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ATIVIDADE INTEGRADORA - Infecções congênitas

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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
PROBLEMA 4 – “DE ONDE VIERAM ESSAS DOENÇAS?” 
Ricardo Jorge, 36 anos, casado, pedreiro, apresentou tosse seca, dispneia aos esforços e febre diária há 03 semanas, 
o que o motivou procurar assistência médica onde recebeu tratamento sintomático. Negava hemotransfusões, uso de 
drogas ilícitas injetáveis e relações sexuais com parceiros do mesmo sexo, embora admitisse relações heterossexuais 
extraconjugais menos frequentes, sem o uso de preservativos. Quatro dias após, deu entrada na Emergência da UPA, 
febril, taquicárdico, taquidispneico, com cianose de extremidades. 
Estava consciente, porém desorientado e com dificuldade de interagir com o examinador. Apresentava ao exame físico: 
placas esbranquiçadas em região ventrolateral da língua e em mucosa oral; gânglios submandibulares aumentados, 
móveis e indolores; monoparesia do membro superior esquerdo com exacerbação dos reflexos miotáticos. O ritmo 
cardíaco era regular em 2 tempos, sem sopros; roncos e crepitações finas em hemitórax direito e esquerdo; abdome 
flácido sem visceromegalias. À radiografia de tórax, observou-se infiltrado intersticial difuso bilateral e à gasometria foi 
constatada hipoxemia com PaO2 = 60 mmHg. O hemograma mostrou diminuição do hematócrito e da hemoglobina. O 
exame de escarro estava negativo para bactérias (Gram e BAAR). Foram colhidas amostras de sangue para cultura, 
pesquisa de fungos e micobactérias. 
Logo após a admissão, apresentou episódio de crise convulsiva que cedeu com o uso de anticonvulsivante. A punção 
lombar revelou líquor límpido, sem alterações inflamatórias. A tomografia computadorizada de crânio mostrou lesões 
hipodensas com reforço de contraste (imagem em anel), em hemisfério cerebral direito. Havia área de necrose central 
com edema circunjacente. O valor da contagem de LT CD4+ no sangue periférico foi de 200/mm3. O esquema 
terapêutico de escolha para o paciente foi fluconazol, sulfametoxazol + trimetroprim, aliado a prescrição de 
corticosteroides. 
Ricardo Jorge foi pai há 3 meses de Carlos Eduardo, que também precisou ser levado ao pronto-socorro por apresentar 
febre, hepatoesplenomegalia e linfoadenopatia quando tinha um mês de vida. A mãe de Carlos Eduardo é Vanessa, 
24 anos, que não tinha planos de ter filhos. Fez somente 3 consultas de pré-natal, e em uma das consultas, o obstetra 
ao verificar um exame, prescreveu Espiramicina. Porém Vanessa não retornou às consultas, não fez uso da medicação 
e o parto foi domiciliar. 
Vanessa refere que sempre morou na zona rural onde convive com animais domésticos. Contou também que a 
alimentação da família é à base de arroz, feijão, farinha, verduras, carne de porco, carneiro e galinhas que são 
cultivados e criados na própria chácara. 
Ao exame do fundo do olho foi encontrado uma retinocoroidite focal necrotizante no polo posterior de ambos os olhos. 
Assim, foram solicitados exames sorológicos, Raio-X de crânio e tórax. Após a chegada dos exames, o caso de Carlos 
Eduardo foi discutido entre os residentes e o médico da enfermaria, sendo instituído o esquema terapêutico para o 
referido caso. 
 
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 
1. Discutir sobre as principais infecções congênitas (STORCH – Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e 
Herpes vírus). 
2. Explicar epidemiologia (no Brasil), mecanismos de transmissão e as Manifestações clínicas do HIV/AIDS. 
3. Conhecer as principais infecções oportunistas (Pneumocistose, Criptococose Extra pulmonar, Neurotoxoplasmose, 
Doença Citomegálica, Candidíase esofágica, Histoplasmose) que acometem o paciente com AIDS. 
4. Compreender o ciclo do HIV no organismo humano, tratamento inicial de escolha e efeitos colaterais dos principais 
antirretrovirais utilizados no tratamento do HIV. 
5. Conhecer a profilaxia pós exposição, bem como a profilaxia primária e secundária para as principais infecções 
oportunistas que ocorrem no paciente com AIDS. 
DISPARADORES: 
HIV 
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-
br/555/pdf/555/Infec%C3%A7%C3%A3o%20pelo%20v%C3%ADrus%20da%20imunodefici%C3%AAncia%20humana
%20%28HIV%29.pdf 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: 
– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com 
Infecções Sexualmente Transmissíveis. 2015 
– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia. Versão 1.3 22/01/2016. 
– Moroni, R et al. Infecção por vírus herpes simples / toxoplasmose na gestação: aspectos epidemiológicos, 
diagnósticos e profiláticos. FEMINA | Julho 2011 | vol 39 | nº 7 
– Veronesi, F. Tratado de Infectologia. 
– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. 
2015. 
– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Consulta Rápida, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da 
Infecção pelo HIV em Adultos. 2015 
 
2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
IRAT: 
Questão 01 
___________________________________ 
O citomegalovírus é a causa viral mais comum de 
infecção intrauterina em humanos. A sua 
transmissão vertical pode ocorrer durante o 
período intrauterino, intraparto e pós-natal precoce. 
Sobre o citomegalovírus, é correto afirmar: 
a) Quanto à apresentação clínica da infecção 
congênita, aproximadamente 50% dos neonatos 
infectados apresentam sinais clínicos e usualmente são 
reconhecidos como portadores de infecção. 
F - O citomegalovírus (CMV) é frequentemente isolado 
em neonatos. Embora a maioria dos lactentes que 
albergam o vírus seja assintomática, outros 
apresentam doenças com risco de vida e sequelas 
devastadoras a longo prazo. Cerca de 10% dos 
lactentes com CMV congênito são sintomáticos ao 
nascimento. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-
rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-
cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv 
b) A prevalência de infecção congênita por 
citomegalovírus varia de 0.2% a mais de 1%, sendo 
maior em populações com alta soro prevalência desse 
vírus. 
 
c) A letalidade, nessas crianças comprometidas pelo 
citomegalovírus, é de cerca de 40% ainda no período 
neonatal. 
F - Os neonatos sintomáticos apresentam taxa de 
mortalidade de até 30%, e 40 a 90% dos que 
sobrevivem apresentam algumas disfunções 
neurológicas 
d) Cerca de 10% infectados pelo citomegalovírus 
podem evoluir com surdez neurossensorial uni ou 
bilateralmente. 
F - Além disso, 5 a 15% dos neonatos assintomáticos 
eventualmente desenvolvem sequelas neurológicas; 
perda auditiva é a mais comum. 
Gabarito prova de residência. 
 
