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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Resenha Crítica de Caso University Health Services: Clínica de Pronto Atendimento Karen Rosa de Oliveira Azevedo Trabalho da disciplina Gestão do Conhecimento Tutor: Prof. Antonio Luis Draque Penso Rio de Janeiro, RJ 2020 2 UNIVERSITY HEALTH SERVICES: CLÍNICA DE PRONTO ATENDIMENTO Referências: MAISTER, David; DOYLE, Shauna; PIGNERI, Rocco. Harvard Business School 16 de junho 2006. O estudo de caso apresenta a trajetória de Kathryn Angell como diretora em uma clínica de pronto atendimento, da universidade de Harvard. Angell possui título de mestrado em gestão e política de saúde, pela Harvard School of Public Health. Em julho de 1979, Angell foi contratada como diretora assistente do ambulatório do Serviço de Saúde da Harvard University, o objetivo principal de Angell como diretora assistente, era reorganizar a clínica de Pronto Atendimento, este também, fora o tema de sua tese de mestrado. Angell era chefe administrativo da clínica e foi encarregada da melhoria na prestação de serviços médicos e implementação de novos programas. Assim que assumiu as suas obrigações, Angell implementou um sistema de triagem na Clínica de pronto Atendimento. A University Health Servicer (UHS), oferecia cuidados médicos para estudantes, funcionários, professores da Harvard University e seus dependentes. Os serviços médicos oferecidos pela UHS eram diversos, incluindo emergência 24 horas, cirurgias, quatro clínicas (incluindo o Pronto Atendimento e três clínicas de tratamento), serviço de tratamento mental, entre outros. A UHS oferecia um diferencial onde os pacientes podiam escolher um médico pessoal, que atendia através de agendamento no consultório do médico. A UHS, tinha um orçamento de aproximadamente 10 milhões de dólares para cobrir todas as despesas de tratamento de saúde para o ano discal de 1979-1980. Do total, a Clínica de Pronto Atendimento detinha uma fatia de aproximadamente 20%, onde incluíam as despesas administrativas, custo fixo e suprimentos. Os médicos trabalhavam 40 horas por semana, 46 semanas por ano. Todos os médicos de atendimento da UHS precisavam dedicar tempo de trabalho na Clínica de Pronto Atendimento. A Clínica de Pronto Atendimento do Holyoke Center, oferecia um tratamento ambulatorial mais completo das quatro clínicas de pronto atendimento da UHS. 3 No ano de 1979, mais de 37.400 pacientes visitaram a Clínica de Pronto Atendimento para tratamento de resfriados, náuseas, e doenças respiratórias, apendicite e dor no peito. Um estudo levantado pela UHS em 1980, durante um período de três semanas, apresentou que em média 143 pacientes eram atendidos por dia. As equipes da Clínica de Pronto Atendimento eram montadas de acordo com experiências anteriores, não apresentando uma padronização e não havia critério para definir o nível de pessoal, onde pequenos ajustes eram feitos a cada ano para aumentar a cobertura em períodos de pico. Médicos e enfermeiras, possuíam tarefas parciais onde realizavam também, tarefas administrativas, resultando em uma média de somente 150 médicos-hora disponíveis por semana para a Clínica de Pronto Atendimento, e duas enfermeiras padrão e 11 enfermeiras clínicas certificadas (enfermeiras registradas e autorizadas a tratar pequenas doenças sem consultar um médico). Enfermeiras e enfermeiras certificadas trabalhavam por oito horas, incluindo uma hora para almoço. As enfermeiras certificadas compunham o pronto-socorro da UHS à noite e aos finais de semana, e, realizavam diversas tarefas semi-administrativas, resultando num acúmulo de tarefas. Aproximadamente 45% das horas das enfermeiras clínicas certificadas estavam disponíveis para tratar pacientes na Clínica de Pronto Atendimento. Antes da implementação do sistema de triagem, paciente passava por um extenso processo de atendimento antes de ser atendido por uma enfermeira certificada ou um médico. Primeiro o paciente fornecia informações de identificação numa folha sequencialmente numerada no balcão de atendimento. Em seguida, a recepcionista solicitava o registro do paciente ao Departamento de Registros Médicos, um processo que levava oito ou nove minutos. O longo tempo de espera entre a chegada e o atendimento, foi o principal motivo das reclamações em relação a Clínica de Pronto Atendimento. Os pacientes tinham de esperar mais de 35 minutos para o seu primeiro contato com uma enfermeira, outra insatisfação era com a fila de espera. A Clínica de Pronto Atendimento era vista como um atendimento frio, ineficiente e impessoal. Membros do corpo administrativo e do corpo médico, também achavam que a clínica poderia funcionar melhor. Quando o sistema de triagem foi implementado, a expectativa era de redução do tempo de espera de triagem entre passar por uma enfermeira certificada até o médico, seria menos de 4 10 minutos. Porém, a realidade mostrou que o tempo médio total de espera era de 37,5 minutos, incluindo o tempo de triagem. Angell, ao introduzir o sistema de triagem, achou que as enfermeiras clínicas pegariam a maior parte da carga de pacientes, assim, deixando mais tempo por paciente para os médicos. Analisando os fatos ocorridos e as reclamações em relação a UHS, conclui-se que o novo sistema de triagem pecou na falta de um bom planejamento estratégico, suas estratégias não estavam alinhadas aos objetivos, gerando como consequência, as reclamações e insatisfações dos pacientes. A UHS, deveria ter investido em treinamento para as recepcionistas, enfermeiras, enfermeiras certificadas e os médicos. Havia duas enfermeiras que não eram certificas e que poderiam receber treinamento adequado para atender os pacientes com mais eficiência. Houve falta de padronização no atendimento, onde se os funcionários estivessem treinados e capacitados, melhorariam a qualidade no atendimento na triagem. Os médicos e enfermeiras estavam sobrecarregados, onde ocorreu uma má divisão de tarefas. Com treinamentos, cursos ou palestras adequadas às necessidades da UHS, os impactos das reclamações seriam menores e a eficiência no atendimento seria atingida.
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