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Andressa Marques – Medicina UFR →Arbovírus – gênero flavivirus; 2 linhagens – asiática e africana; →Principais modos de transmissão – vetorial – Aedes (aegypti e albopictus) e via transplacentária; pode ser transmitido via sexual tb. SINAIS E SINTOMAS →80% dos infectados são assintomáticos; →Febre baixa (quando presente!). →Exantema difuso podendo ou não ser pruriginoso, dor muscular leve com artralgia e edema articular de leve a moderada intensidade. →Formas graves são raras, porém descrito SGB e ADEM; Artrogripose: enrijecimento das articulações – o vírus ataca o córtex motor gerando esse quadro. →Hidrocefalia NÃO É ACHADO COMUM! Microcefalia →2 desvios padrões abaixo da média para IG e sexo →Menos 3 DP = microcefalia grave! RN a termo (> ou = 37 semanas) →curva da OMS RN pré termo (< 37 semanas) → Intergrowth Fazer a medida após 24 horas de vida pois pode haver confusão quanto ao quadro de cavalgamento que pode ser um achado normal. →OBS: as manifestações a nível de SN se dão em função da capacidade do vírus de cruzar a “barreira” placentária e invadir os neurônios primitivos → bloqueiam migração e diferenciação de cels Andressa Marques – Medicina UFR DIAGNÓSTICO →Até 5 a 7 dias após o surgimento dos sintomas, é possível fazer a detecção do RNA viral por meio da RT-PCR; após esse período só se pode realizar sorologia (ELISA), e essa é uma medida indireta, pois só vai mostrar anticorpos (IgM e IgG). EM CASOS DE RN EXPOSTO AO ZIKA OBS: homens podem ter o vírus presente no sêmen por até 6 meses e mulheres podem tê- lo nas secreções vaginais por até 2 meses, logo, esperar passar desse período para engravidar sem riscos. O diagnóstico diferencial deve ser feito com relação a dengue, febre amarela e Chikungunya. Andressa Marques – Medicina UFR →Infecção causada pelo Toxoplasma gondii – protozoário intracelular obrigatório. →Apresenta 3 ciclos evolutivos, sendo que os taquizoítos são os únicos capazes de atravessar a placenta e infectar o feto. →No Brasil, 50% a 80% das gestantes e mulheres em idade fértil já foram infectadas e 4% a 5% correm risco de se infectar durante a gestação e cerca de 40% das gestantes infectadas transmitirão a doença para o feto se não forem tratadas adequadamente. →Riscos de transmissão e sequelas conforme o período de gestação: • primeiro trimestre: 15% – repercussões graves no concepto, óbito fetal ou neonatal, sequelas importantes; • segundo trimestre: 25% – manifestações subclínicas; • terceiro trimestre: 65% – manifestações subclínicas e mais raramente um quadro grave de parasitemia. →Cerca de 70-85% dos RN são assintomáticos ao nascimento ou não apresentam sinais evidentes. →Mas, podem também cursar com: Coriorretinite Calcificações intracraniana Hidrocefalia Hepatoesplenomegalia Citopenias Linfadenopatia Icterícia (por elevação de BD) Pneumonite →Miocardite # TÉTRADE DE SABIN CALCIFICAÇÕES INTRACRANIANAS DIFUSAS CORIORRETINITE HIDROCEFALIA OU MICROCEFALIA RETARDO MENTAL #A transmissão ocorre principalmente por via oral, através da ingestão de cistos teciduais do parasita presente em carne animal e de oocistos eliminados nas fezes de felinos (principalmente); e por via transplacentária, acarretando na toxoplasmose congênita. →Acarreta em elevadas frequências de prematuridade, retardo de crescimento intrauterino, anormalidades liquóricas e cicatrizes de coriorretinite; →Quando não tratados, aproximadamente 85% dos recém-nascidos com infecção assintomática apresentarão sequelas tardias; →85% cicatrizes de coriorretinite, 50% - anormalidades neurológicas. →Diagnóstico por método indireto: sorologia para