Buscar

Caso clínico (sistema nervoso central)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Nervoso
Relatório: Caso clínico 6
Prof. Alexandre
Aluna: Jessyca M. Albernaz
Medicina – Turma 9 
· Sobre o caso:
Mulher, 65 anos, sem história prévia de hipertensão arterial ou outras comorbidades, foi levada à emergência pela filha, apresentando perda súbita da consciência após episódio de crise convulsiva e desvio da comissura labial para a direita. Após despertar, apresentou-se afásica, com paresia grau III, hipoestesia e arreflexia em membro superior esquerdo, além de paralisia facial central do mesmo lado. A filha relatou episódios anteriores semelhantes, com melhora espontânea. Realizada RM, evidenciaram-se múltiplas áreas hiperintensas em região frontotemporal e frontoparietal à direita e temporoccipital à esquerda (Figura 1). Após a realização de eco-Doppler de artérias vertebrais e carótidas além de nova RM com gradiente Echo, foi feito diagnóstico de acidente vascular encefálico (AVE) hemorrágico associado a angiopatia amiloide.
Afasia: as áreas relacionadas com a linguagem são área anterior da linguagem (área de Broca -relacionada com a expressão da linguagem, programação da atividade motora relacionada com essa expressão) e a área posterior da linguagem (que está entre os lobos temporal e parietal, correspondendo a parte mais posterior da área 22 de Brodmann – área de Wernicke – estando relacionada basicamente com a percepção da linguagem). 
Paralisia facial central: Lesões dos neurônios motores piramidais do córtex frontal (responsáveis pelos movimentos voluntários), que chegam aos núcleos motores do facial ipsi (parte superior da face) e contralateralmente (parte superior e inferior). Os movimentos involuntários ou emocionais podem estar preservados. 
Paresia: perda parcial da motricidade. 
Parestesia: Sentimentos anormais (formigamento). 
Hipoestesia: É um problema de percepção, onde ocorre uma distorção sensorial, ocorrendo uma redução parcial ou total da sensibilidade da pele. 
Arreflexia: A interrupção do arco reflexo em qualquer ponto do seu trajeto vai abolir a resposta gerando a arreflexia, ou seja, ausência de reflexos ao tendão do músculo estimulado
Desvio labial para lado o direito: No caso dessa mulher, é provável que haja uma fraqueza dos músculos faciais do lado esquerdo (no caso diz que ela está com paralisia facial do lado esquerdo), por isso a comissura labial está desviada. Tendo em vista que o lado esquerdo pode não estar recebendo impulsos nervosos de maneira correta, por conta de uma lesão. O nervo facial é o nervo de maior diâmetro que passa dentro de um conduto ósseo e é o nervo que mais frequentemente sofre paralisia. Uma lesão do nervo facial (VII par craniano) causa paralisia dos músculos da mímica facial em uma hemiface, além de ser possível observar um desvio da comissura labial para o lado contrário à lesão. 
Para obter um diagnóstico é preciso de exames complementares (como ressonância magnética), mas também de correlacionar com a clinica do paciente, pois caso no exame clénico do paciente perceba uma alteração que não tem relação com o observado do exame, é possivel que tenha mais de uma patologia. Por exemplo, em uma crise convulsiva, nem sempre vai estar no exame aparecendo a lesão. 
Lobos possivelmente acometidos: Temporal (dos dois lados) e parietal (direito)
· Introdução: 
O telencéfalo integra e consolida informações do sistema nervoso, inicia e coordena atividades voluntárias. Ele é constituído de dois hemisférios cerebrais separados pela fissura longitudinal (incompletamente), o seu assoalho é formado pelo corpo caloso. Cada um dos hemisférios cerebrais bem desenvolvidos contém: córtex cerebral (que forma os giros e sulcos), substância branca subcortical (constituídas de fibras aferentes e eferentes) e massas profundas de substância cinzenta chamadas núcleos da base.
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais) e Carotídeo (artérias carótidas internas – ramo da carótida comum). 
O processo de contração muscular requer uma interação entre o músculo e suas propriedades bioquímicas e os neurônios (motoneurônios) que enervam esse músculo. A partir dessa interação serão gerados na superfície de contato (fenda sináptica) fenômenos elétricos e químicos que pontuarão a intensidade da contração e sua plasticidade, principalmente em relação aos grupos de músculos que realizam movimentos mais complexos. A contração muscular é percebida por nós ao tomarmos consciência do movimento de determinado grupamento muscular. Mas, a produção dessa resposta inicia-se antes do músculo entrar em ação em uma interação bastante complexa.
O processo da contração muscular se inicia através do envio de estímulo pelo córtex motor, esse estímulo se propaga através dos neurônios das vias descendentes até chegar nos motoneurônios e músculo. A contração vai acontecer pois a estimulação do motoneurônio vai desencadear a propagação de um potencial de ação (na junção neuromuscular, a interação entre neurônio e o músculo vai ocorrer na fenda sináptica – neuronio pré-sinaptico - motoneuronio - e região pós-sináptica que vai incluir a membrana da fibra muscular, e suas invaginações). Posteriormente há uma explicação mais detalhada do processo de sinapse do neurônio. 
· Substância branca subcortical:
Contituída de fibras mielínicas, que podem ser:
· De projeção: Fórnix e a cápsula interna. Elas ligam o córtex cerebral a centros subcorticais, explicando melhor, cursam entre o córtex cerebral e diversas estruturas subcorticais. Podem ser:
 Aferentes: Une o tálamo ao córtex.
 Eferentes: Une o córtex cerebral às porções inferiores do encéfalo e medula. 
· De associação intra hemisféricas: as fibras de associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. A fibra de associação intra hemisférica une giros, lobos ou áreas muito separadas dentro do mesmo hemisfério. São elas: fascículos longitudinais, fascículo do cíngulo, fascículo longitudinal superior, fascículo longitudinal inferior, fascículo unciforme. Podem ser longas ou curtas.
· De associação comissurais: são de associação inter-hemistericas, fazem a união entre áreas simétricas dos dois hemisférios. Explicando melhor, interligam os dois hemisférios cerebrais. São elas: Comissura do fómix, comissura anterior e corpo caloso. 
· Diferença da substancia branca e substancia cinzenta 
Uma diferença da substância branca e cinzenta é que na branca há agregado de axônios mielinizados de muitos neurônios, células da neuroglia e vasos sanguíneos, mas não possui corpo celular de neurônio e, já na substância cinzenta há corpos celulares neuronais, dendritos, axônios, terminais axônicos, células da neuroglia e vasos sanguíneos, pouca ou nenhuma mielina.
· Corpo caloso:
É a maior das comissuras telencefálicas é também o maior feixe de fibras do sistema nervoso. Explicando melhor, ele é uma grande comissura branca que tem funcão de interligar grandes porções dos hemisférios e suas regiões são: rostro, joelho, tronco e esplênio. 
Na agenesia de corpo caloso, que ocorre devido uma alteração congênita, os pacientes não apresentam o corpo caloso. Mas tem um aumento dos cornos occipitais (colpocefalia). 
A agenesia pode ser total (quando nenhuma das partes do corpo caloso é formada), parcial (quando apenas uma parte dele é formada), encurtamento (ele existe, porém em formato reduzido) e/ou desenvolvimento incompleto. 
A sua ausência pode ou não apresentar sintomas na vida do paciente. Normalmente, os indivíduos não manifestam qualquer sintoma, sendo assintomáticos durante toda a sua vida. Nos pacientes que, por ventura, apresentem algum tipo de sinal ou sintoma, eles podem variar desde uma epilepsia, até um atraso no seu desenvolvimento psicomotor.
Sua incidência ainda é bastante desconhecida pelos principais autores, porém a maioria dos casos ocorre esporadicamente, e não há predominância entre os sexos masculino e feminino.
· Lobos e pontos de referência:
Cada hemisfério possui três polos: frontal, occipital e temporal; e três faces(face dorsolateral, convexa; face medial, plana; e face inferior ou base do cérebro, muito irregular, repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio, e posteriormente na tenda do cerebelo). Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. 
Existem sulcos, que ajudam a delimitar os lobos cerebrais; eles recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam. Assim, temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Além destes, existe a ínsula, que fica profundamente no sulco lateral e que não tem relação imediata com os ossos do crânio. 
A existência dos sulcos permite aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral, que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos (proporcionam aumento de superfície sem aumento do volume e permitem considerável aumento do volume cerebral). Muitos sulcos são inconstantes e não recebem qualquer denominação; outros, mais constantes, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos e as áreas cerebrais.
Os principais pontos de referência, que indicam dos limites entre os lobos, são a fissura lateral, o sulco central e parietoccipital.
A fissura lateral (também chamado de fissura de Sylvius e sulco lateral) separa o lobo frontal e o lobo parietal do lobo temporal. Inicia-se na base do cérebro e vai para a face dorsolateral, sendo dividido em três ramos (ascendente, anterior e posterior). Os ramos ascendente e anterior são curtos e vai penetrar no lobo frontal, enquanto o o posterior é longo e vai terminar no lobo parietal. 
