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PCC HISTORIA DA EDUCAÇAO - REVISITANDO A HISTÓRIA

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INTRODUÇÃO 
 
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no 
tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para 
poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. 
 Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais 
de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de 
desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a 
compreensão do presente. 
 O ensino de História e sua contribuição para a formação do 
cidadão, seu objetivo principal é discorrer sobre o ensino de História no processo 
de formação cidadã do aluno, apresentando dados sobre os currículos oficiais 
da disciplina, no contexto global e multicultural. 
O currículo é entendido como um campo de relações e de intenções 
sociais, políticas, econômicas e culturais. É parte constitutiva do contexto, 
produzido e produtor de relações, de saberes e de práticas escolares. 
 Assim, discutir o que e como ensinar História é refletir sobre o 
currículo; é conhecer contextos e lugares de sua reconstituição. O currículo é 
temporal, é histórico, é mediador nas relações entre escola, conhecimento e 
sociedade; é relacional, é buscar a compreensão das permanências e das 
transformações pelas quais passam os objetivos da escola (o que a escola faz) 
e com quem estabelece relações (a quem atende e de que forma). (COSTA, 
2011). 
História da educação no Brasil e no mundo. 
 
No dicionário Aurélio, educação está definido da seguinte maneira: 1. Ato ou 
efeito de educar(-se). 2. Processo de desenvolvimento da capacidade física, 
intelectual e moral do ser humano. 3. Civilidade, polidez. Educacional adj. Como 
podemos observar, há 3 tipos distintos de educação: aquela à qual aprendemos 
em casa por nossos pais, a educação dada nas escolas e ensino acadêmico e a 
educação no sentido social. 
Educação nos primórdios 
No início do mundo, nas chamadas sociedades tribais, a educação era apenas 
a familiar, geralmente passada de pai para filho e não englobava um ensino 
voltado as ideias e a sociedade, não havendo ainda regras e leis morais. Em 
algumas civilizações como a oriental, a educação já começava a vislumbrar uma 
educação além da paternal a educação acadêmica, sendo que apenas uma 
parcela da sociedade podia ter acesso a essa educação e também apenas 
dedicada aos homens jovens. 
Educação grega 
 
Foi a partir da Grécia que a educação propriamente dita nos 3 âmbitos familiar, 
intelectual e social começou a dar seus primeiros passos, tendo um estudo 
aprofundado no corpo-espírito e debate intelectual. Na Grécia é criada a filosofia, 
um dos primeiros estudos e que começam a fazer as pessoas pensarem em se 
preparar para um conhecimento não só de seu corpo e espírito, mas saber mais 
sobre o mundo, criar coisas novas e debater sobre a vida, morte e o trabalho. 
 
Idade Média 
A idade média tinha um estudo aprofundado em uma educação quase que toda 
fundamentada no espiritual, sendo que eles colocavam Deus como sendo o 
centro de tudo e o homem apenas como um ser quase irracional dependente 
dele, e não dando ainda uma ênfase a educação intelectual, sendo que a maior 
parte da população não tinha acesso à educação. 
Na Idade média, o povo era regido praticamente que 100% pela igreja, tanto que 
qualquer movimento contrário a suas doutrinas era tido como bruxaria e havia 
as inquisições entre outras ignorantes formas de punição a quem não 
concordasse com o clero. Com a falta de educação intelectual acadêmica, 
apenas quem se tornava padre tinha acesso aos estudos, sendo que a maior 
parte da população era analfabeta. 
A Reforma Protestante 
 
Com a Reforma Protestante no século XVI por Martinho Lutero, a igreja começa 
a perder força, tendo sua quase completa derrota com a chegada do Iluminismo 
no século XVIII, a chamada era da razão, onde começou haver uma ruptura do 
que chamamos Estado da igreja, pois ainda ambos eram um, assim como ainda 
acontece em algumas culturas como os árabes que também podem ser 
chamados de islâmicos ou muçulmanos, dado a religião e estado ser um só. 
 
