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Avaliação e Intervenção Psicopedagógica Institucional

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Avaliação e Intervenção 
Psicopedagógica Institucional
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2/134
Avaliação e Intervenção Psicopedagógica Institucional
Autora: Ana Paula Menossi Gonçalves
Como citar este documento: GONÇALVES, Ana Paula Menossi. Avaliação e Intervenção 
Psicopedagógica Institucional. Valinhos, 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo 04
Assista a suas aulas 26
Unidade 2: A Avaliação na Escola de Hoje 35
Assista a suas aulas 62
Unidade 3: Intervenção 71
Assista a suas aulas 92
Unidade 4: Estudo de Caso 101
Assista a suas aulas 126
2/134
3/134
Apresentação da Disciplina
Caro (a) aluno (a),
A disciplina Avaliação e Intervenção 
Psicopedagógica Institucional apresenta 
um importante corpo de conhecimento 
para o aluno de Psicopedagogia 
Institucional enquanto fundamentação 
para suas atuações no processo de 
aprendizagem junto aos sujeitos 
envolvidos no seu contexto de trabalho, já 
que a psicopedagogia estuda o processo 
de aprendizagem e suas dificuldades, 
tendo, portanto, caráter preventivo e 
terapêutico. Atuando no âmbito escolar, 
deve alcançar a família e a comunidade, 
esclarecendo sobre as diferentes 
etapas do desenvolvimento para que 
possam compreender e entender suas 
características, evitando cobranças de 
atitudes ou pensamentos que não são 
próprios da idade. Assim, o psicopedagogo 
deve identificar, analisar, planejar e intervir 
por meio das etapas de diagnóstico e 
tratamento. 
A Psicopedagogia em seu campo 
conceitual vem proporcionando novas 
possibilidades para que a escola comece 
a reverter um quadro alarmante, o de 
exclusão social, e tem como dever assumir 
um compromisso ético com o direito à 
educação e à cidadania. 
A Psicopedagogia Institucional propõe 
analisar a instituição escolar e suas 
relações numa abordagem crítica e 
reflexiva, buscando, assim, melhor 
qualidade, autoestima e sucesso na vida 
escolar dos alunos.
4/134
Unidade 1
Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo
Objetivos
1. A avaliação psicopedagógica não se 
limita apenas ao conteúdo escolar. 
Ela deve ser vista de forma global, 
pois não há como deixar de lado o 
funcionamento cognitivo e suas 
emoções ligadas ao significado dos 
conteúdos e das ações.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo5/134
Introdução
Para propor avaliações psicopedagógicas 
é necessário que se pesquise o que de fato 
o aluno aprendeu, como articula esses 
conhecimentos entre si e, principalmente, 
como faz uso desse conhecimento nas 
diferentes situações, tanto escolares 
como sociais. Faz-se necessário definir o 
nível pedagógico, pois as defasagens e 
exigências escolares dificultam muito o 
processo de ensino aprendizagem.
A maioria das queixas escolares são 
pautadas na leitura, escrita e matemática, 
e para planejar uma avaliação é necessário 
distinguir a problemática existente.
A investigação do nível pedagógico pode 
ser feita de diferentes maneiras. Uma 
delas é por meio do uso das chamadas 
provas pedagógicas clássicas. Estas 
consistem no uso de material graduado 
(textos de leitura, série de problemas) com 
dificuldade crescente, que posicionará o 
sujeito, sob diferentes níveis de uma escala 
de produtos. Pode ser feita também uma 
análise do material de sala de aula, das 
provas, entrevistas com a equipe escolar, 
funcionando como complemento da 
avaliação pedagógica do diagnóstico.
O psicopedagogo deve ser comprometido 
com o ato avaliativo, ora pelas 
interpretações do que vê, ora por não 
buscar ver. Algumas vezes ele está tão 
centrado em suas próprias ideias que não 
percebe aquilo que o aluno está querendo 
dizer ou demonstrar. Pareyson (1989, 
p. 169) diz que se pode olhar sem ver e 
procurar sem encontrar, mas não encontrar 
sem procurar, nem ver sem ter olhado.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo6/134
O diagnóstico psicopedagógico é composto 
de vários momentos que tomam dimensões 
diferentes conforme a necessidade de cada 
caso. Assim, há momentos de anamnese só 
com os pais, de compreensão das relações 
familiares, de avaliação da produção 
pedagógica e de vínculos com objetos de 
aprendizagem escolar (PORTO, 2011, p. 24).
