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Tendências do Pensamento Pedagógico Contemporâneo

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Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: Tendências do Pensamento Pedagógico Contemporâneo 
Autores: M.e Wanderlane Gurgel do Amaral 
Revisão de Conteúdos: Esp. Angelica Czocher 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 
 
 
2 
 
Wanderlane Gurgel do Amaral 
 
 
 
 
 
Tendências do Pensamento 
Pedagógico Contemporâneo 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2016 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
AMARAL, Wanderlane Gurgel do. 
Tendências do Pensamento Pedagógico Contemporâneo / Wanderlane 
Gurgel do Amaral. – Curitiba, 2016. 
47 p. 
Revisão de Conteúdos: Angelica Czocher. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Tendências do Pensamento 
Pedagógico Contemporâneo – Faculdade São Braz (FSB), 2016. 
ISBN: 978-85-5475-101-2 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
A disciplina Tendências do Pensamento Pedagógico Contemporâneo tem 
como objetivo explicar como os conhecimentos em sala de aula eram 
trabalhados, até os dias atuais, incluindo as tendências pedagógicas e os 
desafios do professor para atuar no século XXI. 
Conhecer as Tendências Pedagógicas é importante, a perceber que ao 
longo das décadas o trabalho do professor em sala de aula foi sendo traçado de 
acordo com os movimentos sociais que ocorriam, e que ocorrem no Brasil, ou 
seja, ora eram pautados nas Tendências Liberais, hora nas Tendências 
progressistas. Ao conhecê-las é comum perceber que muitas vezes mais de uma 
tendência é aplicada em sala de aula pelos professores, pois dificilmente uma 
instituição será totalmente tradicional ou totalmente construtivista. 
Atualmente, com a entrada das tecnologias no contexto social, muitas 
instituições precisaram se adaptar às novas tendências e essa, não poderia ser 
deixada de fora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 
 
 
6 
 
Aula 1 – Tendências pedagógicas liberal e progressista: tendência liberal 
tradicional 
 
Apresentação da aula 1 
 
Esta aula irá abordar o que são Tendências Pedagógicas, mais 
especificamente as Tendências Liberais Tradicional e como elas se relacionam 
com a prática do professor em sala de aula. Onde e como elas sugiram e qual a 
importância que há em conhecê-las. 
 
1.1 Tendências pedagógicas liberal e progressista: tendência liberal 
tradicional 
 
Antes de tratar sobre Tendências Pedagógicas, é preciso entender o que 
são tendências, pois isso facilitará entendimento quando acrescentar a palavra 
pedagógica. 
Primeiramente, uma tendência parte de uma ideia compartilhada. Por 
exemplo, alguém tem uma ideia e compartilha essa ideia com várias pessoas. 
Certamente essa ideia está sendo disseminada e ela se torna uma moda. Em 
outras palavras, nesse caso tendência é uma forma padrão de agir e pensar de 
uma determinada sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ideia individual, ideia compartilhada e moda 
Fonte: © Freepik 
 
 
 
7 
 
A partir da compreensão de que tendência é uma moda ou uma forma 
padrão de se agir, ficará mais claro explicarmos que Tendência Pedagógica é 
uma prática padrão de atuação do professor em sala de aula. Porém, quando 
refere-se a “prática padrão”, não é que o professor deverá seguir rigorosamente 
em sala de aula apenas uma tendência, até porque ele deve analisar qual delas 
será melhor para o seu desempenho acadêmico e, de acordo com cada situação 
o professor poderá utilizar a tendência que melhor se aplica (FOGAÇA, S/d.). 
Falo isso, porque nos dias atuais não há instituição totalmente tradicional, nem 
totalmente construtivista. Assim sendo ao analisar as Tendências Pedagógicas, 
deve ter em mente que “uma tendência não substitui totalmente a anterior, mas 
ambas conviveram e convivem com a prática escolar” (FOGAÇA, S/d. p.1). 
No caso da educação brasileira, as práticas pedagógicas sofreram 
bastante influência dos contextos sociais e políticos e, foram trazidas à tona 
devido aos movimentos sociais e filosóficos de cada época (FOGAÇA, S/d.). 
 
1.2 Práticas pedagógicas 
 
No Brasil, quem desenvolveu o assunto sobre as Tendências 
Pedagógicas foi José Carlos Libâneo na década de 1970. Ele pensou na prática 
escolar que é o dia a dia da escola. Porém, essa prática não é estritamente 
pedagógica, porque nela também se desenvolvem as práticas sociopolíticas. Por 
isso, o Projeto Político Pedagógico. Isso porque existem elementos políticos que 
são característicos da sociedade e que todos influenciam na prática educacional, 
que é o caso das leis, da economia, dos ideias de justiça, do cenário social, entre 
outros. 
 
Importante 
Além de Libâneo (1990), Dermeval Saviani (1997) também 
propõe reflexões sobre as Tendências Pedagógicas. 
 
 
 
8 
 
É nesse cenário que entram as tendências pedagógicas. Questiona-se, 
“por que tendências? Por que tendência como se fosse ideia de moda?” A 
resposta está no fato de que a cada momento histórico ou sociopolítico, há uma 
determinada manifestação socioeducativa, ou seja, a escola se adapta às 
características sociais e sociopolíticas e as tendências acontecem, porque há 
uma adaptação da escola às necessidades sociais. 
 
1.3 Tendências Pedagógicas 
 
No item anterior foi explanado que, José Carlos Libâneo foi quem iniciou 
os estudos sobre as Tendências Pedagógicas no Brasil. Agora trazendo esse 
assunto à tona novamente, devemos atentar-se para fato de que Libâneo 
reconhece dois modelos, as Tendências Liberais e as Tendências Progressistas, 
porém, há outras tendências ligadas ao Positivismo, ao Iluminismo e a outras 
doutrinas de ordem filosófica. 
Assim sendo, nestadisciplina será limitada às Tendências Liberais e às 
Tendências Progressistas. E antes de iniciar existe a necessidade, de entender 
que as Tendências Liberais, são tendências acríticas, ou seja, não visam a 
transformação da sociedade e sim a manutenção do status quo da sociedade. 
Já as Tendências Progressistas são críticas e visam criar indivíduos capazes de 
modificar a sociedade em que vivem. 
 
Vocabula rio 
Status quo - Estado atual das coisas, seja em que momento 
for. 
 
 
 
1.3.1 Tendências Liberais 
A Tendência Liberal se divide em três, são elas: 
 Escola Tradicional; 
 Escola Renovadora Progressiva ou Progressivista que se divide em: 
Diretiva e não diretiva; 
 
 
9 
 
 Escola Tecnicista. 
Curiosidade 
Não é nenhum equívoco falar Tendências ou Pedagogia 
quando se trata das Tendências Pedagógicas. 
Por exemplo: Pedagogia Liberal, Tendência Liberal, etc. 
 
 
Uma Pedagogia Liberal tem como função preparar os indivíduos para o 
desempenho de papéis sociais e o que vai determinar de acordo com as suas 
habilidades individuais. Assim sendo, o indivíduo precisa se adaptar aos valores 
e normas vigentes na sociedade de classes por meio da cultura individual. Como 
se dá ênfase ao aspecto cultural, não são consideradas as diferenças entre as 
classes sociais, porque não leva em consideração as desigualdades de 
condições, ainda que a escola difunda essa ideia (LIBÂNEO, 1999). 
Essa tendência se fundamenta na justificação do sistema capitalista, além 
da manutenção e existência desse sistema. 
Além disso, vamos ver quais mais características a pedagogia liberal tem. 
 Defende a liberdade e os interesses individuais, ligados ao 
capitalismo, a atividade laboral, à propriedade privada; 
 Forma de organização social é propriedade privada dos meios de 
produção; 
 Desenvolver bons cumpridores de papéis sociais é o seu objetivo; 
 Sua teoria é não crítica, manutenção do status quo. 
 
