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II TRABALHO ZOOLOGIA Feito

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Índice 
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	OBJECTIVOS DO TRABALHO	3
2.1.	Objectivo geral	3
2.2.	Objectivos específicos	3
3.	METODOLOGIAS USADAS	3
4.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	4
4.1.	Conceito de reprodução	4
4.2.	Tipos/formas de reprodução	4
4.2.1.	Reprodução assexuada	4
4.2.2.	Reprodução Sexuada	5
4.3.	Gametogénese	6
4.3.1.	Espermatogénese	7
4.3.2.	Ovogénese	8
4.3.3.	Comparação entre a espermatogénese e ovogénese	10
4.5.	Anexos embrionários	13
4.5.1.	Saco vitelínico	13
4.5.2.	Vesícula amniótica	14
4.5.3.	Vesícula alantoidiana.	14
4.5.4.	Córion ou serosa	15
4.5.5.	Placenta e cordão umbilical	15
5.	CONCLUSÃO	16
4.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
1. INTRODUÇÃO 
Os animais assim como em todos seres vivos são capazes de se reproduzir, ou seja, eles podem dar origem a novos indivíduos da sua espécie, permitindo desde modo, a existência contínua dos mesmos.
O presente trabalho é de carácter avaliativo inerente a cadeira de Zoologia Geral a ser leccionada na Universidade Católica de Moçambique, curso de licenciatura em ensino de Biologia e centra-se nos seguintes temas: A reprodução nos animais; A gametogénese, tipos de ovos e anexos embrionários.
Quanto a estrutura, o trabalho encontra-se organizado da seguinte forma introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
2. OBJECTIVOS DO TRABALHO 
2.1. Objectivo geral
· Compreender os diferentes mecanismos da reprodução em animais 
2.2. Objectivos específicos
· Conceituar a reprodução, a gametogenese, ovo e anexos embrionários.
· Classificar a reprodução, gametogenese, ovo e anexos embrionários. 
· Descrever os tipos de reprodução, gametogenese e ovos.
· Caracterizar os anexos embrionários.
3. METODOLOGIAS USADAS:
Para a realização deste trabalho, foi possível através das consultas bibliográficas e internet.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1. Conceito de reprodução 
Segundo Hafez (2004), a reprodução é o processo capaz de garantir a produção ou surgimento de novos indivíduos, seja ele natural ou artificial, intencional ou inconsciente. 
Em poucas palavras, a reprodução é a criação de um novo indivíduo ou indivíduos de indivíduos previamente existentes (Sawada, Ionue e Iwano, 2014).
4.2. Tipos/formas de reprodução
Para Sawada, Ionue e Iwano (2014), a reprodução nos animais pode ser classificado sob diferentes tipos, mas os principais são: a reprodução assexuada e reprodução sexual.
4.2.1. Reprodução assexuada
Hafez (2004), a reprodução assexuada é aquela que não envolve trocas de gâmetas entre os indivíduos e os indivíduos que surgem por ela são geneticamente idênticas entre si. 
Para o autor, as formas mais comuns de reprodução assexuada incluem:
· Bipartição
É o processo pela qual uma célula se divide em duas, por mitose e origina duas células geneticamente idênticas. São exemplos de bactérias, protozoários, algas, platelmintos e poliquetas.
· Brotamento 
Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente. São exemplos de hidras.
· Regeneração
Na regeneração, se um pedaço de um dos pais é individual, ele pode crescer e se desenvolver completamente em um novo indivíduo. Equinodermos apresentam esse tipo de reprodução.
· Esporulação
A esporulação é o processo de reprodução onde os organismos produzem esporos que são libertados no ambiente e quando encontram condições favoráveis germinam e reproduzem-se através de mitose até originar indivíduos completos. Encontramos este tipo de reprodução em fungos e algumas bactérias.
a) Casos especiais de reprodução assexuada
Óptica de Sawada, Ionue e Iwano (2014), aponta que a reprodução assexuada pode acontecer de formas especiais como: a partenogénese e pedogénese.
· Partenogénese 
 São fêmeas que apresentam a habilidade de procriar sem que haja um parceiro sexual, havendo a participação apenas de gametas femininas. São exemplos de abelhas, lagartas e alguns peixes.