Jorge Visca propõe um esquema 
sequencial diagnóstico flexível baseado 
na Epistemologia Convergente, e assim 
formulado: a Entrevista Operativa Centrada 
na Aprendizagem (EOCA), que deverá ser 
um instrumento simples, porém rico em 
seus resultados. 
1. Instrumentos
1.1. EOCA – Entrevista Operati-
va Centrada na Aprendizagem
Esta sessão tem como objetivo investigar 
os vínculos afetivos que a criança 
possui com os objetos e os conteúdos 
da aprendizagem escolar, observar suas 
defesas, condutas evitativas e como 
enfrentar novos desafios. Tem como 
objetivo principal perceber o que a criança 
sabe fazer e o que aprendeu a fazer. Três 
aspectos são importantes na EOCA:
1º. A temática – aquilo que o sujeito traz 
nas formas manifestas e latentes. 
2º. A dinâmica – aquilo que o sujeito faz e que 
não é verbal (gestos, tons de voz, postura).
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo7/134
3º. O produto – o que o sujeito apresenta 
no papel.
Objetivos
• Detectar sintomas das dificuldades 
apresentadas.
• Formular hipóteses sobre as causas 
das quais emergem os sintomas.
• Permitir que o sujeito construa a 
sua entrevista da maneira mais 
espontânea possível.
• Observar seus conhecimentos, 
atitudes, destrezas, ansiedades, 
conduta.
Como fazer?
• Deixar o seguinte material ao alcance 
do aluno: papel ofício, papel pautado, 
lápis preto novo e sem ponta, 
apontador, borracha, régua, canetas 
hidrocor na embalagem, lápis de cor 
na embalagem, tesoura, cola, pedaço 
de papel lustroso, livros, revistas.
• Deve-se começar solicitando: 
gostaria que você me mostrasse o 
que sabe fazer, o que lhe ensinaram 
a fazer e o que aprendeu a fazer. 
Para isto, poderá utilizar este 
material como quiser, ele está a sua 
disposição.
• Observe e registre a postura da 
criança, como se senta, que materiais 
evita, quais as preferências, se é uma 
criança que não termina o que faz se 
quer mexer em tudo e nada realiza, 
se é uma criança que evita tocar nos 
objetos, se é ansiosa, organizada.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo8/134
hoje vai trabalhar com o material da 
mesa.
• Se a criança ficar trazendo outros 
assuntos que não tenham nada a 
ver com a atividade, é um indicativo 
de dificuldade que se tem em 
concentrar. Anote o comportamento 
e procure fazê-la voltar à atividade. 
• Se ela não quiser escrever ou ler 
poderá ser um indicativo de rejeição 
por leitura e escrita e um vínculo 
inadequado com a aprendizagem 
sistemática.
• Se a criança ficar paralisada, você 
poderá repetir a consigna e dizer-
lhe: “Você poderá me mostrar as 
coisas que aprendeu a fazer, como 
• Converse com a criança sobre o 
que ela produziu e peça-lhe que 
continue mostrando o que sabe 
fazer. Se a criança continuar na 
mesma atividade, você poderá dizer-
lhe: “Você já me mostrou que sabe 
desenhar e pintar, agora gostaria que 
me mostrasse outra coisa que sabe 
fazer”.
Observações
• O EOCA é realizado em apenas uma 
sessão.
• O material deve ser distribuído 
na mesa em que a criança ficará 
sentada.
• Se a criança quiser pegar outro 
material na estante, diga-lhe que 
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo9/134
desenhos, leitura, contas ou outra 
coisa que quiser”.
• O material deve estar na sua forma 
mais simples, conservado e de acordo 
com a idade do aluno.