A Pedagogia Liberal não visa a transformação do ambiente, cada 
indivíduo é preparado para ocupar o seu lugar na sociedade. 
Ví deo 
Uma dica de filme que retrata bem da tendência liberal, de 
manutenção do status quo de divisão do trabalho e de 
organização social é Tempos Modernos. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=CozWvOb3A6E 
 
 
10 
 
1.3.2 Tendência Tradicional 
 
Se analisar a Educação ao longo da história começaremos com a Paidéia 
que era o sistema de educação para o cidadão da Grécia antiga, mas a escola 
concebida com a estrutura que conhecemos, com sala de aula, carteiras, vem 
da escola tradicional. Essa Tendência teve uma base muito grande na Europa e 
também na Didática Magna defendida por João Amós Comenius que era bispo 
e pai da Didática Magna que era influenciado pela filosofia de René Descartes e 
Francis Bacon (SANTANA, S/d., p.1). Comenius identificou um método para 
mediar o conhecimento para os alunos. 
Quem trouxe para o Brasil a pedagogia tradicional foram os Jesuítas que 
organizaram as primeiras escolas no país. Como essa escola faz parte da 
Tendência Liberal ela serve para preparar o indivíduo para as práticas sociais e 
para os valores liberais burgueses. No entanto o “preparar” aqui colocado 
significa fazer com o que o indivíduo se adapte aos valores burgueses, assim 
sendo, ela é mais um processo de adaptação do indivíduo. 
O papel da escola é fundamental e é concebida como um espaço de 
disciplinamento dos estudantes. Tem uma estrutura muito mecânica e 
organizada, que se baseia em cadeiras enfileiradas, que centra a figura do 
professor como detentor do conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sala de aula tradicional 
Fonte – © Freepik 
 
 
 
11 
 
A escola é fundamental e é concebida como um espaço de 
disciplinamento do estudante. Tem uma estrutura mecânica e muito bem 
organizada que se baseia nas carteiras enfileiradas, na pessoa do professor que 
“transmite” a disciplina. 
O professor é disciplinador, é uma autoridade para o estudante. Essa 
autoridade não é sobre os conteúdos que ele domina ou conhece. Ele é 
autoridade, no sentido do autoritarismo. Esse professor também: 
 Promove o ensino mecânico baseado na memorização; 
 A didática do professor segue passos, por exemplo, a preparação do 
aluno relembrando o que aprendeu na última aula; 
 Utiliza a generalização, ou seja, parte do todo para chegar ao 
específico; 
 Aplicação de provas essa aplicação é diferente da avaliação. Essa 
aplicação é aquela “avaliação” de caráter coercitivo, ou seja, serve 
para impor medo no estudante é tanto escrita quanto oral. 
 Os conteúdos ministrados são desligados da realidade e da prática 
social estudante. Esses conteúdos se preocupam com o 
enciclopedismo, intelectualismo, humanismo. Ou seja, o aluno, a 
aluna, vai aprender artes, história, latim (não nos dias atuais), outro 
idioma tradicional clássico, cultura. Isso tudo baseado em uma cultura 
histórica, normalmente europeia, elitista. 
 
Em suma, os conteúdos e a prática escolar tradicional têm duas 
características, ele é elitista e é seletivo. 
 É elitista porque ele não só se direciona para a elite, como ele trata 
de assuntos da elite, ensina assuntos que são inerentes à elite. 
 É seletivo porque ele separa os alunos que aprende dos que não 
aprendem. 
 
Se analisar a prática escolar de hoje, em que há uma necessidade de 
incluir, a escola tradicional “não é boa” porque ela não busca soluções para 
resgatar e reconhecer o porquê o estudante não aprende, quais suas 
dificuldades e o que é preciso ser feito para resgatá-lo, ela simplesmente o 
exclui. 
 
 
12 
 
Método utilizado é expositivo e verbal, tanto para a criança quanto para o 
adulto. Isso quer dizer que a criança é educada e concebida como um adulto em 
miniatura, sem levar em consideração as diferentes capacidades cognitivas e os 
diferentes recursos que o adulto tem e que as crianças ainda não 
desenvolveram. O aluno neste processo é mero expectador da sua 
aprendizagem, não se envolve com o que está sendo trabalhado e apenas 
executa as atividades. 
Ainda hoje se utiliza a prática da escola tradicional. O que promove a 
necessidade de utilizamos instrumentos e ferramentas tradicionais é o conflito 
da formação inicial e continuada do professor que é baseada em uma teoria da 
democratização do ensino, da inclusão, dentre outros valores. Essa 
aprendizagem está em conflito com a realidade da escola brasileira que é 
tradicional. Essa realidade escolar é marcada pelos seguintes fatores: 
 Grande número de alunos por sala; 
 Poucos recursos de trabalho; 
 Baixo salários dos docentes; 
 O Projeto Político Pedagógico não é executado como está no papel, 
entre outros fatores. 
 
Para Refletir 
O ensino tradicional é um desafio a ser superado, é uma 
contradição da informação que você recebe na formação 
inicial e na formação continuada e, a estrutura de trabalho 
que o professor tem com a prática pedagógica. 
 
 
A pedagogia ou tendência tradicional é uma realidade a ser superada, 
mas, para isso, não depende somente do professor. Quando o estudante é 
participativo, quando lê o material proposto e interage com o assunto, com o 
professor e com os colegas, estará contribuindo para que a aula seja mais 
dinâmica e menos tradicional. 
 
 
 
13 
 
Deve-se ter muito cuidado com a nomenclatura Renovadora 
Progressiva ou Progressivista para não confundi-las com a Tendência 
Progressiva. 
Uma Tendência Progressiva ou Progressivista é derivada tendência 
Liberal e é acrítica. 
 
 
1.4 Tendência Renovadora Progressiva ou Progressivista – diretiva enão 
diretiva 
 
O primeiro passo é entender o que a Tendência Renovadora Progressiva 
ou Progressivista - diretiva e não diretiva trouxeram de novo para a escola. 
No início do século XX, buscou-se a renovação da escola, ou seja, um 
papel mais atuante dela na realidade e na vida social do aluno, bem como uma 
difusão e criação maior de escolas para atender a todos. A Escola Nova, foi 
criada dentro dessa renovação. 
A escola renovadora progressiva ou progressivista tem duas vertentes: a 
diretiva e a não-diretiva. 
 
1.4.1 Escola Renovadora Progressiva ou Progressivista Diretiva 
 
A Escola Diretiva concebe a escola não como um espaço, mas como um 
ambiente. Ambiente no sentido de ser favorável para os alunos e deve: 
 Propiciar o aprendizado do aluno, da aluna – autoaprendizado. O 
ambiente precisa ser estimulador, independente de estarmos falando 
nas tendências, ou seja, todo ambiente escolar. Por exemplo, quando 
o professor oferece para o aluno, para a aluna um estímulo e o aluno, 
a aluna se interessa por esse estímulo, pelo desafio e pela atividade 
oferecida a ele, pode ocorrer que, mesmo que o professor não cobre 
a atividade o aluno vai continuar executando porque ele se interessou 
por ela. Assim sendo, é um ambiente que estimula o aluno para que 
ele possa aprender de fato e o mais importante que isso faça chegar 
em um autoaprendizado. 
 Os conteúdos devem se respaldar nas necessidades da vida diária 
do aluno. Assim sendo em vez dos conteúdos enciclopedistas, 
 
 
14 
 
humanistas como acontece na escola tradicional, nessa tendência ele 
passa a ser conteúdos que se relacionam com a realidade do 
estudante. Esse conteúdo obviamente de natureza científica, mas que 
o aluno possa aplicar no seu dia a dia, tanto no mundo do trabalho, 
quando nas suas relações interpessoais, como na compreensão do 
mundo a partir de si (intrapessoal). 
 O professor oferece situações-problema e o aluno precisa resolvê-
las. Ele não perde sua posição de autoridade porque ele é o condutor 
da aprendizagem, das atividades. Mas, diferente da escola tradicional, 
essa autoridade não está pautada no autoritarismo. Assim sendo, a 
postura do professor é a de mediador. Assim sendo, ele o responsável 
por mediar as relações existentes entre aluno-meio, aluno-conteúdo, 
aluno-aluno, aluno-professor. Por isso, o professor apresenta o 
problema para o aluno e o ajuda a viver novas experiências (a escola 
é um espaço de experiências). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor mediador 
Fonte – © Freepik 
 
 
 
15 
 
O professor irá adaptar o aluno para uma nova sociedade, como também 
capacitá-lo para que ele tenha o máximo de experiências possíveis dentro da 
escola e com isso, tenha autonomia ao longo da vida. Nesse sentido o professor 
tem que ensinar o aluno a aprender fazendo. 
 Valoriza-se bastante o trabalho em grupo porque o professor precisa 
se aproximar daquilo que o aluno vai precisa no seu dia a dia. 
 O aluno é incentivado o tempo todo a “aprender a aprender”. Isso 
significa dizer que esse deve ter disposição para aprender coisas 
novas. 
Importante 
Aprender a aprender significa o grau de autonomia adquirido 
pelo aluno, (e que aprendeu na escola), ou seja, depois que o 
aluno, a aluna sai da escola e não tem mais o professor 
guiando, o aluno, a aluna tem que ter essa capacidade de 
aprender a aprender, de se guiar com autonomia. 
 