detecção de IgG, IgM, IgA e determinação da avidez de IgG. →Diagnóstico por métodos diretos: técnicas moleculares de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR e PCR em tempo real), por isolamento (cultivos celulares e inoculação em camundongos e histológico ou imunohistológico). Andressa Marques – Medicina UFR DIAGNÓSTICO da gestante Ministério da saúde → colher sorologia IgM e IgG da mãe no primeiro trimestre. TRATAMENTO →Tratamento da mãe quando não há confirmação de infecção fetal: ESPIRAMICINA, VO, até o termo. →Tratamento da mãe quando há confirmação de infecção fetal: SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLÍNICO, VO, até o termo. →Tratamento do RN: SULFADIAZINA por 12 meses. PIRIMETAMINA por 12 meses. ÁCIDO FOLÍNICO (enquanto estiver em uso de pirimetamina) Glicocorticoide (se houver lesão ocular ou ptn no líquor > 1000 mg/dL - prednisona ou prednisolona, que deve ser mantida até que ocorra melhora do quadro) DIAGNÓSTICO do RN → IgM (ou IGA) positivo no RN são indicativos de toxoplasmose congênita (ELISA 75% RIF 25% sensibilidade); → A sensibilidade diminui ao nascer quando a mãe recebeu tratamento para toxoplasmose; → Na ausência de IgM e/ou IgA ao nascer/primeiros meses, acompanhamento periódico dos títulos de IgG Antitoxoplasma (1,2,3,5,8,12meses); → Crianças cujas mães apresentaram PCR positiva para toxoplasmose no líquido amniótico Andressa Marques – Medicina UFR →Infecção causada por um vírus de RNA, que possui envelope lipídico, é do gênero Rubivirus e família Togaviridae; →Tem o homem como único hospedeiro; →É rara em países desenvolvidos, em razão dos programas de imunização existentes. →Síndrome da rubéola congênita (SRC): refere- se à variedade de defeitos presentes em neonatos filhos de mães que apresentaram infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação. →Infecção congênita da rubéola: engloba todos os eventos associados à infecção intrauterina pelo vírus da rubéola (abortos, natimortos, combinação de defeitos e a infecção assintomática); QUADRO CLÍNICO DA SRC →Tríade clássica: catarata, defeitos cardíacos e surdez neurossensorial TRANSMISSÃO MATERNO-FETAL →Ocorre via placenta, cerca de 5 a 7 dias após a inoculação materna. →O risco de ocorrer essa transmissão é maior nas primeiras 10 semanas de gestação. IMPORTANTE! →Diferenciar infecção primária de reinfecção; • IgM mais baixo na reinfecção; • Na presença de infecção primária monitorar rigorosamente RN – risco SRC →Avaliar situação vacinal da mãe; →Realizar exame físico detalhado do RN; →Triagem auditiva, oftalmológica e cardiológica; • Sinais de alerta: 1. ausência de reflexo vermelho na avaliação oftalmológica; 2. suspeita de deficiência auditiva no teste da orelhinha; 3. Sudorese, taquicardia, palpitações e alterações da cor da pele – cardiopatia (fazer teste do coraçãozinho) INFECÇÃO POR RUBÉOLA NA GESTÇÃO • Transmissão respiratória gestante susceptível; • Presença de viremia 7 a 9 dias após o contato inicial, com pico entre 10 e 17 dias antes do rash; • Rash 16 a 18 dias após a exposição; • Transmissão ocorre 5 dias antes até 7 dias depois do Rash; →Genótipos diferentes I e II com + de 50 tipos, porém com imunidade cruzada e duradoura Andressa Marques – Medicina UFR DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO →Elevação de IgG 15 dias antes do rash, com pico após 15 a 30 dias e após queda, porém mantém títulos; →IgM somente 5 a 15 dias após o rash com pico aos 20 dias e queda e declínio rápido. Desaparece após 50 a 70 dias • Atenção: reações cruzadas com o IgM EBV, CMV, PVB19 (falso +) →A pesquisa de anticorpos IgM e IgG deve ser feita até 1 ano de vida. →A