• É interessante deixar os materiais 
na própria embalagem, como lápis 
de cor, massa de modelar, caneta 
hidrocor, e o lápis preto estar sem 
ponta. Desta forma é possível 
observar a autonomia e a iniciativa 
da criança ou se ela sempre pede que 
abra ou faça algo por ela.
Desde a EOCA, já é possível observar 
sua modalidade de aprendizagem 
(hipoassimilativa,hiperassimilativa, 
hipoacomodativa, hiperacomodativa ou 
se assimilação e acomodação estão em 
equilíbrio):
• Hipoassimilativa – o aluno é bastante 
tímido, quase não fala, não explora os 
objetos na mesa, costuma querer ficar 
em uma mesma atividade. 
• Hiperassimilativa – o aluno traz 
vários assuntos enquanto realiza 
a atividade, conversa, pergunta, 
questiona, mas não costuma ouvir 
porque já está formulando outra 
pergunta. Prende-se aos detalhes e 
não observa o todo.
• Hipoacomodativa – apresenta 
dificuldade de estabelecer vínculos 
emocionais e cognitivos. Pode 
ser confundido como preguiçoso. 
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo10/134
Também não explora muito os 
objetos. Normalmente permanece 
em uma mesma atividade. 
• Hiperacomodativa – tem dificuldade 
de criar, prefere copiar, repete o 
que aprende sem questionar, sem 
investigar, é muito obediente, aceita 
tudo, é submisso.
Link
Aprenda mais sobre as modalidades do processo 
assimilativo-acomodativo de Sara Paín e 
as modalidades de aprendizagem de Alicia 
Fernández nas discussões sobre o conceito de 
modalidade de aprendizagem realizada por Sordi 
(2009) em seu artigo. Disponível em: <http://
pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/
v26n80a15.pdf>. Acesso em: 10 set. 2014.
Primeiro Sistema de Hipóteses
Após a realização da EOCA, o 
psicopedagogo irá extrair o Primeiro 
Sistema de Hipóteses a partir das 
observações feitas, considerando sempre a 
dinâmica, a temática e o produto.
Exemplos de Hipóteses:
• Nível cognitivo, exemplo: pré-
operatório (subnível intuitivo global 
ou intuitivo articulado); ou em 
transição do pré-operatório para 
o operatório concreto; ou já no 
operatório concreto; ou operatório 
concreto em transição para o formal 
ou o hipotético-dedutivo; ou já no 
nível formal.
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo11/134
• Nível de leitura, exemplo: pré-
silábico, silábico alfabético ou 
alfabético.
• Rejeição da leitura e da escrita, 
normalmente quando evitam 
escrever durante a sessão, dando 
preferência a jogos.
• Vínculo negativo ou positivo com a 
aprendizagem sistemática. 
• Não articula o pensar com o fazer.
• Dificuldade com planejamento e 
organização, ou organiza e não 
planeja bem.
• Modalidade de aprendizagem 
hipoassimilativa ou hiperassimilativa, 
ou hipoacomodativa ou 
hiperacomodativa.
• Medo ao ataque (resistência em 
entrar em contato com o material. 
Prefere falar mais a fazer).
• Baixa autoestima (descontentamento 
com as suas produções). Fala muito: 
não sei, não consigo.
• Perfeccionismo; autoexigência.
• Fixação oral (a criança costuma 
colocar objetos na boca, mastiga 
lápis, borracha, rói unha).
• Necessidade de agradar 
(característica sedutora).
• Melhor rendimento e interesse na 
aprendizagem assistemática do que 
sistemática.
• Problemas de visão.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo12/134
• Problemas na fala.
• Suspeita de dislexia, TDAH ou outro 
distúrbio.
• Dificuldade com a coordenação 
motora.
• Outras hipóteses que acharem 
convenientes.
(SAMPAIO, 2011, p. 36-39).
1.2. Anamnese
É uma entrevista realizada com os pais 
ou os responsáveis do aluno e tem como 
objetivo resgatar a história de vida e colher 
dados importantes que possam esclarecer 
fatos observados durante o diagnóstico, 
bem como saber que oportunidades este 
sujeito vivenciou como estímulo a novas 
aprendizagens.
