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ALUNO SAULO VINICIUS VINHOTE DIAS MATRÍCULA 17030562 DISCIPLINA ENTES FEDERATIVOS E SEUS PODERES PROFESSOR CARLA NOURA TEIXEIRA I - Questões de múltipla escolha: Atenção: Assinale a alternativa correspondente ao comando da questão e JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE sua resposta: 01. E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTERVENÇÃO ESTADUAL EM MUNICÍPIO - INEXECUÇÃO DE ORDEM JUDICIAL (CF, ART. 35, IV) - REQUISIÇÃO, AO GOVERNADOR DO ESTADO, DA EFETIVAÇÃO DO ATO INTERVENTIVO - NATUREZA MATERIALMENTE ADMINISTRATIVA DO PROCEDIMENTO DE INTERVENÇÃO - INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DIRETRIZ JURISPRUDENCIAL FIRMADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO IMPROVIDO. O procedimento destinado a viabilizar, nas hipóteses de descumprimento de ordem ou de sentença judiciais (CF, art. 34, VI e art. 35, IV), a efetivação do ato de intervenção - trate-se de intervenção federal nos Estados-membros, cuide-se de intervenção estadual nos Municípios - reveste-se de caráter político-administrativo, muito embora instaurado perante órgão competente do Poder Judiciário (CF, art. 36, II e art. 35, IV), circunstância que inviabiliza, ante a ausência de causa, a utilização do recurso extraordinário. Precedentes. (AI 343461 AgR / MG - MINAS GERAIS. AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - Relator(a): Min. CELSO DE MELLO - Julgamento: 18/06/2002 Órgão Julgador: Segunda Turma). Da análise da ementa transcrita e a apreciação da hipótese descrita é possível afirmar, com exceção de: a) O Estado intervirá no município quando o Tribunal de Justiça der provimento a representação para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. b) Na hipótese em tela é dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa do decreto, sendo que este se limitará a suspender a execução do ato impugnado. c) O procedimento para decretação da intervenção dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário. d) Caso não esteja em funcionamento a Assembleia Legislativa far-se-á convocação extraordinária no prazo de 48 horas para apreciação Diante do art. 36, CF: § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. 02. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. LEI ESTADUAL 4.049/2002. ESTACIONAMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS. GRATUIDADE AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA E AOS MAIORES DE SESSENTA E CINCO ANOS. VIOLAÇÃO AO ART. 22, I, DA CONSTITUIÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO CIVIL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A Lei estadual 4.049/2002, ao prever a gratuidade de todos os estacionamentos situados no Estado do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência e aos maiores de sessenta e cinco anos, proprietários de automóveis, violou o art. 22, I, da Constituição Federal. Verifica-se, no caso, a inconstitucionalidade formal da mencionada lei, pois a competência para legislar sobre direito civil é privativa da União. Precedentes. II – Agravo regimental improvido. (AI 742679 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO - AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI - Julgamento: 27/09/2011 Órgão Julgador: Segunda Turma). Diante do exposto e segundo os termos da Constituição Federal brasileira é possível afirmar: a) Compete privativamente à União legislar sobre Direito Civil, mas pode proceder a delegação ao município do Rio de Janeiro. b) Compete concorrentemente a União, aos Estados e aos Municípios legislar sobre procedimentos em matéria processual civil. c) É de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. d) Compete ao Estado do Rio de Janeiro legislar por delegação da União sobre matéria de competência exclusiva como proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência. Previsto no art. 23- É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; 03. Acerca da organização político-administrativa prevista na Constituição Federal de 1988, é incorreto afirmar que: a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. b) Brasília não é a Capital Federal. c) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são todos autônomos. d) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos públicos. Conforme nos termos do art. 18, §1º, CF: § 1º Brasília é a Capital Federal. 