O sulco central - também chamado de fissura central, fissura de Rolando ou fissura rolandica - separa o lobo parietal do frontal e é ladeado por um giro pré-central (anterior) giro pós-central (posterior). As áreas situadas para frente do sulco central (giro pré-central) estão relacionadas com motricidade, enquanto as situadas atrás deste sulco (giro pós-central) relacionam-se com a sensibilidade. Ele percorre de maneira obliqua a face dorsolateral. 
Já o sulco parieto-occipital separa parcialmente o lobo parietal do lobo occipital na sua parte medial, também delimita o pré-cuneus (que faz parte do lobo parietal) do cuneus (que faz parte do lobo occipital).
A divisão em lobos, embora de grande importância clínica, não corresponde a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital, que está todo, direta ou indiretamente, relacionado com a visão.
O lobo frontal é responsável por controlar movimentos voluntários finos, controlar movimentos voluntários oculares, produzir movimentos de natureza postural e, do seu lado esquerdo, é onde fica no giro de Broca/Giro frontal Inferior (que é a área motora da fala – fica abaixo do sulco frontal inferior), giro pré-central (entre sulco central e sulco pré-central), superior (acima do sulco frontal superior), médio (entre sulcos frontal superior e frontal inferior) e os giros orbitais. Como dito anteriormente, ele é separado do lobo parietal pelo sulco central e inferiormente é separado do lobo temporal pelo sulco lateral. Todo o lobo frontal é vascularizado pelas artérias cerebrais anterior e média, que são ramos da artéria carótida interna. Lesões nesse lobo poderão causar: deficiência motora (contralateral) nos membros (pois é onde fica o giro pré-central, responsável pelos movimentos voluntários), hemialgia, afasia de broca (se lesão no giro de broca – ou seja, perda da capacidade de articular as palavras. O paciente entende, mas não consegue se fazer entender), perda cognitiva, 
O lobo parietal, que está situado entre os lobos frontal e occipital, e separado deles pelos sulcos central e parieto-occipital respectivamente, é responsável pela sensibilidade geral, interpretação da informação sensorial geral e pelo conhecimento consciente da metade contra-lateral do corpo, é onde fica o giro pós-central (relacionado com a interpretação dos tipos de sensibilidade, área somestésica – fica entre os sulcos central e pós-central), angular e supramarginal. Esse lobo é dividido em duas partes chamadas de lóbulos parietais superior e inferior (giro supramarginal e giro angular), que são separados por um sulco intraparietal e é vascularizado por ramos das artérias cerebrais anterior, média e posterior (a posterior se origina da artéria basilar). Lesão nesse lobo podem causar crises sensoriais anormais e desagradáveis que ocorrem pós lesão neurológica (disestesias) -como sentir pegar fogo na perna, dor, perna fria, formigamento, adormecimento, sensação de levar tiro (paciente com diabetes descontrolados tem muito) - deficiências psicológicas (como anomia, alexia, agrafia, acalculia), desorientação espacial (o que traz dificuldade de construir/copiar esquemas. Por exemplo, apraxia de construção), perda do campo visual inferior, deficiência hemissensorial (metade do corpo vai ter sensibilidade alterada), pode ter perda motora. 
O lobo temporal é responsável pela percepção consciente do som, memória, linguagem e audição. Nesse lobo fica a área de Wernicke (que é responsável pela compreensão da linguagem falada), o hipocampo (que está relacionado com a memória e aspectos emocionais do comportamento) e a amígdala (que é o centro regulador do comportamento sexual e agressividade – tem importante função relacionada com as emoções, em especial com o medo), além disso é onde ficam os giros temporais superior (entre sulco lateral e temporal superior) médio (entre sulco temporal superior e inferior) e inferior (abaixo do sulco temporal inferior), que são delimitados pelos sulcos superior e inferior. O lobo temporal situa-se abaixo dos dois lobos anteriores, dos quais é separado pelo sulco lateral. Sua vascularização se dá pelas artérias cerebrais média e posterior. Uma lesão nesse lobo são pode causar agressividade no paciente (se tiver comprometimento da amigdala), pode causar amnesia/comprometimento da memória (comprometimento do hipocampo), pode ocorrer alucinações olfativas, visuais, auditivas, perturbações de humor, deficiência psicológica, automatismo, afasia de Wernick (paciente perde a compreensão, irá repetir palavras, falar palavras incompreensíveis – paciente não entende e não consegue se fazer entender).
O lobo occipital é a porção mais posterior do cérebro e é responsável pela percepção visual e interpretação das imagens visuais. Ele repousa no tentório do cerebelo, uma dobra da dura-máter que a separa do cerebelo. Esse lobo é separado dos lobos parietal e temporal pelos sulcos parieto-occipital e calcarino, respectivamente. Características e marcos importantes do lobo occiptal incluem o giro occipíto-temporal medial (que fica abaixo do sulco calcarino) assim como o cúneus (entre sulco parietoociptal e sulco calcarino). O suprimento vascular do lobo occipital é proveniente da artéria cerebral posterior. Lesões nesse lobo podem causar crises parciais de forma simples com alucinações visuais, sem forma, com luzes e cores; lesões bilaterais do lobo occipital produzem cegueira cortical e agnosia visual, (incapacidade de reconhecer os objetos).
Existe também a ínsula ou lobo insular, que está sob os lobos frontal (visualizada afastando-se os lábios do sulco lateral), parietal e temporal, tem forma cônica, e está envolvida no processamento de várias sensações, como sabor, dor, visceral e função vestibular. O sulco central da ínsula divide sua superfície em giros curtos e longos e o sulco circular da insula circunda a insula na sua borda superior. Ramos da artéria cerebral médias suprem esse lobo. O córtex insular posterior esta relacionado com a empatia, conhecimento da própria fisionomia, percepção dos componentes subjetivos das emoções. 
Os giros permitiram aumentar a superfície para os neurônios, e ao mesmo tempo diminuir o tamanho do telencéfalo.
· Áreas de Brodmann:
O córtex cerebral é dividido estruturalmente em áreas menores através dos sulcos, e histologicamente atravésda sua organização celular, o que resulta na formação das áreas de Brodmann (sendo um total de 52). Muitas das regiões e áreas são representadas pelos giros citados anteriormente. Algumas áreas importantes são: 
Em relação ao lobo frontal, existem: córtex motor primário (área 4 – parte posterior do giro pré-central, da origem a fibras responsáveis pela motricidade voluntaria, especialmente na musculatura distal dos membros), córtex pré-motor (lateral da área 6 – relacionada com o planejamento motor) e córtex motor suplementar (medial da área 6 – medial do giro frontal superior, relacionada com o planejamento motor de sequências complexas de movimentos), campo ocular frontal (área 8), área pré-frontal (áreas 9, 10 – relacionada com coordenação das funções neurais, sendo a principal responsável por nosso comportamento inteligente).
Em relação ao lobo parietal, as áreas são: córtex somatossensorial primário/área somestesica primária (áreas 1, 2 e 3 – giro pós-central – impulsos nervosos relacionados com pressão, tato, propiocepção consciente da metade contralateral do corpo, dor), córtex de associação somatossensorial/somestésica secundaria (áreas 5 e 7 – se lesionada, pode causar agnosia tátil, ou seja, incapacidade de reconhecer objetos pelo tato), giros angular (39) e supramarginal (40). Esses dois últimos giros fazem parte da area parietal posterior, que esta relacionada com a sensação somática e visual, planejamento de movimentos e na atenção seletiva, permite que a pessoa determine as relações entre os objetos no espaço extrapessoal, ou seja, relação com a percepção espacial (se tem lesão, pode ocorrer síndrome da negligencia ou síndrome da inatenção). 
Em relação ao lobo temporal: córtex auditivo primário (áreas 41 e 42), córtex auditivo secundário (área 22), 
E no lobo occiptal: córtex visual primário (área 17), córtex visual secundário (área 18), córtex visual associativo (área 19). 
 
Áreas especiais de Brodmann, que já foram citadas anteriormente: Área de Wernicke (22, 39, 40) e Área de Broca (44, 45).
A localização da área gustativa primária (43) tem sido objeto de controvérsias. Sabe-se hoje, que no homem ela se localiza na parte posterior da ínsula. Fato interessante é que a simples visão ou mesmo o pensamento em um alimento saboroso ativa a área gustativa da ínsula. Demonstrou-se também que na área gustativa existem neurônios sensíveis não só ao paladar, mas também ao olfato e à sensibilidade somestésica da boca sendo, pois capaz de avaliar a importância biológica dos estímulos intraorais.
Obs: As áreas de associação terciarias recebem e integram as informações sensoriais elaboradas pelas areas secundarias e são também responsáveis pela elaboração das diversas estratégias comportamentais (área pré-frontal, temporoparietal, límbicas). 
· Tecido nervoso:
O sistema nervoso é divido em: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
SNC: Cérebro (localizado na cavidade craniana) e medula espinhal (localizada no canal vertebral).