A infecção por citomegalovírus pode ser adquirida no 
período pré ou perinatal, sendo a infecção viral 
congênita mais comum. Sinais ao nascimento, se 
presentes, são retardo de crescimento intrauterino, 
prematuridade, microcefalia, icterícia, petéquia, 
hepatoesplenomegalia, calcificações periventriculares, 
coriorretinite, pneumonite hepatite e perda auditiva 
neurossensorial. Ainda no lactente, os sinais podem 
incluir pneumonia, hepatoesplenomegalia, hepatite, 
trombocitopenia, síndrome semelhante à sepse e 
linfocitose atípica. O melhor diagnóstico da infecção 
neonatal é feito pela detecção viral por meio de cultura 
ou PCR (polymerase chainreaction). O tratamento é 
principalmente de suporte. Ganciclovir parenteral ou 
valganciclovir oral podem prevenir a deterioração 
auditiva e melhorar os desfechos de desenvolvimento e 
é administrado para recém-nascidos com doença 
sintomática identificada no período neonatal. 
 
 
Infecção congênita por CMV ocorre em 0,2 a 1% dos 
nascidos vivos no mundo todo, resultado da aquisição 
transplacentária de infecção materna primária ou 
recorrente. No neonato, a doença aparente 
clinicamente ocorre com maior probabilidade após 
exposição materna primária, principalmente na primeira 
metade da gestação. Em alguns grupos de posição 
socioeconômica mais elevada nos EUA, cerca de 50% 
das mulheresjovens não têm anticorpos anti-CMV, 
tornando-as suscetíveis a infecção primária. 
 
Infecção perinatal por CMV é adquirida por exposição 
de secreções infectadas do canal de parto, leite do peito 
ou sangue. Admite-se que os anticorpos maternos 
sejam protetores, e a maioria dos recém-nascidos de 
termo expostos é assintomática ou não infectada. Por 
outro lado, os pré-termos (que não apresentam 
anticorpos anti-CMV) podem desenvolver infecções 
graves ou morrer, particularmente quando recebem 
transfusão de sangue com CMV positivo. Esforços 
devem ser envidados para que a transfusão de sangue 
ou derivados seja CMV-negativa ou que seja utilizado 
sangue que tenha sido filtrado para remoção de 
leucócitos, que contêm CMV. Esse sangue 
leucorreduzido é considerado por muitos especialistas 
como sendo seguro contra CMV. 
 
Muitas mulheres infectadas pelo CMV durante a 
gestação são assintomáticas, mas algumas 
desenvolvem uma doença semelhante à mononucleose 
(fadiga, febre, faringite e linfadenopatia). 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-
em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-
cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-
citomegalov%C3%ADrus-cmv 
 
Questão 02 
___________________________________ 
Recém-nascido de parto normal assintomático, 
com IgM antiToxoplasma gondii negativa, IgG com 
título baixo e igual ao materno, fundo de olho 
normal sem alterações liquórica e tomografia 
computadorizada de crânio normal; mãe tratada 
com Sulfadiazina, Pirimetamina e ácido folínico, por 
apresentar Soroconversão documentada durante o 
último trimestre da gestação, com avidez de 18% e 
detecção do parasita no líquido amniótico positiva 
por PCR. Indique a conduta adequada: 
a) Tranquilizar a mãe e não instituir terapia, porque, 
provavelmente, trata-se de um caso não-infectado, pela 
ausência de IgM e o baixo título de IgG. 
 
b) Instituir, de imediato, tratamento com Sulfadiazina, 
Pirimetamina e ácido folínico e acompanhamento 
clínico e laboratorial, com monitorização dos anticorpos 
IgG, durante o primeiro ano de vida. 
Após o nascimento, sugere-se iniciar o tratamento 
imediatamente em recém-natos com toxoplasmose 
adquirida na gestação (comprovada, provável ou 
suspeita). As drogas recomendadas para o tratamento 
da toxoplasmose congênita são sulfadiazina, 
pirimetamina e ácido folínico, utilizados de forma 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
 
3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
continuada durante 12 meses, para casos confirmados 
ou que não foi possível a exclusão da infecção, 
independente da presença de sinais e/ou sintomas da 
doença. 
c) Não tratar, uma vez que o tratamento antiparasitário 
não está indicado para crianças assintomáticas. 
 
d) O risco de sequelas oculares não é significativo, 
nesse caso, e OS medicamentos usados têm efeitos 
colaterais importantes, não se justificando o 
Tratamento. 
 
Interpretação de resultados laboratoriais: 
Soroconversão impõe tratamento. 
Avidez fraca ou intermediária: doença recente, iniciar o 
tratamento e encaminhar para referência de gestação 
alto risco. 
Definição de caso de toxoplasmose adquirida na 
gestação: 
Infecção aguda materna comprovada (caso 
confirmado): soroconversão durante o período 
gestacional; detecção do DNA do toxoplasma em 
líquido amniótico por PRC. 
 
Imunoglobulina G: 
A comparação dos títulos de IgG obtidos por meio de 
um mesmo teste laboratorial em duas amostras 
consecutivas de sangue, colhidas com pelo menos três 
semanas de intervalo, permite o diagnóstico de 
infecção aguda materna se forem detectados 
soroconversão (exame previamente negativo torna-se 
positivo) ou aumento dos níveis de anticorpos IgG 
associado à presença de IgM. 
Os títulos de testes sorológicos para detecção de IgG 
no RN são bastante semelhantes aos títulos maternos 
no momento do parto. Os anticorpos IgG transferidos 
da mãe durante a gestação são gradativamente 
degradados pela criança ao longo do primeiro ano de 
vida. O diagnóstico de toxoplasmose congênita só pode 
ser confirmado ou descartado por meio do 
acompanhamento da evolução dos títulos de IgG ao 
longo do primeiro ano de vida, pois os anticorpos IgG 
anti-T. gondii produzidos pela criança persistem ou 
aumentam nas crianças infectadas. 
O teste de avidez de IgG é importante para determinar 
a época da infecção pelo toxoplasma na gestante, visto 
que alta avidez indica que os anticorpos foram 
produzidos há mais de 12-16 semanas. Portanto, 
quando se verifica alta avidez em gestantes que 
apresentam IgG e IgM positivos já na primeira amostra 
coletada no primeiro trimestre de gestação, conclui-se 
que a toxoplasmose foi adquirida há mais de 4 meses, 
consequentemente antes da concepção. A presença de 
baixa avidez de IgG associada ao resultado positivo de 
IgM e IgG indica uma infecção recente, adquirida 
durante a gestação ou antes dela, pois baixos índices 
de avidez podem durar até um ano. 
 