· Pedogénese 
A pedogénese ocorre, geralmente em indivíduos em estágios larvários. Estes podem dar origem a novas larvas, por células não-reprodutivas. A caramunha é exemplo.
4.2.2. Reprodução Sexuada
Segundo Sawada, Inoue e Iwano (2014), afirma que a reprodução sexuada caracteriza-se pela presença de gametas mióticas, e consequentemente, pela recombinação de genes, resultando na variabilidade genética. 
Para os autores apontam que existem inúmeros tipos da reprodução sexuada, mas os mais comuns são, autogamia, anisogamia e oogamia.
· Autogamia:
Ocorre a união dos gametas produzidos por um mesmo indivíduo, ou seja, por organismos hermafroditas, que possuem órgãos reprodutores masculinos e femininos. Esse processo pode ser observado, por exemplo, em protozoários e algumas plantas. 
· Anisogamia  
É a fusão de gâmetas de tamanhos diferentes. Existem diferenças entre os gâmetas masculinos e femininos e ambos podem ser móveis ou imóveis. Este tipo surgiu na evolução depois da isogamia. Ocorre em fungos, invertebrados superiores e outros animais.
· Singamia:
Observa-se a união completa dos gametas de indivíduos diferentes e a formação do zigoto. O organismo gerado dessa forma apresenta uma constituição genética diferente de seus pais e irmãos, uma vez que são formados a partir de uma “mistura” de genes dos organismos que o geraram. 
· oogamia 
É a fusão de um gâmeta feminino muito grande e imóvel com pequenos gâmetas masculinos móveis. Foi o último tipo de reprodução que surgiu na história da evolução. É típico de algas superiores, samambaias, gimnospermas e animais superiores, como os vertebrados.
· Conjugação
Ocorre a troca de material genético entre organismos, a separação dos envolvidos e só posteriormente a formação de novos indivíduos. Pode-se observar a conjugação em bactérias, protozoários e algas.
Ainda nas perspectivas Sawada, Inoue e Iwano (2014), apontam que existem tantos exemplos de reprodução sexuada quanto existem espécies de animais:
a) Os mamíferos, como os cachorros, chimpanzés, baleias e seres humanos, têm reprodução sexuada com fecundação interna e oogamia. 
b) As aves, embora põem ovos por serem animais ovíparos, também seguem a estratégia reprodutiva sexuada com oogamia.
c) Os répteis, anfíbios e peixes, também se reproduzem sexualmente, embora algumas espécies sigam uma estratégia assexuada em alguns momentos de sua vida. 
d) Artrópodes são um grupo amplo e diverso de animais, por isso neste grupo é possível encontrar tanto a fecundação interna como externa e casos de oogamia e anisogamia. Alguns podem se reproduzir de maneira assexuada.
4.3. Gametogénese 
Na óptica de Junqueira e Carneiro (2004, 2008), a gametogênese é o processo no qual se formam os gâmetas masculinos e femininos, células que se fundem no processo de fecundação e garantem nossa reprodução. 
A gametogênese é um processo que ocorre nos sistemas reprodutores masculino e feminino. Nos animais, os gâmetas masculinos são os espermatozóides e os femininos de óvulos. A gametogênese masculina é chamada de espermatogênese, a feminina, oogênese ou ovogênese (Junqueira e Carneiro, 2004, 2008).
4.3.1. Espermatogénese
Junqueira e Carneiro (2004, 2008), a gametogenese é o processo pelo qual são produzidos os gâmetas masculinos, ou seja, os espermatozóides. Ela ocorre nas glândulas sexuais que no sexo masculino são os testículos.
O processo de espermatogenese, se inicia com as células germinativas, que já existem desde a vida intra-uterina, nos testículos embrionários. No entanto, o desenvolvimento dessas células germinativas só ocorre quando os homens atingem a puberdade e começam a produzir hormônios sexuais andrógenos. As células germinativas que estão armazenadas nos testículos dão origem as espermatogônias, que se multiplicam através de divisões mitóticas (Junqueira e Carneiro, 2004, 2008). 