SNP: Nervos (conjunto de axônios ou de fibras nervosas) cranianos e espinhais e seus ramos, desses, alguns conduzem os impulsos do SNC para órgãos efetores (fibras eferentes ou motores) e outros conduzem impulso de órgãos ou tecidos para o SNC (fibras aferentes ou sensoriais); gânglios (conjuntos de corpos celulares de neurônios fora do SNC); terminações nervosas (motoras, sensoriais). 
De acordo com parte motora e sensorial, o SNP pode ser classificado como: 
Sistema nervoso somático (SNS), que possui uma parte motora (controla as funções dos músculos esqueléticos) e uma parte sensorial (responsável por captar estímulos do ambiente externo: sensibilidade da pele, como tato, pressão, dor, calor e frio; sentidos especiais, como visão, audição, olfato, gustação e equilíbrio e propriocepção). 
Sistema nervoso autônomo (SNA) que possui parte motora (simpática ou parassimpática; controla as funções do músculo liso, regulando pressão arterial e fluxo sanguíneo ou produzindo movimentos peristálticos no trato gastrointestinal; músculo cardíaco, aumentando ou diminuindo a frequência e a força de contração do coração; e, epitélio glandular, regulando a síntese, a composição e a secreção de diferentes glândulas do corpo), parte sensorial (responsável por captar estímulos originados no interior do corpo, oferece informações sobre pressão arterial, condições químicas do sangue, presença de alimento no trato gastro-intestinal, etc) e divisão entérica (serve ao tubo digestivo, ela se comunica com o SNC através das fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas, mas pode funcionar independentemente dessas fibras). 
As fibras e funções serão melhores explicadas mais abaixo. 
· Células:
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos celulares: os neurônios e as células da neuroglia (ou gliais). 
O neurônio é sua unidade fundamental e tem como função básica receber, processar e enviar informações. 
A neuróglia compreende células que ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e de defesa.
Após a diferenciação, os neurônios não se dividem, ou seja, após o nascimento não são produzidos novos neurônios. Aqueles que morrem como resultado de programação natural ou por efeito de toxinas, doenças ou traumatismos jamais serão substituídos. Isto é válido para a grande maioria dos neurônios do SNC (Sistema Nervoso Central). Sabe-se hoje, entretanto que, em duas partes do cérebro, o bulbo olfatório e o hipocampo, neurônios novos são formados em grande número diariamente, mesmo em adultos.
A mielina está relacionada com a propagação do impulso nervoso. Em estudos, pode-se observar que em Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) a desmielização pode ser encontrada. 
· Astrócito: 
· Localização: Neuróglia do SNC. 
· Protoplasmáticos: Substância cinzenta 
· Fibrosos: Substância branca 
· Função: Formam uma rede dentro do SNC, que se comunicam com os neurônios para dar suporte e modular suas atividades; mantém a zônula de oclusão entre as células endoteliais dos capilares sanguíneos (através dos seus pés vasculares), contribuindo para formar a barreira hematoencefálica; fornecem proteção para os axônios mielinizados; importantes nos movimentos dos metabólicos e resíduos; podem confinar neurotransmissores na fenda sináptica e remover os em excesso; podem formar uma barreira protetora que circunda o SNC; controle da concentração de íons potássio no liquido extracelular o SNC (sua membrana contem bombas e canais de potássio). 
· Oligodendrócito: 
· Localização: Neuróglia do SNC
· Função: Produção da bainha de mielina no SNC
· Os axônios mielinizados não são envolvidos por eles (é uma diferença do SNP).
· Microglia: 
· Localização: Neuróglia do SNC
· Função: Fagocitária (defesa contra MO invasores, remove bactérias, células lesionadas e resíduos celulares) 
· Células ependimárias: 
· Localização: Neuróglia do SNC
· Função: Revestimento tipo epitelial dos ventrículos cerebrais e do canal da medula espinhal, em algumas regiões podem produzir LCR.
· Células satélite: 
· Localização: Neuróglia do SNP (região dos gânglios). 
· Função: Estabelecer ambiente adequado em torno do corpo celular dos neurônios do gânglio 
· Célula de Schwann: 
· Localização: Neuróglia periférica (SNP)
· Função: sustentação aos axônios mielinizados e não mielinizados e formar a bainha de mielina 
· A mielinização começa quando a célula de Schwann circunda o axônio com sua membrana plasmática.
· O Nodo de Ranvier é a região do axônio desprovida de mielina. 
· Gânglios:
Gânglio nervoso é um aglomerado de corpo celular de neurônio no SNP (no SNC, aglomerado de corpo celular é chamado de núcleo). Existem:
Gânglios sensoriais: formados por neurônio unipolar (um neurônio conecta o SNC ao órgão), pertencem ao SNS ou SNA. Localizados nas raízes dorsais dos nervos espinhais (gânglios da raiz dorsal) e associados com nervos cranianos trigêmeo (V), facial (VII), vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo(IX) e o vago (X). 
E gânglios motores: Formado por corpo celular de neurônio pós-ganglionar que faz sinapse com pré ganglionar. Pertence ao SNA. Paravertebrais pertencem a divisão simpática, pré-vertebrais pertencem a divisão simpática e terminais pertencem a divisão parassimpática.
· Fibra motora: 
Somática: O corpo celular do neurônio está no SNC e o terminal axônio faz sinapse com as fibras musculares esqueléticas. Os axônios dos neurônios motores somáticos (mielinizados) deixam a medula espinhal pela raiz ventral.
Autônoma: Neurônios pré-ganglionares e neurônios pós-ganglionares. Leva impulso do SNC ou gânglios para células efetoras (que recebem as terminações nervosas motoras).
Pré-ganglionares: corpos celulares no SNC e os seus terminais axônicos fazem sinapses com os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares localizados em um gânglio.
Pós-ganglionares: Localizado em gânglios (fora do SNC). Os terminais axônicos fazem sinapses com fibras musculares lisas, com fibras musculares cardíacas e com células glandulares. 
Os axônios dos neurônios motores autônomos pré-ganglionares (mielinizados) deixam a medula espinhal pela raiz ventral e fazem sinapse com um gânglio formado por corpos celulares de neurônios pós-ganglionares. 
· Fibra sensorial:
Somática: Conduz impulso nervoso responsável pela sensibilidade da pele (tato, pressão, etc.), sentidos especiais, propriocepção (informação sobre a orientação do corpo e membros). 
Autônoma: Impulsos nervosos responsáveis pela dor visceral e outras sensações captadas pelas terminações nervosas sensoriais (de órgãos, como mucosa ou vasos sanguíneos) - A parte sensorial do SNA é responsável por captar estímulos originados no interior do corpo sendo, por isso, responsável por oferecer informações sobre pressão arterial, condições químicas do sangue e presença de alimento no trato gastro-intestinal entre outras. Transmitem os impulsos das terminações nervosas sensoriais para o SNC. 
Os neurônios sensoriais (somáticos e autônomos) são pseudounipolares, tem corpo celular localizado em um gânglio sensorial de onde parte um único axônio. Esse axônio se divide em dois segmentos, um segmento periférico longo que termina em dendrito localizado no tecido ou órgão e um segmento curto que termina em terminal axônico localizado no SNC. 
· Divisão simpática (SNA):
Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares estão localizados na substância cinzenta (corno lateral) das porções torácica e lombar superior (T1 à L2) da medula espinhal.
Esses neurônios enviam seus axônios, através dos nervos espinhais, para os gânglios paravertebrais (gânglios da cadeia simpática) ou para os gânglios pré-vertebrais. 
Gânglios paravertebrais estão localizados a cada lado da coluna vertebral (região cervical até o cóccix).
Gânglios pré-vertebrais estão localizados na cavidade abdominal.
A conexão com neurônios pós-ganglionares pode ocorrer de 3 maneiras: axônio pré-ganglionar faz sinapse com os neurônios pós-ganglionares do próprio gânglio onde chega; axônio pré-ganglionar sobe ou desce até um gânglio mais superior ou mais inferior da cadeia simpática, antes de fazer sinapse com neurônios pós-ganglionares; axônio pode prosseguir, sem fazer sinapse com os gânglios da cadeia simpática, para terminar em gânglio pré-vertebral, fazendo sinapse com os neurônios pós-ganglionares dali.
Neurotransmissor: neurônios simpáticos pós-ganglionares liberam noraepinefrina diretamente no efetor na fenda sináptica. 
Ação em relação a fibra muscular cardíaca: Ocorre aumento da frequência das contrações musculares cardíacas. 
Ação em relação aos órgãos do sistema digestório: Inibe o funcionamento dos órgãos do sistema digestório (diminui o processo digestivo – secreção e motilidade/diminui peristaltismo). 
· Divisão parassimpática (SNA): 
Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares estão localizados no tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e na região sacral (S2 à S4) da medula espinhal.