Protocolo notificação investigação toxoplasmose 
gestacional e congênita. 
 
Toxoplasmose é a infecção causada por Toxoplasma 
gondii. Os sintomas variam de nenhum à linfadenopatia 
benigna, uma doença semelhante à mononucleose, ou 
doença do sistema nervoso central ou envolvimento de 
outros órgãos em pessoas imunocomprometidas. 
Encefalite pode se desenvolver em pacientes com aids 
e baixas contagens de CD4. Retinocorioidite, 
convulsões e retardo mental ocorrem na infecção 
congênita. O diagnóstico é por sorologia, histopatologia 
ou PCR (polymerase chain reaction). O tratamento é 
normalmente realizado com pirimetamina mais 
sulfadiazina ou clindamicina. São administrados 
corticoides ao mesmo tempo para tratar a 
retinocorioidite. 
A exposição humana à toxoplasmose é comum em 
qualquer lugar em que existem gatos. O risco de 
desenvolver doença grave é muito baixo, exceto para 
um feto infectado no útero e pessoas que estão ou se 
tornam gravemente imunocomprometidas pela aids ou 
outras doenças. 
Fisiopatologia: 
T. gondii é onipresente em pássaros e mamíferos. Esse 
parasita intracelular obrigatório invade e multiplica-se 
assexualmente como taquizoíta dentro do citoplasma 
de qualquer célula nucleada (ver figura Ciclo de vida do 
Toxoplasma gondii). Quando o hospedeiro cria 
imunidade, a multiplicação de taquizoítas cessa e 
formam-se cistos teciduais, que persistem, dormentes, 
durante anos, em especial no cérebro, nos olhos e nos 
músculos. As formas dormentes de Toxoplasma no 
interior dos cistos são denominadasbradizoítas. 
A reprodução sexual de T. gondii somente ocorre no 
intestino de gatos; os oocistos resultantes, eliminados 
nas fezes, permanecem infectantes por meses em terra 
úmida. 
 
 
 
 
4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
Os únicos hospedeiros conhecidos definitivos para T. 
gondii são membros da família Felidae (gatos 
domésticos e seus parentes). 
 1a. Os oocistos são eliminados nas fezes dos gatos. 
Uma grande quantidade é eliminada, mas normalmente 
só durante 1–2 semanas. Os oocistos demoram 1 a 5 
dias para esporular e se tornarem infectantes. 
 1b. Os gatos se reinfectam pela ingestão de oocistos 
esporulados. 
 2. Terra, água, plantas, ou a areia do gato tornam-se 
infectados com oocistos. Os hospedeiros na natureza 
(p. ex., pássaros, roedores, animais selvagens e 
animais criados para consumo de seres humanos) 
infectam-se após ingerirem materiais infectados. 
 3. Os oocistos se desenvolvem em taquizoítas logo 
após a ingestão. 
 4. Os taquizoítas se disseminam por todo o corpo e 
formam cistos teciduais no tecido neural, ocular e 
muscular. 
 5. Os gatos se infectam após consumirem 
hospedeiros intermediários contendo cistos teciduais. 
 6a. Os seres humanos podem se infectar pela 
ingestão de carne malcozida contendo cistos teciduais. 
 6b. Os seres humanos podem se infectar pela 
ingestão de alimentos ou água contaminada por fezes 
de gatos ou outros materiais contaminados por fezes 
(p. ex., terra), ou pelo contato com a areia do gato. 
 7. Raramente, a infecção nos seres humanos é 
decorrente de hemotransfusão ou transplante de órgão. 
 8. Raramente, ocorre transmissão transplacentária 
da mãe para o feto. 
 9. No hospedeiro humano, os parasitas formam 
cistos teciduais, mais comumente no músculo 
esquelético, no miocárdio, no cérebro e nos olhos. 
 
A infecção pode ocorrer por 
 Ingestão de oocistos 
 Ingestão de cistos teciduais 
 Transmissão transplacentária 
 Transfusão de sangue ou transplante de órgão 
A ingestão de oocistos em alimentos ou água 
contaminados com fezes de gato é o modo mais 
comum de infecção oral. A infecção também pode 
ocorrer ao se ingerir carne crua ou malcozida contendo 
cistos teciduais, em geral, carne de cordeiro, de porco 
ou, raramente, bovina. 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/protozo%C3%A1rios-
extraintestinais/toxoplasmose 
 
Questão 03 
___________________________________ 
Sobre Infecções Congênitas no recém-nascido, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) O risco de transmissão materno-fetal da 
toxoplasmose aumenta com o avançar da gestação, 
porém o grau de comprometimento do concepto é 
maior no início da gestação. 
V - “O risco de transmissão materno-fetal é em torno de 
40%, aumentando com o avançar da gestação. 
Entretanto, o grau de comprometimento do concepto é 
maior quando a infecção ocorre no inicio da gestação 
com variações entre as estimativas de diferentes 
autores”, diz trecho do documento. 
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/novo-
documento-da-sbp-aborda-a-toxoplasmose-congenita/ 
b) Recém-nascidos com suspeita ou confirmação de 
rubéola congênita devem ser mantidos em precaução 
de contato quando internados, pois são considerados 
contagiosos até 1 ano de vida. 
 
c) A grande maioria das infecções congênitas por 
Citomegalovírus é sintomática ao nascimento, porém 
com baixo índice de mortalidade. 
F – a maioria é assintomática 
d) O VDRL positivo no lÍquor deve ser diagnosticado 
como neurossífilis, independentemente de haver 
alterações na Celularidade e/ou na proteinorraquia. 
V - 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&so
urce=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5U
CHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbv
sms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual
_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4h
HNV 
 
Questão 04 
___________________________________ 
Uma jovem de 18 anos não fez pré-natal e deu à luz 
um bebê que apresentava hidrocefalia, 
calcificações cerebrais e Hepatoesplenomegalia. 
Seu diagnóstico provável é: 
a) Sífilis congênita. 
b) Rubéola congênita. 
c) Citomegalovírose. 
d) Toxoplasmose congênita. 
 
Questão 05 
___________________________________ 
Uma gestante apresentou IgM e IgG de 
toxoplasmose positivos na gestação, com avidez 
alta com 12 semanas. Não usou nenhuma 
medicação específica para toxoplasmose na 
gestação. Ao nascimento, seu filho está 
assintomático e apresentou IgM negativo, IgG 
positivo (valor 134,0), RX de crânio normal, 
Ultrassom transfontanela normal e fundoscopia 
normal. Qual a conduta medicamentosa adequada 
para esta criança? 
a) Não iniciar medicação específica para toxoplasmose. 
 
b) Iniciar Sulfadiazina, Pirimetamina e ácido folínico. 
 
c) Iniciar espiramicina. Associar espiramicina e 
prednisona. 
 
d) Associar sulfametoxazol-trimetoprima e prednisona. 
 