· Espermatogônias
As espermatogônias podem ser do tipo A e do tipo B. As do tipo A produzem novas espermatogônias durante toda vida por mitose. As espermatogônias do tipo B são originadas através das espermatogônias do tipo A e passam por miose.
· Espermatócitos
Os espermatócitos são formados durante a miosedas espermatogônias do tipo B. Na interface, as espermatogônias B aumentam de tamanho e duplicam o DNA, formando os espermatócitos primários (espermatócitos I). Os espermatócitos I passam pela primeira divisão meiótica e originam os espermatócitos secundários (espermatócitos II), que irão passar pela segunda divisão meiótica e dar origem às espermátides.
· Espermátides
Cada espermatócito I origina quatro espermátides haploides que possuem metade do número de cromossomas das células germinativas. As espermátides amadurecem e passam por diversas transformações até completarem o desenvolvimento dos espermatozóides.
Nos fundamentos do Junqueira e Carneiro (2004, 2008), apontam que para ocorrer espermatogenese há-de considerar (4) quatro fases a citar multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação. 
Fonte: https://tse1.mm.bing.net/th?id=OIP.2MWnadW11wyETh9mUZCDNAHaGT&pid=Api&P=0&w=198&h=170 
· Espermatozoides - fisiologia celular 
Para Moraes (s/d), os espermatozóides são geralmente células, muito menores que os óvulos e estão estruturados de modo a permitir o máximo de eficiência de deslocamento, o que aumenta a chance de eles chegarem ao óvulo. Eles têm como objectivo atingir o óvulo (célula reprodutora feminina) para garantir a fecundação. 
Os espermatozoides são dotados de cabeça,  colo ou peça intermediária, e cauda ou flagelo.
Na parte superior da cabeça há o acrossoma, oriundo da junção de vesículas do aparelho de Golgi e que consiste em uma bolsa cheia de enzimas com a função de facilitar a penetração do espermatozoide no óvulo durante a fecundação. O colo ou peça intermediária, contém mitocôndrias que produzem o trifosfato de adenosina (ATP), essencial para o movimento dos flagelos. A cauda ou flagelo desenvolve-se a partir do centríolo e tem a função de impulsionar o espermatozoide pelo aparelho reprodutor feminino (Moraes, s/d). 
4.3.2. Ovogénese
Segundo Junqueiro e Carneiro (2004, 2008), a ovogénese (ou ogénese) é o processo biológico de formação das células reprodutoras femininas, os ovócitos, nos animais. Ela tem início durante a vida intra-uterina, continuando posteriormente de uma forma cíclica a partir da puberdade até à menopausa. Na ovogénese ocorre uma sequência de eventos pelos quais as ovogónias se transformam no final em óvulos.
Ainda os autores acima citados, apontam que durante a ovogénese, ocorrem quatro (3) fases a saber, multiplicação ou proliferação, crescimento e maturação.
· Proliferação ou multiplicação 
Fase caracterizada pela ocorrência da multiplicação por mitose das células germinativas primordiais, originando as ovogónias (2n). A fase inicia-se no desenvolvimento fetal e continua até aproximadamente três meses de gestação. 
· Crescimento
Caracteriza-se pelo crescimento e aumento do volume de citoplasma das ovogónias e acúmulo de vitelo. Inicia a divisão celular através da miose, estacionando na prófase I, após esta fase são chamados de ovócitos I. Esta fase perdura até a maturação sexual da mulher. 
· Maturação 
Logo que o folículo fica maduro, o ovócito retoma a miose, levando à formação de duas células filhas de tamanhos desiguais, cada uma com 23 cromossomas de estrutura dupla. Uma dessas células,  o ovócito secundário, recebe a maior parte do citoplasma; a outra, o primeiro corpo polar, praticamente não recebe citoplasma. O ovócito começa então a segunda divisão meiótica, e quando as cromátides irmãs se separam a meiose II para.
Com a diminuição do hormônio folículo estimulante  (FSH), devido ao aumento de estrógeno produzido pelos folículos, e o aumento brusco no teor do hormônio luteinizante (LH) secretado pela hipófise anterior faz com que ocorra a ovulação.