A história da Educação no Brasil, focada exclusivamente na catequização. 
 Foi assim que nasceu o embrião do ensino no Brasil, em 1549, quando os 
primeiros jesuítas desembarcaram na Bahia. A educação pensada pela Igreja 
Católica - que mantinha uma relação estreita com o governo português - tinha 
como objetivo converter a alma do índio brasileiro à fé cristã. Havia uma divisão 
clara de ensino: as aulas lecionadas para os índios ocorriam em escolas 
improvisadas, construídas pelos próprios indígenas, nas chamadas missões; já 
os filhos dos colonos recebiam o conhecimento nos colégios, locais mais 
estruturados por conta do investimento mais pesado. 
“Os índios são papel em branco”, escreveu, certa vez, o líder jesuíta no Brasil, o 
padre Manuel de Nóbrega, em carta enviada à corte portuguesa. A educação 
dos índios, em especial da tribo curumim, era uma tarefa encampada pelo padre 
José de Anchieta, homem considerado um dos mais atuantes pedagogos da 
Companhia de Jesus. Para educar os indígenas, Anchieta lançava mão de 
recursos ainda atuais em algumas escolas brasileiras, como o teatro, a música 
e a poesia. Por causa de sua obra preservada, especialmente as cartas em que 
documentava as rotinas escolares, Anchieta pode ser apontado como um dos 
nomes de maior destaque da história da educação brasileira. " 
"Em outra ponta da educação, com um atendimento diferenciado, estavam os 
filhos de portugueses. Os descendentes de europeus também frequentavam as 
aulas dos jesuítas, mas recebiam um ensinamento mais aprofundado, inclusive 
de outras matérias. O conhecimento repassado aos alunos não se restringia à 
propagação do ensino religioso, e envolvia mais conteúdo voltado às letras. A 
diferenciação do ensino para este público privilegiado era um pedido que vinha 
de cima, feito pela própria elite colonial que morava no Brasil. 
De acordo com os registros históricos, a hierarquia familiar dos portugueses 
funcionava da seguinte maneira: o primogênito teria direito sobre todas as 
propriedades da família; o segundo filho era enviado aos colégios e, 
possivelmente, completaria seus estudos superiores na Europa; já o terceiro 
seria entregue à Igreja para seguir a vida religiosa. A educação letrada no Brasil 
colonial era direcionada somente aos homens. As mulheres não tinham acesso 
aos colégios e eram educadas somente para a vida doméstica e religiosa. 
Ainda que houvesse uma segregação clara entre os ensinamentos repassados 
aos índios e aos filhos dos colonos, a educação jesuítica seguia (ou tentava 
seguir) um documento curricular: o Ratio Studiorum. Elaborado em 1599, a 
diretriz curricular era a base do conteúdo pensada pela Igreja. No Ratio, constava 
o ensino da gramática média, da gramática superior, das humanidades, da 
retórica, da filosofia e da teologia. A partir do ensino das letras, começava a se 
formar no país uma organização da sociedade hierarquizada pelo acesso à 
alfabetização. Isto é: teria mais chances de prosperar na colônia aquele que 
aprendesse a ler e escrever. Nos locais de ensino da Companhia de Jesus, os 
comportamentos exemplares eram bastante cobrados pelos padres. Os alunos 
que desrespeitassem os princípios morais cristãos eram punidos com castigos. " 
 
