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4 A RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO - RELIGIOSIDADE AULA 4 - 4o TESTE DE CONHECIMENTO

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Disc.: HIST DOS POVOS INDÍG 2020.2 (G) / EX 
 
 
Prezado (a) Aluno(a), 
 
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não 
valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha. 
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. 
Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 
 
 
 
 
 
 
1. 
 
 
Pertencer a uma Irmandade negra significava: 
 
 
obter ajuda para os necessitados, assistência aos 
doentes, visita aos prisioneiros, concessão de 
dotes, proteção contra os maltratos de seus 
senhores e ajuda para a compra da carta de 
alforria; 
 
 
 
Explicação: 
Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel 
importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e 
crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de 
credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova 
poupança para ajudar outra pessoa. 
 
Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento 
mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa 
procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era 
nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era 
um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e 
libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se 
transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de 
que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São 
Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 
 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
"Convém lembrar que, no imaginário e na expressão artística afro-brasileira, os orixás costumam ser 
caracterizados com atributos de santos católicos, quase todos brancos, como por exemplo o guerreiro 
romano, pelo qual Ogum é representado em muitos candomblés. Vários outros orixás são também 
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caracterizados assim. Além disso o calendário da maior parte dos cultos afro- -brasileiros, como não 
podia ter sido diferente, é construído basicamente em cima do calendário ocidental cristão." 
O texto menciona a questão do sincretismo utilizado de forma sistemática pelos nativos e afrodescentes 
ao longo do período colonial. Relacionando o texto e seu conhecimento prévio podemos aferir que: 
I - O sincretismo foi uma forma de resistência cultural utilizada 
pelas populações oprimidas. 
II - Os africanos e afrodescendentes associavam os orixás a 
santos católicos como forma de "disfraçar" suas práticas. 
III - O calendário afrodescendente foi associado ao calendário 
cristão. 
 
 Apenas I, II e III estão corretas. 
 
 
 
Explicação: 
O sincretismo foi uma forma das populações indígenas e africanas ou afrodescendentes resistirem à 
assimilação cultural exercida pelos portugueses. Eles associavam os orixás aos santos católicos como 
forma de camuflar suas práticas e evitar a perseguição. Além disso, preservavam parte de sua cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
As irmandades negras, criadas desde o período colonial, seguiam os mesmos preceitos religiosos das 
demais: todos os membros deveriam efetuar o pagamento da taxa anual ― dinheiro que seria revertido 
em festas, rituais fúnebres e missas das igrejas. A grande diferença dessas irmandades estava na 
condição de seus membros (a maioria eram escravos e/ou libertos) e o fato delas adorarem santos 
negros. Sobre as irmandades podemos afirmar que: 
 foram importantes formas de resistência. 
 
 
 
Explicação: 
Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel 
importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e 
crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de 
credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova 
poupança para ajudar outra pessoa. Donde se conclui, que elas eram importante uma 
forma de resistência. 
 
Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento 
mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa 
procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era 
nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era 
um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e 
libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se 
transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de 
que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São 
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Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 
 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
As festas tinham uma função específica na sociedade brasileira. Para os escravos foi algo ainda mais 
intenso. As festas dos padroeiros era um dos poucos momentos em que havia liberdade para se reunir e 
festejar. Sobre estas festas temos que destacar o papel da(o): 
 Igreja Católica 
 
 
 
Explicação: 
A festa era uma das formas que os negros encontraram de integrarem à sociedade. Desta maneira podiam 
expressar sua devoção, sua religião e ao mesmo tempo contribuíam para sua aceitação na sociedade. 
Essas festividades reuniam negros e mestiços, escravos libertos, na comemoração do Santo Padroeiro. Era 
um dos poucos momentos em que eles tinham a liberdade de se reunir e festejar, pois, essas festividades 
tinham o apoio da Igreja. 
A resposta se justifica porque a Igreja Católica detinha todo o poder, impunha os seus valores religiosos e 
se dependesse dela, todos deveriam se integrar ao catolicismo como forma de controle. 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
Uma das formas de organização estabelecidas entre os escravos era a chamada família extensa. 
Perdidos os laços africanos passavam a adotar táticas de criar conjuntos de laços amplos entre seus 
membros. Uma destas práticas é o: 
 Apadrinhamento 
 
 
 
Explicação: 
Família extensa, foi uma forma muito interessante que desenvolveram em cima de uma 
ideia de família muito próxima daquela encontrada em diversas regiões africanas, devido 
ao rompimento pelo processo de escravização, encontrando no apadrinhamento e essa 
foi uma forma eficaz e legitima frente das autoridades, de reconstruírem a suas redes de 
parentesco. 
A resposta da questão está correta, pois atende ao que foi pedido no enunciado. 
 