04. Acerca da organização político-administrativa do Estado, julgue os itens a seguir: I - O desmembramento de um município será determinado por lei municipal, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, inexistindo a necessidade de divulgação prévia de estudos de viabilidade municipal na imprensa oficial. (SERÁ POR LEI ESTADUAL E EXIGE- SE CONSULTA PRÉVIA DE ESTUDOS DE VIABILIDADE.) II - Os estados podem incorporar-se entre si, mediante a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. III - É permitida somente à União a criação de distinções entre brasileiros. (É VEDADA A UNIÃO, ESTADOS, DF. E MUNICÍPIOS A DISTINÇÃO ENTRE BRASILEIROS. SÓ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL PODE CRIAR DISTINÇÕES ENTRE OS BRASILEIROS.) Assinale a opção correta. a) Apenas o item I está certo. b) Apenas o item II está certo. c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. Art. 18. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 05. Acerca da organização político-administrativa prevista na Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, exceto: a) Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. b) Recusar fé aos documentos públicos. c) Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. d) Garantir aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Constituição Federal Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar- lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. A única alternativa que não consta no rol de vedações é justamente a letra D, que não se trata de vedação, mas de uma garantia prevista no art. 5° da constituição. II – Questões dissertativas: 06. A partir da leitura do trecho do julgado abaixo transcrito explique as principais características do Federalismo brasileiro com especial observância dos critérios determinantes das competências constitucionais. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 3.449/04 DO DISTRITO FEDERAL. PROIBIÇÃO DE COBRANÇA DE ASSINATURA BÁSICA NOS SERVIÇOS DE ÁGUA,LUZ, GÁS, TV A CABO E TELEFONIA. INCONSTITUCIONALIDADE. COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR E PRESTAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES E ENERGIA ELÉTRICA (CF, ART. 21, XI E XII, „b‟, E 22, IV). FIXAÇÃO DA POLÍTICA TARIFÁRIA COMO PRERROGATIVA INERENTE À TITULARIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO (CF, ART. 175, PARÁGRAFO ÚNICO, III). AFASTAMENTO DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE DO ESTADO-MEMBRO PARA LEGISLAR SOBRE CONSUMO (CF, ART. 24, V E VII). USUÁRIO DE SERVIÇOS PÚBLICOS CUJO REGIME GUARDA DISTINÇÃO COM A FIGURA DO CONSUMIDOR (CF, ART. 175, PARÁGRAFO ÚNICO, II). PRECEDENTES. SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E GÁS. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. RESERVA DE ADMINISTRAÇÃO (CF, ART. 2º). PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. O sistema federativo instituído pela Constituição Federal de 1988 torna inequívoco que cabe à União a competência legislativa e administrativa para a disciplina e a prestação dos serviços públicos de telecomunicações e energia elétrica (CF, arts. 21, XI e XII, „b‟, e 22, IV). 2. A Lei nº 3.449/04 do Distrito Federal, ao proibir a cobrança da tarifa de assinatura básica “pelas concessionárias prestadoras de serviços de água, luz, gás, TV a cabo e telefonia no Distrito Federal” (art. 1º, caput), incorreu em inconstitucionalidade formal, porquanto necessariamente inserida a fixação da ”política tarifária” no âmbito de poderes inerentes à titularidade de determinado serviço público, como prevê o art. 175, parágrafo único, III, da Constituição, elemento indispensável para a preservação do equilíbrio econômico- financeiro do contrato de concessão e, por consequência, da manutenção do próprio sistema de prestação da atividade. 3. Inexiste, in casu, suposto respaldo para o diploma impugnado na competência concorrente dos Estados-membros para dispor sobre direito do consumidor (CF, art. 24, V e VII), cuja interpretação não pode conduzir à frustração da teleologia da referida regra expressa contida no art. 175, parágrafo único, III, da CF, descabendo, ademais, a aproximação entre as figuras do consumidor e do usuário de serviços públicos, já que o regime jurídico deste último, além de informado pela lógica da solidariedade social (CF, art. 3º, I), encontra sede específica na cláusula “direitos dos usuários” prevista no art. 175, parágrafo único, II, da Constituição. 