 
Na década de 1920 foi criada a Associação Brasileira de Educação (ABE) 
que tinha como membros Anízio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando Azevedo. 
Essa associação trouxe novos ideias para a educação brasileira que foram as 
ideias Escolanovistas, ou escola renovada diretiva. Perceba que esses foram os 
idealistas da Tendência Renovada Diretiva (Escola Nova) que tinham como 
ideais “uma escola para todos”, como direito subjetivo do indivíduo, todos têm 
direito a educação e que o estado precisa reformular a educação e tornar a 
educação pública escola de todos. 
Depois de ficar anos levantando ideais, planejamentos e metas para a 
educação brasileiras, esses ganharam importância política em 1932 quando 
surgiu o Manifesto dos Pioneiros, liderado por Fernando de Azevedo com o apoio 
de Anízio Teixeira, Roquette Pinto, Mario Casassanta, Cecília Meirelles e vários 
outros, que trouxe ideais que condizem com as da escola diretiva (SAVIANI, 
2004). 
 
 
 
 
 
16 
 
1.4.2 Escola Renovadora Progressiva ou Progressivista não-diretiva 
 
Essa escola foi defendida pelo americano Carl Rogers que defendia que 
os conteúdos que se aprende na escola e o professor não têm tanta importância. 
O que mais importante que o professor ensine aos alunos não são os conteúdos 
do currículo e sim, que ele estimule esse aluno a ter capacidade de aprender. 
 Ênfase não está voltada para os conteúdos e sim, para as questões 
psicológicas do aluno. Em outras palavras, transformar o aluno para 
que ele seja do ponto de vista psicológico, saudável, motivado, 
interessado, capaz de aprender, para que a partir dessa capacidade 
ele promova o seu autoaprendizado; 
 O professor em sala de aula é mais um terapeuta do que um professor 
da forma como nós compreendemos que é aquele que “repassa” as 
informações. 
 
Essa escola não se aplica no contexto brasileiro, principalmente, porque 
como vimos lá no início quando falamos da Tendência Tradicional, alguns 
impasses acontecem na nossa realidade escola que nos impedem de atuarmos 
dentro dessa escola. Acredito que o principal deles é o grande número de alunos 
em sala de aula. 
 
1.5 Tendência Tecnicista 
 
A Tendência Tecnicista tem um cunho liberal enorme porque ela é toda 
voltada para o mundo do trabalho, por isso, ela vai preparar o indivíduo para o 
trabalho. Sua finalidade é produzir mão de obra. Os conteúdos são 
extremamente objetivos, como, manuais, apostilas, livros que trazem os 
conteúdos técnicos da profissão e que são aplicados no dia a dia do trabalho, 
cuja objetividade é a reprodução fiel trazida por esses materiais. 
O professor é um transmissor, pois de um lado se tem o aluno que quer 
se preparar para o mundo do trabalho e do outro lado o professor que é o 
responsável pela “transmissão do conteúdo” e nesse meio termo há um 
determinado conteúdo científico. Esse professor avalia o aluno porque ele vai 
integrar o mundo do trabalho. 
 
 
17 
 
No Brasil, a escola tecnicista veio influenciar o currículo e a Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB) nas décadas de 1960 e 1970, ou seja, influenciou 
bastante a educação brasileira, que é uma educação dualista. Já o ensino 
profissionalizante que é o ensino tecnicista, que prepara o indivíduo para o 
mundo do trabalho, se direciona à massa da população que precisa trabalhar. 
Vocabula rio 
Dualismo Escolar - é um processo de seleção de indivíduos 
na sociedade em que o ensino científico do ponto de vista da 
universidade é direcionado para uma determinada camada da 
sociedade que tem acesso a educação de qualidade e que tem 
condições de participar desse ensino elitista. 
 
A tendência Tecnicista ocorreu no Brasil nas décadas de 1960 e 1970 
porque nessa época o país assume uma postura desenvolvimentista. Ou seja, 
conforme Saviani (2008) na ditadura militar o Brasil tinha uma necessidade 
enorme de se desvincular dos países imperialistas, de não ser tão dependente 
dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra. Assim sendo, o Brasil precisou 
estimular a sua própria força de trabalho e, o papel da escola passa a ser formar 
essa força de trabalho. 
Com isso, houve uma intensificação na divisão de classes a partir daescola tecnicista. Vieram outros manifestos em prol de uma educação mais 
inclusiva, mais humana, que construa mais o indivíduo do ponto de vista humano 
e não do ponto de vista do trabalho, como foi o que foi liderado por Florestan 
Fernandes. 
Atualmente, aqui no Brasil, existe uma necessidade, até mesmo pelo 
Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) formar mão de obra. É aí 
que entra a criação dos Institutos Federais Tecnológicos (IFT) que 
profissionalizam o indivíduo para ele ter uma capacidade laborativa. 
De qualquer forma se aplica nessas instituições o tecnicismo, porque o 
indivíduo está sendo preparado para o mundo do trabalho, porém, com outras 
características. A diferença do tecnicismo antigo para o tecnicismo praticado nos 
IFT atualmente está que atualmente o tecnicismo não quer formar apenas mão 
de obra alienada, que saiba apenas executar aquele aprendizado trazido da sala 
 
 
18 
 
de aula, mas sim, junto a isso, desenvolve o indivíduo que seja responsável, 
crítico, autônomo, que reconheça o mundo do trabalho, suas limitações, suas 
oportunidades e inclusive estimular o espírito empreendedor no trabalhador e 
que ao sair dessa escola tecnicista ele saia também com uma profissão 
garantida. 
 
Resumo da aula 1 
 
Esta aula abordou sobre as tendências pedagógicas liberais que se 
dividem em Escola Tradicional; Escola Renovadora Progressiva ou 
Progressivista que por sua vez se divide em Diretiva e Não-diretiva. Aprendeu 
que a ideia de Tendência é literalmente uma “moda” que de acordo com as 
necessidades sociais e filosóficas foram sendo disseminadas na escola. 
Atividade de Aprendizagem 
Descreva com suas palavras o que são Tendências 
Pedagógicas. 
 
 
Aula 2 – Tendências Progressistas 
 
Apresentação Aula 2 
 
Nesta aula será explanado sobre as Tendências Progressistas. E que a 
partir dela surgiu o aspecto político da educação. Entenderá o pensamento de 
Paulo Freire sobre Educação Bancária e Pedagogia do Oprimido, além de 
entendermos o que nos ensina a teoria crítico social dos conteúdos. 
 
2.1 Tendências Progressistas 
 
As tendências Progressistas se dividem em três, Libertadora, Libertária e 
Crítico-social dos conteúdos. 
A escola progressista imagina uma escola integrada a todos os ambientes 
da sociedade, por isso, o aspecto político da educação se torna relevante. 
 
 
19 
 
Segundo Rodrigues et al (2013, p. 334). “A escola libertadora originou-se de 
princípios não formais de educação, defendendo a transformação da sociedade 
por meio da educação, compreendendo-a como ferramenta de libertação da 
dominação social”. 
Pode-se exemplificar com a escola tradicional (as que querem ser 
tradicional) desvincula as questões sociais das questões educacionais, ou seja, 
deixa apenas os problemas pedagógicos como sendo de sua responsabilidade 
e os problemas políticos, econômicos à sociedade. 
O problema está no fato de que tantos os problemas sociais quanto os 
problemas educacionais andam juntos. Pois, o aluno que não aprende nem 
sempre é por alguma deficiência cognitiva, pode acontecer que ele está com 
fome. Assim sendo, esse é um problema social que acaba ocorrendo dentro da 
escola. 
A escola está o tempo todo convivendo com as questões sociais e por 
esse motivo precisa ter conhecimento desse cenário político social. 
É nas tendências progressistas que o Projeto Político deixa de ser apenas 
político e passa a ser Projeto Político Pedagógico, por causas da situação 
econômica, por causa das transformações da natureza do Estado (passagem do 
Estado liberal para o Estado intervencionista), o aspecto da cidadania crescendo 
nos estados, nos países, o desenvolvimentismo, entre outros. 
 
2.2 Tendência Libertária 
 
A tendência libertária está vinculada ao Anarquismo, assim sendo, a 
escola libertária é uma escola autogestionária. Isso significa dizer que a escola 
é administrada por conselhos que por sua vez, irão definir as regras escolares, 
como a escola deve funcionar. 
 
Curiosidade 
Anarquismo não quer dizer uma forma sem ordem e sim, 
uma forma de governo em que a ordem é estipulada pelos 
grupos e não há o domínio direto do Estado na sociedade, 
ou seja, cada grupo tem sua própria gestão. 
 
 
 
20 
 
Rodrigues et al (2013, p. 334) corroboram ao dizer que: 
 
Com o aflorar da democracia nos anos 1980, originam-se os princípios 
da Escola Libertária, ancorados pelas ideias de mudanças políticas e 
culturais, negando-se a qualquer forma de dominação. Segundo esses 
princípios, a educação tem uma função política intrínseca e o 
desenvolvimento individual somente se dá no coletivo, por meio da 
participação em conselhos, assembleias e grupos da sociedade civil 
organizada. 
 