detecção de anticorpos IgM no sangue do cordão umbilical indica infecção recente pelo vírus da rubéola. →Níveis de IgG mais elevados que o materno ou persistentemente altos também confirmam infecção congênita pelo vírus da rubéola. Outros diagnósticos: •PCR: o vírus da rubéola pode ser detectado por meio da PCR, pela identificação do RNA viral. Pode ser pesquisado em vários líquidos orgânicos, como secreções da orofaringe, respiratórias, líquido amniótico, urina e liquor; • isolamento viral: o vírus da rubéola pode ser isolado a partir de secreções da orofaringe ou ser cultivado em amostras de sangue periférico, placenta, urina e liquor. TRATAMENTO →Não existe tratamento específico; →Logo, o “tratamento” irá consistir em oferecer o suporte necessário a depender de cada manifestação e encaminhar para os especialistas necessários (otorrinolaringologista, oftalmologista, cardiologista...) PREVENÇÃO → melhor tratamento! • Vacinação: única forma de prevenir a rubéola. TODAS as mulheres em idade fértil ou que pretendam engravidar devem se vacinar. • isolamento: gestantes devem ser afastadas de pessoas com suspeita de rubéola. Na ocorrência de contato com caso confirmado, devem ser avaliadas sorologicamente e acompanhadas. Recém-nascidos portadores de SRC, quando internados, devem ser colocados em isolamento de contato. • FETAL- LA, cordocentese, biópsia de vilo coriônico; 1. Detecção de IgM; 2. PCR ou isolamento viral; • No RN 1. isolamento viral a partir de secreções respiratórias; 2. IgM ou IgA em sg do cordão ou do RN; 3. Persistência e/ou elevação IgG 3 a 6 meses de idade. AVALIAÇÃO GERAL →Hemograma completo, testes de função hepática, radiografia de ossos longos, fundoscopia, audiometria, neuroimagem (ultrassonografia de crânio, TC de crânio), estudo do líquor, ecocardiograma (em recém-nascidos que apresentem alterações na ausculta cardíaca). resumindo Seguimento a longo prazo é fundamental - risco de manifestações tardias! Andressa Marques – Medicina UFR →Também é chamado de herpesvírus tipo 5 (HHV-5) é o maior membro da família Herpesviridae, sendo altamente espécie- específico e adaptado no hospedeiro humano; →Vírus de DNA; →Tem o homem como o único hospedeiro; →Locais de viremia: saliva, sangue, urina, secreções respiratórias, cervicais, esperma, leite; →Causa importante de abortos e partos prematuros 0,2 a 2,6% de todos dos nascimentos; TRANSMISSÃO →Congênita ou intrauterina →Durante o parto (excreções cervicais) →Pós natal precoce (leite materno, transfusões de sangue de doadores soropositivos) Principais chances de transmissão vertical: 1. Primária materna: (40% a 50%) 2. Recorrência: reativação do vírus latente do hospedeiro imunodeprimido, reinfecção e infecções persistentes. (0,5% a 2%) →A prevenção é a medida principal, por meio dos bons hábitos de higiene pessoal. →A maioria das infecções serão assintomáticas ou causam doença leve, mas, no RN e imunodeprimidos pode causar doença grave, no entanto, a maioria dos RN tbm serão assintomáticos e de difícil identificação, o que eleva o risco de consequências tardias. →Dentre os assintomáticos ao nascimento, entre 5 e 15% podem ter anormalidades tardias, meses a anos após o nascimento, principalmente surdez neurossensorial, que pode ser bilateral em até 50% dos casos. →O RISCO DE DANOS AO CONCEPTO É MAIOR QUANDO A INFECÇÃO MATERNA SE DESENVOLVE NO PRIMEIRO TRIMESTRE OU NO INÍCIO DO SEGUNDO TRIMESTRE. Em caso de comprovação da infecção materna, avaliar o RN. Pode avaliar o feto por meio do PCR com o LA tb. (+ invasivo) DIAGNÓSTICO →Isolamento viral em cultura de fibroblastos humanos (padrão ouro) – urina e saliva – DEMORADO →Detecção do