pré esternal. Etiologia desconhecida: estresse, estilo de vida, higienização ou fungo Malassezia sp. É uma inflamação na epiderme e não uma doença das glândulas sebáceas. Infiltrado contem linfócitos e neutrófilos. DOENÇAS BOLHOSAS Principais causas: herpes, queimaduras e pênfigo bolhoso. Alterações nos desmossomos, que fazem com que as camadas da epiderme fiquem espaçadas. Temos diferentes tipos de bolha: a) SUBCORNEA acomete a córnea b) SUPRABASAL acima da camada basal c) SUBEPIDERMICA abaixo da epiderme. 1) Pênfigos É uma doença bolhosa autoimune que resulta da perda da integridade da adesão intracelular normal dentro da epiderme e epitélio mucoso. É causado por autoanticorpos que se ligam a proteínas que são necessárias para a adesão de queratinócitos basais a membrana basal (desmossomos). Doença autoimune em que anticorpos se ligam a desmossomos, que faz a adesão de Queratinócitos basais a membrana basal, gerando pênfigo bolhoso. Depósito de AC na junção dermoepidérmica. Influxo de células inflamatórias – presença de liquido. Tratamento com corticoide. QUEIMADURAS 1º Grau acomete a epiderme – vasodilatação, pele vermelha. 2º Grau acomete até a Derme – formação de bolhas preenchidas por plasma. 3º Grau acomete até a Hipoderme – destruição da hipoderme. 4º Grau acomete músculo e osso. Podem ser causadas pelo calor e pelo frio. ACNE Inflamação das glândulas sebáceas. Classificada em 2 grupos: a) Inflamatória: presença de bactérias. b) Não inflamatórias: presença de cravos – entupimento. - Aberta: cravos pretos (contato com o ar sofrem oxidação). - Fechada: cravos brancos. A acne inflamatória é caracterizada por pápulas eritematosas, nódulos e pústulas. Aparecimento de cistos, lesões mais profundas, inflamadas e dolorosas. A ponta da acne, do cravo, fica preto porque essa região está em contato com o ar. Ocorre o acúmulo de sebo na glândula, por fatores externos e/ou emocionais. Quando fica amarelo, é que a porção externa está fechada, então não fica em contato com o ar. A espinha ocorre por processo inflamatório. Possíveis causas: a) Formação de um tampão de queratina que bloqueia a saída de sebo a superfície da pele. b) Hipertrofia das glândulas sebáceas durante a puberdade, sob influencia dos andrógenos. c) Bactérias que colonizam as porções média e superior do folículo piloso. FOLICULITE É a inflamação no folículo piloso. Causada por bactérias ou fungos. Presença de bactérias estafilococos. Diferencia da acne pela localização e pela presença bactérias ou não.QUELOIDE Produção excessiva de componentes da MEC, principalmente o colágeno. Acontece na Derme, pois lá que tenho tecido conjuntivo com fibroblastos. ESTRIAS Não se sabe a causa, mas aparece após uma distensão excessiva da pele. Gera processo inflamatório que acontece o rompimento das fibras elásticas e colágenas. Pele fica mais clara pois acontece uma reparação tecidual.
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