Isso diz respeito ao Currículo da escola, porque nessa tendência o 
currículo e o método não vêm de cima para baixo, ou seja, não é o Estado que 
decide e sim, o próprio conselho da escola. Na escola libertária há um 
distanciamento da burocracia do Estado. 
Apesar da natureza anárquica e autogestionária da escola libertária, ela 
tem a visão do aspecto progressista e político da educação e isso, faz com que 
as políticas estejam voltadas para as necessidades diárias do estudante. 
 
2.2.1 Professor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora orientadora 
Fonte: © Freepik 
 
O professor lança desafios para o estudante, é mediador, orientador e é 
catalisador, ou seja, ele contribui para o aceleramento do desempenho da 
compreensão do estudante na realidade e sobre realidade dele. Para que isso 
 
 
21 
 
aconteça ele propõe conteúdos e problemas práticos. Porém não há uma 
cobrança ou exame sobre o estudante, o que o professor quer é que o aluno 
mostre na prática o que aprendeu e o que não aprendeu. Conforme Santos 
(2012, S/p.) a relação do professor-aluno não é diretiva, ou seja, “o professor é 
orientador e os alunos livres”. 
Porém, é importante enfatizar que a escola libertária enfrenta alguns 
problemas, pois ela não tem controle muito correto do rendimento do estudante 
e, por outro lado, quando ela se distancia do Estado, é provável que os grupos 
que se organizam não tenham a capacidade de formular um sistema completo 
de ensino. 
Mas, o ponto positivo está no fato de que o professor propõe conteúdo 
que realmente irão fazer a diferença na vida do estudante. Principalmente 
porque há muito tempo os estudantes se questionam o porquê devem estudar 
determinados conteúdos. Os conteúdos de matemática, de ciências de física, 
são necessários porque representam método de construção do raciocínio e 
desenvolvem a capacidade do estudante para que ele exerça outras atividades 
durante a sua vida. Porém, se houver um direcionamento mais intenso dos 
conteúdos a serem estudados, com a realidade, haverá um desempenho muito 
mais rápido, por isso que o professor é um catalisador. 
 
2.3 Tendência Libertadora ou Escola de Paulo Freire 
 
Para falarmos de Paulo Freire, duas coisas não podem faltar, o homem e 
a escola. 
O homem como ser histórico porque ao longo da história as coisas se 
transformam. Por exemplo, se olhar para você hoje, verá que você é um conjunto 
de atributos que foram construídos historicamente pelos seus ancestrais. O que 
reproduzimos ou manifestamos hoje é fruto de uma cultura que foi construída ao 
longo dos anos. Que além de trazer consigo uma bagagem histórica que 
representa a cultura, esse homem está em constante transformação. 
Se o homem está em constante transformação não dá para se criar uma 
ideia determinista do ser humano. Por exemplo, na ideia determinista analfabeto 
nasceu para ser analfabeto,quando o correto é, analfabeto nasceu para ser 
alfabetizado. Porque dentro do processo evolutivo, o homem tem condições 
 
 
22 
 
enquanto ser humano de ser alfabetizado, de ter uma vida melhor não somente 
no aspecto individual quanto no aspecto social, com mais garantias e com mais 
dignidade. Para Paulo Freire, é na educação que se encontra a possibilidade de 
transformação do homem. 
 
A “Pedagogia se delineia a partir de uma posição filosófica definida”. 
Em seu livro Filosofia da Educação, o autor discorre sobre a relação 
existente entre a Pedagogia e a Filosofia e busca clarificar as 
perspectivas das relações entre educação e sociedade. (SANTOS, 
2012, S/p., apud LUCKESI, 1994). 
 
Assim sendo, quando se fala em capacidade transformadora, estamos 
falando do indivíduo enquanto um ser histórico que a partir da sua racionalidade 
ele se transforma e transforma o meio, assim sendo, para desenvolver a 
racionalidade é preciso educação. Esta é uma dimensão filosófica do 
pensamento de Paulo Freire que o homem está em constante transformação e 
que nós podemos estimular essa mudança. 
A escola não é um mero espaço, ela é um ambiente de transformação 
social. Ao imaginar a escola por escola, teremos prédios, com salas, cadeiras, 
quadros, gizes, que nesse caso é concebida como um espaço em que as 
pessoas frequentam e representam uma instituição socializadora. Porém, ao 
pensar na escola como ambiente, deve-se, pensar o que essa escola está 
produzindo. Se a sociedade for pobre, com deficiências, com analfabetismo, a 
instituição capaz de transformar essa realidade é a escola. Essa é a base da 
escola libertadora. 
 
2.3.1 Conteúdos 
 
Na escola de Paulo Freire não se valoriza o programa curricular formal. 
Importante 
 
O programa curricular formal é o que a LDB chama de base 
comum da educação e que as Diretrizes Curriculares da 
Educação Básica, defendem. As disciplinas da base comum 
(língua portuguesa, matemática, ciências, música, língua 
estrangeira moderna) são necessárias para a formação do 
indivíduo nos moldes do Estado Brasileiro. 
 
 
 
23 
 
Ele denomina esse programa curricular formal de Educação Bancária. 
Que quer dizer que nesses moldes, os conteúdos são depositados dentro dos 
estudantes, que precisam guardar esses conteúdos, mas que nem sempre 
consegue articular o uso deles com as necessidades sociais. Os estudantes não 
são estimulados a utilizá-los de forma crítica e prática. Por exemplo, é ensinado 
para o estudante, matemática, ciências, onde é depositada uma série de 
conteúdos onde o professor aplica a prova, o aluno responde, porém, quando 
ele está diante de um problema real o estudante não consegue usar esses 
conteúdos para resolver esse problema prático no dia a dia e que, muitas vezes 
representa uma necessidade social, como a compreensão efetiva dele mesmo 
enquanto cidadão. Sendo esta a crítica que Paulo Freire faz do Programa 
Curricular Formal, por ele ser uma mera educação bancária. 
Na tendência libertadora são valorizados os temas geradores, sendo os 
currículos representados por esses. Os temas geradores são temas que 
condizem com a realidade do estudante. Esses podem ser os ligados à 
participação social, ao trabalho, às relações sociais. 
Segundo Paulo Freire, para desenvolver esses temas gerações, é 
necessário: 
 Valorizar as experiências trazidas pelo aluno à escola - Na 
escola tradicional, quando o aluno chega na escola é como se ele 
fosse um papel em branco e o professor da escola tradicional que 
é transmissor de informações, irá, informar e registrar essas 
informações nessa folha de papel em branco. Então o aluno irá 
acumular conhecimentos que foram retirados de obras, de 
manuais, de livros etc. então o aluno é uma folha de papel em 
branco que começa a receber um registro. 
 Diálogo entre educador e educando – isso prova a relação 
horizontal entre professor e aluno. O importante é que exista uma 
relação horizontal entre professor e estudante. 
 Construção do conhecimento – o professor não reproduz textos 
de livros e de apostilas, ele criou conhecimento junto com o aluno. 
Para Paulo Freire é importante que o conhecimento seja construído 
por estar fielmente ligado a realidade do educando. A transmissão 
de conteúdos pré-elaborados por manuais, livros e apostilas, tende 
 
 
24 
 
a reproduzir as ideias dominantes e, isso significa reproduzir a 
desigualdade social, ou seja, o professor faz o aluno entender a 
sociedade sob o ponto de vista das classes dominantes. Assim 
sendo, a realidade é que medeia a relação entre professor e aluno, 
pois a conclusão entre o diálogo professor e estudante, é a 
consciência sobre a sociedade e consequentemente o 
reconhecimento das ideias dominantes. 
 
Paulo Freire condena a dominação e apresenta uma situação que é a 
opressão. Para ele as ideias dominantes oprimem o indivíduo, as classes mais 
pobres e a massa popular. Então, nós temos um estado de opressão na 
sociedade causado pelas classes dominantes. Esse estado dominante pode ser 
superado por meio da: 
 
 
 
 
 
 
 Superação do estado dominante 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2016) 
 
Importante 
Você deve estar se perguntando: como o indivíduo consegue 
perceber essa realidade, de que ele está sendo oprimido? Só 
há uma maneira de chegar à ação – reflexão – ação, que é por 
meio da educação. 
 
Você deve estar se perguntando: como o indivíduo consegue perceber 
essa realidade, de que ele está sendo oprimido? Só há uma maneira de chegar 
à ação – reflexão – ação, que é por meio da educação. 
 
 
 
 
25 
 
 
2.3.2 Finalidade da Educação 
 
Abbagnano, (1962, p. 289) diz que “a palavra finalidade refere-se a algo 
que se destina a um alvo, a uma meta” e a finalidade da educação é formar uma 
consciência crítica. 
Silva (2013, p.4) corrobora ao dizer que: 
 
[...] do ponto de vista da sociedade, em constante conflito e longe da 
homogeneização, a educação assume finalidades diferentes, muitas 
vezes não explícitas teoricamente, mas efetivadas na concretude das 
relações e ações do dia a dia. 
 