Por meio da anamnese serão reveladas 
informações do passado e do presente, 
juntamente com as variáveis do seu meio. 
Serão observadas a visão da família sobre 
a história da criança, as suas expectativas 
desde o nascimento, a afetividade que 
circula neste ambiente familiar, as críticas, 
os preconceitos e tudo aquilo que é 
depositado.
A entrevista deve ser conduzida pelo 
psicopedagogo de forma que possa 
deixá-los à vontade, para que não se 
sintam como se estivessem respondendo 
a um questionário rígido e formal. 
O psicopedagogo poderá até ter um 
questionário em mãos para servir de 
roteiro, que irá preenchendo à medida 
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo13/134
que a família fala, mas não deve fazê-
lo em forma de perguntas e respostas. 
Este roteiro é importante para que não 
se esqueça nenhuma etapa da vida do 
entrevistado. 
Conforme Weiss, é importante deixar a 
família falar livremente, espontaneamente, 
pois isso permite ao psicopedagogo 
avaliar o que eles recordam para falar, qual 
a sequência e a importância dos fatos. 
Dependendo das características da família, 
pode ser necessário recorrer a perguntas. 
Os objetivos deverão estar bem definidos, 
e a entrevista deverá ter um caráter 
semidiretivo (2003, p. 64).
De acordo com Paín, a história vital 
permitirá “[...] detectar o grau de 
individualização que a criança tem em 
relação à mãe e a conservação de sua 
história nela” (1992 p. 42). A entrevista 
inicia-se falando da gravidez, pré-natal, 
concepção, se a criança foi desejada, aceita 
pela família, rejeitada. Estes aspectos 
poderão determinar aspectos afetivos dos 
pais em relação ao filho. Deve-se perguntar 
sobre as primeiras aprendizagens 
informais, tais como: como aprendeu 
a usar a mamadeira, o copo, colher, 
engatinhar, andar, andar de velocípede, 
controlar os esfíncteres. A intenção 
é descobrir “em que medida a família 
possibilita o desenvolvimento cognitivo 
da criança – facilitando esquemas e 
deixando desenvolver o equilíbrio entre 
a assimilação e acomodação [...]” (WEISS, 
2003, p. 66). Buscam-se informações sobre 
o desenvolvimento geral da criança.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo14/134
A história clínica também é importante: quais doenças adquiriu, se precisou ficar internado, 
quanto tempo, se ouve sequelas, atendimentos de psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos 
ou outros.
Para saber mais
Em 2006, na cidade de Ribeirão Preto (SP), foi criada a Comunidade Aprender Criança (<http://
www.aprendercrianca.com.br/>. Acesso em: 31 out. 2012), uma comunidade acadêmica e 
virtual destinada a divulgar informações em Neurociências. Hoje a comunidade conta com mais de 
3000 cidadãos em todos os estados brasileiros, sendo 81% de educadores. A Comunidade conta 
com neurocientistas, professores, pais, neurologistas, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, 
psicopedagogos, entre outros, e é gratuita. As pessoas da Comunidade recebem periodicamente 
o Boletim Notícias do Cérebro, e ainda têm a oportunidade de atualizar os seus conhecimentos e 
participar de enquetes.
A história escolar é muito importante: quando começou a frequentar a escola, sua adaptação, 
primeiro dia de aula, possíveis rejeições, entusiasmo, porque escolheram aquela escola, 
aspectos positivos e negativos e as consequências na aprendizagem.
http://www.aprendercrianca.com.br/
http://www.aprendercrianca.com.br/
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo15/134
Todas estas informações devem ser 
registradas para que se possa fazer um 
bom diagnóstico. 
Investigar:
• Se há consciência da família em 
relação às dificuldades da criança.
• Se há doenças na infância, e como 
foram tratadas.
• Se a família auxilia o desenvolvimento 
da autonomia.
• Se os pais são autoritários, causando 
medo na criança de se mostrar, se 
expor.
• Se há estímulos em casa relacionados 
à aprendizagem.
• Se nesta família circula afetividade ou 
só cobrança.
• Se os limites são impostos e como são 
colocados.
• Qual a forma de punição dada por 
esta família.
