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ALUNO SAULO VINICIUS VINHOTE DIAS MATRÍCULA 17030562 DISCIPLINA ENTES FEDERATIVOS E SEUS PODERES ATIVIDADE EM SALA EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO PROFESSOR CARLA NOURA TEIXEIRA TEMAS Federalismo, Competências Constitucionais e Intervenção Federal I - Questões de múltipla escolha: Atenção: Assinale a alternativa correspondente ao comando da questão e JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE sua resposta: 01. Assinale a alternativa correspondente: I – A União intervirá em qualquer Município quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada. II – Para que a União venha a intervir no Distrito Federal de modo a assegurar a observância da prestação de contas da administração pública direta e indireta será necessário o provimento pelo Supremo Tribunal Federal de representação do Procurador-Geral da República. III – O decreto de intervenção poderá ser genérico apenas em decreto posterior será nomeado o interventor. IV - Para prover a ordem ou cumprimento de decisão judicial o decreto poderá limitar- se a suspensão do ato impugnado desde que essa medida baste ao restabelecimento da normalidade. a) Todas as alternativas estão corretas. b) Somente a alternativa I está correta. c) As alternativas II e IV estão corretas. d) Somente a III está errada. Para a união intervir de modo a assegurar execução de lei federal no DF, será necessário observância dos termos da lei previstos no art. 36 Inc.III da Constituição Federal, que implicará representação junto ao STF o procurador geral da república, em situações de demandem intervenção da União em ente federativo por motivos de não execução de lei federal. ''Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. '' Por outro lado, para prover a ordem e cumprimento de decisão judicial o decreto interventivo poderá limitar-se a suspensão do ato impugnado, deste que essa medida baste ao reestabelecimento da normalidade, logo, deve enquadrar-se nos termos do art. 36 parágrafo 3° da Constituição Federal, ''nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa , o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.'' ''Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.'' 02. A Câmara Municipal de Angra dos Reis - Sul Fluminense - criou uma comissão para acompanhar o cumprimento, por parte da Eletronuclear e da Prefeitura Municipal, do Termo de Compromisso firmado em 29 de maio de 2009 para compensações socioambientais associadas à Angra 3, no valor total de R$ 150 milhões a serem investidos até 2014, e também das medidas compensatórias decorrentes do funcionamento das usinas Angra 1 e 2. (Fonte: www.atividadesnucleares.com.br). Diante do exposto, assinale a alternativa correta: a) Compete concorrentemente a União e aos Municípios legislar sobre atividades nucleares de qualquer natureza. b) Compete privativamente a União legislar sobre a proteção ao meio ambiente e controle da poluição. c) Aos Municípios compete suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. d) A preservação das florestas, da fauna e da flora é competência comum apenas da União, dos Estados e do Distrito Federal. Constituição Federal em seu art. 23, inc. VI, estabelece o seguinte: ''Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. '' Desse modo, verifica-se que leis ambientais promovidas pela União e os estados-membros já em vigor, podem ser suplementadas pelos Municípios, considerando seus respectivos Estados. Entretanto, se houver omissão de leis Federais e Estaduais sobre determinada matéria ambiental, pode os Municípios visando interesse local legislar sobre, uma vez que matérias ambientais são competências comuns a União, Estados, DF e municípios. http://www.atividadesnucleares.com.br/ II – Questões discursivas: 03. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL. LEI MUNICIPAL. PROTEÇÃO E DEFESA DA SAÚDE. COMPETÊNCIA CONCORRENTE. INTERESSE LOCAL. EXISTÊNCIA DE LEI DE ÂMBITO NACIONAL SOBRE O MESMO TEMA. CONTRARIEDADE. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A Lei Municipal n. 8.640/00, ao proibir a circulação de água mineral com teor de flúor acima de 0, 9 mg/l, pretendeu disciplinar sobre a proteção e defesa da saúde pública, competência legislativa concorrente, nos termos do disposto no art. 24, XII, da Constituição do Brasil. 2. É inconstitucional lei municipal que, na competência legislativa concorrente, utilize-se do argumento do interesse local para restringir ou ampliar as determinações contidas em texto normativo de âmbito nacional. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 596489 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL. AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Relator(a): Min. EROS GRAU. Julgamento: 27/10/2009. Órgão Julgador: Segunda Turma). Considerando a Ementa do Acórdão acima transcrito, responda: a) Quais são os critérios de determinação da competência legislativa concorrente? Explique e fundamente. O Estado Federal tem como uma de suas propriedades a repartição constitucional de competências, por meio da qual se designa parcela de poder aos entes federados para que operem atividades legislativas e materiais, de forma a elaborar o funcionamento desse poder em todo território estatal. A denominada competência legislativa concorrente, sob determinados critérios, permite, assim, que todos esses entes possam exercer a possibilidade de legislar sobre os mesmos temas nos âmbitos dos interesses prevalecentes: federal (União), regional (Estados e Distrito Federal) e, no Brasil, local (Municípios e Distrito Federal). Em sede de competência legislativa concorrente, compete à União editar normas gerais, sem as quais os Estados e o Distrito Federal exercerão plenamente a atividade legislativa. A celeuma jurídica no que tange à competência concorrente, diz respeito à possibilidade do Município legislar sobre as matérias contidas no artigo 24 da Constituição da República. Conforme