 Para Paulo Freire adultos também têm direito a serem educados. 
 
2.4 Tendência crítico-social dos conteúdos 
 
Essa teoria surgiu entre as décadas de 1970-1980 pelo professor José 
Carlos Libâneo. Nessa época o Brasil buscava um processo de escolarização 
que realmente ensinasse que incluísse o indivíduo no mundo do trabalho. Não 
bastava apenas humanizar, democratizar a educação, ela teria que ser eficiente. 
Os conteúdos universais que são os da base comum (linguagem códigos, 
cálculos), aqueles que todos devem conhecer/saber, precisam ser difundidos. O 
indivíduo tem que ser educado levando-se em consideração esses conteúdos 
universais. Porém esses conteúdos têm que estar ligados à realidade social. 
Na tendência crítico-social dos conteúdos, Libâneo (1994) fortalece o 
papel da escola, para ele, “um conteúdo não pode se dissociar da realidade 
social, porque a escola é parte integrante da sociedade, portanto, agir dentro 
dela é também agir no rumo da transformação”. (LIBÂNEO, 1923, p. 39). 
Maneschy (2012, p. 10), os: 
 
Os Conteúdos de ensino - São os conteúdos culturais universais que 
se constituíram em domínios de conhecimento relativamente 
autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente 
reavaliados face às realidades sociais. Embora se aceite que os 
conteúdos são realidades exteriores ao aluno, que devem ser 
assimilados e não simplesmente reinventados eles não são fechados 
e refratários às realidades sociais. Não basta que os conteúdos sejam 
 
 
26 
 
apenas ensinados, aindaque bem ensinados, é preciso que se liguem, 
de forma indissociável, à sua significação humana e social. 
 
Com isso, podemos observar que tanto Paulo Freire quando Luckesi, 
Libânio, entre outros, concordam que os conteúdos devem fazer parte da 
realidade social dos estudantes. 
 
2.4.1 A escola 
 
Tem o papel de preparar o indivíduo. Libâneo fortalece o papel da escola, 
assim sendo, é ela a responsável por essa difusão. Para ele, para difundir 
corretamente esses conteúdos e preparar o indivíduo a escola tem que oferecer 
uma educação de qualidade. 
Porém, Libâneo (1990) observou e estudou as condições sociais do Brasil 
e, sabendo que o país não tem totais condições previu que a escola vai reclamar 
que não tem estrutura. Até porque a escola é a responsável por difundir os 
conteúdos e dar educação de qualidade. Com isso, a escola tem esse desafio 
de promover uma educação de qualidade, mas dentro das suas estruturas. 
O princípio é independente da situação estrutural, polícia da escola, ela 
tem que oferecer uma educação de qualidade. 
 
2.4.2 O papel do professor 
 
O papel do professor é importante porque ele é um mediador, contribui 
com o aluno para que ele perceba a realidade que está ao seu redor. Em 
concordância com a Pedagogia de Paulo Freire, Libâneo (1994) entendem que 
é a realidade que vai mediar a relação entre professor e estudante. O professor 
apresenta desafios ao aluno. 
O estudante tem uma visão própria da sociedade que é fragmentada e 
desorganizada da sociedade. O aluno sabe o que existe no cenário social em 
que ele vive, por exemplo, o que acontece na atualidade com o país, com os 
governos, com a questão dos esportes, da violência, das questões econômicas 
etc., porém ele não tem uma visão das causas e consequências. 
Quando esse aluno ingressa na escola, há um processo de intervenção 
do professor, que é um processo de orientação e que a partir dele, agora o 
 
 
27 
 
estudante passa a ter outra visão da sociedade. Uma visão organizada e 
unificada. 
Concluindo a grande função do papel da escola e do papel do professor 
para a tendência crítico-social dos conteúdos é passar uma visão organizada da 
sociedade, porém com criticidade e essa criticidade, tem que levá-lo à 
autonomia, da mesma forma que Paulo Freire queria a emancipação do indivíduo 
por meio da ação – reflexão – ação. A última ação representa a emancipação, 
ou seja, o indivíduo deixa de ser heterônomo e se torna autônomo. 
 
Resumo da aula 2 
 
Nesta aula vimos as tendências progressistas, que se divide em três, a 
libertadora, libertária e a critico social dos conteúdos. Podemos analisar que 
entre elas o que há de incomum é a questão daquilo que faz sentido pro aluno 
na sua vida social. Os conteúdos são produzidos e elaborados para a vivencia 
do aluno em sociedade. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Como se caracteriza cada uma das pedagogias denominadas 
progressistas? 
 
 
 
Aula 3 – Tendências Pedagógicas no contexto contemporâneo 
 
Apresentação da aula 3 
 
Nesta aula abordaremos sobre as tendências pedagógicas no contexto 
contemporâneo. Verá que a atuação do professor deve acompanhar as 
tendências pedagógicas atuais que envolvem as tecnologias e o aluno do século 
XXI. 
 
 
 
28 
 
3 As tendências pedagógicas e as tecnologias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação contemporânea 
Fonte: ©Frrepik 
 
 
Nas aulas 1 e 2 vimos as tendências pedagógicas que fizeram e que ainda 
fazem parte do processo educativo no nosso país. “Mas, será que elas ainda 
estão vigentes e se aplicam aos alunos das gerações Z e Alpha?” 
Conhecer as tendências pedagógicas nos dá possibilidades históricas da 
trajetória da educação brasileira ao longo dos anos. Vimos que as tendências 
pedagógicas sempre acompanharam os momentos socioculturais que ocorreram 
desde a chegada dos Jesuítas ao Brasil até as décadas de 80 e 90. 
Desse período até os dias atuais muitas coisas mudaram, principalmente 
o advento das tecnologias que permitiram as possibilidades de o professor inovar 
suas aulas e sua didática. 
É fato que não podemos fechar os olhos para essa nova realidade ainda 
que os professores utilizem as tendências mais adequadas de acordo com as 
mudanças históricas. Isso não significa dizer que o professor deve escolher uma 
tendência para se apoiar em sala de aula e sim, que ele pode utilizar várias 
 
 
29 
 
tendências desde que essas lhe apoiem de maneira satisfatória em suas práticas 
pedagógicas. 
Com o advento da internet muitos profissionais adentraram os muros das 
escolas, porém o professor também ultrapassou os muros da escola e passou a 
atuar fora dela (veremos quais são com detalhes na próxima aula). 
 
O contexto da Educação a Distância leva-nos a repensar os 
paradigmas que norteiam a prática pedagógica uma vez que nessa 
chamada “era da informação”, a prática docente vem sendo obrigada 
a se reconfigurar diante das transformações nas relações entre 
sociedade e técnica, levando-nos a também refletir sobre as 
tendências que norteiam a práxis pedagógica. (MATOS; SANTOS, 
2012, p. 2). 
 
Atualmente, a prática pedagógica deve ser pensada a partir de um outro 
espaço, o espaço virtual. Não dá mais para atuarmos da mesma forma que 
atuamos a poucos anos atrás, pois o espaço de tempo entre as tecnologias, as 
inovações e a velocidade da informação estão cada vez menores e com isso, o 
professor é desafiado a buscar novas formas de atuar, para um público cada vez 
mais antenado e conectado. 
 
Hoje, além de dominar o conteúdo, é preciso ter conhecimento técnico 
e desenvoltura para saber gravar vídeos e compartilhá-los na internet 
para que seus alunos se engajem mais com a matéria a qual estão 
estudando. Além disso, é preciso saber identificar cada vez mais 
rapidamente e melhor as dificuldades e as facilidades de cada 
estudante, para que o ensino oferecido possa ser cada vez mais 
personalizado, além de ter a eficiência como objetivo a ser perseguido. 
Essas são algumas das demandas que a educação no século XXI - e, 
principalmente, os alunos do século XXI - apresentam a cada dia 
(STARLINE, 2016, p. 3) 
 
Diante do exposto, é preciso que o professor utilize-se das tendências 
pedagógicas contemporâneas, porém, não deixando de analisar a realidade do 
Brasil com relação às políticas públicas que envolvem a educação. 
Na aula passada falamos das tendências progressistas. Quero lhe chamar 
a atenção especificamente para a Tendência Progressista Crítico-social dos 
Conteúdos quando Libâneo (1994) pensou nessa realidade ao observar e 
estudar as condições sociais do Brasil e, sabendo que o país não tem totais 
condições previu que a escola vai reclamar que não tem estrutura. 
 