DNA viral pela Reação em Cadeira de Polimerase (PCR) – urina e saliva – método rápido e com sensibilidade e especificidade semelhantes à do isolamento →Testes sorológicos - IgM ANTI-CMV e IgG ANTI-CMV OBS: IgM (+) NO RN = confirmar através da sua presença na urina ou saliva/ IgM (–) NO RN: não exclui o diagnóstico. QUADRO CLÍNICO DO ACOMETIMENTO SISTÊMICO →CIUR →PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL →CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES →VENTRICULOMEGALIA →HIDROPSIA →PETÉQUIAS →RETINITE →HEPATOESPLENOMEGALIA →TROMBOCITOPENIA →LISENCEFALIA COM ATROFIA DO CÓRTEX CEREBRAL #PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: • SÍNDROME SEPSIS-LIKE; • ICTERÍCIA COLESTÁTICA; • ESPLENOMEGALIA ISOLADA; • PLAQUETOPENIA; • NEUTROPENIA; • PNEUMONITE. Andressa Marques – Medicina UFR SEGUIMENTO NOS QUADROS CONFIRMADOS →Avaliação clínica completa e detalhada; →Exames complementares: determinar extensão da doença e identificar potenciais alterações “subclínicas” nas assintomáticas; →Monitorizar audição até 2 anos de vida com EOA/ PEATE; →Neuroimagem: 1. USTF- inoquo, porém depende da habilidade técnica; 2. TC de crânio grande sensibilidade e fácil execução com resposta rápida, porém radiação elevada; 3. RNM- deve ser realizada nos RNs sintomáticos e naqueles com alteração de USTF TRATAMENTO →Tratamento de suporte sempre importante! →Ganciclovir 6mg/kg/dose de 12/12 h por 42 dias. → Deve ser iniciado no 1° mês de vida • Valganciclovir???----- em estudos pró droga 16mg/kg/dose 12/12 h permite via oral →Efeitos Colaterais: aplasia transitória de medula- pancitopenia importante/ lesão renal (monitorizar função renal semanal) #NT < 500 E PQT < 50MIL suspender temporariamente ganciclovir QUEM DEVE RECEBER TRATAMENTO?? →Sepsis-like sem comprometimento SNC: considerar tratamento; →RNs assintomáticos e oligossintomáticos: não tratar! →Presença de alterações neurológica e/ou perda auditiva neurossensorial em RNs com confirmação virológica da detecção do CMV nas primeiras 2 semanas: tratar! (melhora da lesão auditiva) E O ALEITAMENTO??? RECOMENDAÇÃO DA ANVISA: 1. Manter o aleitamento materno dos RNs com IG > 32 semanas ou a termo; 2. RNPT < 32 semanas ou com imunodeficiências por qualquer etiologia, filhos de nutrizes CMV+, devem: interromper temporariamente o aleitamento materno, mantendo-se a lactação com ordenhas regulares das mamas; receber LMOP ou LHBP. Andressa Marques – Medicina UFR →Vírus de DNA da família Herpesviridae; →HSV1 e HSV2 são os de + importância médica; →A infecção ocorre por meio da inoculação oral, genital, mucosa conjuntival ou pele com solução de continuidade. Daí infecta os nervos terminais de onde é transportado, via axônios, até as raízes ganglionares dorsais, onde permanece latente durante toda a vida do hospedeiro. →No estado de latência, esses vírus não são suscetíveis às drogas antivirais. TRANSMISSÃO FETAL 1. INTRAUTERINA – raro! 2. PERINATAL – 85% dos casos 3. PÓS NATAL – 10 % dos casos →Acredita-se que 90% a 95% dos casos de infecção herpética genital sejam causados pelo vírus herpes simples tipo 2 (VHS-2), sendo o restante devido ao VHS-1. #Transmissão do VHS-2 principal: contato sexual e transmissão vertical →Não confere imunidade duradoura ou permanente, podendo haver reinfecção ou reativação da doença em latência em função de alterações da imunidade. →Os herpes vírus, no geral, necessitam de tratamento mais prolongado para conter a replicação viral, todavia, a utilização do aciclovir como profilaxia visando à supressão da carga viral em longo prazo ainda não é consenso, mas como as recidivas podem levar ao acometimento do SNC, é