Esses neurônios enviam seus axônios, através dos seguintes nervos: 
1. Nervo craniano III (oculomotor) com corpos celulares em núcleo do mesencéfalo
2. Nervo craniano VII (facial) com corpos celulares em núcleo da ponte
3. Nervo craniano IX (glossofaríngeo) com corpos celulares em núcleo do bulbo
4. Nervo craniano X (vago) com corpos celulares em núcleo também do bulbo 
5. Nervos espinhais sacrais (S2, S3 e S4) com corpos celulares localizados na substância cinzenta da medula espinhal (corno lateral).
Local dos gânglios: 
1. Neurônios pré-ganglionares do NC III (oculomotor): sinapse com os corpos celulares de neurônios pós-ganglionares localizados em um gânglio da cabeça denominado gânglio ciliar.
2. Neurônios pré-ganglionares do NC VII (facial) sinapse com os corpos celulares de neurônios pós-ganglionares localizados em dois gânglios da cabeça denominados pterigopalatino e submandibular.
3. Neurônios pré-ganglionares do NC IX (glossofaríngeo): sinapse com os corpos celulares de neurônios pós-ganglionares localizados em um gânglio da cabeça denominado gânglio ótico.
4. Neurônios pré-ganglionares do NC X (vago): sinapse com corpos celulares de neurônios pós-ganglionares localizados em gânglios próximos do órgão efetor (gânglios terminais ou intramurais). 
5. Neurônio pré-ganglionares dos nervos sacrais (S2, S3, S4) da medula espinhal: sinapse com os corpos celulares de neurônios pós-ganglionares localizados em gânglios localizados próximos do órgão efetor, gânglios denominados terminais ou intramurais.
Neurotransmissor: Acetilcolina. 
Ação em relação a fibra muscular cardíaca: Ocorre diminuição da frequência das contrações musculares cardíacas. 
Ação em relação aos órgãos do sistema digestório: Aumenta o funcionamento dos órgãos do sistema digestório (aumenta o processo digestivo – secreção e motilidade/aumenta peristaltismo). 
· Camadas da substância cinzenta do córtex cerebral:
Camada molecular (mais superficial, logo abaixo da piamáter): axônios horizontais, células horizontais de Cajal (corpo celular de neurônio) - aferente.
Granulosa externa: células granulares (interneurônios) - sensorial/aferente. 
Piramidal Externa: células piramidais. – eferente 
Granulosa interna: células granulares (interneurônios) - sensorial/aferente. 
Piramidal interna: células piramidais. – eferente
Fusiforme: células fusiformes – eferente. 
· Neurônios:
São células excitáveis, que se comunicam entre si ou com células efetuadoras (células musculares e secretoras), usando basicamente uma linguagem elétrica, qual seja, modificações do potencial de membrana. A maior parte dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônio. 
O corpo celular é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais, bem como pela maioria dos processos de degradação e renovação de constituintes celulares, inclusive de membrana; dele partem os prolongamentos (dendritos e axônio). O corpo celular é, como os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sináptico. 
Os dendritos tem função de receber estímulos captados de outros neurônios, do ambiente externo ou do ambiente interno do corpo (os estímulos podem gerar impulsos nervosos no segmento inicial do axônio e serem conduzidos em direção aos terminais axônicos). Dendritos que captam estímulos do ambiente externo ou do ambiente interno do corpo (os estímulos são conduzidos em direção ao SNC) são chamados de terminações nervosas sensoriais. Podem ter árvores dendríticas (ramificações), que aumentam área receptora do neurônio.
A grande maioria dos neurônios possui um axônio (fibras nervosas), prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito principal, em região denominada cone de implantação (zona de gatilho). O axônio apresenta comprimento variável, que vai depender do tipo de neurônio. Eles geralmente sofrem arborização terminal e, através dessa porção terminal, estabelecem conexõescom outros neurônios ou com células efetuadoras, músculos e glândulas. Conjunto de fibras nervosas no SNC é denominado trato e um conjunto de fibras nervosas no SNP é denominado nervo. 
Terminais axônicos: parte final do axônio, que se ramifica para formar terminação nervosa. O terminal de cada ramificação se torna dilatado (botão sináptico), onde tem vesículas sinápticas com neurotransmissores. Tem como função transmitir impulsos para outros neurônios ou para outras células. Terminais axônicos que transmitem impulsos nervosos para outras células do corpo são chamados de terminações nervosas motoras. 
Podem ser classificados como: multipolar (tem um axônio e 2 ou mais dendritos ligados ao corpo celular, exemplos são neurônios motores e interneurônios; tem função motora - transmitem impulsos do SNC ou gânglios para as células efetoras que recebem as terminações nervosas desses neurônios), bipolar (são raros, possuem um axônio e um dendrito ligado ao corpo celular, como exemplo células receptoras olfatórias do epitélio olfatório da cavidade nasal, função de receptor para os sentidos do olfato, audição, visão - sensorial), unipolar/pseudo-unipolar (único prolongamento ligado ao corpo celular, que se divide em 2 ramos - um vira dentrito e o outro terminal axônio; corpo celular próximo do SNC, como exemplo formam gânglio da raiz dorsal - relacionado ao nervo espinhal - e gânglios da cabeça - relacionado aos nervos cranianos; são sensoriais). 
Também são classificados como: 
Neurônio aferente ou sensitivo: Tem a função de levar ao sistema nervoso central informações sobre as modificações ocorridas no ambiente externo do corpo. A maioria dos neurônios aferentes tem seus corpos em gânglios sensitivos situados junto ao sistema nervoso central, sem, entretanto, penetrar nele. Temos então, uma tendência de centralização do corpo do neurônio sensitivo. Esta tendência provavelmente está relacionada com a seleção natural, já que a posição do corpo de um neurônio na superfície não é muito vantajosa, pois ele ficaria sujeito a lesões, e, ao contrário dos axônios, que podem se regenerar, as lesões do corpo de um neurônio são irreversíveis. 
Em relação com a extremidade periférica dos neurônios sensitivos, surgiram estruturas às vezes muito elaboradas, os receptores, capazes de transformar os vários tipos de estímulos físicos ou químicos em impulsos nervosos, os quais são conduzidos ao sistema nervoso central pelo neurônio sensitivo.
Neurônio eferente ou motor: Tem função de conduzir o impulso nervoso ao órgão efetuador (um músculo ou uma glândula). O impulso eferente determina uma contração ou uma secreção.
 O corpo do neurônio eferente surgiu dentro do sistema nervoso central e a maioria deles permaneceu nesta posição durante toda a evolução. 
Porém, os neurônios eferentes que inervam os músculos lisos, músculos cardíacos ou glândulas têm seus corpos fora do sistema nervoso central, em estruturas que são os gânglios viscerais. Estes neurônios pertencem ao sistema nervoso autônomo (neurônios pós-ganglionares).
 Já os neurônios eferentes, que inervam músculos estriados esqueléticos, têm seu corpo sempre dentro do sistema nervoso central e são, por exemplo, os neurônios motores situados na parte anterior da medula espinhal.
· Neurônio motor superior: Origem no córtex, fazem sinapses com Inter neurônios na medula espinhal e pode fazer sinapse com os neurônios motores inferiores. Fornecem sinais do encéfalo para a medula espinhal e do cérebro pro tronco encefálico. 
· Neurônio motor inferior: São fibras nervosas aferentes que transportam sinais da medula espinhal para os efetores (direta ou indiretamente). Origem na coluna anterior da medula ou núcleos motores de nervos cranianos, terminando no sistema nervoso periférico. Se lesiona, há paralisia com perda dos reflexos e do tônus muscular (paralisia flácida), seguindo-se, depois de algum tempo, hipotrofia dos músculos inervados pelas fibras nervosas destruídas. Pode-se citar os neurônios motores somáticos, que se originam no SNC e projetam seus axônios para os músculos esqueléticos que estão envolvidos com a locomoção. 
Neurônio de associação: O aparecimento dos neurônios de associação trouxe considerável aumento do número de sinapses, aumentando a complexidade do sistema nervoso e permitindo a realização de padrões de comportamento cada vez mais elaborados. 
O corpo do neurônio de associação permaneceu sempre dentro do sistema nervoso central e seu número aumentou muito durante a evolução. 
Os neurônios de associação constituem a grande maioria dos neurônios existentes no sistema nervoso central e recebem vários nomes. 
Alguns têm axônios longos e fazem conexões com neurônios situados em áreas distantes. Outros possuem axônios curtos e ligam-se apenas com neurônios vizinhos (neurônios internunciais ou interneurônios). Em relação com os neurônios de associação localizados no encéfalo, surgiram as funções psíquicas superiores.
Um tipo especial de neurônio de axônio curto encontrado na medula é a célula de Renshaw, localizada na porção medial da coluna anterior. Os impulsos nervosos provenientes da célula de Renshaw inibem os neurônios motores. Admite-se que os axônios dos neurônios motores, antes de deixar a medula, emitem um ramo colateral recorrente que volta e termina estabelecendo sinapse com uma célula de Renshaw, cujo neurotransmissor é inibitório. A célula de Renshaw, por sua vez, faz sinapse com o próprio neurônio motor que emitiu o colateral. Assim, os impulsos nervosos que saem pelos neurônios motores são capazes de inibir o próprio neurônio através do ramo recorrente e da célula de Renshaw. Este mecanismo é importante para a fisiologia dos neurônios motores.