Se a avidez fosse baixa, deveria tratar o bebe pois 
significa que ela pegou na gravidez. 
O teste de avidez tem que ser feito até 16 semanas de 
gestação. 
 
Questão 06 
___________________________________ 
Paciente L.M.A, masculino, 28 meses, 
apresentando ao exame físico ceratite intersticial, 
incisivos superiores entalhados, surdez, defeito no 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/novo-documento-da-sbp-aborda-a-toxoplasmose-congenita/
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/novo-documento-da-sbp-aborda-a-toxoplasmose-congenita/
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi_wevH1vP3AhWYg5UCHVUhDIsQFnoECAoQAQ&url=https%3A%2F%2Fbvsms.saude.gov.br%2Fbvs%2Fpublicacoes%2Fmanual_sifilis_bolso.pdf&usg=AOvVaw3bLUI2YabItbt8dGl4hHNV
 
5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
palato duro, tíbia em sabre. Qual o diagnóstico 
provável? 
a) Toxoplasmose congênita 
b) Citomegalovirose 
c) Sífilis congênita tardia 
d) Sífilis precoce 
 
Tríade de Hutchinson: ceratite ocular intersticial, 
incisivos em fenda e surdez. 
 
 
Questão 07 
___________________________________ 
Recém-nascido de mãe com sífilis, 
inadequadamente tratada, não apresenta ao 
nascimento alterações clínicas, radiológicas, 
hematológicas e/ou liquórica, e o VDRL é negativo. 
Nesse caso, qual a conduta adequada? 
a) Penicilina Cristalina na dose de 50.000 U/kg/dose 
por dez dias, e repetir a sorologia para sífilis com um 
mês de vida; 
 
b) PenicilinaG Procaína 50.000 U/kg/dia, IM, uma vez 
por dia, por dez dias, e repetir a sorologia para sífilis 
com três meses de vida; 
 
 
c) Penicilina Benzatina 50.000 U/Kg, IM, uma vez por 
dia, em três dias seguidos, e repetir sorologia com três 
e seis meses de vida; 
 
d) Penicilina Benzatina 50.000 U/kg, IM, uma vez, e 
repetir sorologia com um e três meses de vida; 
 
A3 do manual sífilis de bolso – dose única e fazer 
seguimento com VDRL. Se impossível o 
acompanhamento, o RN deverá ser tratado com o 
esquema A1. 
 
Questão 08 
___________________________________ 
Recém-nascido filho de mãe VDRL1:4 no momento 
do parto que foi inadequadamente tratada na 
gravidez. Assinale a alternativa CORRETA quanto 
ao manejo do recém-nascido: 
a) Realizar hemograma, radiografia dos ossos longos, 
VDRL no lÍquor e VDRL em sangue periférico e tratar o 
recém-nascido com penicilina cristalina se todos os 
exames forem normais e encaminhar para iniciar o 
seguimento com 1 mês de idade; 
F – se normal usa a benzatina. 
b) Realizar hemograma, radiografia dos ossos longos, 
VDRL em sangue periférico e VDRL no lÍquor, tratar o 
recém-nascido com penicilina cristalina ou penicilina 
procaína, durante 10 dias, se a radiografia dos ossos 
longos apresentar alterações e encaminhar para iniciar 
o seguimento com 1 mês de idade; 
 
c) Não existe necessidade de realizar intervenção no 
recém-nascido exceto se o VDRL dele for maior que o 
da mãe; 
F – é necessário fazer exames independente do 
resultado do VDRL do RN. 
d) Realizar hemograma, radiografia dos ossos longos, 
VDRL no lÍquor e VDRL em sangue periférico e se 
todos os exames forem normais tratar com penicilina 
benzatina em dose única e não existe a necessidade 
de seguimento; 
F – existe necessidade de seguimento. 
 
Questão 09 
___________________________________ 
O diagnóstico de neurossífilis congênita 
Confirmado é feito na presença de: 
a) Sorologia positiva para HIV e VDRL sérico 4 títulos 
maior que o materno. 
 
b) FTA-Abs IgM positivo no lÍquor. 
 
c) FTA-Abs Ig G sérico positivo e aumento de proteínas 
no líquor. 
 
d) VDRL positivo em qualquer título no líquor. 
 
Questão 10 
___________________________________ 
Mãe apresentou teste rápido para sífilis no pré-natal 
negativo no primeiro e terceiro trimestre, porém a 
sorologia para sífilis no dia do parto mostrou VDRL 
positivo 1:2 e teste treponêmico negativo. O 
Recém-nascido com 3.250 gramas e 39 semanas de 
idade gestacional está assintomático. A CONDUTA 
É: 
a) Não há necessidade de investigar ou tratar a criança, 
pois a mãe não tem sífilis. 
 
b) Investigar a criança com VDRL, coleta de líquor e 
tratar sífilis congênita com penicilina procaína se líquor 
normal, pois a mãe tem sífilis latente. 
 
c) Investigar a criança com VDRL, tratar sífilis congênita 
com penicilina procaína, pois a mãe tem sífilis. 
 
d) Investigar a criança com VDRL, coleta de líquor e 
tratar sífilis congênita com penicilina benzatina se líquor 
normal, pois a mãe tem sífilis latente. 
 
A gestação pode aumentar VDRL mesmo não tendo 
sífilis. 
 
 
6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
AULA INFECÇÕES CONGÊNITAS 
RUBÉOLA CONGÊNITA 
Todas as infecções congênitas são adquiridas 
intraútero. 
 
Se dão por via hematogênica transplacentária – 
sangue que vai da mãe para o bebê através da 
placenta. 
Tríade: 
Microcefalia, CAP (problemas cardíacos) e cataratas 
(reflexo esbranquiçado – a luz passa pelo cristalino, 
mas é opaca). 
 
Clínica: 
Transitórias: 
• Púrpura 
• Trombocitopenia 
• Hepatoesplenomegalia (são palpáveis) 
• Icterícia 
• Meningoencefalite 
• Osteopatia radioluscente 
Permanentes: 
• Deficiência auditiva 
• Malformações cardíacas 
• Catarata, glaucoma 
• Retinopatia pigmentar 
Tardias: 
• Retardo do desenvolvimento 
• Diabetes mellitus 
 
Diagnóstico: 
Sorologia materna 
Sorologia RN: 
IgM +: 
• Infecção ativa 
• Não atravessa placenta 
• Perdura por 180 dias de vida 
IgM -: 
• Solicitar IgG 
• IgG – descarta 
• IgG + repetir após 3 meses 
• Se manutenção, confirma o diagnóstico 
• Queda acentuada do IgG ou ausência descarta, 
pois pode ser passagem transplacentária 
• Fazer IgG com: 0-3-6-12 meses 
Se a mãe positivou igg ou igm 
Para investigar o bebê, também pede sorologia: 
Igm + tem infecção ativa pois o igm não atravssa 
placenta. 
 