4. Ofende a denominada reserva de administração, decorrência do conteúdo nuclear do princípio da Separação de Poderes (CF, art. 2º), a proibição de cobrança de tarifa de assinatura básica no que concerne aos serviços de água e gás, em grande medida submetidos também à incidência de leis federais (CF, art. 22, IV), mormente quando constante de ato normativo emanado do Poder Legislativo fruto de iniciativa parlamentar, porquanto supressora da margem de apreciação do Chefe do Poder Executivo Distrital na condução da Administração Pública, no que se inclui a formulação da política pública remuneratória do serviço público. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 3343 / DF - DISTRITO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - Relator(a): Min. AYRES BRITTO - Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX - Julgamento: 01/09/2011 Órgão Julgador: Tribunal Pleno – Publicação DJe-221 DIVULG 21-11-2011 PUBLIC 22-11-2011 - EMENT VOL-02630-01 PP-00001) Apesar de cada federação disponha características particulares e peculiares, similar sua veracidade local, é iminente especificar pontos comuns a todas elas. Dentre esses termos, temos inicialmente a descentralização política, em que é examinada autonomia a certos núcleos descentralizados de poder político. Como outra característica comum, os entes federativos que formam a federação são apenas autônomos entre si, pois apenas o Estado federal é soberano. Essa liberdade confere aos Estados-membros o poder de auto-organização por meio da composição de suas Constituições Estaduais. Além disso, eles regem um órgão representante, que no Brasil, por exemplo, é desempenhado pelo Senado Federal. No federalismo, há repartição de competências entre os entes federativos, como garantia de sua autonomia, e também a repartição de receitas, que busca assegurar o equilíbrio financeiro entre eles. É inclusive primordial a existência de uma Constituição rígida para atribuir harmonia institucional à federação, bem como a essência de um ente guardião da Constituição, que no caso brasileiro é o Supremo Tribunal Federal. Outra característica do federalismo é a inexistência do direito de secessão, separação ou retirada do ente federativo. A Constituição brasileira de 1988 indica o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, impossibilitando, por exemplo, a deliberação de proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado (art. 60, § 4º, I). Além disso, a tentativa de separação de algum Estado enseja a intervenção federal. A primeira Constituição brasileira a consagrar a forma federativa de Estado foi a Republicana de 1891, e, desde então, a forma federativa de Estado foi adotada por todas as Constituições pátrias. O Estado Federal é formado pela união de vários Estados, e possui como características essenciais: a) Descentralização político-administrativa. Todos os entes da federação brasileira possuem autonomia política (capacidade para inovar a ordem jurídica em determinada matéria) e autonomia administrativa (capacidade para executar o estabelecido por um núcleo central). b) Participação das vontades parciais na vontade geral. A participação dos Estados-membros na vontade nacional se manifesta por meio do Senado Federal, responsável pela manutenção do equilíbrio federativo. c) Auto-organização dos Estados-membros. É a capacidade de auto-organização por meio de Constituições próprias. Os Estados http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 federados possuem órgãos próprios para o exercício de suas funções legislativa, executiva e jurisdicional. 07. Considerando os trechos abaixo transcritos disserte sobre a estrutura do Estado brasileiro, com especial ênfase a organização político-administrativa do Brasil e sua relação com a teoria da Separação dos Poderes na assunção de funções típicas e atípicas. (mínimo de 20 linhas) Para Karl Loewenstein a Constituição é dispositivo fundamental para o controle do processo de poder, justamente por entender que a sociedade justa, aquela que outorga e garante direitos individuais, depende da existência de limites impostos aos detentores do poder, no exercício de seu poder. E mais, afirma que não são suficientes a mera existência de mecanismos de controle e