· Lesão neuronal 
Quando a fibra é lesionada, o núcleo do neurônio desloca-se para a periferia da célula, e o número de corpúsculos de Nissl é acentuadamente reduzido. A fibra nervosa distal à lesão sofre degeneração, juntamente com a sua bainha de mielina. As células de Schwann se desdiferenciam e proliferam. Os resíduos de mielina são fagocitados por macrófagos. Dessa maneiram, as células de Schwann formam cordões celulares de Bunger, que são penetrados pelo broto axônico em crescimento. O axônio cresce em uma velocidade de 0,5 a 3 mm/dia. 
Observação: As fibras musculares sofrem atrofia pronunciada. 
Se o broto axônico em crescimento alcança a fibra muscular, a regeneração é bem-sucedida, e novas junções neuromusculares são desenvolvidas; por conseguinte, a função do músculo esquelético é restaurada. 
No SNC é menos provável que ocorra regeneração de axônios por conta da incapacidade dos oligodendrócitos e das células da micróglia fagocitarem os resíduos de mielina e da dificuldade dos macrófagos de atravessarem a barreira hematoencefálica. 
· Tronco encefálico: 
Os nervos componentes do Bulbo são: 
Nervo Glossofaríngeo (IX, misto): ajuda na deglutição do alimento (músculo faríngeo), glândula salivar parótida (salivação), reflexo do engasgo (sensitiva). 
Nervo Vago (X): auxilia na inervação da musculatura da faringe, inerva musculatura da laringe (ajudando alimento a descer), é uma exceção porque sai um pouco fora das funções dos nervos cranianos e vai inervar vísceras (coração e pulmão). 
Nervo Hipoglosso: inerva musculatura da língua
Nervo Acessório: inerva musculatura do trapézio e esternocleidomastoide.
Paciente com lesão de bulbo: primeira sequela é a disfagia (dificuldade de deglutição) – relacionada ao nervo glossofaríngeo. Pode ter parada cardiorrespiratória, que traga desde óbito ate estado vegetativo por conta do nervo vago. Língua mole, flácida, caída no canto da boca, dificuldade pra se comunicar, alteração na fonação. Paciente pode ter paralisia ou diminuição de força (relacionada com n. acessório) - dificuldade de movimentar pescoço.
Os nervos componentes da Ponte são:
Nervo Abducente (motor): inerva musculatura do olho que faz o olho desviar pra lateral
Nervo trigêmeo (misto): trituração do alimento (músculo Masseter) e sensibilidade da ATM.
Nervo Facial (misto):sensibilidade da face e músculos da mímica facial
Nervo Vestibulococlear: porção vestibular vai informar sobre equilíbrio da cabeça e pescoço sobre o corpo; a porção coclear vai informar sobre questões de audição. 
Lesão na ponte: plegia ou paresia (pra saber, põe palito entre os dentes e a pessoa aperta os dentes. Se conseguir tirar, está paralisado. Se quando o profissional puxar, faz esforço, mas tira, é paresia ou, seja diminuição de força), dificuldade pra desviar olho pra lateral (relacionado com o nervo abducente), dificuldade de mastigar, paralisia facial, vertigem, tontura, desiquilíbrio, alterações na audição.
Lesão do mesencéfalo (comum em traumatismo craniano): tremores constantes e incapacitantes que não passam mesmo no repouso (porque a substancia negra, que é a maior produtora de dopamina do Sist. Nervoso, sofreu e parou de produzir dopamina), pálpebra caída, dificuldade de seguir o dedo, perde constrição reflexa da pupila, estrabismo. 
O N. Oculomotor e N. troclear fazem parte do mesencéfalo. 
· Convulsão:
Convulsões são impulsos desorganizados do sistema nervoso central e, dependendo do local onde vai iniciar, pode causar algo, como alguma deficiência na fala, audição, interpretação de imagens, entre outras coisas (isso irá depender em qual região do sistema nervoso irá acontecer uma lesão, tendo em vista que cada lobo tem sua função e giros). É muito comum nos casos de hipoglicemia, onde ocorre falta de glicose no cérebro e desencadeia uma crise. 
 
Existem dois tipos de convulsões:
Epilépticas: Não têm um gatilho aparente e ocorrem duas ou mais vezes. Uma única convulsão não é considerada epilepsia. As causas das crises epilépticas são frequentemente desconhecidas (chamada epilepsia idiopática), mas elas podem ser causadas por distúrbios cerebrais, como anormalidades estruturais, acidentes vasculares cerebrais ou tumores. Nesses casos, levam a designação de epilepsia sintomática, que é mais comum entre recém-nascidos e pessoas mais idosas.
Não epilépticas: São desencadeadas (provocadas) por uma doença reversível ou outro quadro clínico que irrita o cérebro, como uma infecção, um acidente vascular cerebral, um traumatismo craniano ou reação a um medicamento. Em crianças, a febre pode desencadear uma crise não epiléptica (chamada convulsão febril).
Uma aura (sensações incomuns) descreve como uma pessoa se sente antes do início de uma convulsão, ou pode ser parte de uma convulsão focal perceptiva que está iniciando. Uma aura pode incluir: cheiros ou gostos incomuns, frio na barriga, sentir-se como se algo tivesse sido vivenciado antes, mesmo que não tenha sido ("déjà vu") ou a sensação oposta, algo parece estranho, mesmo que seja familiar de alguma forma ("jamais vu"), sensação intensa de que uma convulsão está prestes a acontecer.
Quase todas as convulsões são relativamente breves e duram alguns segundos ou minutos, mas ocasionalmente, as convulsões recorrem repetidamente. 
De acordo com zona do cérebro afetada pela descarga elétrica anormal, pode ocorrer sintomas como: Sabor intensamente agradável ou desagradável se a zona do telencéfalo chamada ínsula for afetada, alucinações visuais (ver imagens não formadas) caso o lobo occipital seja afetado, incapacidade de falar se a zona que controla a fala (localizada no lóbulo frontal) for afetada, uma convulsão (contrações e espasmos musculares por todo o corpo) se grandes áreas em ambos os lados do cérebro forem afetadas
As convulsões podem ser classificadas como motoras (envolvendo contrações musculares anormais, tal como espasmos); ou não motoras (não envolvendo contrações musculares anormais). 
Descobriu- se que o neurotransmissor da maioria das células de Renshaw é a glicina, substância cuja ação é inibida pela estricnina. Isso explica as fortes convulsões que se observam em casos de envenenamento por estricnina quando cessa completamente a ação inibidora das células de Renshaw sobre os neurônios motores.
· Núcleos da base:
O Sistema Extrapiramidal é representado pelos núcleos da base, núcleos do tronco encefálico e suas correspondentes projeções medulares, conectando com os corpos celulares do neurônio motor periférico.
Os núcleos da base são massa de substância cinzenta localizada no interior dos hemisférios cerebrais. São eles: Núcleo Caudado, Putâmen, Globo Pálido, Amígdala. 
Núcleo caudado + putâmen + globo pálido = Corpo Estriado 
Putâmen + globo pálido = Núcleo Lentiforme.
Tem como função facilitar o comportamento e os movimentos necessários para uma determinada situação e inibir comportamentos ou movimentos indesejados ou inadequados. Caso haja uma disfunção dos núcleos da base, irá ocorrer controle motor anormal, alteração de tônus muscular e discinesias (movimentos involuntários).
Nesse sistema, o córtex motor envia impulsos, que chegam ao núcleo da base, por exemplo, no corpo estriado, e, caso o movimento seja desejado os neurônios do corpo estriado aumentam a atividade de neurônios talâmicos e do córtex cerebral, facilitando a execução dos movimentos (corticoestriatais: exerce ação ativadora sobre o estriado, neurotransmissor é o ácido glutâmico). No caso de movimentos não desejados, ocorre ativação dos neurônios da substância negra, que inibem as células talâmicas e corticais, inibindo os movimentos (nigroestriatais: exerce ação inibidora sobre
o estriado, neurotransmissor é a dopamina). 
Na Doença de Parkinson, há diminuição das concentrações de dopamina, por isso o corpo estriado tornar-se muito ativo, dificultando o controle dos movimentos pela pessoa acometida.
· Grandes vias eferentes
As grandes vias eferentes põem em comunicação os centros suprassegmentares do sistema nervoso com os órgãos efetuadores. Podem ser divididas em dois grandes grupos: vias eferentes somáticas e vias eferentes viscerais (ou do sistema nervoso autónomo). As primeiras controlam a atividade dos músculos estriados esqueléticos, permitindo a realização de movimentos voluntários ou automáticos, regulando ainda o tônus e a postura. As segundas, ou seja, as vias eferentes do sistema nervoso autónomo destinam-se ao músculo liso, ao músculo cardíaco ou às glândulas, regulando o funcionamento das vísceras e dos vasos.