 
30 
 
“E o professor? Como atuar em meio às dificuldades enfrentadas pela 
escola e a realidade tecnológica em que os alunos utilizam naturalmente no seu 
dia a dia? Ele deve esquecer as tendências estudadas ou deve aproveitar o que 
cada uma tem de melhor para lhe subsidiar em sala de aula?” 
Considerando que “as Tendências Pedagógicas são práticas 
pedagógicas que foram muito influenciadas pelo momento cultural e político da 
sociedade, pois foram levadas à luz graças aos movimentos sociais e filosóficos”. 
(FOGAÇA, 2016, S/p), o professor deve utilizar a tendência mais adequada, 
conforme surgem novas situações. 
No atual contexto, não se deve mais ensinar a ensinar, mas sim a 
compartilhar, uma vez que a sociedade do conhecimento busca por profissionais 
que saibam se relacionar dialogicamente, em conjunto, de forma organizada e 
colaborativa. 
 
3.2 A cada nova situaçãoque surge, usa-se a tendência mais adequada 
 
Começo esse subitem analisando o que ensinar e para quem ensinar no 
século XXI. Para essa análise foi necessário entender quem são os alunos do 
século XXI, como eles se comportam frente às Tecnologias da Comunicação e 
Informação (TIC) e quais seus interesses. 
Sabemos que as gerações foram divididas em Geração Sileciosa, Baby 
Boomers, Gerações A, X, Y, Z e Alpha. Irei me ater às gerações A, X, Y, Z e 
Alpha para que você entenda como sua prática em sala de aula pode ser 
influenciada por cada geração. Começarei pela geração X deixando as gerações 
A e Alpha para o final. 
 
 
Curiosidade 
Para saber sobre as Gerações X e Baby Boomers, acesse o 
site: http://www.pucsp.br/estagios/entendendo-geracoes-
veteranos-boomers-x-e-y 
 
 
 
 
31 
 
3.2.1 Geração X 
 
A geração X é representa pelas pessoas que nasceram nas décadas de 
1960 e 1970. Passaram por uma forte transformação dos valores sociais durante 
seus anos de formação, reagem contra excessos de idealismo se tornando 
céticos, pragmáticos, individualistas e pouco impressionados com autoridades. 
São adaptáveis, equilibrados e mais confortáveis com a comunicação informal. 
A tendência pedagógica vigente nessas décadas era a Tendência 
Tecnicista, que conforme vimos na aula 1, no Brasil a escola tecnicista veio 
influenciar o currículo, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nas décadas de 1960 e 
1970, ou seja, influenciou bastante a educação brasileira. 
 
3.2.2 Geração Y 
 
A geração Y nasceu por volta da década de 1980. Essa geração em pouco 
tempo de vida presenciou os maiores avanços na tecnologia e na comunicação 
eletrônica, cresceu em meio a um clima político e global inconstante e com a 
grande exposição à cultura popular e à diversidade. Não respeita modelos 
tradicionais e tem dificuldades de concentração em uma só tarefa. 
A tendência pedagógica utilizada na década de 1980 foi a Tendência 
Progressista Libertária. 
Na tendência Libertária, o professor lança desafios para o estudante, é 
mediador, orientador e é catalisador, ou seja, ele contribui para o aceleramento 
do desempenho da compreensão do estudante na realidade e sobre realidade 
dele. 
Na Tendência Libertária o currículo e o método não vêm de cima para 
baixo, ou seja, não é o Estado que decide e sim, o próprio conselho da escola. 
Na escola libertária há um distanciamento da burocracia do Estado. 
Analisando a geração e a tendência, podemos observar que se encaixam 
em seus momentos históricos. Isso demonstra a importância que há em 
conhecer as tendências pedagógicas passadas para novas práticas 
pedagógicas do presente. 
 
 
 
 
32 
 
3.2.3 Geração Z 
 
A Geração Z nasceu no final da década de 1990 e a questão tecnológica 
é natural para elas, por isso são chamadas de “nativos digitais”, ou seja, uma de 
suas características é nunca terem visto o mundo sem tecnologias. Há várias 
outras características que marcam essa geração, porém, não vamos nos ater a 
elas. 
Bom, se por um lado os nativos digitais nasceram no final da década de 
1990, por outro lado a tendência pedagógica vigente no Brasil era a Crítico-social 
dos Conteúdos que privilegiava principalmente a qualidade do ensino, ou seja, 
não bastava apenas humanizar, democratizar a educação, ela teria que ser 
eficiente. 
Essa é a geração adolescente mais antenada com as tecnologias e isso 
tem sido um desafio para os professores, pais e sociedade em geral. Um desses 
desafios está na geração de professores que em sua maioria são imigrantes 
digitais dando aula para nativos digitais. E como estrangeiros podem ensinar um 
nativo? 
É com esse cenário que nos deparamos nas escolas atuais, em que 
alunos e professores usam e entendem “linguagens” diferentes. 
Enquanto o professor escreve na lousa, o aluno quer tirar fotos com 
seu celular. Enquanto a escola oferece livros didáticos, a turma 
encontra respostas rápidas na Wikipédia. E as dúvidas se acumulam: 
será melhor permitir o uso de tecnologia digital? Quando ela é benéfica 
ao processo de ensino-aprendizagem? Como despertar o interesse 
desses alunos no mundo offline? Como se comunicar com ele de forma 
mais eficiente? (LORENZONI, 2016, S/p). 
 
 
Essas perguntas muitas sem respostas precisam ser analisadas e 
contextualizadas para que se possa identificar qual ou quais tendências se 
encaixam na realidade do aluno da geração Y. Mas, uma coisa importante que 
é de fato urgente, é a conscientização de que a sociedade e as pessoas que a 
compõe precisam de educação que condizem com suas realidades e, como diz 
o professor Libâneo (1994) já citado nesta mesma aula, a escola não pode 
simplesmente cruzar os braços e dizer que não tem condições de fazer isso. 
 
 
 
 
 
33 
 
3.2.4 Geração A 
 
A geração “A” diferente das demais gerações, não abrange todos os 
nascidos em uma determinada época. Essa geração é composta por pessoas 
que hoje têm entre 60 e 75 anos e que se atualizou e não parou no tempo com 
relação às tecnologias. Eles cuidam da saúde, namoram, viajam, estão 
antenados com aparelhos tecnológicos e estudam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geração A 
Fonte: ©Freepik 
 
Nem todas as pessoas na idade que identifica a Geração A pertencem a 
ela, pois muitas pessoas consideradas da terceira idade, não conseguiram 
acompanhar o mundo tecnológico. 
Elas vivenciaram praticamente todas as tendências educacionais que 
ocorreram no Brasil, porém apesar de essa geração estar entre 60 a 75 anos, 
ela vive essa geração nos dias atuais. 
E qual tendência utilizar já que eles voltaram a frequentar a sala de aula? 
Aqui se encaixa a Tendência Progressista Libertadora ou Escola de Paulo Freire, 
uma vez que uma das ideologias de Paulo Freire é a concepção de homem como 
ser histórico, porque ao longo da história as coisas se transformam e, se o 
homem está em constante transformação não dá para se criar uma ideia 
determinista do ser humano. 
 
 
34 
 
Paulo Freire utilizou métodos para alfabetização de jovens e adultos que 
utilizam as experiências trazidas pelos estudantes, pois entende que como ser 
histórico, o homem traz consigo uma bagagem muito grande de conhecimento. 
 
3.2.5 Geração Alfa 
 
Nascidos na década de 2010 e os que estão nascendo na atualidade 
fazem parte da geração Alpha. Entendem as tecnologias como algo natural, que 
fazem parte do seu dia a dia e que não é algo novo para eles. 
Os nativos da geração Alpha serão um desafio ainda maior porque sabem 
manusear aparelhos tecnológicos desde seus primeiros anos de vida. 
Falar de tendência pedagógica nesse contexto requer falar de 
atualização, de estudos e principalmente de pesquisa por parte dos professores 
para que ao ensinar possam levar para esses alunos algo que seja plausível 
para eles. 
Ao pensar em um professor que não procura se atualizar e entender como 
aprendem os nativos digitais dando aula para essa geração. “Qual didática 
utilizarão? Quais materiais apresentarão em sala de aula?”. Quando o professor 
utiliza métodos e metodologias da mesma época em que estudou, ele obrigada 
o aluno a retroceder para uma época que ele nunca vivenciou. Obrigar o aluno 
a estudar nos mesmos moldes de décadas atrás, é não prepará-lo para vivenciar 
as tendências que tanto a sociedade quanto o mundo do trabalho exigem. 
Para os especialistas a geração Alpha realmente é uma geração mais 
evoluída e junto com eles, vem o desafio de se ter uma revolução da educação, 
tanto nas escolas quanto nas atitudes dos pais (PAIS & FILHOS online, 2016). 
A tendências educativa para essa geração é de uma educaçãocustomizada cujos materiais devem ser idealizados sob medida para os 
estudantes, uma vez que “o foco de um sistema de informação para a Educação 
deve ser o ensino e a aprendizagem, priorizando o aprendiz” (MATOS e 
SANTOS, 2012, p. 3, apud CARDOSO e BURNHAM, 2010). 
A Revista Pais & Filhos (2016, S/p.) corrobora ao dizer que: 
 
[...]nas escolas, a tendência é que o foco deixe de ser o conteúdo para 
se tornar o aluno. Ele é quem estará no centro. Os especialistas 
acreditam que o professor será um mentor, as aulas serão baseadas 
 
 
35 
 
em projetos, as classes vão misturar crianças de idades e perfis 
diferentes. Tudo isso dito no futuro porque essas ideias estão apenas 
começando a brotar nas escolas brasileiras. 
 