Solicitar: 
• HC – Hemograma completo 
• Transaminases – TGO TGP 
• Rx ossos longos 
• Avaliação oftalmológica 
• Avaliação audiologica 
• USG transfontanela 
• TC 
• Punção lombar – se indício de infecção neurológica 
• Ecocardiograma 
 
Acompanhamento: 
• Avaliação audiológica, fundo de olho a cada 3 
meses 
• Avaliação clínica mensal – até 1 ano de vida. 
• Após o primeiro ano de vida: 
• Avaliação clínica, neurológica e fundo de olho a 
cada 6 meses. 
 
Tratamento: 
Suporte. 
 
Profilaxia: 
• Vacina com 12 meses e reforço com 4-6 anos. 
• Mulher em idade fértil que não foi vacinada: vacinar 
• Não vacinar durante a gestação. 
 
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: 
• Toxoplasma gondii 
• Protozoário parasita intracelular obrigatório 
• Gatos são os hospedeiros definitivos 
• Ingestão de carne crua, aves ou roedores. 
Humano: 
• Lavar bem mãos e alimentos. 
• Não entrar em contato com terra ou fezes de gatos. 
• Carne crua 
• Clínica: febre e adenomegalia. (parece citomega – 
se pegar antes de engravidar não tem problema, 
conforme a placenta cresce, a chance de 
transmissão par ao bebê é maior, mas é menos 
chances de ter alterações) 
• Transmissão hematogênica transplacentária a 
partir de infecção materna primária 
• Transmite mais no 3° trimestre 
• Maior gravidade no primeiro trimestre 
 
Cínica: 
Maioria assintomática ao nascer. 
Tríade clássica/Sabim: 
• Hidrocefalia 
• Retinocoroidite 
• Calcificação intracraniana 
 
7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
 
 
• Adenomegalia 
• Hepatoesplenomegalia 
• Anemia, trombocitopenia, eosinofilia (protozoários) 
• Pneumonia 
• Microftalmia e amaurose 
• Microcefalia 
• Retardo mental 
• Convulsão e anormalidades no líquor 
 
Diagnóstico: 
IgG: 
• Pico em 6 – 8 semanas 
• Declina ao longo de 2 anos 
• Detectável ao longo da vida 
IgM 
• Aparece na primeira semana 
• Declina em meses 
 
IgG e IgM - : susceptível 
• Tem que pedir sorologia todo mês para fazer 
acompanhamento. 
• Prevenção: não comer carne crua, lavar bem as 
mãos evitar contato com gatos. 
IgG + IgM - : imune 
• Crônica 
• Ruim em HIV – pode soroconverter 
IgM + e IgG - : infecção aguda ou falso positivo – o 
IGM pode ficar muito tempo no organismo. 
• IgA + aguda 
• IgA – falso positivo 
• Repete IgG em 15 dias: se positivar é aguda 
(antes era negativo) 
 
IgG e IgM +: infecção aguda ou crônica 
• IgM pode ficar + até 1 ano. 
Teste de avidez IgG: em < 16 semanas 
• Alta avidez do IgG: anticorpos produzidos há mais 
de 12 a 16 semanas. 
• Baixa avidez (<30%): aguda 
• Alta avidez (>60%): crônica 
 
Caso 1: 
• IgG e IgM + 
• Alta avidez do IgG 
• Colhido até 16 semanas da gestação 
• Indica que a toxoplasmose foi adquirida a > 4 
meses, ou seja, antes da concepção. 
 
Caso 2: 
• IgG e IgM + 
• Baixa avidez do IgG 
• Indica infecção recente, adquirida na gestação ou 
próximo a ela. 
 
Diagnóstico no RN: 
• IgM + IgA positiva após 5 ddv 
• Isolamento do agente em tecidos ou fluidos 
corporais 
• IgG no RN são semelhantes ao materno 
• Criança degrada o IgG da mãe no primeiro ano de 
vida. 
• IgG fica positiva até 12 mês de vida 
• Negativação do IgG antes de 12 meses exclui 
doença. 
Caso confirmado: 
• PCR no líquido amniótico 
• Cordoncetese para ver se tem IgM 
• IgM ou IgA e IgG reagente até 6 meses dv 
• IgG em ascensão em 2 amostras seriadas com 
intervalo de 3 semanas nos primeiros 12 meses de 
vida 
• IgG reagente após 12 meses 
• Retinocoroidite, hidrocefalia ou calcificação 
cerebral com IgG reagente e mãe com 
toxoplasmoseconfirmada na gestação. 
 
Se no PCR isolar o protozoário no líquido amniótico é 
caso confirmado. 
Igm na cordocentese também é diagnóstico. 
Se tiver igm e iga igg reagente é caso confirmado pois 
igm não passa para placenta. 
Se o igg começar a crescer ou não cair ou ficar 
reagente e após um ano considera que teve toxo. 
 
Tratamento na gestante: 
Feto não infectado: 
• Espiramicina 1g de 8/8h VO 
Se feto infectado: 
• 1 trimestre (< 20 semanas): espiramicina 
• 2 trimestre: sulfadiazina + pirimetamina + ácido 
folínico. 
• Alterna com espiramicina a cada 3 semanas. 
• 3 trimestre (> 37 sem): espiramicina. 
• Espiramicina é usada sempre em < 20 semanas e 
> 37 semanas 
• Pirimetamina em < 20 sem: teratogênica 
• Sulfadiazina em > 37 semanas: Kernicterus 
(anemia hemolítica-impregnação de bilirrubina no 
cérebro) 
 
Não pode usar a sulfa após 36 semanas pois há risco 
de kernicterus. 
 
• Sulfadiazina 100mg/kg/dia de 12/12 hrs por 1 ano 
• Pirimetamina: 
• 2mg/kg/d VO dose única por 2 dias 
• Depois: 1 mg/kg/d VO dose única por 6 meses 
• Depois: 1 mg/kg/dia 3 vezes na semana até 
completar 1 ano de tratamento 
• Ácido folínico 10 mg VO uma vez ao dia 3 vezes 
na semana por 1 ano 
• Retinocoroidite: 
 
8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• Prednisona 1-2 mg/kg/dia de 12/12 horas 
 
Tratamento RN: 
Mesmo se não confirmar a toxo trata até 1 ano. 
 