Na entrevista o psicopedagogo deverá 
deixar os pais à vontade para falar 
o que quiserem, mas poderá fazer 
perguntas, caso eles pulem alguma 
etapa. O questionário, em anexo, é 
para a orientação do entrevistador. 
Não transforme a anamnese emum 
questionário automatizado. À medida que 
os pais falarem, você poderá anotar. 
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo16/134
Sugestão de Roteiro para Anamnese
Data:_____/_____/___
Concepção
Idade dos pais na época: Mãe_____ Pai______
Número de gestações anteriores: ______
Abortos? Naturais_____ Provocados______
Perda de algum filho? Antes ou depois do paciente?_______________
Gestação
A gravidez foi desejada por ambos? Sim ( ) Não ( )_______________
Fez pré-natal? Sim ( ) Não ( )________________________________
Sofreu acidentes, quedas? Sim ( ) Não ( )_______________________
Sofreu algum tipo de cirurgia? Sim ( ) Não ( ) Qual?_______________
Teve doenças na gestação, rubéola, toxoplasmose?
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo17/134
1.3. Relatório da Queixa da Professora
Observa-se nas escolas o alto número de alunos com problemas emocionais, sociais, afetivos 
e outros, que acabam interferindo e prejudicando o seu aprendizado e levando o aluno a 
conhecer o fracasso. 
Problemas esses, muitas vezes, de origem familiar, social e que acabam transferidos ao 
ambiente escolar e, então, há a necessidade da intervenção psicopedagógica para que se possa 
dar novas perspectivas ao aluno e, também, à sua família. 
[...] tentando sanar as frustações do aluno, a Psicopedagogia contribui 
também para a percepção global do fato educativo e para a compreensão 
satisfatória dos objetivos da educação e da finalidade da escola, 
possibilitando, assim, uma ação transformadora. (PORTO, 2011, p. 151).
Para que se tenha uma escola de qualidade, comprometida com os aspectos educacionais, 
é essencial que as atividades pedagógicas sejam elaboradas para despertar interesse e 
ter significado em sua realização. Que essas atividades desafiem e sejam pensadas em 
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo18/134
consonância com a intervenção, partindo 
sempre da premissa de que todos os alunos 
devem aprender, inclusive é um direito 
deles e dever do professor. 
Quando se fala em relatório de queixas, 
o bom professor deve saber o que o seu 
aluno é capaz de realizar e partir destas 
facilidades. É fácil dizer o que o aluno não 
sabe fazer, mas é preciso conhecer o que 
ele sabe, pois é ele o ponto inicial para 
repensar as atividades didáticas, bem 
como a intervenção. O relatório deve ser 
simples, porém bem elaborado, e deverá 
apresentar informações quanto a aspectos 
comportamentais, sociais, cognitivos, 
assiduidade e o interesse do aluno, bem 
como de sua família, pela escola. 
Link
Para saber mais sobre os Instrumentos de 
Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo, 
você pode acessar o site Psicopedagogia 
Brasil. Disponível em: <http://www.
psicopedagogiabrasil.com.br/#!em-branco/
cq24>. Acesso em: 30 mai. 2014.
http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/#!em-branco/cq24
http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/#!em-branco/cq24
http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/#!em-branco/cq24
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo19/134
Glossário
Epistemologia Convergente: “um método clínico, destinado ao processo de Diagnóstico e Intervenção, 
para diferentes faixas etárias. (...) procura compreender a contribuição dos aspectos afetivos, cognitivos 
e do meio sócio educacional, no processo da aprendizagem do indivíduo e as possíveis dificuldades 
apresentadas, tendo como base, a integração dos conhecimentos da psicologia genética, da psicanálise e da 
psicologia social” (VISCA, 1987 apud LASSALVIA, 2011).
Modalidade de Aprendizagem: “segundo Fernández (1991), a modalidade de aprendizagem é uma 
matriz, um molde, um esquema de operar que é utilizado nas diferentes situações de aprendizagem. Entende-
se que a modalidade é presente no sujeito aprendente e diretamente ligada à sua personalidade, entrelaçada 
com a “modalidade de aprendizagem familiar”, e na infância há uma história construída entre o sujeito e o 
grupo familiar, que tem grande significação na construção do seu conhecimento” (SOUZA, 2011, p. 4). 