importante tentar evita-las o que também terá impacto sobre o prognóstico. FATORES QUE AUMENTAM A CHANCE DE TV 1. Infecção primária; 2. baixa produção de anticorpos neutralizantes anti-HSV pela gestante; 3. ROPREMA (mais do que quatro horas) antes do parto; 4. Falta de integridade das barreiras mucocutâneas fetais; 5. Via de parto vaginal. SINTOMAS RN – variam conforme o momento da infecção. INFECÇÃO PERINATAL Doença localizada na pele, olhos e boca Doença do SNC Doença disseminada SINTOMAS MATERNOS →Infecção primária é assintomática em 80%dos casos. → Casos sintomáticos: cefaleia, mal-estar e parestesia da vulva e dos membros inferiores por 7 a 14 dias. →Em gestantes hígidas, existe uma cronologia de aparecimento das lesões: prurido, dor, vesícula, erosão, úlcera e formação de crostas INFECÇÃO INTRAÚTERO Confere alta morbimortalidade ao feto. Em infecções no primeiro trimestre pode levar a aborto, microcefalia, CIUR, herpes congênito, OF Muitos casos de doença mucocutânea apresentam lesão neurológica em longo prazo caracterizada por quadriplegia espástica, microcefalia e cegueira. Essas manifestações, de modo geral, se tornam aparente no final do primeiro ano de vida. RNs podem apresentar tríade típica com: comprometimento cutâneo, ocular, SNC congênitos Andressa Marques – Medicina UFR DIAGNÓSTICO →EXAMES COMPLEMENTARES ESPECÍFICOS: 1. Sorológicos: IgG e IgM para HSV, não auxilia no diagnóstico da doença neonatal para instituição do tratamento; 2. Culturas virais: definem o diagnóstico. Positividade em até 90% dos casos; 3. PCR - DNA viral: avanço no diagnóstico da doença; especificidade 100% sensibilidade 50 -60% no LQR; EXAMES COMPLEMENTARES/INESPECÍFICOS: 1. Liquor: pleocitose com LINFOMONO, glicorraquia baixa e proteína elevada. Pode ser hemorrágico devido à necrose hemorrágica; 2. RX tórax: padrão intersticial difuso/ pneumonite hemorrágica e efusão pleural; 3. EEG, RM ou TAC: atenuação do parênquima em áreas localizadas ou multifocal, atrofia cortical. Edema e hemorragia envolvendo as regiões temporal, frontal, parietal e subcortical; 4. HMG, TAP e TTPA e transaminases alteradas; #ATENÇÃO: Anemia, neutrofilia, neutropenia e plaquetopenia são as alterações mais frequentes encontradas no hemograma TRATAMENTO →Terapêutica inespecífica visando manter a homeostase; →Deve-se avaliar a presença de hipoxemia, distúrbios metabólicos, acidobásicos, hematológicos e corrigi-los prontamente; →Aciclovir na dose de 60mg/Kg/dia, ENDOVENOSO 8/8 H- 21 dias nas manifestações de doença disseminada e encefalite, e por 14 dias na doença mucocutânea. →Pacientes com envolvimento do SNC colher LQR e PCR HSV ao final do tratamento/ se positivo manter até resolução. →Aciclovir: quimioterápico nucleosídeo purínico de ação antiviral- necessita da enzima viral timidina-quinase para ativação. Inibe a polimerase viral, bloqueia a replicação do vírus. →Poucos EC: flebite e irritação, neutropenia, anemia, aumento das enzimas hepáticas, UR e CR MANEJO DO RN DE MÃES COM HERPES GENITAL #Gestante com lesão ativa genital por HSV, ou cultura positiva para HSV realizada no momento do nascimento por parto via vaginal ou cesariana com bolsa rota: 1. Isolar o RN de outros neonatos por 4 sem. Precaução de contato conjunta mãe/RN; 2. Observar rigorosamente o neonato por 4 semanas; 3. Orientar os pais quanto à possibilidade de sinais inespecíficos de herpes neonatal, retornar caso ocorram sintomas; 4. Obter culturas seriadas do RN exposto entre 24-48 horas após o parto por 4 semanas (olhos, orofaringe, nasofaringe, sangue, urina e lesões de pele suspeitas); 5. Se cultura positiva de qualquer sítio, repetir culturas acrescentando