 Após o ovócito ser liberado, ele segue para a tuba, e geralmente é fecundado na ampola da tuba uterina. Se for fecundado, a meiose II prossegue e dividem-se em segundo corpúsculo polar,  que então degenera-se, e o ovulo (união entre o ovócito secundário e o espermatozóide). Se não fecundado, o ovócito secundário é degenerado e absorvido (Junqueiro e Carneiro, 2004, 2008).
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-9Uf-6yvDdHc/VPewPzrdiWI/AAAAAAAAASI/kMhIa8mixc0/s1600/ov.jpg 
· Óvulo – fisiologia celular 
Segundo Hamilton e Mossman (1973), define óvulo como a célula sexual feminina, haplóide (n), formada após a miose de uma ovogônia, durante o processo denominado de ovogênese, que após ser fertilizado pelo gâmeta masculino, o espematozóide  (n), durante o processo de reprodução sexuada, gera o zigoto diplóide (2n). Entretanto, a função do óvulo é receber o espermatozóide e junto deste, formar um homo zigoto, ou seja, uma espécie de "ovo" cujo centro vai se dividindo e modificando, até formar um ser vivo completo. 
O gâmeta feminino está programado não apenas para contribuir com a metade do genoma do novo indivíduo gerado, mas também proporcionar matéria e energia necessárias para o embrião até que ele possa obter sua nutrição de uma fonte externa.
Morfologicamente, o óvulo apresenta as seguintes partes, corona radiada, citoplasma, zona pelúcida e primeiro corpúsculo polar. 
Corona radiada - é formada por células foliculares e desempenha as importantes funções como a de liberar sinais químicos que atraem as células reprodutivas masculinas.
Zona pelúcida - é constituída por três glicoproteínas, que interagem por ligações não covalentes: ZP1, ZP2, e ZP3. Essa última glicoproteína é responsável por promover a ligação com receptores presentes na membrana do espermatozóide. 
Citoplasma – é composto por organelas especializadas, que recebem os nomes de grânulos coporrticais provenientes do complexo de Golgi co a presença de várias enzimas hidroliticas. as enzimas actuam na zona pelúcida alterando as ZP2 e ZP3 para impedir que o outro espermatozóide adentre o ovocito. 
4.3.3. Comparação entre a espermatogénese e ovogénese 
No contexto de Moorse e Perssuad (2008), afirmam que as principais diferenças entre a gametogenese masculina e feminina são: 
I. A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher;
II. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito e células inviáveis denominadas corpúsculos polares.
III. A produção de gâmetas masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto a produção de gâmetas femininos cessa com a menopausa.
IV. O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade.
V. Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipos de espermatozóides: 23,X ou 23,Y. A mulher só produz um tipo de gâmeta quanto à constituição cromossômica: 23,X.
	Tabela 1. Parâmetros que diferenciam a espermatogénese e a ovogénese
	Ocorrências
	Espermatogénese
	Ovogénese
	Duração:
	Inicia-se na puberdade e pode ocorrer durante toda a vida.
	Inicia-se na vida embrionária e é retomada no período manacne- menopausa. 
	Gametas formados:
	Apresenta 4 espermatozóides por espermatogónios. 
	Apresenta 1 Oócito para cada oogónia. 
	Etapa da multiplicação:
	Ocorre ao longo da vida a partir da puberdade.
	Ocorre na vida intrauterina (até o 3º mês do desenvolvimento embrionário).
	Etapa de maturação:
	Na Miose I – 2 espermatócitos II
Na Miose II – 4 espermatozóides 
	Miose I – oócito II e I cápsula polar Miose II – pré-embrião e 2 cápsulas polares 
	Diferenciação citoplasmática:
	Formação de acrossoma e flagelo 
	Divisão desigual com formação de corpúsculos polares 
Além dessas características, são observadas outras diferenças como ilustra tabela abaixo:
4.4. Classificação dos ovos 
Segundo a óptica de Santos (s/d), os ovos ou zigotos, podem ser classificados utilizando como critério a quantidade e a forma de distribuição de vitelo nessas células.
