ATIVIDADE N2 - GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS 1 1[203]1

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RELATO DE EXPERIÊNCIA*: A GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NAS EMPRESAS
RESUMO
	O presente relato tem por objetivo apresentar uma importante ferramenta para que as empresas desenvolvam sua competitividade perante um mercado altamente competitivo, com clientes cada vez mais exigentes, a multiplicação de produtos e, como consequência, empresas concorrentes.
	 Diante disso, planejar uma Gestão Estratégica de Custos é considerada um fator positivo de impacto na cadeia produtiva como um todo, na otimização dos processos e redução dos desperdícios, fornecendo informações necessárias com relação aos custos no intuito de adquirir, de utilizar os recursos produtivos em todo seu ciclo e auxiliar na tomada de decisão. 
	 É importante ressaltar que, a implantação de um sistema eficaz permite que as informações fornecidas sejam como os custos de produtos, serviços, planejamento e controle sejam precisos para tomadas de decisões.
É possível afirmar que, a Gestão Estratégica de Custos caracteriza pela busca da organização em atuar de forma diferenciada, de modo que, neutralize ou até mesmo diminua a ação de empresas concorrentes no segmento de atuação, e se adapte às expectativas do mercado com o objetivo de garantir vantagem competitiva.
Para Prado (2004) o objeto principal da Gestão Estratégica de Custos é prover informações que as empresas necessitam com a finalidade de agregar valor, qualidade e oportunidade que os clientes desejam.
INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia, o mercado vem observando a mudança de cenário no que tange o comportamento dos consumidores e as empresas, a necessidade de adaptar-se sem perder sua essência, manter-se competitiva e diante desse novo paradigma a Gestão Estratégica de Custos se apresenta para assegurar à organização a redução de custos e elevação seus lucros.
É importante destacar acerca dos conceitos de custos e despesas que, quando se trata de custos, estamos nos referindo à aquisição de mercadoria, matéria-prima, mão de obra. Despesas são os gastos com a estrutura administrativa, comercial, financeiro. 
Quando citamos a redução de custos, muitas empresas não o fazem de forma planejada e, sem conhecimento, reduzem em áreas importantes que, a longo prazo, podem ser prejudiciais ao funcionamento da organização em níveis operacionais e financeiros comprometendo a geração de receita da organização.
Podemos observar a concorrência cada vez mais agressiva, consumidores exigentes e a rápida mudança do mercado. Com isso, as empresas necessitam avaliar, medir cada processo utilizando-se de tecnologia que fornece as informações necessárias para tomada de decisões assertivas.
Nesse contexto, os stakeholders se tornam importantes na análise do público, no planejamento, estratégia de relacionamento para ajustar a empresa às expectativas de cada um dos indivíduos envolvidos no negócio de forma a criar valor para a organização, pois é nas atividades diárias, nas demandas do consumidor, aumento de concorrentes que cada vez mais exigem retornos rápidos e, nesse sentido, é de extrema importância que as estratégias da empresa estejam alinhadas com metas quantificáveis através de dados disponibilizados de maneira imediata e de fácil acesso pelo sistema de informações.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
	Sabemos que, as empresas contemporâneas têm se preocupado com sua sobrevivência no intuito de mantê-la competitiva. Empresas com esse perfil, são aquelas que agregam valor aos stakeholders primários (proprietários, clientes, fornecedores, concorrência) e secundários (governos internos, externos, mídia, comunidade) juntamente com o emprego de tecnologias, suporte no processo produtivo, na criação e venda. E, para que o processo seja feito de forma adequada, a Gestão Estratégica atua, na utilização adequada de capital, na redução de custos desnecessários e a otimização dos sistemas de custeio.
Os sistemas de custeio é o utilizado para verificação e adequação que visa classificar os custos fixos, custos diretos e indiretos e despesas composto por informações da Contabilidade de Custos que seguem um princípio geral e métodos de custeio que está ligado às informações de acordo com as necessidades da empresa.
	Vale ressaltar, que a Gestão de Custos no passado, era restrita somente a controles operacionais. Já a Gestão de Estratégica de Custos vem obtendo espaço e importância, pois nesse formato, baseia-se em uma análise da cadeia de valor, no posicionamento estratégico e em identificar os determinantes de custo. 
Para Miotto (2007), a análise dos determinantes explica o comportamento dos custos ao longo do tempo, ou seja, se os custos variam os motivos para que isso ocorra estão implícitos nas estratégias estruturais e operacionais da empresa.
	O conceito de estratégia vem de um contexto militar e, por estar presente em diferentes contextos, sua definição é subjetiva. Em termos mais simples, podemos dizer que é estipulada para transpor algum obstáculo, usando uma tática, um plano.
	Em um contexto empresarial atual cada vez mais competitivo, a estratégia tem a finalidade de obter resultados a curto e longo prazo, que confere à organização vantagem competitiva perante o mercado e a concorrência.
Para que a estratégia gere vantagem competitiva, a Gestão Estratégica de Custos é importante no sentido mais amplo além da busca de redução de custos, mas gerenciar de uma maneira mais eficaz, na análise dos ambientes interno e externo, porém, somente com esses dados, pode não ser suficiente garantir que o processo decisório seja assertivo. Diante do contexto global, é necessário que as informações fornecidas pela contabilidade gerencial sejam alicerçadas no objetivo estratégico da empresa.
Uma das ferramentas mais utilizadas pelas empresas com o objetivo de analisar o ambiente é o Modelo de estratégia das cinco forças de Michael Porter. É utilizada para analisar determinados cenários, verificar quais os riscos que o pode enfrentar e criar estratégias que favoreçam o segmento de negócio. 
MODELO DA ESTRATÉGIA DAS CINCO FORÇAS DE PORTER
Este modelo pode estar presente em todos os concorrentes, portanto, para desenvolver uma estratégia assertiva é necessário aprofundar-se em cada força, destacando os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades. Em conjunto, essas forças estabelecem em que pontos as forças dominantes atuam para a formulação da estratégia
A relação entre os aspectos internos e externos relacionados aos desempenhos que permite às operações uma percepção de como melhorar seus objetivos. 
Porter (1979), definiu a existência dois tipos básicos de vantagem competitiva: liderança em custo e diferenciação.
A liderança em custo deve ser direcionada para toda a organização e, para que a empresa atinja seus objetivos, deve-se adotar medidas de custos menores, visando reduzir desperdícios e estar sempre informada acerca dos custos da concorrência.
Já a estratégia de diferenciação visa o excedente da receita derivada das vendas para o pagamento dos custos fixos e com isso obter lucro e posteriormente de custos e despesas variáveis. Porém, a opção pela diferenciação visa a satisfação de clientes que estão dispostos a pagar um preço alto a fim de incentivar uma concepção favorável pelo produto ou serviço.
Segundo Shank; Govindarajan (1997) gestão estratégica de custos trata de uma análise vista sob um contexto mais amplo, em que os elementos estratégicos se tornam mais conscientes, explícitos e formais, a análise de custos é vista tradicionalmente como o processo de avaliação do impacto financeiro das decisões gerenciais.
	