cultura e PCR do líquor e iniciar aciclovir. Andressa Marques – Medicina UFR TRASMISSÃO →Via sexual →Via vertical →Não existe vacina e a infecção não confere imunidade protetora! →IST de caráter sistêmico, curável e exclusiva do homem; →Causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria gram-negativa do grupo das espiroquetas; →Apresenta-se sob 2 formas clínicas: sífilis adquirida e sífilis congênita (SC). DIAGNÓSTICO DO RN →Combinação de avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial; →Realizar teste não treponêmico periférico da criança comparado com o da mãe. (mesmo teste na mãe e na criança para comparar); →Não se utiliza teste treponêmico até os 18 meses do baby; →NÃO pode utilizar sangue de cordão umbilical – pode dar falso positivo em função do sangue materno; →No teste não treponêmico, um título maior que o materno em pelo menos duas diluições (ex.: materno 1:4, RN maior ou igual a 1:16) é indicativo de infecção congênita – atenção: ausência desse achado não exclui infecção! DIAGNÓSTICO NA GESTAÇÃO Métodos diretos: →Exame em campo escuro; →Pesquisa direta com material corado. Testes imunológicos: →Não treponêmicos – detectam anticorpos não específicos: VDRL, RPR e TRUST →Treponêmicos – detectam anticorpos específicos – ELISA/EQL, Teste rápido (TR), FTA-Abs. →A transmissão ao feto é maior nos estágios primário e secundário da manifestação da doença, principalmente por via transplacentária. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SC SC PRECOCE - < de 2 anos de idade →Lesões cutâneas (pênfigo palmoplantar, condiloma plano); →Pseudoparalisia de Parrot (ou pseudoparalisia dos membros); →Coriorretinite (lesão em “sal e pimenta”); →Anemia, trombocitopenia etc. SC TARDIA - > 2 anos, com malformações e cicatrizes da precoce →Tíbia em lâmina de sabre →Articulações de Clutton →Nariz em sela →Dentes de Hutchinson - deformação dos dentes incisivos medianos superiores →Surdez →Dificuldade de aprendizagem MANEJO DO RN →É essencial garantir o seguimento de todas as crianças expostas à sífilis, excluída ou confirmada a doença em uma avaliação inicial, na perspectiva de que elas podem desenvolver sinais e sintomas mais tardios, independentemente da primeira avaliação e/ ou tratamento na maternidade. →Os com SC confirmada devem ser tratados e acompanhados até a cura! Sendo que, os testes sorológicos reagínicos devem ser verificados a cada 2 – 3 meses após o tratamento, até que sejam documentados dois títulos negativos com intervalo mínimo de 30 a 40 dias entre eles. Outras avaliações necessárias para a verificação da extensão do acometimento incluem exames oftalmológico (fundoscopia), neurológico e de acuidade auditiva periodicamente a cada seis meses e até os 2 anos (ou mais se necessário). Andressa Marques – Medicina UFR TRATAMENTO DA MÃE NA GESTAÇÃO →PENICILINA BENZANTINA – opção mais segura e eficaz →Na sua falta ou em casos de alergia, pode-se lançar mão da ceftriaxona, todavia, nesses casos será necessário notificar/investigar e tratar a criança para sífilis congênita. TRATAMENTO DO RN →PENICILINA BENZANTINA OU BENCILPENICILINA BENZANTINA – é o tratamento de escolha para o RN. →A penicilina procaína também pode ser uma opção, todavia, como é realizada com o bebê fora da unidade hospitalar e trata-se de um esquema terapêutica com 10 doses, sendo uma por dia, as chances de evasão da mãe são grandes, logo, opta-se pelo tratamento com a benzantina e com o rn ainda no hospital. →PENICILIA CRISTALINA OU POTÁSSICA OU BENCILPENICILINA CRISTALINA/POTÁSSICA – para o tratamento da neurossífilis (única opção para esses casos) #após a primeira dose de penicilina, a