sim, a necessidade de inclusão na consciência social da importância e operacionalidade de mecanismos de controle do processo de poder para a permanência, ou melhor a durabilidade, de uma sociedade justa e de um sistema político corretamente classificado como democrático. Estado social e nação pressupõem também, ao lado da democracia, em seu teor contemporâneo de legitimidade, o primado da justiça, porque sem justiça a autoridade não se legitima, é dissimulação; a liberdade constitui privilégio; a igualdade, retórica; a segurança, argumento de opressão; a lei, mais regra de força que norma de direito; e o Estado, mais absolutismo que harmonia e separação de poderes. Sem justiça a governabilidade é o dogma da tirania, é a nova razão de Estado das ditaduras constitucionais, a dimensão injusta e soez das invasões executivas nas órbitas de competência do legislador e do juiz. Sem justiça, o governo é ingovernabilidade. É a Constituição desamparada, malferida, humilhada, devastada, conculcada. E por que não dizer? Anexada ao arbítrio, à barbaridade e à onipotência de um Executivo supressor da livre fruição dos direitos fundamentais e das liberdades públicas. Executivo que, se lhe não puserem amarras, aniquilará a essência da cidadania. Semjustiça, a nação fica a um passo do abismo onde a democracia já não pode respirar e os laços morais e políticos da união republicana se dissolvem, O Estado social deixa então de ser Estado de direito por se converter tão somente em Estado social de um sistema totalitário, em que o Legislativo, numa flagrante cumplicidade de submissão, se fez também fantasma do sistema representativo e da Constituição que abjurou e quebrantou. Fazendo mão comum com o Executivo, ambos podem implantar uma ditadura funesta ao futuro da nacionalidade, em razão de dissolver os vínculos democráticos e os valores que os atavam à Constituição. O triângulo da liberdade na periferia é justiça, nação e Estado social. Fora daí, as tribunas vazias, a sombra do absolutismo, o silêncio das ditaduras. (BONAVIDES, Paulo. Comentários a Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Gen/ Forense. p. 527- 528). Interpostas as bases acerca de o que é um Estado e sua essência, faz-se fundamental explorar a administração do Estado brasileiro. A Carta Magna Brasileira citou o Estado de República Federativa do Brasil, no qual abonou a forma republicana de governo, ou seja, o governante é eleito pelo povo, direta ou indiretamente que concretiza a eletividade, para cumprir um mandato por um período estipulado significando a periodicidade. A vigente Constituição da República Federativa do Brasil, logo no seu primeiro artigo, concede que a nação brasileira é configurada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, compondo-se neste Estado Democrático de Direitos e Garantias e que o trabalho do poder pelo povo sucede por meio de representantes eleitos ou que a própria Constituição acarretar. Consequentemente quanto os demais Estados, o Brasil também rege a sua composição. A organização do Estado brasileiro comtempla a união dos entes federados, Estados membros, Distrito Federal, Municípios e a União. O Estado, para dar estabilidade às posições que lhe são pertinentes opera incontáveis tarefas, cujo objetivo precípuo deve ser a cumprimento do bem público. Objetivando a performance estatal livre de arbítrios e com respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos, a organização das funções estatais é efetuada de forma a permitir que cada órgão atue com autonomia, mas sempre em harmonia com os demais, que lhes controlaria, contudo, invadir a esfera de competências próprias do fiscalizado. Os poderes do Estado, igualmente, apresentam funções típicas, que lhes são precípuas, e umas funções atípicas, que, assim, não lhe são inerentes. Portanto é afirmativo que a Constituição da República edificou a separação de Poderes a status de cláusula pétrea. Os Poderes são autônomos, harmônicos e se controlam reciprocamente. Deduzimos, apesar, que os Poderes apresentam funções que lhe são determinantes, no entanto elas não são exclusivas. Assim, ao Legislativo concerne, sobretudo, legislar; ao Judiciário cabe cumprir a função jurisdicional dizer o direito; e ao Executivo a condução do Estado. Não obstativo isso, eles também atingem outras funções. Assim, os dois primeiros exercem função administrativa.