"Ratio Studiorum, de 1599: conteúdo elaborado pela Igreja 
Ao todo, até ser expulsa do Brasil, a Companhia de Jesus criou 25 residências, 
36 missões e 17 colégios e seminários. “Talvez a Companhia tenha sido a mais 
importante, mas tivemos outras ordens religiosas operando no ensino brasileiro”, 
lembra Rosa Fátima de Souza, professora da Universidade Estadual Paulista 
(Unesp) em Araraquara. " 
Em 1750, ano da assinatura do Tratado de Madrid entre Portugal e Espanha, a 
até então confortável situação da Companhia de Jesus no Brasil começou a se 
deteriorar. Nove anos depois, ocorreua expulsão desta ordem religiosa das 
terras brasileiras. A educação jesuítica guarda poucas semelhanças com o que 
vemos hoje em dia nas escolas. O legado deixado pelos soldados de Cristo, 
porém, ainda é muito debatido na academia. Afinal, eles foram os predadores ou 
construtores da cultura? 
A expulsão dos jesuítas, comandada pelo então primeiro-ministro de Portugal, 
Marquês do Pombal, significou uma remodelação total do sistema de ensino 
brasileiro. Por ordem do Estado, os jesuítas tiveram seus livros e manuscritos 
destruídos pelos portugueses, e a religião foi deixada de lado nos currículos. 
Tratava-se de uma tentativa de introduzir matérias mais práticas no dia a dia 
escolar. Entre a expulsão dos jesuítas e a organização de um novo modelo no 
Brasil, no entanto, o país amargou um hiato de cerca de dez anos sem uma 
escola estruturada. 
Influenciado pelos ideais iluministas, Pombal tinha convicção de que era preciso 
modificar a educação no Brasil. E isso ocorre formalmente em 1772, com a 
chamada reforma pombalina. Após a instauração dessas mudanças, o Brasil dá 
seus primeiros passos na criação de um ensino público. A desestruturação da 
escola jesuíta, porém, fez com que os índios perdessem espaço no sistema de 
ensino. Por outro lado, a reorganização tornou o professor uma figura central do 
processo educacional. Neste período, foram criadas as aulas régias, ministradas 
por docentes concursados, que eram funcionários do Estado. “Portugal foi 
pioneiro na Europa em criar um ensino público. Era a própria monarquia que 
pagava o professor. Foram criadas poucas escolas, mas temos nessa época o 
nascimento dessa semente”. 
Curiosamente, as aulas régias eram realizadas nas casas dos próprios 
professores. Essa pulverização dos locais de ensino foi uma das principais 
dificuldades enfrentadas pelo governo português, que, além de não conseguir 
dar conta da formação de professores - uma carência histórica no país -, deixou 
vários jovens sem acesso às aulas. Não havia, também, uma sistematização da 
idade escolar. Eram atendidas crianças a partir dos sete anos, mas não existia 
um limite estabelecido para o tempo de estudo. Ainda há muito o que se 
pesquisar sobre este período, mas o que se tem de documentação histórica 
mostra que o alcance do ensino após as reformas pombalinas foi menor do que 
as práticas estruturadas pela Companhia de Jesus, cujo trabalho se espalhou 
por quase todo o país. 
Um dos momentos mais importantes da história da educação no Brasil ocorre 
com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, fugida da Europa por conta 
da invasão napoleônica a Portugal. Em um dos navios vindos da Europa, 
desembarcaram no Rio de Janeiro cerca de 60 mil livros que, mais tarde, dariam 
origem à Biblioteca Nacional, na própria capital carioca. A presença da coroa 
portuguesa impulsionou alguns investimentos na área da educação, aportes que 
culminaram na criação das primeiras escolas de ensino superior. Estes locais 
tinham como foco, exclusivamente, preparar academicamente os filhos da 
nobreza portuguesa e da aristocracia brasileira. 
Na Bahia, os primeiros cursos criados foram nas áreas de Medicina e Economia. 
Em 1818, em Salvador, também foi criado o curso de Desenho Industrial. No Rio 
de Janeiro, além do curso de Medicina, foram abertos locais onde eram 
ensinadas práticas de agricultura e química. Inicialmente, apenas nesses dois 
estados as escolas de ensino superior foram instaladas. 
Apesar de o país ter se tornado independente em 1822, a educação, durante o 
período Imperial, não contabilizou muitos avanços práticos. A gratuidade do 
ensino, estabelecida por determinação da corte portuguesa, não representou, de 
fato, investimentos em construção de escolas com espaços físicos adequados, 
muito menos contratação de professores bem formados e uso de métodos e 
materiais didáticos aprofundados. A falta de prioridade do investimento em 
educação prejudicou de forma mais significativa as classes populares do país. 
Os filhos das famílias mais ricas, por outro lado, tinham acesso facilitado ao 
colégio, e poderiam cursar universidades em Portugal. 
 