Nível cognitivo: o nível cognitivo de um sujeito pode ser medido de várias formas. Aqui, está baseado em 
Piaget, para quem são três os estágios de desenvolvimento da inteligência: sensório-motor, pré-operatório 
e o operatório, sendo que o estágio operatório se divide em operatório concreto e operatório formal.
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo20/134
Glossário
Nível de leitura: A criança em seu processo de alfabetização passa basicamente por três grandes níveis: o 
pré-silábico, o silábico e o alfabético. Segundo Emília Ferreiro (2001, p. 19), do ponto de vista construtivo, a 
escrita da criança passa por três grandes períodos de evolução: 
distinção entre o modo de representação icônico e o não-icônico; 
a construção de formas de diferenciação (controle progressivo das 
variações sobre os eixos qualitativos e quantitativos) e a fonetização 
da escrita (que se inicia com um período silábico e culmina no período 
alfabético)”.
Questão
reflexão
?
para
21/134
Nesta primeira aula você estudou a importância de 
ter um olhar diferenciado do indivíduo durante o 
processo de avaliação/diagnóstico psicopedagógico 
institucional. Assista ao vídeo Aprender a Aprender 
(disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=related>. Acesso 
em: 30 mai. 2014.) e reflita sobre o olhar que o 
psicopedagogo institucional deve ter mediante a 
aprendizagem do sujeito, considerando sua história de 
vida e sua forma de aprender.
http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=related
22/134
Considerações Finais (1/2)
Cabe ao profissional manter-se atualizado, buscando sempre orientações 
e, sobretudo, gerenciar a sua atuação, sendo esta pautada na teoria e nas 
práticas, principalmente na reflexão, que proporciona a avaliação de atitudes 
e procedimentos.
A identidade da profissão se consolida através da prática, e esta deve ser de 
respeito às diferenças e aos ritmos de aprendizagem. 
Escola e família caminham paralelamente; elas têm algo em comum, aluno e 
filho, portanto, são necessárias orientações.
Nesta aula você encontrou sugestões de testes para a sua prática, entretanto 
essas sugestões devem ser entendidas como referências iniciais, para que 
você venha a criar e encontrar outros recursos e procedimentos. 
É de fundamental importância que você busque o conhecimento teórico 
complementar nos livros citados na bibliografia.
23/134
É muito importante ouvir o aluno. A linguagem oral é importante, pois 
trabalha o falar e saber ouvir, essenciais para o processo de ensino e 
aprendizagem.
O saber psicopedagógico deve ser o mais variado e envolvente possível, sendo 
um trabalho diferenciado que promova o bem estar e resgate a vontade de 
aprender.
Não se pode deixar de mencionar os quatro pilares que norteiam a educação 
brasileira, e eles têm muito em comum com a prática psicopedagógica: 
aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo24/134
Referências
BOSSA, N A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 2000. 
BRASIL. Referencial Curricular de Formação de Professores. MEC, 1999.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. 24ª. ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Coleção Questões 
da Nossa época; v. 14).
LASSALVIA, Digelza Flávia Câmara. Epistemologia Convergente: uma proposta de Jorge Visca. 
Supervisão Psicopedagógica. Disponível em: http://supervisaopsicopedagogica.com.br/?p=10. 
Acesso em 10 set. 2014.
PAÍN, Sara. Diagnósticos e tratamentos dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1992. 
PORTO, Olivia. Psicopedagogia Institucional- teoria, prática e assessoramento psicopedagógico. 
Wak, 2011.
SAMPAIO, Simaia. Dificuldades deaprendizagem. A psicopedagogia na relação sujeito, família e 
escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2009.
SANCHEZ-CANO, Manuel; et al. Avaliação psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed. 2008.
http://supervisaopsicopedagogica.com.br/?p=10
Unidade 1 • Instrumentos de Avaliação Iniciais para o Psicopedagogo25/134
SORDI, Regina Orgler. Modalidade de aprendizagem: uma contribuição para a ampliação do 
conceito. Revista Psicopedagogia [online], v. 26, n. 80, p. 303-312, 2009. Disponível em: <http://
pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf>. Acesso em: 10 set. 2014.