pessoa pode apresentar exacerbação das lesões cutâneas com eritema, dor ou prurido, as quais regridem espontaneamente após 12 a 24 horas, sem a necessidade da descontinuidade do tratamento. Pode apresentar tbm: febre, artralgia e mal-estar. (Essa reação, chamada de reação de Jarisch-Herxheimer, não configura alergia à penicilina e ocorre em resposta à grande quantidade de proteínas e outras estruturas liberadas na corrente sanguínea pelas espiroquetas mortas com a administração de penicilina. É mais comum em pessoas que recebem tratamento na fase secundária da sífilis.) – trata-se de um quadro autolimitado PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA →Ações para prevenção das ISTs no geral; →Realização da triagem sorológica no primeiro trimestre de gestação, com repetição no terceiro trimestre e no momento do parto. Andressa Marques – Medicina UFR DIAGNÓSTICODO RN MS recomenda primeira carga viral geralmente após 30 dias (em assintomáticos, mas, se tiver sintomas ao nascer a CV pode ser feita de imediato). Para o diagnóstico laboratorial da criança menor de 18 meses de vida, a primeira carga viral deve ser coletada com 4 a 6 semanas de vida. Caso a 1ª carga viral seja detectável, deve ser repetida o mais rápido; se a 2ª também for detectável, considera-se a criança como infectada pelo HIV. Se a 1ª for indetectável, realiza de novo no 4º mês, se for indetectável de novo aí considera não infectada. →É um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. PROFILAXIA DA TRASMISSÃO DO HIV VERTICAL →Orientar a gestante sobre a importância da testagem pré-natal e sobre os benefícios acerca do diagnóstico precoce (controle da CV e prevenção da TV). → Os testes rápidos para HIV são métodos preferenciais para diagnóstico, pois possibilitam início adequado da TARV e resposta virológica mais precoce. → A testagem laboratorial pode ser utilizada, desde que a entrega do resultado ocorra em tempo oportuno (até 14 dias). →Indica-se o tratamento da gestante com terapia antirretroviral combinada durante a gestação e a utilização de zidovudina (AZT), endovenosa (EV), com início ao menos 4 horas antes do parto. TRANSMISSÃO Intraútero – Periparto – responsável por 75% das infecções Pós parto → RN: Se a carga viral do HIV for detectável nas primeiras 48 horas de vida, indica-se que houve infecção intrauterina. →A transmissão no momento do parto é caracterizada quando, após um resultado indetectável da carga viral (< 50 cópias/ mL) na 1ª semana de vida, segue-se o encontro do vírus em exame realizado entre 7 e 90 dias de vida, em recém-nascidos não amamentados. DIAGNÓSTICO DA MÃE O nível da CV-HIV é um dos fatores mais importantes associados ao risco de transmissão vertical do HIV e auxilia no seguimento e na definição da via de parto. Durante o seguimento da gestante infectada pelo HIV, devem ser realizados pelo menos três exames de CV-HIV durante a gestação: 1. Na primeira consulta do pré-natal, para estabelecer a magnitude da viremia; 2. Duas a quatro semanas após a introdução da TARV, para avaliar a resposta ao tratamento; 3. A partir da 34ª semana, para indicação da via de parto. A contagem de LT-CD4+ deverá ser realizada na primeira consulta de pré-natal e pelo menos a cada três meses durante a gestação para gestantes em início de tratamento. →Para gestantes em seguimento clínico em uso de TARV, com CV-HIV indetectável, solicitar contagem de LTCD4+ juntamente com CV-HIV na primeira consulta e na 34ª semana. → Esta deve manter acompanhamento clínico segundo as recomendações do Ministério da Saúde e realizar a sorologia anti-HIV após 12 meses para documentar a “sororreversão” (perda dos anticorpos