 
A Educação vira lei 
Em 1827, foi sancionada a primeira lei brasileira que tratava exclusivamente da 
educação. O texto, em seu artigo 1º, afirmava que “Em todas as cidades, vilas e 
lugares mais populosos, haverá as escolas de primeiras letras que forem 
necessárias”. A nova regra também foi um marco para as garotas, que passaram 
a se misturar aos meninos nas escolas de letras do Estado. Não havia, ainda, 
uma duração de tempo definida para o ensino primário, mas a lei foi o início de 
uma nova forma de organizar o ensino brasileiro. 
No artigo 6º, a lei versava sobre as matérias que os professores deveriam 
ensinar em sala de aula. Constava do texto da lei o ensino da leitura, da escrita 
e da matemática, além princípios de moral cristã da religião católica e da história 
do Brasil. No mesmo texto, estranhamente, havia a previsão de que os 
professores considerados pouco qualificados para lecionar deveriam 
complementar a sua formação de forma individual - o Estado não bancaria a 
capacitação do docente. Neste ponto, o governo se isentou de investir e 
direcionar a capacitação dos profissionais de ensino - sendo que ainda 
predominavam os professores régios no país, decorrentes da reforma pombalina 
do século 18. 
Só depois de alguns anos que a preocupação com a formação do professor 
voltou a se tornar uma prioridade. Os concursos para contratação de professores 
públicos avaliavam, como critério mais importante do que a formação formal, o 
nível de conhecimento sobre os assuntos de sala de aula. Em 1834, o governo 
monárquico inaugurou a primeira escola de formação de professores, a Escola 
Normal de Niterói. Durante os primeiros 50 anos de funcionamento, as escolas 
normais eram frequentadas quase que exclusivamente por homens. 
Durante o período regencial, ocorreu uma reforma na Constituição que dura até 
hoje. No chamado Ato Adicional, instituído pelo governo, foi definido que o ensino 
elementar, o secundário e a formação de professores seriam de 
responsabilidade das províncias, e o ensino superior ficaria sob o guarda-chuva 
do poder central. Com isso, foi fortalecida a descentralização do ensino, com 
consequências negativas para a organização da educação no país. 
Efervescência de pensamento 
Após a proclamação da República, algumas reformas pontuais foram realizadas. 
A primeira delas foi do ministro da Instrução, Benjamin Constant, realizada em 
1890, com foco no ensino superior. As escolas de base, no entanto, não 
entraram nas prioridades dos primeiros governos republicanos. Uma das 
heranças do período imperial brasileiro na Constituição Republicana de 1891 foi 
a manutenção da dualidade do sistema escolar: boas e poucas escolas para as 
elites e escolas de qualidade duvidosa para os demais. Basicamente, as escolas 
mantidas pelo governo federal eram destinadas aos mais ricos. Sobravam para 
as camadas mais pobres os colégios do sistema estadual, que, mesmo com um 
investimento maior após a lei republicana, eram locais com estrutura carente e 
composto por professores de baixa qualificação. 
A tentativa de mudar essa realidade teve maior impulso a partir da década de 
1920. O movimento da Escola Nova ganhou força no ambiente educacional, que 