Vias eferentes viscerais do sistema nervoso autônomo: Há, no sistema nervoso autônomo, a presença de dois neurônios, pré e pós-ganglionares, entre o sistema nervoso central e os órgãos efetuadores no sistema nervoso autónomo. A influência do sistema nervoso suprassegmentar (cérebro e cerebelo) sobre a atividade visceral se exerce através de impulsos nervosos que ganham os neurônios pré-ganglionares, passam aos neurônios pós-ganglionares, de onde se distribuem às vísceras. As áreas do sistema nervoso suprassegmentar que regulam a atividade do sistema nervoso autónomo estão no hipotálamo e no sistema límbico. Essas áreas ligam-se aos neurônios pré-ganglionares, por meio de circuitos da formação reticular, através dos tratos reticuloespinhais. Além dessas vias indiretas, existem também vias diretas, hipotálamo-espinhais, entre o hipotálamo e os neurônios pré-ganglionares, tanto do tronco encefálico como da medula. 
Vias eferentes somáticas: O sistema motor somático é constituído pelos músculos estriados esqueléticos e todos os neurônios que os comandam, permitindo comportamentos variados e complexos através da ação coordenada de mais de 700 músculos. Várias vias projetam-se direta ou indiretamente dos centros motores superiores para o tronco encefálico e para a medula. Um dos aspectos importantes da função motora é a facilidade com que executamos os atos motores sem pensar sobre qual músculo contrair. Apenas geramos a intenção e o resto acontece automaticamente. Só nos damos conta da complexidade do do sistema quando sofremos lesão dos centros motores ou privação de informação sensorial. Através de mecanismos de retroalimentação, usamos informações dos receptores da pele, articulações e fusos neuromusculares para corrigir um movimento em andamento, de modo a ajustar e manter a força de contração.A ação do sistema nervoso é antecipatória e usa a experiência aprendida, assim como a informação sensorial, para prever e ajustar o movimento. Por exemplo, quando uma bola é lançada e o goleiro deve pegá-la, ele usa a visão para prever sua velocidade e a distância para colocar-se na posição exata para agarrá-la. Após a bola tocar suas mãos, usa a retroalimentação para ajustes motores para assim evitar sua queda, manter seu equilíbrio e a postura e a força necessarias para não soltar a bola. 
Quando se quer mover o corpo ou parte do corpo, o cérebro forma a representação do movimento, planejando a ação em toda sua extensão antes de executá-la. Esta representação é chamada de programa motor, que especifica os aspectos espaciais do movimento, ângulos de articulação, força, etc. 
· Dor:
A dor pode ser definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão real ou potencial. A dor fisiológica é um reflexo protetor do organismo, para evitar uma injúria ou dano tecidual. Frente à lesão tecidual a dor patológica providenciará condições para a cicatrização. Uma vez instalada a injúria, pode se introduzir o conceito de dor patológica que, segundo sua origem, pode ser classificada como nociceptiva (somática ou visceral) ou neuropática. Explicando melhor:
A dor fisiológica induz respostas protetoras, como o reflexo de retirada (ou reação de fuga), com intuito de interromper a exposição ao estímulo nocivo. Este sinal é típico da dor aguda produzida por estímulos intensos na superfície da pele. 
O componente fisiológico da dor é chamado nocicepção, que consiste dos processos de transdução, transmissão e modulação de sinais neurais gerados em resposta a um estímulo nocivo externo. De forma
simplificada, pode ser considerado como uma cadeia de três-neurônios, com o neurônio de primeira ordem originado na periferia e projetando-se para a medula espinhal, o neurônio de segunda ordem ascende pela medula espinhal e o neurônio de terceira ordem projeta-se para o córtex cerebral. 
Na maioria das vezes o estímulo nocivo não é transitório e pode estar associado com inflamação e injúria nervosa significativa. Sob tais circunstâncias, alterações dinâmicas no processamento da informação nociva são evidentes nos sistemas nervoso periférico e central. Este tipo de dor é chamado dor patológica e envolve desconforto e sensibilidade anormal na sintomatologia clínica do paciente. A dor patológica pode surgir de diferentes tecidos e pode ser classificada com dor inflamatória (envolvendo estruturas somáticas ou viscerais) ou neuropática (envolvendo lesões do sistema nervoso). É importante a caracterização temporal da dor, fazendo distinção entre dor aguda (ocorrência recente) ou dor crônica.
A dor aguda tipicamente surge do trauma de tecidos moles ou inflamação e está relacionada com um processo adaptativo biológico para facilitar o reparo tecidual e cicatricial. A hipersensibilidade na área da injúria (hiperalgesia primária), bem como nos tecidos adjacentes (hiperalgesia secundária) contribuem para que o processo cicatricial ocorra sem interferências. Já a dor crônica persiste além do período esperado de uma doença ou injúria (tem duração maior que 3 a 6 meses). Pode manifestar-se espontaneamente ou ser provocada por vários estímulos externos. A resposta é tipicamente exagerada em duração, amplitude, ou ambas. A dor crônica além de simplesmente manifestar-se por um longo período de tempo, implica numa síndrome debilitante que possui um significante impacto sobre a qualidade de vida do paciente e caracteriza-se por uma resposta pobre às terapias analgésicas convencionais.
Dor inflamatória ou nociceptiva: A hipersensibilidade é a principal característica da
dor patológica e resulta de alterações drásticas na função do sistema nervoso. Este conjunto de alterações denominadas plasticidade do sistema nervoso, é um fenômeno que acontece perifericamente por
redução do limiar de ativação dos nociceptores; bem como centralmente, pela responsividade aumentada da medula espinhal aos estímulos sensoriais. 
- Dor visceral: A dor nociceptiva visceral é uma dor sentida quando o conjunto afetado são as vísceras torácicas, abdominais e pélvicas. É uma dor profunda, difusa mal localizada, e pode muitas vezes ser sentida em outras partes do corpo como acontece em um câncer no pâncreas que comumente pode ser interpretado inicialmente como uma simples dor nas costas, ou até mesmo em outros problemas viscerais como a compressão da artéria mesentérica dos intestinos que irá refletir dor nas costas. 
Explicando melhor, os mecanismos neurais que envolvem a geração da dor inflamatória e da dor visceral, por muito tempo foram tidos como iguais, porém existem diferenças relevantes. As vísceras raramente são expostas a estímulos externos mas são alvos comuns de diversas doenças. O conceito de aferentes nociceptivos ativados por um estímulo direto sobre o tecido é difícil de transferir para os tipos de dor visceral. A sensibilidade do tecido visceral a estímulos térmicos, químicos e mecânicos difere significativamente. As vísceras parecem mais sensíveis à distensão de órgãos cavitários de parede muscular, sem dano tecidual, isquemia e inflamação. A área sobre a qual o estímulo acontece pode ser uma determinante crucial no desenvolvimento dos tipos de dor. Os receptores mecânicos existentes na musculatura lisa de todas as vísceras respondem a estímulos mecânicos leves, tensão aplicada ao peritônio, contração e distensão da musculatura lisa. A dor visceral é profunda e dolorosa, mal localizada e, freqüentemente relacionada a um ponto cutâneo. O mecanismo da dor referida não está totalmente esclarecido, mas pode ser relacionado a ponto de convergência de impulso sensorial cutâneo e visceral em células do trato espinotalâmico na medula espinhal. 
- Dor Somática: A dor nociceptiva somática é a dor em tecidos cutâneos e profundos. É a dor sentida quando, por exemplo, ocorre fratura de um osso. Muito ligada ao sistema musculoesquelético. Ela pode ser uma dor localizada, tendo se manifestado no local em que é sentida ou referida. A dor referida se manifesta distante do local de onde ocorre o estímulo e ela pode ser explicada pela teoria da organização metamérica dos organismos dos mamíferos, onde cada segmento transverso do corpo, chamado metâmero, compreende uma porção de pele (dermátomo), osso (esclerótomo), músculo (miótomo) e vísceras (viscerótomo). Estes segmentos recebem inervação oriunda de um mesmo segmento espinhal. Exemplificando a teoria pode-se citar diversas dores de origem visceral como o infarto do miocárdio que é referido no braço e na mão.
Dor neuropática: A dor neuropática ou neurogênica é produzida pelo dano ao tecido nervoso. Caracteriza-se pela aparição de hiperalgesia, dor espontânea, parestesia e alodinia mecânica e por frio. A lesão de nervos periféricos induz descargas rápidas e intensas por períodos mais ou menos prolongados, na ausência de estímulos. Explicando melhor, a dor neuropática decorre de lesões ocorridas nas vias sensitivas do sistema nervoso central e sistema nervoso periférico, que podem ocorrer por irritação das fibras C. É normalmente uma dor que irradia, causa sensação de queimação, agulhadas, peso, ferroadas e sendo descrita também como cortante e tipo choque, podendo ser acompanhada de formigamento ou adormecimento. A dor irradiada é manifestada ao longo de um trajeto nervoso, como a dor sentida numa ciatalgia. Outros exemplos de dor irradiada são, a dor presente na síndrome do túnel do carpo e na nevralgia do trigêmeo, herpes zoster e dor pós acidente vascular cerebral.