Segundo o autor, de acordo com a distribuição de vitelo, podemos classificar os ovos em: 
· Alécitos 
São aqueles que não apresentam vitelo. Como exemplo, podemos citar os mamíferos placentários.
Fonte: https://tse2.mm.bing.net/th?id=OIP.qOkA-qhJ05lKZvdG833gUAHaDx&pid=Api&P=0&w=192&h=98· Oligolécitos ou isolécitos
São aqueles que apresentam pouco vitelo, distribuído de forma homogênea. Esse tipo de ovo está presente em muitos invertebrados, tais como anelídeos, platelmintos, moluscos não cefalópodes e equinodermos e em anfioxos e tunicados.
Fonte: https://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/2014/12/20190614-tipos-ovos1.jpg
· Mesolécitos ou heterolécitos 
Apresentam uma quantidade moderada de vitelo. Nesses ovos, há a maior concentração de vitelo na região chamada de polo vegetal. Anfíbios apresentam esse tipo de ovo.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/telolecito.JPG
· Telolécitos ou megalécitos 
Apresentam grande quantidade de vitelo, que ocupa quase toda a célula. O núcleo e as organelas ficam restritos a um pequeno disco bem próximo à membrana plasmática, chamado de disco germinativo. Moluscos cefalópodes, peixes ósseos, répteis, aves e mamíferos não placentários apresentam esse tipo de ovo.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/telolecito2.JPG
· Centrolécitos
Possuem uma grande quantidade de vitelo, que ocupa a maior parte do ovo, concentrando-se no centro. Esse tipo é encontrado em artrópodes, principalmente em insectos.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/centrolecito.JPG
4.5. Anexos embrionários 
Anexos embrionários são estruturas membranosas extraembrionárias que surgem durante o desenvolvimento embrionário de alguns animais a partir dos folhetos germinativos do embrião mas que não fazem parte do corpo desse embrião. Têm a função de auxiliar o desenvolvimento do embrião. 
Segundo Hafez (2004), os principais anexos embrionários: vesícula vitelina ou saco vitelino, âmnio ou bolsa amniótica, cório, alantoide, placenta e cordão umbilical 
4.5.1. Saco vitelínico
Também chamado de vesícula vitelínica, o saco vitelínico é uma estrutura membranosa que se origina do folheto embrionário mais externo do embrião, a ectoderme. Esse anexo embrionário armazena substâncias nutritivas essenciais para o desenvolvimento do embrião. Encontramos sacos vitelínicos bem desenvolvidos em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos ovíparos.
Fonte: https://i.imgur.com/G28Z2QS.jpg
· Principais funções do saco vitelínico
I. O saco vitelínico funciona para fornecer alimento ao embrião durante os estágios iniciais até a placenta assumir.
II. Até a 6ª semana, o saco vitelínico desempenha o papel de “fígado primário” e produz proteínas que são muito importantes para o desenvolvimento do embrião, como a alfafetoproteína.
III. O saco vitelínico também está activamente envolvido em processos metabólicos, a formação de imunidade e reabastece as descargas do feto.
4.5.2. Vesícula amniótica 
No contexto de Moore e Persaud (2003), bolsa amniótica ou âmnio é a estrutura responsável pela protecção do embrião contra choques mecânicos e contra o ressecamento, está presente em répteis, aves e mamíferos. A bolsa amniótica ou âmnio é constituída por uma fina membrana que delimita essa estrutura cheia de um líquido denominado amniótico.
· Funções da vesícula amniótica 
Entre as funções estão as de hidratação, manutenção da temperatura, impede o colabamento entre o feto e as membranas, protecção contra choques mecânicos, desenvolvimento dos sistemas digestório, respiratório, urinário e muscular, dilatação do colo uterino (Moore e Persuad, 2003). 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Human_fetus_10_weeks_with_amniotic_sac_-_therapeutic_abortion.jpg/800px-Human_fetus_10_weeks_with_amniotic_sac_-_therapeutic_abortion.jpg