 
 
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6. 
 
 
Os africanos possuíam uma forma de religiosidade bastante distinta da imposta pelos colonos europeus. 
Para preservar alguns elementos dessa religiosidade eles empregaram uma forma de "camuflá-la" 
denominada: 
 sincretismo 
 
 
 
Explicação: 
O Brasil colonialfoi palco de umas séries de conflitos pelo modo como os portugueses 
ocuparam as nossas terras, e em contato com povos tão diferentes em uma terra que 
não era nativa de qualquer um dos envolvidos acaba por dar origem a um movimento de 
adaptação cultural complexo. 
Com relação aos negros, ficou claro que entenderam que precisam camuflar, isto é, 
escondendo os seus cultos dentro da religião católica, gerando uma nova religião, dessa 
forma ficava preservada a sua ideologia para que não fosse cruelmente reprimida pela 
política obrigatória da religião católica e de alguma maneira. Concluindo essa saída foi 
estratégica, para despistar a sua associação com as divindades africanas às santidades 
europeias. Sendo também uma forma de RESISTÊNCIA. 
É dessa forma que se justifica a resposta da questão, pois, foi graça ao SINCRETISMO 
que os negros puderam manter características típicas de suas doutrinas-base, sejam 
rituais, superstições, processos, ideologias e etc. 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
As fugas que pretendiam negar a escravidão tinha como fim: 
 
 Uma alternativa para viver fora do cativeiro. 
 
 
 
Explicação: 
A fuga foi uma das formas mais utilizadas para resistir à escravidão, sendo uma 
estratégia de resistência tão frequente que os senhores utilizaram diferentes formas de 
lutar contra ela. 
Nas regiões rurais era comum que os senhores contratassem os capitães do mato ¿ 
homens especializados em recapturar escravos fugidos. Já nos grandes centros urbanos, 
a captura de escravos cava sob a incumbência da polícia. Os jornais das vilas e cidades 
eram repletos de anúncios feitos pelos senhores que não só denunciavam as escapadas 
dos escravos, como ofereciam a descrição física do fugitivo e muitas vezes algum tipo de 
recompensa para quem o encontrasse. Quando a captura do escravo fugido ocorria, os 
senhores costumavam aplicar castigos físicos violentos e obrigar o escravo a usar uma 
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gargalheira que servia como símbolo de escravo fugido. No entanto, a despeito das 
punições, a fuga foi uma estratégia amplamente praticada por aqueles que viviam no 
cativeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
De modo geral, a escravidão nunca se estabeleceu sem ter a resistência do grupo subjugado. No caso do 
negro africano é possível identificar as seguintes formas de resistências: 
 banzo, quilombos e religiosa 
 
 
 
Explicação: 
 
Banzo 
Estado de depressão profunda que pode levar à morte. 
 
 
Quilombos 
Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à 
escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos 
fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam 
famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com 
povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. 
 
Religiosa 
 
Revolta dos Malês 
Esse movimento, que teve a participação de escravos e libertos africanos de diferentes origens, guarda a 
particularidade de ter comportado um grande número de africanos nagôs na sua organização. Os nagôs 
eram africanos muçulmanos e por isso muitos deles sabiam ler e escrever em uma época em que a 
maioria dos homens brancos e livres não sabia assinar o próprio nome. Após diversos encontros e 
reuniões marcados em becos ou em casas sublocadas da cidade, a revolta foi marcada para o dia 25 de 
janeiro de 1835, dia de Nossa Senhora da Guia. A data foi especialmente escolhida porque as festas 
religiosas permitiam que os escravos pudessem andar com mais facilidade pelas ruas de Salvador, o que 
despistaria as autoridades. No entanto, na noite anterior, a revolta foi delatada para a polícia que 
imediatamente iniciou a busca pelos revoltosos: diversas patrulhas foram colocadas nas ruas e depois de 
algumas buscas os policiais encontraram sessenta africanos reunidos no porão de um sobrado. Pegos de 
surpresa, os africanos tiveram que antecipar o momento da batalha e saíram às ruas chamando os 
demais escravos para a luta. Embora o número de escravos que aderiu à luta tivesse sido alto, as 
autoridades (que estavam preparadas) conseguiram controlar o levante. Depois do reconhecimento dos 
principais líderes ― três escravos e dois libertos, todos africanos ―, os revoltosos receberam diferentes 
punições. Os líderes do movimento foram fuzilados, diversos africanos livres foram deportados para a 
África e a maioria dos escravos foi açoitada em praça pública e depois entregue aos seus senhores. 
Mesmo com um desfecho trágico para seus participantes, o levante dos Malês fez com que as autoridades 
redobrassem sua atenção e o controle sobre a população escrava, sobretudo na província da Bahia. 
 
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