maternos). # AMAMENTAÇÃO É CONTRAINDICADA PARA TODAS AS MÃES HIV+ Andressa Marques – Medicina UFR AINDA SOBRE O DIAGNÓSTICO →O fluxograma ao lado é para adultos e não serve em caso de infecção aguda. →Caso tenha resultados reagentes em dois testes rápidos devem realizar imediatamente o exame de quantificação da carga viral, cujo resultado confirma a presença do vírus, e contagem de linfócitos T-CD4+. →A CV, quando igual ou superior a 5.000 cópias/mL (HECHT et al., 2002), confirma a infecção pelo HIV. →É importante que o primeiro TR (TR1) tenha sensibilidade equivalente ou superior ao segundo teste (TR2) e que o TR2 tenha especificidade igual ou superior ao TR1. Andressa Marques – Medicina UFR SEGUIMENTO COM A CRIANÇA EXPOSTA (PROPEDEUTICA E TERAPEUTICA) →Deverá ser atendida em Serviço de Assistência Especializada (SAE) em HIV/Aids, compartilhando o cuidado com a AB. →Recomenda-se inicias a ARV em todas as crianças menores de 12 meses, independentemente de sintomatologia clínica, classificação imunológica ou carga viral do HIV. →A resposta terapêutica aos antirretrovirais deve ser constantemente monitorada. ➢ Quimioprofilaxia do RN exposto ao HIV (condutas com o RN exposto ao HIV) →O RN deve receber AZT (azidotimidina) solução oral, preferencialmente ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras quatro horas após o nascimento, devendo ser mantido o tratamento durante as primeiras quatro semanas de vida. →Para mães com CV-HIV maior que 1.000 cópias/mL registrada no último trimestre ou com CV-HIV desconhecida, a NVP (Nevirapina) deverá ser acrescentada ao AZT, e deve ser iniciada até 48 horas após o nascimento. # classes/mecanismo de ação dos ARV Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa →Zidovudina (ZDV) = Azidotimidina (AZT) Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa →Nevirapina (NVP) Inibidores da protease Inibidores da fusão Inibidor da integrasse Andressa Marques – Medicina UFR Andressa Marques – Medicina UFR →O vírus da Hepatite B é o principal causador de hepatite crônica no mundo. TRANSMISSÃO VERTICAL →Mães positivas para HBsAg e HBeAg – conferem risco de infecção de 70% a 100%. HBeAg – indica que os vírus estão se replicando. →Mães com HBsAg + e HBeAg - → (5% a 30% de chance de infecção do bebê). →O risco da infecção fetal aumenta com a evolução da gestação. TRANSMISSÃO →VERTICAL – perinatal e intrauterina. A via perinatal (no parto), é responsável por 95% das contaminações verticais. →HORIZONTAL →SEXUAL →PERCUTÂNEA →HEMOTRANSFUSÃO →TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS →Sua presença representa um alto risco para desenvolvimento de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. →É uma infecção aguda que pode evoluir para cronicidade. →Possui altas taxas de morbimortalidade. No Brasil, tem-se uma prevalência de 2,4% de HBV nas gestantes. RASTREIO/VACINAÇÃO QUADRO CLÍNICO NO RN HBV adquirido por transmissão vertical →Geralmente assintomático até a vida adulta; →Na maioria dos casos de hepatocarcinoma o HBV foi adquirido por TV; →Infecção subclínica, com HBsAg + persistente e elevação de TGO/TGP; →Baixo peso ao nascer independentemente de estar infectado; →Raro HBV aguda, mas, nesses casos pode apresentar: icterícia, letargia, dificuldade para ganhar peso, distensão abdominal. →Infecção grave: hepatoesplenomegalia, ascite e aumento da bilirrubina direta. PREVENÇÃO DA TV →A imunoprofilaxia combinada de IGHAHB e vacina no RN exposto previne a transmissão perinatal da Hepatite B em mais de 90% dos RN. Andressa Marques – Medicina UFR TRATAMENTO EM CRIANÇAS COM HEPATITE B
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