4.5.3. Vesícula alantoidiana. 
O alantoide deriva da parte posterior do intestino do embrião, sendo uma estrutura que está presente de forma mais desenvolvida em répteis e aves e tem como função armazenar as excretas produzidas e participar de trocas gasosas, além disso,  absorve minerais presentes na casca dos ovos e incorpora-os ao esqueleto do embrião.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/d4bbc8bf4bed63071378caad4822a810.jpg
4.5.4. Córion ou serosa 
O córion é uma membrana bastante vascularizada e que envolve tanto o embrião como todos os demais anexos embrionários, fornecendo proteção e nutrição. O embrião humano liga-se ao córion por uma estrutura precursora do cordão umbilical.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/embriologia/anexosembrionarios3.jpg 
4.5.5. Placenta e cordão umbilical
A placenta e o cordão umbilical também são anexos embrionários, mas que estão presentes apenas nos mamíferos. A placenta é um órgão formado por associação entre tecidos maternos e tecidos embrionários e tem como funcao, garantir a passagem de nutrientes da mãe para o feto, a troca gasosa e a remoção das excretas (Gartner, 2007). 
Fonte: https://i.imgur.com/G28Z2QS.jpg
5. CONCLUSÃO 
Como nota conclusiva, durante a realização deste trabalho é extrema importância lembrar que o trabalho que acabou de ler teve como principais temas: A reprodução nos animais; A gametogénese; Tipos de ovos e anexos embrionários. 
A reprodução conceitua-se como sendo a criação de um novo indivíduo ou indivíduos de indivíduos previamente existentes. Ela pode ser de dois tipos a reprodução sexuada e assexuada.
A reprodução assexuada é aquela que ocorre sem intervenção da união de gâmetas distintos. São várias formas da reprodução sexuada, mas os mais comuns são: bipartição, brotamento, regeneração, exporluração. 
A reprodução sexuada é aquela que há interveniência de duais gâmetas sexualmente diferente (masculino e feminino). As formas mais comum deste tipo de reprodução são autogamia, anisogamia, oogamia e conjugação
A gametogenese entende-se como o processo de formação dos gâmetas masculinos e femininos, células que garantem a perpetuação das espécies ou a reprodução dos seres vivos. Ela é dividida em dois tipos a espermatogenese e a ovogenese. A espermatogenese é o processo de formação de gâmetas masculinos e para o efeito envolve quatro fases a citar, multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação. Enquanto a ovogenese é o processo de formação dos gâmetas femininos e envolve três (3) multiplicações ou proliferação, crescimento e maturação.
Os ovos, ou zigotos, podem ser classificados utilizando como critério a quantidade e a forma de distribuição de vitelo nessas células. Contudo, quanto a distribuição do vitelo os ovos podem ser alécitos, oligolecitos, mesolecitos, telolecitos e centrolecitos.
Os anexos embrionários são estruturas embrionárias que surgem durante o desenvolvimento embrionário de alguns animais a partir dos folhetos germinativos do embrião mas que não fazem parte do corpo desse embrião. Eles têm a função de auxiliar o desenvolvimento do embrião. Os principais tipos de anexos embrionarios são: vesícula vitelina ou saco vitelino, âmnio ou bolsa amniótica, cório, alantoide, placenta e cordão umbilical. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARTNER, L.P (2007).  Tratado de Histologia em Cores. (3ª Edição). Rio de Janeiro: Elsevier. 
HAFEZ, E. S. A. (2004) – Reprodução animal. (7. ed.) São Paulo: Manole 
HAMILTON, W. J. e MOSSMAN, H. W. (1973) - Embriologia humana: desarrollo prenatal de la forma u la funcion. (4. ed.) Buenos Aires: Intermédica
Sawada, H., Inoue, N., & Iwano, M. (2014). Sexual reproduction in animals and plants. Springer-Verlag GmbH.
JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J (2004; 2008). Histologia Básica. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro. 
MORAES, Paula Louredo. "Espermatozoide";  Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/espermatozoide.htm. Acesso em 17 de junho de 2020.
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N (2003). The developing human: clinically oriented embryology. (7ª Ed.) Elsevier. USA, 
	
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Tipos de ovos quanto à distribuição de vitelo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ovulos-animais.htm. Acesso em 19 de junho de 2020.
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