Porém, apesar de toda essa revolução, é importante dizer que o papel do 
professor não será substituído pelas tecnologias, pois elas são ferramentas que 
ajudarão o professor a mediar o conhecimento por meio delas. 
Atualmente, o professor além de dominar conteúdos, deve se atualizar 
com relação às novas tecnologias, utilizá-las a seu favor em sala de aula e 
principalmente valorizar o aluno e seus contextos sociais e suas bagagens de 
conhecimentos. 
 
Resumo da aula 3 
 
Esta aula abordou sobre as tendências pedagógicas no contexto 
contemporâneo. Através dessa aula pudemos refletir sobre a atuação do 
professor de acordo com as tendências pedagógicas atuais e o envolvimento 
tecnológico. O professor além de dominar o conteúdo precisa apropriar-se e 
utilizar a tecnologia. Para que haja uma melhor compreensão esta aula abordou 
sobre as gerações X, Y, Z, A e Alfa. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Analise a qual geração você pertence, em seguida verifique de 
qual geração são seus alunos. Após essa análise reflita qual 
tendência você utiliza em sala de aula. 
 
Aula 4 – A Pedagogia e as suas diversas áreas de atuação 
Apresentação da aula 4 
 
Esta aula irá abordar as diversas possibilidades de atuação do pedagogo. 
Sobre a educação formal, educação informal e educação não formal. 
 
 
 
36 
 
4.1 A Pedagogia e as suas diversas áreas de atuação 
 
Durante muito tempo a formação do pedagogo se restringia apenas à sala 
de aula. Ainda que a educação formal, informal e não formal acontecessem, a 
perspectiva da atuação desse profissional, acontecia principalmente nas 
escolas. 
Com o advento da internet e principalmente com a expansão da Educação 
a Distância no Brasil, a partir do artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases LDB 
9.394/96, o cenário educacional recebeu novos profissionais que antes eram 
vistos apenas nas empresas. Designers Gráficos, Designers Educacionais, 
Técnicos em Informática são uns desses profissionais que adentraram os muros 
da escola. Por outro lado o Pedagogo também teve a oportunidade de atuar em 
hospitais, empresas, presídios, Organizações não Governamentais (ONG) etc. 
Atualmente, é dado a esse profissional e ao seu campo de atuação outras 
oportunidades tão importantes quanto à docência, uma vez que a ação educativa 
está presente em todas as esferas da nossa sociedade. Assim sendo, 
proporcionaremos nesta aula, uma visão holística de um novo cenário para a sua 
atuação. 
 
Vocabula rio 
Visão holística deriva da palavra grega “holos” que significa 
“todo”,“inteiro”, “completo”. Quer dizer que você vai julgar 
qualquer proposta ou assunto como um todo não por partes. 
 
 
4.2 A Escolha da Pedagogia 
 
Por diversas vezes ouve-se de pedagogos que o motivo pelo qual 
escolheram a pedagogia era a ausência da matemática. Com esse pensamento 
muitos perderam pelo caminho e outros se descobriram apaixonados por 
ensinar. 
O problema não está em fugir da matemática e sim, pelo fato de que a 
atuação pedagógica requer conhecimentos que na atualidade foram acrescidos 
 
 
37 
 
de áreas como a neurociência, a neuropsicopedagogia, as tecnologias, dentre 
outras. 
O conhecimento pedagógico contemporâneo requer do professor muito 
mais que os conhecimentos didáticos, pois o estudante está cada vez mais 
conhecedor do seu papel e onde buscar informações. 
É comum vermos profissionais de diferentes áreas atuando no contexto 
educacional, mas também é comum vermos esses profissionais se atualizando, 
buscando conhecimentos pedagógicos, aliando os seus conhecimentos 
específicos à prática da sala de aula. Isso é muito bom, pois quanto mais o 
professor busca esse conhecimento, mais entenderá o seu papel dentro e fora 
da sala de aula. 
O aluno ao ingressar no curso se depara com muita leitura, estágios, 
trabalhos práticos e desafios que os fazem avançar ou retroceder. 
 
4.3 Educação Formal, Educação Informal e Educação Não Formal 
 
Para entendermos o contexto da atuação do pedagogo em espaços não 
escolares, se faz necessário entender primeiro o que é educação formal, 
educação informal e educação não formal. 
Rodrigues (S.d. apud GOHN, 2006) explica que a educação se divide em 
três formas a educação formal, educação informal e educação não formal. 
 Educação formal é desenvolvida nas escolas. É uma educação 
de modo racionalizado e instrumental, onde o processo de ensino 
é segmentado. A educação formal é legalizada no Brasil pela Lei 
de Diretrizes e Bases 9.394/96. Foi regulamentada no Brasil pelo 
Ministério da Educação, pelos Conselhos Nacionais, Estaduais e 
Municipais, Secretarias de Estado da Educação e dos Parâmetros 
Curriculares Nacional. 
Considerando que a educação em forma de ensino aprendizagem acontece 
em diversos espaços e contextos. 
 Educação informal acontece em espaços fora da escola e decorre 
de processos naturais e espontâneos. A educação informal 
possibilita aquisição e acúmulo de conhecimentos, por meio de 
experiências cotidianas e corriqueiras, seja em casa, no trabalho 
 
 
38 
 
ou no lazer. Trata-se de uma prática lúdica, cultural, política e 
social. 
 Educação não formal ocorre quando existe a intenção de 
determinados sujeitos em criar ou buscar alguns objetivos fora do 
ambiente escolar. 
 
Desde os primeiros tempos não se consegue categorizar adequadamente 
o que é a educação não formal. No entanto ela está cada vez mais ligada à 
educação social, uma vez que é realizada fora do espaço e do tempo escolar. 
Após verificarmos que a possibilidade de educação acontece dentro e fora 
da sala de aula, o processo educativo não poderia ficar centrado em apenas uma 
modalidade, apenas um espaço, ou em apenas um método. Por isso, Rodrigues 
(apud CANDAU, 2010), fala da importância do reconhecimento de espaços não 
formais de educação nos tempos atuais como novos espaços educativos ao 
dizer que se trata de: 
 
[...] novas práticas sociais como múltiplas formas de se relacionar com 
o conhecimento. [...] Todo processo educativo não pode ficar centrado 
apenas numa modalidade educativa e em um único espaço, visto ser 
necessário o estudo teórico-metodológico de todas as possibilidades 
(RODRIGUES, S.d. p. 3 apud CANDAU, 2010, S/p.). 
 
Após essa explanação podemos afirmar que a educação não formal 
proporciona a “aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em espaços 
não formais” (RODRIGUES S.d., p. 4). Libâneo (2008, p. 89) refere-se à 
educação não formal, como: 
 
Atividades com caráter de intencionalidade, porém com baixo grau de 
estruturação e sistematização, implicando certamente relações 
pedagógicas, mas não formalizadas. Portanto, atividades de práticas 
educativas sociais desenvolvidas de forma direcionada e com um 
objetivo definido. 
 
Ou seja, a aprendizagem acontece, o sujeito aprende, conhece e adquire 
competências e habilidades, porém não precisa de regulamentaçãopara que 
essa aprendizagem aconteça. Como enfatiza Steffani (2011), o conceito de 
escola se expande muito além dos muros dela, incluído todas as relações 
pessoais e coletivas, que incorporam tanto o ensino formal quanto o ensino não 
formal. 
 
 
39 
 
Os espaços não formais de educação possuem um perfil multidisciplinar, 
que é aquele que “apresentam novas configurações sócio-históricas e podem 
tornar uma experiência determinante na formação cidadã, promovendo 
educação para direitos humanos, políticos, culturais e sociais” (RODRIGUES, 
RIBEIRO, S.d., p.6). Assim sendo, o Ministério de Ciência, Tecnologia e 
Inovação apresenta boa parte desses espaços como atividade de divulgação e 
popularização dessas três áreas: ciências, tecnologia e inovação. 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre Políticas Públicas Educacionais em 
espaços não formais, acesse: 
http://www.anapolis.go.gov.br/revistaanapolisdigital/wpconte
nt/uploads/2013/03/Olira-Rodrigues.pdf 
 
Muitas mudanças aconteceram e estão acontecendo no cenário da 
educação e nos espaços em que ela acontece. Esses espaços proporcionam 
aos alunos de todas as modalidades o aguçar e o despertar da curiosidade em 
um passeio pelo universo de possibilidades para que esses estudantes 
aprendam a aprender. Uma aprendizagem por descoberta e pelo 
reconhecimento da importância e da necessidade de práticas educativas que 
acontecem para além da escola, transformando-se em uma aprendizagem mais 
significativa. 
 
