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RESENHA CRÍTICA: MENTE E CONSCIÊNCIA
Aluna: Ruth Martins do Nascimento
4° Período Psicologia
 O texto começa apresentando uma nova concepção de mente diferente da perspectiva tradicional cartesiana que tende a ver a mente como uma espécie de entidade, uma substância ou coisa distinta do corpo. Tal visão tradicional acaba por criar um dualismo que separa mente e corpo como duas entidades separadas. Essa separação faz surgir o problema de como a mente poderia se encontrar relacionada com o corpo.
 A nova visão que o texto apresenta sobre a natureza da mente é chamada de “visão sistêmica da vida”, segundo ela, a mente e a consciência não são entidades metafísicas, mas processos. O biólogo Gregory Bateson usa a expressão “processo mental” para se referir a esse novo conceito de mente. Bateson também dialoga com as ciências cognitivas, um campo interdisciplinar que inclui a Psicologia, a Biologia, as Neurociências e outras áreas do saber.
 Para Bateson, o processo mental é um fenômeno sistêmico característico de todos os organismos vivos, mesmo aqueles que ainda não desenvolveram um sistema nervoso superior. Ele também entende que a mente não se restringe aos organismos individuais, mas que ela também se manifesta em sistemas sociais e ecossistemas.
 Outra contribuição importante na compreensão sistêmica da mente vem do chileno Humberto Maturama e Francisco Varela que trabalham com a ideia de autopoiese, a partir da qual o organismo vivo é compreendido dentro de uma rede especial de autogeração. A cognição e a mente passam a ser entendidas como uma atividade organizadora dos sistemas vivos. Essa perspectiva recebeu o nome de teoria de Santiago. Nessa teoria a mente passa a ser entendida como o próprio processo de vida o que a aproxima da visão grega antiga segundo a qual a mente (pneuma) é o “sopro de vida”. 
 Quanto ao problema mente e cérebro, para a Teoria de Santiago, o cérebro é a estrutura na qual o processo mental opera, superando assim o dualismo cartesiano. No entanto, para além do problema mente e cérebro, essa teoria precisa lidar também com o problema da consciência. Para essa teoria, a consciência é um tipo especial de processo cognitivo. Assim, a cognição é entendida como algo mais amplo que a consciência na medida em que a consciência é um tipo de específico de cognição.
 As Ciências Cognitivas desenvolveram diferentes abordagens no estudo da consciência, entre elas podemos citar: 
(a). abordagem tradicional: Reduz a Consciência a mecanismos neurais.
(b). abordagem funcionalista: Define os estados mentais por sua organização funcional.
(c). abordagem neurofenomenológica: Estuda a consciência por meio de um exame disciplinado da experiência consciente e da análise dos processos neurais correspondentes.
 No entanto, apesar dessas diferentes abordagens, existe um consenso a respeito de dois pontos: (1) A Consciência é um processo cognitivo que emerge de atividades neurais e (2) Existem dois tipos de consciência: (a). a consciência nuclear que diz respeito ao sentido de eu do aqui e agora e (b). a consciência reflexiva que se refere a autopercepção elaborada. 
 Segundo António Damásio, a consciência nuclear surge do relato não verbal do cérebro sobre como o estado do próprio organismo é afetado pela percepção de um objeto. Ele também enxerga uma relação entre a consciência nuclear e as emoções, uma vez que a consciência nuclear inclui as respostas emocionais do organismo ao objeto percebido.
 A consciência reflexiva, por sua vez, está ligada à linguagem e às nossas relações sociais. A linguagem diz respeito a um nível de abstração no qual existe uma comunicação simbólica. Isso fez surgir nas ciências cognitivas uma nova disciplina: a linguística cognitiva, que examinar a natureza da linguagem. 
 A linguística cognitiva foi responsável por três importantes descobertas: (1). O pensamento é, em sua maior parte, inconsciente. (2). A mente é inerentemente incorporada e (3). Os conceitos abstratos são, em grande medida, metafóricos. 
A primeira descoberta do inconsciente cognitivo que envolve nossas operações cognitivas automáticas, o nosso conhecimento tácito e nossas crenças. Quanto à segunda descoberta, a mente incorporada se refere ao fato de que precisamos de um cérebro para pensar. A terceira descoberta, por sua vez, diz que quando projetamos a imagem mental de um recipiente sobre um conceito abstrato de uma categoria, podemos usá-la como uma metáfora.
 O texto termina concluindo que apesar do fato de que ainda há muito a ser examinado no que tange à natureza da mente e da consciência, já possuímos um esboço de uma teoria científica que supera o dualismo cartesiano. Isso significa que não faz mais sentido, dentro de uma visão científica, pensar que a realidade esteja dividida em duas categorias, material e espiritual, nem faz mais sentido pensar na mente como uma substância separada do corpo, antes é preciso pensar na mente e no cérebro numa unidade na qual a primeira é um processo que opera na estrutura do segundo.

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