SOUZA, Luciana Pereira de. O papel do psicopedagogo no atendimento às dificuldades de 
aprendizagem. Revista Eduf@tima, v. 2, n. 1, 2011. Disponível em <http://pt.slideshare.net/
joaomaria/33-1891pb>. Acesso em 10 set. 2014.
VISCA, Jorge. Técnicas projetivas psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação. 
Buenos Aires: Visca e Visca editores. 2008.
WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem 
escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v26n80/v26n80a15.pdf
http://pt.slideshare.net/joaomaria/33-1891pb
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26/134
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Instrumentos de Avaliação 
Iniciais  para o Psicopedagogo - Bloco I
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Aula 1 - Tema: EOCA - Bloco II
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Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Levantando dados para a 
Intervenção - Bloco III
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Aula 1 - Tema: Intervenção Psicopedagógica - 
Bloco IV
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1. Realizar um diagnóstico é como montar um quebra-cabeça, pois, à 
medida que se encaixam as peças, descobre-se o que está por trás destes 
sintomas. É possível afirmar que deverão ser observados diversos âmbitos:
a) Escolar, familiar, pedagógico e social.
b) Familiar, afetivo, social e pedagógico.
c) Escolar, familiar, cognitivo e pedagógico.
d) Afetivo, social, cognitivo e escolar.
e) Cognitivo, familiar, pedagógico e social.
Questão 1
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2. O EOCA é a primeira entrevista realizada com a criança e ela tem como 
principal objetivo:
a) Avaliar o aluno e suas potencialidades.
b) Investigar os vínculos que a criança possui com os conteúdos. 
c) Saber como o aluno se porta numa avaliação.
d) Perceber o que o aluno sabe fazer e aprendeu a fazer.
e) Ajudar o aluno a sanar as suas dificuldades.
Questão 2
30/134
3. Quanto à realização da anamnese, é correto afirmar que:
a) É uma entrevista realizada com os pais ou os responsáveis e estes, deverão dar todas as 
informações sobre o aluno.
b) É a visão da família sobre a história da criança, as suas expectativas, desde o nascimento, a 
afetividade, as críticas, o preconceito e tudo aquilo que é depositado no aluno.
c) É um questionário que os pais ou responsáveis deverão preencher com informações sobre 
o filho.
d) É um questionário que os pais ou responsáveis e os professores deverão preencher com 
informações sobre o aluno.
e) É uma entrevista realizada com os pais e professores e estes deverão falar dos aspectos 
cognitivos, sociais, pedagógicos e familiares do aluno em questão.
Questão 3
31/134
4. De acordo com Visca (1995), as técnicas projetivas têm como objeti-
vo investigar os vínculos que o sujeito pode estabelecer em três grandes 
domínios, o escolar, o familiar e consigo mesmo, pelos quais é possível 
reconhecer:
a) Os três níveis em relação ao grau de consciências dos distintos aspectos que constituem o 
vínculo de aprendizagem.
b) Tem como conhecer a família e tudo o que ocorre com o aluno.
c) Os testes devem ser aplicados na maior quantidade possível para ajudar a conhecer melhor 
o aluno.
d) O psicopedagogo poderá selecionar outros materiais que julgar necessário. Não existe um 
padrão.
e) Os testes devem seguir um padrão e não se pode adequá-lo à idade do sujeito avaliado.
Questão 4
32/134
5. É possível dizer que a finalidade da avaliação psicopedagógica é:
a) Identificar os problemas escolares dos alunos.
b) Analisar, propor estratégias e intervenção para as escolas e orientação para os professores.
c) É uma importante ferramenta para tomada de decisões para ajudar o aluno e, também, 
para promover mudanças na escola e na família.
d) Avaliar as capacidades e potencialidades do aluno,
e) Ajustar a resposta educacional às necessidades avaliadas.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: E.