sofreu reformas estaduais inspiradas nas ideais escola novistas. Nomes como o 
do educador Anísio Teixeira despontaram como lideranças do movimento. A 
Escola Nova, no Brasil, ficou marcada pela tentativa de tornar a educação mais 
inclusiva e adotar um modelo mais moderno de ensino, voltado para uma 
educação prática da vida, tendo como base as ideias do filósofo americano John 
Dewey. 
O modelo de escolas parque, por exemplo, implantado na Bahia e no Distrito 
Federal, embora tenha fracassado, foi um produto das ideias da Escola Nova. 
“Alguns estados conseguem se desenvolver mais, como Minas Gerais, São 
Paulo, Rio de Janeiroe Rio Grande do Sul, mas em toda parte vemos esse 
esforço”, diz Rosa Fátima. Neste período, mesmo que com caráter privado, 
inicia-se uma preocupação com a educação infantil. 
Ainda na década de 1920, é fundada a Associação Brasileira de Educação 
(ABE), criada por Heitor Lira. A entidade tinha a função era promover os 
primeiros grandes debates sobre a educação em nosso país. Apesar dos 
esforços para tentar avançar na implantação de um sistema educacional 
consistente, o analfabetismo entre jovens e adultos, um problema de âmbito 
nacional, continua assolando a sociedade. De acordo com o IBGE, a taxa de 
analfabetismo na década de 1920, para pessoas a partir dos 15 anos, era de 
65%. O percentual só foi baixar da metade da população na década de 1940, 
quando caiu para 40%, o que representava cerca de 15 milhões de pessoas. 
Escolas profissionalizantes e a LDB 
Com o golpe de 1930, alguns nomes de projeção na educação da década 
anterior ocuparam posições de destaque no cenário educacional. É no governo 
ditatorial de Getúlio Vargas que, apesar do controle ideológico que havia nas 
salas de aula, inicia-se um movimento em direção à criação de um sistema 
organizado de ensino. Uma das primeiras iniciativas do governo foi a criação do 
Ministério da Educação - ocupado primeiramente por Francisco Campos - e das 
secretarias estaduais de Educação. 
A Constituição de 1934 foi a primeira a incluir em seu texto um capítulo inteiro 
sobre a educação. Fruto da forte centralização nacional que marcou o período 
varguista, o sistema educacional seguia as orientações e determinações do 
governo federal. A autonomia dos Estados era bastante limitada e regulada. Em 
1942, foi regulamentado o ensino industrial. No mesmo ano, surgem as escolas 
do SENAI, direcionadas, especialmente, às camadas mais pobres da 
população. 
Mas foi só após o governo varguista que a educação apareceu na Constituição 
como “um direito de todos”. No fim da década de 1940, as escolas secundárias 
têm forte expansão e, aos poucos, vão perdendo seu caráter elitista, embora o 
acesso ainda não fosse de todos. Segundo dados do Serviço de Estatística do 
Ministério da Educação e Cultura, em 1940, eram 155 mil frequentadores dessa 
etapa escolar. Dez anos depois, o número sobre para 365 mil. No ensino 
profissionalizante, também, a quantidade de alunos mais que dobra. É nesta 
época, inclusive, que as ideia do pedagogo pernambucano Paulo Freire ganham 
repercussão nacional, em especial seus métodos de alfabetização e de 
educação da população carente. 
 