· Localização da dor:
Dor localizada: se manifesta no próprio local onde está o estímulo. 
Dor irradiada: se manifesta ao longo de um trajeto nervoso onde está ocorrendo o estímulo. Ex. pulpite de um pré-molar causar dor irradiada na mandíbula. 
Dor referida: se manifesta distante do local onde está ocorrendo o estímulo. Existem várias teorias que tentam explicar a dor referida: A possibilidadede uma única célula nervosa fazer sinapse com várias outras e vice-versa gera um fenômeno conhecido como convergência ou divergência sináptica. O resultado disto é que o SNC pode projetar dor para área diferente daquela onde ocorre o estímulo. A teoria mais comumente encontrada na literatura para explicar a dor referida é a organização metamérica do organismo dos mamíferos durante a vida embrionária. Cada segmento transverso do corpo, chamado de metâmero, compreende uma porção da pele chamada dermátomo, do osso chamada esclerótomo, do músculo chamado miótomo e das vísceras chamada viscerótomo. Cada metâmero recebe inervação oriunda do segmento espinhal correspondente. Com o desenvolvimento do organismo, esta disposição metamérica se modifica e o resultado disto é que na vida adulta a pele e o músculo de um membro, por exemplo, acabam ficando distantes da víscera à qual estavam associados, mas são inervados pela mesma raiz nervosa, daí a dor do infarto ser referida ao braço e à mão. Raciocínio idêntico ocorre com a face, onde a maxila e a mandíbula pertencem ao mesmo metâmero, do que resulta a possibilidade de uma pulpite (inflamação da polpa dentária) de um dente inferior causar dor referida num dente superior.
Dor projetada (dor fantasma): O paciente queixa-se que dói o dente que foi extraído, daí a
denominação de dor fantasma, como o que ocorre com os indivíduos que sentem dor nos membros que
foram amputados cirurgicamente ou decepados em ferimentos bélicos. Em princípio, as sensações
projetadas podem ocorrer em todas as modalidades sensoriais. A irritação da fibra aferente é transmitida
pelo feixe espinotalâmico lateral em direção ao SNC, onde desencadeia uma sensação no local onde
estão os receptores daquelas fibras aferentes. São frequentes as lesões dos discos intervertebrais (hérnias de disco), levando à compressão dos nervos espinhais no local em que estes penetram no canal vertebral. Neste caso, as sensações dolorosas que resultam de impulsos centrípetos desencadeados nas fibras nociceptivas são projetadas para o território de inervação do nervo espinhal irritado, naturalmente também podem ocorrer dores locais. 
· Transmissão do sinal da dor para o SNC: 
Os sinais dolorosos penetram pelas raízes dorsais da medula espinhal e seguem a via somatossensorial
igual a do tato grosseiro e da temperatura, via ântero-lateral. No tálamo os sinais alcançam os núcleos ventro basais, onde há distribuição espacial característica, representação específica de determinados campos receptivos. No córtex cerebral, os sinais dolorosos, através de projeções contralaterais chegam ao giro pós-central, na área sensorial somática I.
Existem duas vias de transmissão dos sinais da dor que, justamente, caracterizam os dois tipos de dor:
1. Via neoespinotalâmica: é a via que transmite a dor rápida, formada por fibras do tipo A delta,
possui poucas sinapses, chega a pontos específicos do tálamo, filogeneticamente é a via mais evoluída. A
sensação dolorosa percebida por esta via é epicrítica, ou seja, é precisa, bem definida, bem localizada,
intensificada e discriminada. A dor de origem dentária corresponde a este tipo de dor. Em geral, as estruturas
inervadas pelo nervo trigêmeo, quando lesadas excitam o sistema específico de dor (Sistema Neoespino
trigêmeo talâmico).
2. Via paleoespinotalâmica: é a via que transmite a dor lenta, formada por fibras do tipo C,
amielínicas, são vias multissinápticas. A informação é lenta, gradativa e prolongada, muito difusa. Uma parte das fibras vai ao tálamo e deste ao córtex somestésico, mas a maioria se dirige à formação reticular
mesencefálica e, a partir destas áreas, a informação é mandada para: córtex límbico e frontal, hipotálamo,
núcleos motores. Esse tipo de dor não consegue ser analisada com precisão, nem sua localização, nem
intensidade e caraterísticas (sensibilidade visceral e sensibilidade profunda). Este tipo de dor é acompanhado de intensa reação neuro-vegetativa, emocional, motora e comportamental, reações estas que podem ser entendidas observando as áreas que são ativadas pela transmissão do sinal de dor lenta. 
· Lesão cerebrovascular:
Fase aguda: Síndrome piramidal deficitária (qualquer interrupção no trato motor antes de chegar na medula, como no lobo frontal, mesencéfalo, ponte e bulbo). Assim, não chega estímulo no neurônio motor inferior, e ele fica inativo. Então, paciente tem choque cerebral. Não tem força, não tem reflexo, nem movimento. Fase flácida, mole. 
Síndrome Piramidal de liberação: Fase posterior, paciente apresenta hipertonia, hiperflexia, contração reflexa exagerada, alteração na função e amplitude dos movimentos.
· Emoção x sentimento:
Emoção e sentimento não é a mesma coisa, tendo em vista que emoção é quando você consegue transmitir paras pessoas com olhar, rosto, músculos.
Sentimento não é transmitido, a pessoa olha e não percebe/não consegue identificar. 
Alegria, tristeza, medo, prazer e raiva são exemplos de emoções que podem ser definidas como sentimentos subjetivos que suscitam manifestações fisiológicas e comportamentais. As manifestações fisiológicas estão a cargo do sistema nervoso autónomo, as comportamentais resultam da ação do sistema nervoso motor somático e são características de cada tipo de emoção e de cada espécie. A alegria, no homem, por exemplo, se expressa pelo riso, no cachorro, pelo abanar da cauda. A distinção entre o componente central, subjetivo, e o componente periférico, expressivo da emoção é, pois, importante. Ela fica mais clara se lembrarmos que um bom ator pode simular perfeitamente todos os padrões motores ligados à expressão de determinada emoção, sem que sinta emoção nenhuma.
As emoções podem ser classificadas em positivas e negativas, conforme sejam agradáveis ou desagradáveis. Entre as primeiras, estão a alegria, o bem-estar e o prazer em suas diversas modalidades. Entre as segundas estão o medo, a tristeza, o desespero, o nojo, a raiva e muitas outras. As emoções estão relacionadas com áreas específicas do cérebro que, em conjunto, constituem o sistema límbico. Algumas dessas áreas estão relacionadas também com a motivação, em especial com os processos motivacionais primários, ou seja, aqueles estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tais como fome, sede e sexo. Por outro lado, as áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autónomo, o que é fácil de entender, tendo em vista a importância da participação desse sistema na expressão das emoções.
· Sinais elétricos dos neurônios:
A permeabilidade seletiva da membrana plasmática permite que uma célula mantenha concentrações diferentes de algumas substâncias entre o meio interno e o meio externo (gradiente de concentração). 
Por exemplo, as moléculas de O2 e o sódio (Na+) são mais concentrados no líquido extracelular, enquanto que as moléculas de CO2 e o potássio (K+) estão em maior concentração no citosol. A membrana plasmática também cria uma diferença entre a distribuição dos íons com carga positiva e negativa, entre os dois lados da membrana plasmática que é chamada gradiente elétrico ou potencial de repouso da membrana.
Nos neurônios, o potencial de repouso da membrana tem valor típico de -70 mV. O sinal negativo indica que o interior da célula é mais negativo ou que o exterior é mais positivo. 
Esse potencial de repouso é importante para as células que possuem excitabilidade elétrica, ou seja, células que reagem ou que se modificam de alguma forma quando seus potenciais se alteram (tal como os neurônios e as fibras musculares). 
Um dos fatores que contribui para que o potencial de repouso da membrana seja mais negativo internamente (ou mais positivo externamente) é são as bombas de sódio e potássio (transportam 3 sódios para fora e 2 potássios para dentro). Mas a membrana também possui maior número de canais de vazamento de potássio do que de sódio fazendo com que o número de potássio que sai da célula seja maior do que o número de sódio que entra,ou seja, há uma maior quantidade de potássio fora do que de sódio dentro (o potássio está mais próximo do equilíbrio do que o sódio), o que favorece acúmulo de cargas positivas no meio externo.
A presença de canais regulados na membrana plasmática dos neurôniosfaz com que essas células possam gerar e conduzir impulsos nervosos também denominados potenciais de ação neuronal. Essas células excitáveis apresentam três tipos de canais iônicos regulados, com base nos estímulos a que respondem: canais regulados por ligante, canais regulados mecanicamente e canais regulados por voltagem.
Os neurônios podem sofrer dois tipos de alteração de potencial: potenciais graduados e potenciais de ação (impulsos nervosos). Por exemplo, quando algo toca a sua pele, um potencial graduado se desenvolve em uma terminação nervosa sensorial (dendritos de neurônio pseudounipolar) localizada na pele. Esse potencial graduado ativa o axônio desse neurônio para formar um potencial de ação neuronal (impulso nervoso), que é conduzido ao longo do axônio até o SNC e daí para uma região específica do córtex cerebral produzindo a sensação de tato.