4.4 Mudança no cenário atual 
 
Na aula 3 vimos que as tecnologias e as gerações trouxeram um novo 
cenário para o ambiente escolar. Professores e alunos estão cada vez mais 
antenados e conectados. 
Se pensar na escola como ambiente e não como espaço, perceberá que 
ela não é apenas o local para receber estudantes e sim, um espaço onde se 
constrói identidades. 
Novas possibilidades foram surgindo, não somente na atuação do 
professor, mas também, na elaboração de materiais didáticos, na inserção das 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dos aparatos tecnológicos, 
 
 
40 
 
das redes de Wifi e com essas possibilidades a necessidade de técnicos com 
conhecimentos específicos nessas áreas. 
Alguns professores infelizmente utilizam a tendência Liberal tradicional e 
outras utilizam as tendências progressistas e suas vertentes. É fato que muitos 
professores utilizam a tendência tradicional, não só por falta de conhecimento, 
mas pensando na realidade da escola atual o cenário mudou, mas ainda falta 
muito para que o processo educativo mude e o que contribui para isso, são 
números elevados de alunos em sala de aula, baixos salários que obrigam os 
professores a trabalharem os três períodos, impedindo-os de se atualizarem, de 
inovarem e até mesmo de prepararem conteúdos inovadores aplicando didáticas 
que utilizam ferramentas tecnológicas. 
 
4.5 Locais de atuação do pedagogo 
 
Além da sala de aula, da coordenação ou da própria atuação como 
pedagogo, são inúmeras as possibilidades de atuação desse profissional, 
conforme veremos a seguir algumas delas. 
 
4.5.1 Pedagogia empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedagoga empresarial 
Fonte: ©Freepik 
 
 
41 
 
 
Por muito tempo o papel de treinar pessoas dentro das organizações era 
exercido pelo psicólogo. Ele tinha o papel de analisar o clima organização e fazer 
levantamento das necessidades de treinamento e, encaminhar os colaboradores 
para cursos externos ou ele mesmo ministrava esses treinamentos na própria 
empresa. Atualmente, esse papel é exercido pelo pedagogo empresarial, que 
além de assumir esses papéis, identifica talentos em potenciais, treina 
multiplicadores de treinamento dentro de dos setores das organizações. 
O pedagogo empresarial atua principalmente no setor de Recursos 
humanos, cujo salário de 33% dos pedagogos empresariais é em média acima 
de quatro mil reais”. (CERONI, 2006, p. 7). Outros setores de atuação são 
gestão da qualidade e relacionamento e educação corporativa. 
 
4.5.2 Pedagogia hospitalar 
 
O pedagogo dentro da pedagogia hospitalar vai fazer um papel social e 
humano e valorizar quem está fragilizado naquele momento. O profissional 
precisa possuir características para atuar nesta área, além da formação na área, 
o emocional precisa ser controlado. 
Conteúdo trabalhado dentro o do processo do hospital, não tem as mesmas 
características que em sala de aula. No momento de fragilidade em que a criança 
encontra-se não tem como realizar as mesmas cobranças que são realizadas 
em sala de aula. A metodologia é fora do contexto da sala de aula, deve buscar, 
verificar e averiguada a ideal para aquele momento. 
 
4.5.3 Pedagogia nas ONGs 
 
Nas ONGs os pedagogos atuam em diversos setores, porém 
predominantemente na área de gestão de projetos. Mas também atua nos 
seguintes setores desenvolvimento comunitário, recursos humanos, educação 
complementar qualificação profissional, operações técnicas e escola. “Nas 
ONGs os salários estão mais distribuídos em todas as categorias” (CERONI, 
2006, p. 7). 
 
 
 
42 
 
4.5.4 Pedagogia Carcerária 
 
A Constituição Federal de 1988, no artigo 205, diz que: 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao 
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Esse “todo” engloba a população carcerária que de acordo com o 
Departamento Penitenciário Nacional (DEPN) gira em torno de 574.027 mil 
detentos. 
Para Novelli, Louzada (2012, p. 71): 
 
A educação é um direito social garantido pela Constituição (BRASIl, 
1988, art 6º e 205) e não um privilégio. Portanto, entende-se que a 
educação prisional não está excluída desse direito conforme o art 1º, 
inciso III, art 5º, § 2º. 
 
Assim sendo, a atuação do pedagogo é necessária para atender as 
legislações vigentes sobre a população carcerária. 
Nesse caso o pedagogo irá atuar como coordenador pedagógico ou como 
professor, sendo a segunda a função principal. 
No Paraná com os adicionais de periculosidade pagos pelo Governo do 
Estado, o salário dos professores e profissionais da educação que atuam em 
unidades prisionais aumenta em 130%. 
 
Somados os adicionais, os quinquênios, as gratificações por risco de 
vida, gratificação de zona e insalubridade, a média de salários de 
professores que trabalham nos presídios do Paraná fica em torno de 
R$ 12 mil. Nesse valor também conta o nível e a classe que o professor 
está na carreira, mais o auxílio-transporte. Por exemplo, um professor 
que tem um salário base de R$ 4 mil, somente com as gratificações de 
insalubridade a remuneração já ultrapassa os R$ 9 mil. (GOVERNO 
DO PARANÁ, 2015, S/p.) 
 
Porém, não podemos esquecer que apesar da remuneração, é importante 
não esquecer o foco que é a reintegração social dos estudantes presos e que 
não está imune às rebeliões que ocorrem no sistema prisional. 
 
 
 
 
 
43 
 
4.5.5 Educação a Distância 
 
Conforme o Senso da EAD (ABED), as matrículas em 2014 somaram 
519.839 nos cursos regulamentados totalmente a distância, 476.484 em cursos 
regulamentados semipresenciais ou disciplinas EAD de cursos presenciais e 
2.872.383 em cursos livres, totalizando 3.868.706 registros 
Dentro da EAD, o aluno estará em um espaço geográfico diferente do 
professor, porém mediado pelas tecnologias, o aluno possui a versatilidade de 
estudar em um momento propício a ele, por esse motivo a EAD se tornou viável. 
 
4.5.6 Designer Instrucional/EducacionalFalaremos do Designer Instrucional/Educacional dentro da EAD. O 
Designer Instrucional é o profissional que trabalha o material que será 
disponibilizado ao aluno. Realiza a leitura, e o transforma o texto científico em 
texto dialógico, para que o aluno sinta que a presença do professor neste 
material. 
 
4.6 Mudanças no Cenário Atual 
 
Devemos ter um olhar clínico mediante as mudanças de cenário na 
educação brasileira. Não estamos falando de um olhar médico, e sim aquele que 
perpassa o aluno como ser histórico, e da possibilidade para entender como meu 
aluno aprende e como eu ensino. A partir do momento que conheço meu aluno, 
sei das suas necessidades ou suas possibilidades, potencialidade, começo a ver 
o aluno de outra forma e mediar o conhecimento e aprendizagem melhor. 
 
Resumo da aula 4 
 
Nesta aula vimos que sobre a atuação do pedagogo dentro e fora dos 
muros da escola, a abertura do leque de possibilidades de atuação do pedagogo. 
Abordamos também sobre a educação formal, informal e não formal. 
 
 
 
 
44 
 
Resumo da disciplina 
Na disciplina Tendências do Pensamento Pedagógico Contemporâneo 
foram abordadas a Tendências Pedagógicas Liberais e Progressistas. Na qual 
foi explanado que as tendências pedagógicas liberais se dividem em Escola 
Tradicional; Escola Renovadora Progressiva ou Progressivista que por sua vez 
se divide em Diretiva e Não-diretiva e que, que a ideia de Tendência é 
literalmente uma “moda” que de acordo com as necessidades sociais e 
filosóficas foram sendo disseminadas na escola. 
Com relação às Tendências progressistas foi explanado que a grande 
função do papel da escola e do professor é de mediação, de trabalho em grupo 
e principalmente de educação de qualidade. 
Após a visão das tendências vigentes no Brasil, contextualizamos as 
tendências pedagógicas no contexto atual, enfatizando as gerações e as 
mudanças no cenário educacional com relação às tecnologias. 
E por fim falamos das possibilidades de atuação do professor além dos 
muros da escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
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