 
 
Capa de livro de História usado pelo Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 
1945 
Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). 
Histórico, o documento institui um núcleo de disciplinas comuns a todos os 
ramos. Mas é na segunda versão da LDB, porém, que se torna possível enxergar 
um sistema de ensino mais parecido com o atual. “Outra questão é que, neste 
período, cresce a participação das mulheres no ensino público; a divisão entre 
os sexos fica quase metade a metade”, compara a professora. Neste documento, 
de 1971, fica obrigatória a conclusão do primário, fixado em oito anos, e passam 
a ser utilizados os termos 1º grau e 2º grau - nesta segunda fase escolar, 
procura-se imprimir um caráter mais técnico, por preferência dos militares que 
comandavam o país. Essa ideia prevalece até 1982. 
Essa estrutura permanece até LDB de 1996, quando entra em vigor a 
denominação de Ensino Fundamental e Ensino Médio. A mudança ocorrida 
naquele ano incluiu ambos os períodos como etapas da educação básica, e 
integrou, oficialmente, a educação infantil, que ganhou mais relevância no 
cenário nacional. 
Apesar da construção educacional brasileira ter uma trajetória de quase 500 
anos, o país ainda enfrenta gargalos na área. E o analfabetismo é um deles. O 
Plano Nacional de Educação (PNE), por exemplo, estabelece que o problema 
deve ser erradicado até 2025. Números do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), porém, são desanimadores. Em 2017, foram computados 12 
milhões de analfabetos, o que representa 7,2% da população adulta - o mesmo 
PNE, inclusive, estabeleceu uma meta de 6,5% até 2015. 
Embora o Ensino Fundamental esteja praticamente universalizado no Brasil, o 
acesso à educação para crianças entre 4 e 5, que se tornou obrigatório, é de 
90%. O dado é ainda pior nas faixas entre 15 e 17 anos, cuja taxa de 
escolarização é de 87,2%. “A valorização do magistério e as condições de 
estrutura das escolas são exemplos de coisas que avançamos pouco. Temos 
escolas ótimas, mas em várias regiões do país há uma precariedade absurda. A 
valorização do professor é um problema secular no Brasil, o que faz da qualidade 
do ensino, desde a educação infantil, nosso maior gargalo. 
A problematização a respeito do papel do ensino de História, principalmente, em 
relação às profundas transformações sociais e econômicas da sociedade 
contemporânea, é a de que a partir da constituição da práxis pedagógica, a 
construção do conhecimento escolar deve transparecer o seu sentido aos 
estudantes, de forma que os mesmos se percebam enquanto sujeitos no 
processo histórico, agentes da ação cultural e do pleno exercício da cidadania. 
Não há como contribui o papel da disciplina de História, como alicerce para a 
construção da cidadania e para a formação de consciências críticas. Ou História 
como uma disciplina que se dispõe a conhecer o passado e ponto final. 
 Ao se almejar que um ensino de História que promova criticidade e reflexão; 
este deve proporcionar aos alunos o olhar e a percepção do seu entorno, 
permeado pelas suas contradições e possibilidades, construindo e criando 
outros olhares para o entendimento da historicidade das problemáticas sociais, 
nas comunidades, nas quais estão inseridos, constituindo-se como construtores 
da consciência histórica. 
Formar espírito crítico não quer dizer incentivar os alunos a tomarem posições 
extremadas, mas capacitá-los a diferenciar as diversas linhas e correntes de 
interpretações que podem ser atribuídas aos fatos históricos de acordo com seus 
contextos, a partir de então, possibilitar aos alunos realizar suas escolhas 
sociais, econômicas, culturais e políticas. 
Vejamos dois livros didáticos de História; um utilizado na década 
de 80 e outro utilizado hoje no ensino fundamental. 
 