Se desenvolver retinocoroidite... o tratamento é 
acrescido com corticoide: prednisona para diminuir a 
inflamação no olho 
 
Acompanhamento: 
• HC a cada 15 dias durante o uso de sulfadiazina e 
pirimetamina. 
• Avaliação neurológica, auditiva, fundo de olho a 
cada 3 meses até completar um ano 
• Avaliação clínica mensal durante o primeiro ano. 
• Após 1 ano: avaliação clínica, neurológica, fundo 
de olho a cada 6 meses. 
 
SÍFILIS CONGÊNITA: 
Treponema pallidum. 
• Transmissão hematogênica e transplacentária. 
• Contato direto com lesão infectada no parto. 
• Infecção pode ocorrer em qualquer fase da 
gestação. 
• Mais frequente no último trimestre. 
• Pode ocorrer em qualquer estágio de sífilis materna 
não tratada. 
 
Sífilis precoce: 
• Pode surgir até o 2 ano de vida 
• Aborto espontâneo ou natimorto. 
• Prematuridade, baixo peso, funisite necrotizante 
(necrose do coto umbilical). 
• Hepatoesplenomegalia 
• Lesões cutâneas: 
• Maculopapular, vermelho, mais em mão e pé 
• Pênfigo palmo plantar: bolhas (altamente 
contagioso) 
• Condiloma plano 
• Unha esfoliada 
• Perda de cabelo e sobrancelha 
• Rinite: secreção mucosanguinolenta, rica em 
treponema e altamente infectante. 
• Laringite e choro rouco 
• Periostite (duplo contorno) 
• Osteíte ou osteocondrite (dor na articulação) 
 
 
• Pseudoparalisia de Parrot: 
• Pseudoparalisia de um dos membros, decorrente 
de dor por lesão óssea. 
• Coriorretinite 
• Atraso no desenvolvimento psicomotor 
• Icterícia, colestase e anemia (aumento de 
bilirrubina direta – pq pra conjugar bilirrubina 
precisa de ATP e pela infecção há redução do ATP) 
• Linfadenopatia, principalmente epitroclear 
 
Sífilis tardia: 
Clínica de sífilis surge depois de 2 anos 
• Tíbia em lamina de sabre (encurvada) 
• Articulações de Clutton 
• Fronte olímpica 
• Nariz em sela 
• Molares em amora 
• Ragades perioral 
• Mandíbula curta, arco palatino elevado 
• Ceratite intersticial 
• Surdez neurológica 
• Dificuldades no aprendizado 
Tríade de Hutchinson: 
• Surdez (neurológica) 
• Ceratite (alteração no olho) 
• Alteração dentária 
 
 
Tratamento materno adequado: 
• Tratamento completo com 3 doses de penincilina 
benzatina 
• A primeira dose sendo pelo menos 30 dias antes 
do parto (se não cumprir não é adequado 
Queda da sorologia: 
• Queda de 2 titulações em 6 meses 
• Queda de 2 titulações em 12 meses se sífilis 
latente tardia > 1 ano. 
Ex: 
• 1/32 – 1/16 – 1/8 – ¼.... 
• Não ter mantido contato sexual com parceiro com 
sífilis (pq recontamina) 
• Parceiro tratado. 
 
Diagnóstico: 
Mãe não tratada ou tratada inadequadamente: 
• Sífilis congênita independente da clínica e dos 
exames laboratoriais. 
Independente do estado de tratamento materno: 
• VDRL RN > materno em duas titulações: sífilis 
congênita. 
• Ex: materno 1:4 e neonato > 1:16 
• Independente do tratamento materno, RN com 
alteração clínica, radiológica ou liquórica + 
VDRL positivo: sífilis congênita 
 
Mães não tratadas ou tratadas de forma não 
adequada: 
• Com exame físico normal, exames 
complementares normais e VDRL não reagente 
ao nascimento: 
• Benzilpenicilina 50.000 unidade/Kg IM, dose única. 
 
9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• O acompanhamento é obrigatório, incluindo o 
seguimento com VDRL sérico após conclusão do 
tratamento. 
• Sendo impossível garantir o acompanhamento: 
deverá ser tratada com penicilina cristalina EV por 
10 dias 
 
Mãe não tratada ou tratada incorretamente: 
Alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou 
radiológicas e/ou hematológicas SEM alterações no 
líquor: 
• Penicilina G cristalina na dose de 50.000 
unidades/kg/dose EV de 12/12 horas nos primeiros 
7 dias de vida 
• E de 8/8 horas do 8° ao 10° dia de vida 
• Totalizando 10 dias 
• Ou 
• Penicilina G procaína 50.000 unidades/kg/dia IM 
dose única diária, durante 10 dias. 
Para os casos de neurossífilis, ou seja, quando há 
alteração liquórica: 
• Penicilina G cristalina, 50.000 unidades/kg/dose EV 
de 12/12 horas nos primeiros 7 dias de vida 
• E de 8/8 horas após 7 dias de vida, por 10 dias. 
• Penicilina cristalina atinge maiores concentrações 
no líquor 
 
Não pode procaína na neurosífilis. A cristalina 
atravessa a barreira hematocefálica. 
 
Mãe adequadamente tratada: 
Se for assintomático e o VDRL não for reagente: 
• Seguimento clínico-laboratorial 
Na impossibilidade de garantir o seguimento: 
• Penicilina G benzatina IM, na dose única de 50.000 
unidades/kg 
Se for assintomático e tiver o VDRL reagente, com 
título igual ou menor que o materno: 
• Acompanhar clinicamente 
Na impossibilidade do seguimento clínico: 
• Investigar e tratar com penicilina cristalina ou 
procaína (sem alterações de LCR) 
Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou 
radiológicas e/ou hematológicas: 
• Penicilina G cristalina na dose de 50.000 
unidades/kg/dose EV de 12/12 horas nos primeiros 
7 dias de ida 
• E de 8/8 horas após 7 dias de vida, por 10 dias 
• Ou 
• Penicilina G procaína 50.000 unidades/kg IM dose 
única diária, durante 10 dias 
Sífilis congênita fora da faixa neonatal: 
• Benzilpenicilina potássica cristalina dose 50.000 
unidades/kg/dose EV de 4/4 horas a 6/6 horas, por 
10 dias (dose máxima diária 24 milhões de 
unidades/dia) 
Se houver alteração liquórica: 
• Penicilina G cristalina na dose de 50.000 
unidades/kg/dose EV de 12/12 horas (nos 
primeiros 7 dias de vida) e de 8/8 horas (após 7 dias 
de vida), por 10 dias 
 
Exames: 
• HC 
• Teste não treponêmico: VDRL 
• Dosar ao nascimento, 1, 3 e 6 meses 
• Teste treponêmico: FTA-Abs 
• Realizar a partir dos 18 meses 
• Raio x de ossos longos: ostecondrite, osteíte, 
periostite da metáfise e diáfise da tíbia, fêmur e 
úmero 
• Punção lombar: descartar neurossífilis. Proteína : 
150; celularidade > 25 células; VDRL reagente 
• Se > 28 dias: proteína > 40; celularidade > 5; VDRL 
reagente 
 
Raio x para todos, 
Sífilis congênita tem que fazer punção lombar para 
todos. 
 
