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1/4 UNIDADE BELÉM CURSO DE DIREITO PERÍODO LETIVO 2020.2 Primeira Avaliação Disciplina: Teoria da Pena Professor: HENRIQUE SAUMA Data da Prova: Turma: 3NA Código da Turma: Duração da Prova: Aluno: SAULO VINICIUS VINHOTE DIAS Matrícula: 17030562 Sala: Observações: A prova deverá ser realizada sem nenhum tipo de consulta e não deverá ser feita com lápis (grafite). Não esquecer de colocar o nome na folha das questões. Não poderá ser usado corretivo na prova. As questões objetivas devem ser respondidas APENAS na própria folha das questões (não serão aceitas respostas em outro local). As questões abertas devem ser respondidas na folha de respostas. As questões objetivas rasuradas ou marcadas em duplicidade serão desconsideradas. A interpretação das questões faz parte da prova. Leia CUIDADOSAMENTE cada uma das questões. Não se precipite!!! Lembre-se que na aula seguinte será realizada a devolução impreterível desta prova e a revisão automática da mesma. 1 – Tomás decide matar seu pai, Joaquim. Sabendo da intenção de Tomás de executar o genitor, Pedro oferece, graciosamente, carona ao agente até o local em que ocorre o crime. (1,0) A esse respeito, é correto afirmar que Pedro é: a) coautor do delito, respondendo por homicídio agravado por haver sido praticado contra ascendente. b) partícipe do delito, respondendo por homicídio agravado por haver sido praticado contra ascendente. c) coautor do delito, respondendo por homicídio sem a incidência da agravante. d) partícipe do delito, respondendo por homicídio sem a incidência da agravante. e) impunível. Letra D - Em Relação a Pedro: O Partícipe não realiza a conduta típica, não pratica o exato núcleo do tipo penal, mas ele contribui de alguma forma para o crime acontecer, conscientemente da ilegalidade e dos objetivos delituosos. O partícipe é quem não tem domínio sobre função ou tarefa no ato criminoso, seu domínio se restringe ao ato de auxiliar indiretamente o autor, quem pratica o crime em si. Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Logo, Pedro responde com Participe no homicídio e não tem a incidência de agravante pelo fato de não ter relação de parentesco com a vitima. 2/4 2 - Pedro e Paulo, um sem saber da conduta do outro, atiraram em Leonardo, com a intenção de matá-lo, o que veio efetivamente a ocorrer. A perícia não conseguiu descobrir qual deles produziu o resultado. Nessa situação: (1,0) a) Pedro e Paulo responderão por tentativa de homicídio; b) Pedro e Paulo responderão por homicídio qualificado; c) Pedro e Paulo responderão por homicídio culposo; d) Em virtude do princípio in dubio pro reo, nem Pedro nem Paulo poderão ser acusados de tentativa de homicídio. e) NDA Letra A. A devida questão acima é referente a uma autoria incerta, que nada mais é do que uma espécie de autoria colateral (que ocorre quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a prática de determinado fato criminoso, não atuam unidos pelo liame subjetivo), contudo, não se consegue determinar qual dos comportamentos causou o resultado. Nesse caso, o Pedro e o Paulo irão responder por tentativa de homicídio. 3 - Com relação ao concurso de crimes, assinale a alternativa correta: (1,0). a) No concurso formal de crimes, aplica-se ao agente a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas sempre aumentada de um sexto ate a metade; b) Ocorre concurso formal perfeito quando a ação ou omissão e dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, caso em que as penas são aplicadas cumulativamente; c) No crime continuado, o juiz considerando as circunstancias judiciais, poderá aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, ate o quádruplo; d) No concurso formal imperfeito, a pena poderá exceder a que seria cabível caso fossem aplicadas as regras do concurso material. e) NDA Letra A. Artigo 70 do CP, in verbis: “Concurso Formal - Artigo 70- Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior." 4 – Qual critério deve adotar o magistrado para o acréscimo de pena de um sexto a dois terços pela continuidade delitiva? (1.0) a) A gravidade dos crimes; b) O numero de crimes; c) As circunstancias judiciais do art. 59 do CP; d) A livre apreciação do magistrado; e) Os antecedentes do acusado Letra B Nos termos da doutrina e da jurisprudência, pacificou-se o entendimento de que, em caso de crime continuado, deve ser adotado o critério da quantidade de crimes cometidos. 3/4 5 – A regra geral, em se tratando de crime comum é a de que o sentenciado pode progredir de regime de pena quando o seu mérito o recomende e tenha cumprido no regime anterior pelo menos: (1,0) a) um terço da pena. b) um sexto da pena. c) três quintos. d) dois terços da pena. e) dois quintos da pena. Letra B. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 6 - Na dosimetria da pena, o juiz deverá fixar a pena base: (1,0) a) em seguida, considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes, por último, as causas de diminuição e de aumento de pena. b) em seguida, considerar as causas de diminuição e de aumento de pena, por último, as circunstâncias atenuantes e agravantes. c) levando em consideração as causas de diminuição e de aumento de pena; em seguida, considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as circunstâncias especiais de aumento e diminuição de pena. d) levando em consideração as circunstâncias atenuantes e agravantes; em seguida, considerar as causas de diminuição e de aumento de pena; por último, considerar as causas especiais de aumento e diminuição de pena. Letra A. A dosimetria da pena é dividida em três fases: a primeira é o calculo da pena base levando em consideração as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP, a segunda fase é a pena intermediária em que são consideradas as atenuantes e agravantes que não foram utilizadas como circunstâncias qualificadoras, ou, nos motivos do crime da primeira fase, por fim, a terceira fase que constitui a pena definitiva com as causas de aumento e diminuição de pena com quantum especificado no CP. 7 - Sobre as penas privativas de liberdade, assinale a alternativa incorreta: (1,0) a) a pena de detenção deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto, fixado pelo juiz no momento da prolação da sentença. b) a execução da pena em regime semiaberto será feita em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. c) o condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento de pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado. d) o trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. e) a pena em regime aberto deverá ser cumprida em casa de albergado. 4/4 Letra A. Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.8 - Analise a assertiva abaixo: Em se tratando de concurso de pessoas, o Brasil adotou a teoria unitária ou monista. Está correta a afirmação anterior? Existem exceções para esta teoria no código penal? Justifique a sua resposta e aponte o fundamento legal. (3,0) A tradicional teoria unitária ou monista consiste que o crime, ainda que tenha sido praticado em concurso de várias pessoas, permanece único e indivisível. Não se faz distinção entre as várias categorias de pessoas (autor, partícipe, instigador, cúmplice etc.), sendo todos autores ou coautores do crime. Conforme a afirmação anterior o Brasil sim, ele adotou a teoria unitária ou monista, a asserção para esta pergunta está expressa na lei, ou seja, no CP. Mais precisamente no art. 29, mas tal resposta é dada de forma indireta e não direta. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Se o art. 29 do CP tem como titulo “Do concurso de pessoas” e diz que quem concorre de qualquer modo para o crime a conclusão é a de que havendo concurso de pessoas há apenas um crime. Desta forma, a teoria adotada pelo CP foi a unitária ou monista, sendo assim, todos aqueles que concorrem para a produção do crime, devem responder por ele. Esta teoria no CP acomoda algumas exceções, como por exemplo, no caso de aborto consentido, a gestante responde por infração ao art. 124 (consentir que outrem lhe provoque) e quem realizou o aborto pelo crime do art. 126 (provocar aborto com consentimento da gestante), nesses casos é aplicada a teoria pluralista, que admite que cada um dos concorrentes responda pela sua própria conduta, pois cada um pratica um crime próprio, autônomo.