 
O livro didático e outros recursos de aprendizagem da disciplina de história na 
década de 1980, era voltada aos acontecimentos do passado, onde enfatizava 
as datas comemorativas, dia da Pátria, grandes heróis, apenas foca nas mesmas 
leituras, atividades copiadas dos livros didáticos. 
A ciência história era considerada como um ensino "decoreba", pois no contexto 
escolar o aluno não tinha autonomia de questionar sobre os conteúdos que 
direcionavam a sua concepção sobre os acontecimentos e os métodos de ensino 
então aplicados nas aulas de História eram baseados na memorização e na 
repetição oral dos textos escritos”. O diferencial no ensino de história está na 
prática pedagógica que possibilite ao aluno a compreensão da história como uma 
construção de múltiplas leituras e interpretações, fazendo um link entre fatos do 
passado com situações do presente. Compete ao professor explorar a 
diversidade de ações, os múltiplos sujeitos, as mudanças e permanências, as 
diferenças e desigualdades que permeiam a sociedade brasileira, assim como 
as distintas visões sobre os acontecimentos históricos. 
O estudo da história nos anos iniciais passa por distintas fases e experiências, 
mas todas devem aguçar as ideias, os diálogos, os debates, as discussões, 
despertando a escrita da criança e, principalmente, a construção do pensar 
historicamente. 
 Se a história se faz em todos os lugares, também se ensina e se aprende em 
todos os lugares. Os alunos e professores são fundamentais na aula de história 
e até mesmo no ambiente escolar, poisé na escola que despertamos a criança 
cidadã. 
O ensino de história deve desenvolver suas atividades, buscando ampliar a 
construção do conhecimento através do uso de distintas fontes como a literatura, 
artes, atividades de análise comparativa, leitura de distintas narrativas históricas. 
O livro didático no ensino de história é um material que dá apoio no 
desenvolvimento dos trabalhos em sala de aula por ser um dos principais 
materiais distribuídos pelo Ministério da Educação - MEC, de forma gratuita para 
as turmas do ensino fundamental. 
 Não é único subsidio didático para ser usado em sala de aula, porém, continua 
muitas vezes sendo o mais usado pelos docentes pela ausência de outros 
materiais ou pela falta de tempo e ou interesse em buscar recursos e subsídios 
novos para suas aulas. 
Porém, não podemos esquecer que tais conteúdos são gerais para todas as 
regiões do Brasil, desta forma defende-se que se faça uma contextualização e 
problematização dos conteúdos de acordo com a realidade que o mesmo está 
sendo trabalhado, para que a criança possa compreender as relações da sua 
vida, do seu lugar, da sua história com os chamados conteúdos históricos, ou 
seja, que consiga fazer uma leitura crítica e significativa dos processos 
históricos. 
 
