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TAREFA DISSERTATIVA / ESAB / CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA I

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TAREFA DISSERTATIVA 
 
Inúmeras são as operações que envolvem estoques de mercadorias, as quais, contabilmente, devem ser registradas em 
contas apropriadas, viabilizando dessa forma o controle das operações e a elaboração das demonstrações financeiras. 
Nas operações de compras de mercadorias, o custo de aquisição unitário da compra de determinado tipo de estoque é 
obtido pelo valor total das mercadorias compradas, líquido de impostos, inclusive seguro e fretes, dividido pela 
quantidade adquirida. Já na receita de venda de mercadorias ou serviços compreende o produto da alienação dos bens 
que constam dos estoques da empresa e o preço dos serviços por ela prestados. Neste valor, inclui-se inclusive o ICMS 
destacado na nota fiscal, ou seja, refere-se ao valor total das notas fiscais de venda emitidas em determinado período 
de tempo, normalmente de um mês. Com base nas informações, escreva um texto dissertativo, contendo de 30 a 40 
linhas, explicando como calcular os principais Impostos incidentes sobre Operações com Mercadoria (ICMS, IPI, PIS e 
COFINS), ou seja, de compra e venda, de forma a apresentar os conceitos e suas contribuições e demonstrando as 
contabilizações dos impostos incidentes nas operações de compra e venda. 
 
RESPOSTA: 
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS é um tributo estadual que incide sobre produtos de 
diferentes tipos, desde eletrodomésticos a chicletes, e que se aplica tanto a comercialização dentro do país como em 
bens importados. 
Na prática, este imposto é cobrado de forma indireta, ou seja, seu valor é adicionado ao preço do produto 
comercializado ou do serviço prestado. Ao vender uma mercadoria ou realizar alguma operação em que se aplique o 
ICMS, é efetuado o fato gerador quando a titularidade deste bem ou serviço passa para o comprador. Ou seja, o tributo 
só é cobrado quando a mercadoria é vendida ou o serviço é prestado para o consumidor, que passa a ser o titular deste 
item ou do resultado da atividade realizada. 
A regulamentação deste imposto é de responsabilidade de cada Estado e do Distrito Federal, que estipulam a 
porcentagem cobrada em suas regiões de atuação. Assim, cada localidade possui sua própria tarifa, o que pode trazer 
dúvidas a quem comercializa produtos para outras unidades federativas (UF). 
Para fazer o cálculo do ICMS, é necessário saber qual alíquota é praticada no estado em que sua empresa atua. Em uma 
situação normal, no qual a venda é efetuada na mesma UF, a fórmula é simples: 
Preço do produto X Alíquota praticada no estado = Valor do ICMS da mercadoria 
Exemplo: Um produto custa R$ 100 reais e sobre ele incide uma tarifa de 18% (valor aplicado em vários estados como 
São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná), o cálculo seria o seguinte: 
R$ 100 X 18% = R$ 118 
Ou seja, neste caso o valor do ICMS deste produto seria de R$ 18, totalizando R$ 118. 
O ICMS é uma das principais fontes de arrecadação dos estados, uma vez que incide tanto para pessoas físicas quanto 
jurídicas. 
 
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide, como seu próprio nome diz, sobre produtos industrializados, 
tanto nacionais como estrangeiros. 
Por se tratar de um imposto criado pelo Governo Federal em 2010, o imposto tem duas funções principais. A primeira 
delas é arrecadatória. Ou seja, com ele, o Fisco arrecada dinheiro para que a máquina pública custeie seu 
funcionamento, a segunda forma é regular o mercado. Outra função do tributo é fortalecer a indústria brasileira, pois, 
ao incidir sobre os produtos importados, ele torna os itens fabricados em solo nacional como os importados em 
produtos com valores semelhantes ou aproximados. 
A alíquota pode ser fixa, variável ou nula. Quando estiver zerada, isso significa que um produto é isento de IPI. Para o 
cálculo desta alíquota, é feita uma conta simples: o percentual é multiplicado pela base de caçulo do produto, gerando 
assim o valor do imposto a ser recolhido. O pagamento do IPI devido é feito via DARF, o documento de arrecadação da 
Receita Federal. Essa certidão pode ser simples ou comum e seu preenchimento pode ser feito, também, por um 
software da Receita, em meio eletrônico. 
Caso o pagamento seja feito em atraso, o contribuinte pagará juros e multa. Além disso, quando há falhas no 
preenchimento da guia, a empresa que pagará o IPI pode ser prejudicada no momento da comprovação. 
 
O Pis e a Cofins, são dois tributos previstos pela Constituição Federal nos artigos 195 e 239. 
PIS (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público –PIS/PASEP) instituído pela Lei 
Complementar 07/1970. 
COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991. 
Os recursos do PIS são destinados ao pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e 
entidades para os trabalhadores públicos e privados, onde o PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas, 
administrado pela Caixa Econômica Federal, e o PASEP destinado aos servidores públicos, administrado pelo Banco do 
Brasil. Já os recursos da Cofins são destinados principalmente para a área da saúde. 
Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep: 
Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%) 
Sobre a Importação (2,1%) 
Sobre a Folha de Pagamento (1%) 
De acordo com o Art. 2º da Lei 9.718/1998, todas as pessoas jurídicas de Direito privado, ou a elas equiparadas estão 
obrigadas a modalidade de Contribuição sobre o Faturamento, podendo sua alíquota variar entre 0,65% ou 1,65% de 
acordo com o regime de apuração. 
Já as entidades sem fins lucrativos que tenham empregados, estão obrigadas a modalidade sobre a Folha de 
Pagamento, e sua alíquota será de 1%. 
A Cofins possui duas modalidades: 
Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%) 
Sobre a Importação (9,75% + 1% Adicional) 
No regime cumulativo consiste em um método de apuração no qual o tributo é exigido na sua inteireza, ou seja, toda 
vez que houver saídas tributadas, deve se efetuar o cálculo em cima do total destas saídas, sem direito a amortização 
dos tributos incididos nas operações anteriores, resumindo, as empresas obrigadas a apurar o Pis e Cofins no regime 
cumulativo, não possuem direito a qualquer tipo de Crédito. 
O regime Cumulativo possui as seguintes alíquotas: 
Alíquota de 0,65% para o PIS; e 
Alíquota 3% para a Cofins. 
No regime não cumulativo, muito conhecido por já ser utilizado na cobrança de outros tributos, tais como o ICMS e o 
IPI, permite a apropriação de créditos com o montante cobrado na operação anterior, diferentemente do ICMS e IPI, 
no Pis e Cofins essa apropriação de crédito deve ser segregada item a item, separando qual produto é tributado e qual 
não é, ao invés de já apropriar-se do total da operação. 
No regime Não Cumulativo há a incidência dos tributos e possui as seguintes alíquotas: 
Alíquota de PIS é 1,65%; e 
Alíquota da COFINS 7,6%.

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