CADEIA DE VALOR E VANTAGEM COMPETITIVA
	As atividades executadas desde os relacionamentos com fornecedores, produção, de venda e distribuição final é conceituada com uma Cadeia de Valor, conceituado por Michael Porter em 1985. É modelo que auxilia na análise de determinadas atividades que permite que as empresas criem valor e vantagem competitiva. 
	A maneira como essas atividades são conduzidas é determinante para a gestão de custos quegera influência os lucros da organização.
	Uma empresa atinge vantagem competitiva quando executa de maneira estratégicas as atividades mais importantes de maneira assertiva. Segundo Porter (1985) essas atividades denominadas atividades de valor dividem-se em dois tipos: atividades primárias, atividades de apoio e margem.
O MODELO DE CADEIA DE VALOR DE MICHAEL PORTER
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo do trabalho foi compreender a importância da Gestão Estratégica de Custos para as empresas no que tange aprimorar todas operações na busca da melhoria contínua e informações necessárias e assertivas para a tomada de decisões, possibilitando uma análise detalhada sobre os setores com intuito de minimizar custos e gerar receitar.
Segundo Hansen; Mowen (2001, p. 423), a gestão estratégica de custos “é o uso de custos para desenvolver e identificar estratégias superiores que produzirão uma vantagem competitiva”.
Vantagem Competitiva para uma organização é posicionar-se de forma superior frente aos concorrentes dentro do mercado.
Uma empresa que não atinge o objetivo do lucro e há prejuízos com a venda, pode ser que a organização pratique preços do mercado sem a devida análise de seu processo produtivo. Diante desse contexto, verifica-se a importância que a gestão estratégica de custos agrega um profundo conhecimento sobre os stakeholders e todas as atividades que envolvem o processo de gestão de custos.
Para Martins (2003) a gestão estratégica de custos requer uma análise mais profunda dos custos que vão além dos limites da empresa. A gestão estratégica de custos busca conhecer toda a cadeia de valor desde a aquisição da matéria prima até o consumidor final.
Conclui-se que o papel da gestão estratégica de custos estaca-se como ferramenta de controle contínuo e torna-se essencial em todas as empresas, pois é possível identificar onde serão necessárias mudanças operacionais com intuito de criar valor e posicionar-se de maneira estratégica, tornando-se competitiva perante um contexto mercadológico dinâmico possibilitando sua continuidade.
	 
REFERÊNCIAS
CRUZ, June Alisson Westarb et al. Formação de Preços: Mercado e Estrutura de Custos. Curitiba: Intersaberes, 2012. 
MIOTTO, Genossi R. Análise da gestão estratégica de custos no setor de aviação comercial brasileiro. Dissertação (Mestrado) Curso de PPG em Ciências Contábeis da Unisinos. São Leopoldo, 2007.
HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de Custos: Contabilidade e Controle. São Paulo: Cenage Learning, 2001.
PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
SHANK, John K.; GOVINDARAJN, Vijay. Gestão Estratégica de Custos – A nova ferramenta para a vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
PRADO, Lauro J. Série empresarial: Guia de custos. E-Book: 1° julho 2004, versão 2. Disponível em: < www.widebiz.com.br/ebooks/prado/custos>. Acesso em: 23.05.2019.