 
O conteúdo dos livros didáticos de História ao serem preparados pelo professor 
como tema de sua aula, necessitam dar significado ao processo de ensino da 
criança, levando-os a perceberem as relações do cotidiano com os processos 
históricos em estudos, possibilitando entender a relação do presente/passado. 
Significando experiências em tempos e espaços distintos. 
 O livro de História estabelece a interação de dimensões diferentes (local, 
regional), o conteúdo ali presente deve levar a criança a desenvolver e 
compreender interpretações históricas através de momentos de investigação, 
pesquisa, conversa, diálogo, analise de registros documentais, fotografias, 
objetos, roupas, elementos que evidenciem as experiências vividas por homens 
e mulheres nos diversos tempos e espaços (CAIMI, 2010). 
O fato é que os livros didáticos nem sempre são produzidos contemplando as 
especificidades dos estudantes e nem dos professores, a adaptação é parte 
criativa de cada educador nos anos iniciais. Nesse sentido vale a ousadia, a 
inovação, a articulação pedagógica entre os docentes e discentes, o 
planejamento interdisciplinar, organizando o planejamento metodológico dentro 
da ligação de disciplinas, com o objetivo de envolvê-las através de suas 
estratégias pedagógicas, de forma que venham promover o processo educativo 
de qualidade 
Por tanto, o livro didático no Ensino de História é o material primordial que dá 
apoio aos professores no momento de ministrar suas aulas, ressaltando que não 
é único meio existente para ensinar em sala, mas continua sendo o principal em 
uso pelo professor no contexto escolar. 
Alguns Professores têm iniciativa e preocupação em executar um fazer 
pedagógico diferenciado, buscam usar material distinto articulado com o livro 
didático buscando transformar o conhecimento do aluno, pela criatividade, 
inovação e utilização recursos que envolvam pesquisa e articulação com a 
história local. 
 Defendemos que o livro didático de história deve ser usado de forma articulado 
com outros recursos didáticos como; figuras, vídeos, retratos de família, que 
podem auxiliar no aprendizado do aluno, pois o mesmo é um dos subsídios mais 
utilizada pelo professor em sala de aula. O essencial seria ter o livro como 
material colaborativo para articular possibilidades de desenvolvimento do 
pensamento histórico, o trabalho com os conteúdos históricos capazes de 
desenvolver uma compreensão crítica da Histórica pelos discentes. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
A educação dos índios, em especial da tribo curumim, era uma tarefa 
encampada pelo padre José de Anchieta, homem considerado um dos mais 
atuantes pedagogos da Companhia de Jesus. Para educar os indígenas, 
Anchieta lançava mão de recursos ainda atuais em algumas escolas brasileiras, 
como o teatro, a música e a poesia. Por causa de sua obra preservada, 
especialmente as cartas em que documentava as rotinas escolares, Anchieta 
pode ser apontado como um dos nomes de maior destaque da história da 
educação brasileira. " 
O estudo mostra que a Educação do Brasil e no mundo é de suma importância 
para ajudar a compreender o modelo educacional que possuímos hoje, entender 
os possíveis erros que ocorreram de forma que possamos preveni-los e evitá-
los. 
Trata da História e sua contribuição para a formação do cidadão da relação entre 
a disciplina escolar e o livro didático de História. Parte do pressuposto de que 
para analisar a história do ensino de história é importante considerar as teorias 
e métodos historiográficos e as concepções pedagógicas da época. Aborda as 
reformas educacionais que estabeleceram a matéria de história como disciplina 
escolar nos currículos brasileiros e as alterações nos manuais de história, 
especialmente aqueles avaliados pelo Programa Nacional de Livro Didático - 
PNLD nos últimos 15 anos. 
O ensino de História ainda tem um longo caminho a percorrer no que diz respeito 
à História ensinada, trabalhada, concebida no interior das nossas escolas. Ao 
professor cabe o papel de responsável pela intermediação entre o aluno e a 
produção do conhecimento histórico; ao aluno cabe o papel de sujeito do seu 
próprio conhecimento e do conhecimento histórico. 
Nosso aluno, hoje, tem acesso a uma avalanche de informações que chega até 
ele através de diferentes mídias, mas informação por si só não significa 
conhecimento. A informação só se transforma em conhecimento quando 
organizada, sistematizada. Nesse sentido cabe ao professor fazer a 
intermediação entre informação e conhecimento 
Cabe também ao professor utilizar em sala de aula documentos históricos, 
tecnologias de linguagens diversificadas, valorizando o saber do aluno e 
utilizando conceitos e práticas que possibilitem ao aluno produzir e aprender 
conhecimentos 
Então, acredita-se que o ensino de História deve estar comprometido com a 
justiça social, com a igualdade de direitos, com a possibilidade de mudanças na 
sociedade, oportunizando aos alunos da classe trabalhadora a luta por um 
espaço no mundo contemporâneo no qual estamos inseridos. Nesse contexto, o 
papel do professor de História é fundamental, exigindo dos profissionais que 
atuam em sala de aula, conhecimento, planejamento, dedicação e compromisso 
político com o conhecimento. 
Por tanto, para se compreender o presente e planejar o futuro é necessário 
entender o passado, que neste caso é a história da educação. 
O resultado do hoje é a consequência do ontem, ou a escolha de ontem reflete 
no seu dia hoje. Dentro destas frases é notório a ligação que a atualidade tem 
com o passado, e é a partir deste aspecto que o texto busca abarcar a 
importância do contexto histórico para a realidade brasileira. O conteúdo aqui 
redigido visa comparar a educação feminina oitocentista com dias atuais. 
 
 
 
Referências: 
https://jus.com.br/artigos/72147/historia-e-sua-contribuicao-para-a-formacao-
do-cidadao 
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-
uma-longa-jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/ 
file:///C:/Users/Daniela/Downloads/3612-Texto%20do%20artigo-9717-1-10-
20170629.pdf 
https://www.webartigos.com/artigos/historia-da-educacao-uma-breve-
analise/54284/ 
https://www.brasilescola.com/educacao/

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