lei Constitucional, art. 24, Inc. XII, compete concorrentemente à União, Estados e o DF, legislar em matéria sobre previdência social, proteção e defesa da saúde pública, em seguida, taxativamente trás nos parágrafos 1°, 2° e 3° do referido artigo, respectivamente, que a União legislará sobre Matéria de normas gerais enquanto que os Estados legislará de forma suplementar a matéria da união, e na ocasião em que não houver normas federais gerais os Estados e o DF Legislarão de forma plena. Em conclusão, a ementa do Acórdão é verídica, uma vez, que não é competenteaos municípios, conforme artigo 24 caput, tratar de matéria de defesa da saúde pública, logo, concorrentemente é competente só a União, os Estados e DF. B) Diferencie os critérios de fixação de competência exclusiva e da competência suplementar. Explique e fundamente. De acordo com a constituição federal de 1988, a competência Exclusiva é aquela que fica a cargo da união, logo é indelegável, devido à relevância que a competência possui ao Estado-nação, como exemplo a declaração de guerra, a emissão de moeda e a defesa nacional, conforme artigo: ''Art. 21. Compete à União: II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; VII - emitir moeda. '' Por outro lado, há a competência suplementar que surge na presença de normas Federais de caráter geral já existentes, mas que necessitam de suplementação. Essa competência viabiliza aos demais entes legislar supletivamente sobre matéria Geral da União, conforme artigo: '' Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados''. Desse modo, ocorre somente na presença de Competências legislativas concorrentes o que não engloba as competências exclusivas, pois, estão somente a cabo da União. 04. Considerando os trechos abaixo transcritos disserte sobre o federalismo no Brasil e a relação com a adoção da separação de poderes. (mínimo de 20 linhas) A Federação chegou ao Brasil ao mesmo tempo que a República, formalizadas ambas pelo Decreto n. 1, de 15 de novembro de 1889. Por este decreto, as províncias do Império foram transformadas nos Estados da República, ganhando autonomia. O caso brasileiro, pois, é típico do federalismo por segregação (FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009. P.: 57) Também se arrola entre os princípios fundamentais a chamada tripartição dos poderes, que poderia ter sido melhor chamada de tripartição de funções, uma vez que o poder ao povo pertence. (...) Ao contemplar tal principio o constituinte teve por objetivo – tirante as funções atípicas previstas pela própria Constituição – não permitir que um dos “poderes” se arrogue o direito de interferir nas competências alheias, portanto não permitindo, por exemplo, que o Executivo passe a legislar e também a julgar ou que o legislativo, que tem por competência a produção normativa aplique a lei ao caso concreto. (BASTOS, Celso. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2001.p. 167) Estando averiguado em quadro mundial, o Federalismo enquanto modelo de Estado é intensamente contemporâneo. E apesar de tal composição não tenha se preparado linearmente, ou, semelhantemente nos países que atualmente a optam seu nascimento está grandemente associado ao movimento constitucionalista americano. O Federalismo é todo perfil de repartir o poder do Estado do meio de diversos entes numa certa extensão. Domina um forte elemento democrático. Emer giu na experimentação histórica das antigas Colônias Inglesas da América do Norte e foi empregado na primeira Constituição brasileira da República de 1889. O Federalismo quanto ideia de Estado deve ser compreendido como um regime, em compreensão de seu consistente aperfeiçoamento, por isso, constitui cláusula pétrea na Carta Política Vigente. O componente de segundo grau substitui vários procedimentos do texto constitucional de 1988 que acometeram o padrão de federalismo determinado pelo Constituinte originário, acrescendo o poder da União, limitando a autonomia dos Estados e Municípios. O Supremo Tribunal Federal que tem idoneidade para analisar as emendas constitucionais e definir se degradam ou não o núcleo fundamental do federalismo. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal marca para uma convergência cada vez cabal de poder em torno da União Federal diante dos ademais entes federais. O federalismo requer distribuição de poder, ou, competências no âmbito de o Estado Central e os Estados-membros. Logo, são primeiramente explícitos, na própria constituição, os poderes de cada um. Contudo, os estudiosos, usando como análise, a Federação americana, perceberam que além dos poderes enunciados, encontram-se imprescindível ao Poder Central ou à união os poderes implícitos, os quais são mecanismos de viabilização dos objetivos dos ditos enunciados. A respeito da separação dos poderes, é adotado “O Principio da Tripartição dos Poderes”, caracteriza o marco segundo o qual o Estado opera por forma de três poderes diferentes, porém, harmônicos e limitados entre si, que são o Legislativo que cabe legislar, ou seja, criar e aprovar as leis, o executivo que concerne a administração do Estado, executando as leis, propondo planos de ação, e administrando os interesses públicos, e por fim o judiciário que tem como função interpretar as leis e julgar os casos de acordo com as regras constitucionais e leis criadas pelo Legislativo. Contudo, constata-se que o federalismo, mais do que prevenir a soberania do Estado, foca regular um autocontrole constitucional, escoltando assim as atribuições previstas em lei, as quais se apontam cruciais a uma vida decente e honesta. Primeiramente nota-se que este equilíbrio não era seguido à risca, sendo a autarquia dos Estados e Municípios quase ínfima, para não dizer ineficaz. , mas, com a adoção da Constituição Federal de 1988, que veio proclamar no seu artigo 2°, a teoria da separação de poderes, atribuindo independência e equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e judiciário.