Sobre o potencial graduado, quando um estímulo é recebido pelos dendritos de um neurônio ocorre a abertura de canais regulados mecanicamente ou de canais regulados por ligante localizados na membrana plasmática desses dendritos. A abertura desses canais faz com que alguns íons atravessem a membrana aparecendo, nessa região, uma variação de potencial denominada potencial graduado que é uma pequena variação do potencial de membrana que pode deixar a célula menos polarizada (menos negativa) ou ainda mais polarizada (mais negativa). No primeiro caso, o potencial graduado é denominado despolarizante (excitatórios) e ocorre quando cátions entram na célula pelo canal ou quando ânions saem pelo canal. No segundo caso, o potencial graduado é denominado hiperpolarizante (inibitórios) e ocorre quando ânions entram ou quando cátions saem passando pelo canal iônico. Quanto maior a intensidade do estímulo, maior será a variação do potencial graduado, ou seja, maior será a amplitude desse potencial pois um estímulo muito intenso provoca a abertura de um número maior de canais e por um tempo mais longo. 
Sobre o impulso nervoso propriamente dito, é quando ocorre uma sequência de eventos que diminuem e invertem o potencial na membrana do axônio e em seguida o restaura ao seu valor de repouso. Dois tipos de canais iônicos presentes em grande quantidade na membrana do axônio estão envolvidos na geração e condução de um potencial de ação: canais de sódio regulados por voltagem e canais de potássio regulados por voltagem. Esse processo envolve primeiramente um potencial graduado que alcança o segmento inicial do axônio, mais precisamente numa região denominada zona de gatilho. 
Em resposta a esse potencial graduado que chega no início do axônio, ocorrem alguns fatores. 
Sabe-se que na membrana em repouso, a comporta de ativação do canal de sódio está fechada e a comporta de inativação está aberta
Se o potencial de membrana atingir o limiar de -55 mV, os canais de sódio regulados por voltagem passam do estado de repouso para o estado ativado: as comportas de ativação se abrem e o sódio jorra para dentro da célula e a membrana vai se despolarizando. A mesma despolarização que abre as comportas de ativação, também fecha as comportas de inativação dos canais de sódio. Mas a comporta de inativação é mais lenta e fecha poucos milésimos de segundo após a abertura das comportas de ativação. Assim, um canal regulado por voltagem de sódio só fica aberto por alguns milésimos de segundo. Enquanto esse canal estiver aberto, muito sódio flui através da membrana aumentando consideravelmente o potencial de membrana (-55 mV para +30 mV). Essa é a fase de despolarização. 
Após isso, vem a fase de repolarização. Os canais regulados por voltagem de potássio, são menos sensíveis à alteração de potencial e, por isso, demoram mais tempo para iniciar sua abertura que ocorre ao mesmo tempo em que as comportas de inativação de sódio estão se fechando, produzindo essa fase. Nesse momento, o potencial de repouso da membrana vai sendo restabelecido. Conforme as comportas de inativação de sódio se fecham, o influxo de sódio se lentifica. Ao mesmo tempo, os canais de potássio estão se abrindo e o efluxo de potássio é acelerado. A lentificação do influxo de sódio e a aceleração do efluxo de potássio faz com que o potencial de membrana varie de +30 mV de volta para -70 mV. A repolarização faz com que as comportas de ativação e de inativação de sódio retome seu estado inicial de repouso e também provoca o fechamento dos canais de potássio. No entanto, enquanto as comportas dos canais de sódio estão retornando à situação inicial, as comportas de ativação se fecham antes das comportas de inativação iniciarem sua abertura, de modo que na volta dos canais de sódio à situação inicial, não ocorre nova entrada de sódio.
Enquanto os canais regulados por voltagem de potássio estiverem abertos, o efluxo de potássio pode ser suficientemente intenso para causar a fase de hiperpolarização do potencial de ação. Durante essa fase o potencial de membrana chega a -90 mV, contudo, conforme fecham os canais regulados por voltagem de potássio e as bombas de sódio recolocam potássio para fora, o potencial de membrana retoma o valor de repouso de -70 mV. Contrastando com os canais regulados por voltagem do sódio, os canais regulados por voltagem de potássio só possuem uma única comporta.
No caso do potencial de ação em uma célula cardíaca, na fase de despolarização, há abertura o canal de cálcio, entrando cálcio na célula, que mantém a polaridade mais positiva da célula, formando um platô. Na despolarização, é quando ocorre a sístole e na fase repolarização, quando ocorre a diástole. 
Nesse caso, o nodosinuatrial é a estrutura mais importante, é o “marcapasso” do coração, ela que dita o ritmo do coração. Ou seja, é nele que ocorre o primeiro impulso (geração do impulso elétrico). As vias internodais levam o impulso elétrico para os átrios e depois, vai para o nodo atrioventricular, que fica entre os átrios e os ventrículos/passa pelo septo interventricular. Esse nodo retarda o impulso elétrico. Depois, esse impulso vai para o feixe de his/feixe atrioventricular e esse feixe se divide em ramo direito e ramo esquerdo e conduz para a parte da massa ventricular tanto do VD como do VE. Então, vai para as fibras de purkinge que entram na parte do miocárdio/muscular do coração, e aí tem a contração final do coração, principalmente da massa ventricular. 
No musculo esquelético, neurônio chega no musculo/na membrana plasmática, libera um neurotransmissor – acetilcolina – ocorre liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático e o musculo contrai. 
· Sinapses
· Química: 
· Componentes: Botão sináptico (do neurônio pré-sináptico), fenda sináptica, membrana (do neurônio pós sináptico ou da célula efetora), utiliza neurotransmissores. 
· Como funciona? Os neurotransmissores são liberados pelas vesículas sinápticas, se difundem através da fenda e se ligam a receptores específicos na membrana da célula ou do neurônio pós-sináptico (ou na membrana da célula efetora). 
· Tempo: Emitem sinais mais lentamente. 
· Forma de transmissão de impulso: unidirecional (pois só o botão sináptico pode liberar os neurotransmissores e só o neurônio pós-sináptico (ou membrana da célula efetora) tem receptores específicos para tal). 
· Exemplo de onde ocorre: Músculo estriado esquelético 
· Elétrica: 
· Componentes: Junções GAP (comunicantes), não usando neurotransmissor. 
· Como funciona? GAP permite passagem direta da corrente elétrica de uma célula para outra
· Tempo: Mais rápido 
· Forma de transmissão de impulso: ambas direções, pois não requer neurotransmissor 
· Exemplo de onde ocorre: Músculo cardíaco. 
Explicando melhor, as sinapses químicas ocorrem da seguinte forma: 
O potencial de ação chega no terminal axônico do neurônio pré-sináptico, a fase despolarizante do potencialde ação provocada pela abertura dos canais de sódio regulados por voltagem produz a abertura dos canais de cálcio (Ca++) regulados por voltagem. Por ser mais concentrado no líquido extracelular, o cálcio flui para dentro da célula. O aumento da concentração de cálcio no interior do neurônio pré-sináptico promove a exocitose de parte das vesículas sinápticas. Conforme a membrana das vesículas se funde com a membrana plasmática, os neurotransmissores contidos nessas vesículas são liberados na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica pode conter milhares de moléculas do neurotransmissor. Os neurotransmissores difundem-se através da fenda sináptica, ligando aos seus receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. Essa ligação provoca a abertura de canais iônicos regulados por ligante, permitindo o fluxo de determinados íons através da membrana do neurônio pós-sináptico. Dependendo de quais íons sejam admitidos por esses canais, o fluxo iônico pode causar despolarização da membrana pós-sináptica. Se a despolarização chegar ao limiar, um ou mais potenciais de ação serão gerados no neurônio pós-sináptico. A liberação do neurotransmissor pelo neurônio pré-sináptico pode causar excitação ou inibição no neurônio pós-sináptico. Por exemplo, em algumas sinapses excitatórias, a liberação de neurotransmissores provoca a abertura de canais de sódio regulados por ligante causando a entrada de sódio que acarreta a despolarização do neurônio pós-sináptico, resultando na geração de um potencial graduado excitatório. Em algumas sinapses inibitórias, a liberação de neurotransmissores provoca a abertura de canais de cloro regulados por ligante, causando a entrada desse íon que acarreta a hiperpolarização do neurônio pós-sináptico, resultando em potencial graduado inibitório. Nessas sinapses, a geração de um impulso nervoso torna-se mais difícil.
Em uma sinapse elétrica, no coração (tem uma forma auto-ritmica, não depende de um neurônio para contrair), uma “célula-mãe” gera uma fagulha para iniciar um circuito elétrico, esse potencial vai passando em todo circuito. As junções gap tem capacidade rápida de propagar o impulso. Isso faz com que o coração tenha uma contração mais rápida e sem fadiga, sem falha.

Outros materiais