Acompanhamento: 
• Consulta ambulatorial na 1 semana de vida 
• 2-4-6-9-12-18 mês 
• VDRL: ao nascimento, 1 mês, 3 meses e 6 meses 
• Se 2 VDRL negativos consecutivos ou queda do 
titulo em 2 titulações : interrompe o seguimento 
• Espera que o VDRL caia com 3 meses de idade e 
negative com 6 meses 
• FTA-Abs após 18 meses para confirmação do 
caso 
• Se vier positivo confirma sífilis congênita 
• Consulta oftalmológica, audiológica, odontológica 
de 6/6 meses por 2 anos 
• LCR alterado: reavaliação liquóricaa cada 6 
meses até sua normalização 
 
CITOMEGALOVÍRUS CONGÊNITA: 
Infecção causada por um vírus de DNA membro da 
família de herpes-vírus que só infecta seres humanos. 
A transmissão ocorre por exposição à secreções 
contaminadas pelo CMV: 
• Urina, saliva, leite materno, secreções genitais e 
sangue 
• Transmissão vertical pode ocorrer em qualquer 
período da gestação ou perinatal 
• Mais grave no início da gravidez 
 
Clínica: 
• Hepatite 
• Febre prolongada 
• Sinais e sintomas semelhantes à mononucleose 
• Pode ser assintomática 
• É mais comum nos pacientes expostos à infecção 
pelo HIV 
• Pode se expressar no momento do nascimento ou 
pode apresentar sintomas ao longo do primeiro 
ano de vida 
 
Doença sintomática precoce congênita: 
• Petéquias ou púrpuras 
• Hepatoesplenomegalia 
• Icterícia 
• Prematuridade 
• Erupção cutânea violácea (blueberry muffins 
spots) 
• Hiperbilirrubinemia ao nascimento 
• Icterícia, que persiste além do tempo da fisiológica 
 
10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• CIUR 
• Microcefalia desproporcional 
• Calcificações intracranianas – periventricular 
• Atrofia cortical, dilatação ventricular e coriorretinite 
Manifestações clínicas na evolução: 
• Incapacidade do aprendizado e da linguagem 
• Perda auditiva 
• QI < 50 
• Problemas visuais e anormalidades motoras 
• Obs: quando o rastreamento auditivo neonatal 
estiver alterado, é necessário fazer rastreio para 
CMV. 
• Infecção congênita assintomática: 
• Ocorre em 5 a 15% dos RN 
 
 
Diagnóstico: 
Necessário investigar essa criança: 
• Gestante com história de soroconversão durante 
a gravidez 
• Tem quadro semelhante à mononucleose 
• RN mostra sinais e sintomas típicos. 
 
• Isolamento do CMV em urina, saliva, secreções 
respiratórias ou sangue 
• Técnicas de diagnóstico rápido: 
• PCR: detecta CMV no sangue ou na urina 
• Cultura com centrifugação (shell vial): isola o 
vírus na saliva e em altos títulos na urina 
• Antígeno do CMV: antígeno pp65 do CMV 
 
Tratamento: 
Ganciclovir 6 mg/kg/dose EV de 12/12 horas, por 6 
semanas 
Caso haja infecção pelo HIV, considerar tratamento por 
um período maior. 
 
Profilaxia: 
• Restrição ao aleitamento materno: nos RN 
prematuros. 
• Restrições ambientais: com correta técnica de 
lavagem das mãos a fim de diminuir a propagação 
do vírus. 
 
HERPES CONGÊNITA: 
Causada principalmente pelo HSV-2 
Transmissão intraparto, pré-natal e pós-natal (se tiver 
lesão, indica cesárea) 
Clínica: 
Infecção na pele, olho ou boca 
Vesícula aparece do 6 ao 9 dia de vida 
Os que apresentam ceratoconjuntivite pode ter 
catarata, retinopatia e coriorretinite. 
Se tiver recorrências mais chance de complicação 
neurológica 
Infecção no SNC: mais grave. 
 
 
Tratamento: aciclovir 
Limitado a pele olho e boca: 20mg/kg 8/8 hr por dia 
14 dias EV ou VO 
SNC: 20mg/kg 8/8 hr por 21 dias EV 
Ocular: iododesoxiuridina 1% 
 
Profilaxia: 
Gravidez: 
• Evitar relação sexual com pessoa contaminada 
principalmente no terceiro trimestre. 
• Tratar com aciclovir por 10 dias 
Parto: 
• Se lesão durante o parto fazer cesárea 
• Eficácia reduzida se membrana rota > 4 h 
RN nascido de parto vaginal com lesão: 
• RN deve ser isolado dos outros no berçário 
• Coletar suab orofaringe, nasofaringe e conjuntiva 
 
HIV CONGÊNITO: 
Exposição ao vírus em RN de mulheres infectadas pelo 
HIV. 
Transmitido: 
• Através da placenta 
• Contato com o sangue 
• Aleitamento materno 
Fator de maior risco de transmissão vertical do HIV é a 
magnitude da carga viral plasmática materna próximo 
ao parto. 
 
Cuidados imediatos: 
• Limpar com compressas macias todo sangue e 
secreções visíveis no RN logo após o nascimento. 
• Dar banho na sala de parto com água de 
chuveirinho ou torneira. 
• Quando for necessária a realização de aspiração 
de vias aéreas do RN, deve-se proceder 
delicadamente, evitando traumatismos em 
mucosas. 
• Assim que possível, o bebê deve ser colocado em 
contato físico com a face e o colo da mãe para 
fortalecer o vínculo entre eles. 
• Dar a primeira dose do zidovudina AZT VO, 
preferencialmente na sala de parto. Ou nas 
primeiras 4 horas de vida 
• Profilaxia só é considerada eficaz quando iniciada 
até48 horas depois do nascimento 
• Em crianças expostas ao HIV cujas mães não 
fizeram uso de TARV durante o pré-natal ou não 
tem carga viral < 1.000 cópias/mL documentada 
no último trimestre de gestação: 
 
11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
• Acrescentar nevirapina ao esquema da profilaxia 
• Início o mais precoce possível, nas primeiras 48 
horas de nascimento. 
 
Cuidados: 
• Não amamentação – porque a cada leite/mamada 
aumenta a chance de pegar HIV. 
• Substituição do leite materno por fórmula infantil 
após aconselhamento 
• Aleitamento misto também é contraindicado 
• Contraindicados o aleitamento cruzado: 
amamentação da criança por outra lactante 
• Contraindicado uso de leite humano com 
pasteurização domiciliar 
 
Clínica: 
Quando suspeitar: 
• Infecções recorrentes de vias aéreas superiores, 
como sinusite ou otite (muito subjetivo pois crianças 
tem muitas infecções de via aérea) 
• Linfadenomegalia generalizada 
• Hepatomegalia e/ou esplenomegalia 
• Parotidite recorrente 
• Pneumonias de repetição 
• Candidíase oral persistente 
• Diarreia recorrente ou crônica 
• Déficit ponderal e de estatura 
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor 
• Febre de origem indeterminada 
Sinais sugestivos: 
• Presença de linfonodos 
• Alterações no perímetro cefálico 
• Retardo de crescimento e desenvolvimento 
• Hepatoesplenomegalia 
• Candidíase oral e/ou genital 
 
Complicações: 
No primeiro ano de vida tem maior risco de ter 
pneumonia por Pneumocystis jiroveci 
Mais frequente infecção oportunista em crianças 
infectadas pelo HIV. 
 
Profilaxia da pneumonia: quimioprofilaxia com bactrim 
 
Profilaxia: 
• Aconselhamento e triagem pré-natal 
• Realização de cesárea eletiva quando indicada 
• Uso de terapia antirretroviral (TARV) pela mãe 
• Suspensão da amamentação 
• Quimioprofilaxia da infecção pelo HIV em RN 
expostos de acordo com dois tipos de situação 
 
Quimioprofilaxia conforme a situação: 
1ª Situação: 
 Mãe usou TARV e carga viral < 1.000 no terceiro 
trimestre de gestação: 
Zidovudina (AZT) 
Neonato com idade gestacional ≥ 35 semanas: 
Zidovudina 4 mg/kg/dose de 12/12 horas, por 4 
semanas VO ou SNE; 
Neonato entre 30 e 35 semanas de idade 
gestacional: 
Zidovudina 2 mg/kg/dose de 12/12 horas, por 14 dias; 
e 3 mg/kg/dose de 12/12 horas a partir do 15o dia, por 
mais 2 semanas VO ou SNE; 
Neonato com idade gestacional <30 semanas: 
Zidovudina 2 mg/kg/dose de 12/12 horas, por 4 
semanas VO ou SNE 
 
2ª Situação: 
Mãe não usou TARV durante a gestação, e CV 
desconhecida ou > 1.000 cópias/mL no 3º trimestre; 
OU 
Histórico de má adesão, mesmo com CV < 1.000 
cópias/mL no 3° trimestre; OU 
 Mãe com infecção sexualmente transmissível (IST) 
especialmente sífilis: 
• Nevirapina (NVP) + AZT 
• 1ª dose até 48 horas de vida 
• 2ª dose 48 horas após 1ª dose 
• 3ª dose 96 horas após 2ª dose 
Peso de nascimento > 2 kg: 12 mg/dose (1,2 mL); 
Peso de nascimento 1,5 a 2 kg: 8 mg/dose (0,8 mL); 
Peso de nascimento < 1,5 kg: Não usar NVP. 
Zidovudina injetável: 
Quando a criança não tiver condições de receber o 
medicamento por VO ou SNE 
 
So acrescenta a neviraina se a mae não tiver tomando 
o remédio direito ou se tiver com carga viral alta. 
 
Carga viral: 
• Crianças com mais de 4 meses no momento da 
primeira amostra devem fazer a segunda coleta 
com intervalo mínimo de um mês. 
• Resultado detectável ou indeterminado, a carga 
viral deve ser repetida assim que possível 
• Segunda carga viral detectável, considera 
infectada pelo HIV 
• Primeira carga viral indetectável: deve ser 
repetida após o 4 mês de vida. 
• Segunda carga viral indetectável: considera não 
infectada. 
Sorologia HIV:• Passagem transplacentária de anticorpos maternos 
do tipo IgG anti-HIV 
• Principalmente no 3º trimestre de gestação 
• Anticorpos maternos podem persistir até os 18 
meses de idade 
 
Acompanhamento: 
• Deve ser mensal nos primeiros 6 meses. 
• Bimensal a partir do 2 semestre de vida. 
• Documentação da sororeversão da criança não 
infectada pelo HIV deve ser feita com uma 
sorologia para HIV não reagente após 12 meses. 
• Algumas crianças ficam com anticorpos maternos 
até 24 meses 
• ELISA positivo 
• Teste confirmatório (IFA ou Western Blot) 
indeterminado 
 
Abordagem terapêutica: 
• Indicado para todas as crianças e adolescentes 
com infecção por HIV comprovada, 
 
12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA 
independentemente de fatores clínicos, da 
contagem de linfócitos T-CD4 e da carga viral. 
• Solicitar genotipagem do HIV antes da introdução 
da terapia antirretroviral (TARV) inicial em crianças. 
• Não é necessário aguardar o resultado para início 
da terapia. 
Esquema de terapia inicial conforme idade: 
• 14 dias a 3 meses: AZT (Zidovudina) + 3TC 
(Lamivudina) + LPV/r (Lopinavir/r); 
• 3 meses a 24 meses: ABC (Abacavir) + 3TC 
(Lamivudina) + LPV/r (Lopinavir/r); 
• 24 meses a 12 anos: ABC (Abacavir) + 3TC 
(Lamivudina) + RAL (Raltegravir); 
• >12 anos: TDF (Tenofovir → a partir de 6 anos ou 
35kg) + 3TC (Lamivudina) + DTG (Dolutegravir). 
Antes do uso dos ARV ou na troca das medicações, 
recomenda-se a realização dos seguintes exames: 
• Prova tuberculínica (PPD) 
• Quantificação de RNA-HIV (carga viral) 
• Contagem de linfócitos T CD4+ 
• Hemograma com plaquetas;Função hepática 
(TGO, TGP, FA, GGT e bilirrubina total e frações) e 
renal (ureia e creatinina);Bioquímica (ionograma, 
glicemia, colesterol e frações, triglicerídios, 
amilase, lipase) 
• Radiografia de tórax 
• Análise do sedimento urinário 
Profilaxia primária para pneumonia por 
Pneumocystis jiroveci: 
• Deve ser feita em todas as crianças a partir de 4 
a 6 semanas de vida 
• Até que tenha 2 cargas virais indetectáveis 
• Mantida somente para as crianças infectadas 
• A partir de 4 meses até 1 ano, independente da 
contagem de CD4+. 
• Após os 12 meses, a indicação deste medicamento 
será orientada pela contagem de CD4+: 
• Sulfametoxazol + Trimetoprim (SMX+TMP) 
• 750 mg de SMX/m2/dia de 12/12 horas 
• 3x/semana em dias consecutivos ou às 2as, 4as 
e 6as feiras.

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