As peças são oferecidas pela família, pela 
escola e pelo próprio aluno, entretanto, 
para se ter um bom resultado é necessário 
levar em conta todos os aspectos objetivos 
e subjetivos observados nos diferentes 
âmbitos: cognitivo, familiar, pedagógico e 
social.
2. Resposta: D.
A Entrevista Operativa Centrada na 
Aprendizagem tem como principal 
objetivo investigar os vínculos que o aluno 
possui com os objetos e os conteúdos 
da aprendizagem escolar, observar suas 
defesas, condutas evitativas e como 
enfrenta novos desafios. Portanto, o 
objetivo principal é saber o que o aluno 
sabe fazer e aprendeu a fazer.
3. Resposta: B.
É uma entrevista realizada com os pais 
ou os responsáveis do entrevistado e tem 
como objetivo resgatar a história de vida 
e colher dados importantes que possam 
esclarecer fatos observados durante o 
diagnóstico.
4. Resposta: A.
Os testes, na verdade, partem da 
necessidade de uma avaliação mais ampla 
sobre o sujeito avaliado no intuito de 
34/134
conhecê-lo melhor e coletar mais dados 
para posterior intervenção.
5. Resposta: C.
A avaliação psicopedagógica é uma 
ferramenta para tomar decisões que 
melhorem a resposta educacional do aluno 
ou grupo de alunos, mas, também, para 
promover mudanças no contexto escolar e 
familiar. (SANCHEZ-CANO, 2008).
Gabarito
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Unidade 2
A Avaliação na Escola de Hoje
Objetivos
1. Nesta aula serão destacados os aspectos mais 
importantes da avaliação. A Lei de Diretrizes 
e Base da Educação Nacional traz o que os 
educadores do mundo todo estão dizendo com 
relação a uma escola que não seja homogênea, 
que respeiteo tempo de aprendizagem de cada 
um dos seus alunos e que trabalhe com esse 
elemento do conhecimento que o professor 
precisa ter de seus alunos. Cabe ao professor 
conhecer o que realmente o aluno sabe. Como 
o psicopedagogo pode auxiliar neste processo?
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje36/134
Introdução
Não existe nenhuma teoria pedagógica, nenhum caminho, nenhum rumo, nenhum olhar de 
educação que dê certo sem o educador, porque é ele quem está na sala de aula. Não adianta 
ter a melhor teoria do mundo se o educador não estiver preparado para, de fato, exercer sua 
função, que é ensinar (CHALITA, [entre 2002 e 2006], p. 17).
O professor tem a prática e a liberdade de atuar, por isso é preciso dar apoio e incentivo para 
que ele se valorize, resgate a autoestima e, sobretudo, encontre elementos internos que 
fortaleçam a sua relação com o aluno.
É fato que todo mundo pode aprender. E que o processo de aprendizagem não precisa ser o 
mesmo para todos os alunos. A inclusão é fundamental, faz com que a escola não segregue 
ou discrimine determinado tipo de aluno, mas busque novas alternativas e propostas para que 
ele possa realmente aprender. Talvez esse aluno tenha determinadas limitações e não consiga 
desenvolver algum tipo de habilidade, mas pode desenvolver outras. 
Fernández, em seu livro A mulher escondida na professora, diz que:
[...] autoridade implica poder situar-se em um lugar de equilíbrio entre o 
conhecimento e a capacidade de argumentar sobre este, conhecimento 
tem a ver com a competência – não com a competitividade – quer dizer, 
com o estar preparado para cumprir a função. (FERNÁNDEZ, 2001, p.164)
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje37/134
O psicopedagogo deve estudar muito, nunca estará pronto, sempre deverá ser movido pela 
busca. Deve ser coerente, saber distinguir as fases da criança e como trabalhá-las, não 
esquecendo as suas características individuais.
[...] tardio e custoso processo de consolidação das disciplinas mentais 
[...] a intensidade com que a escola exige essas condutas é superior às 
possibilidades da idade, o que propicia a emergência de dispersão e 
impulsividade. (WALLON apud GALVÃO, 1999, p. 109).
1. A Avaliação na Escola de Hoje
A concepção de avaliação, antes considerada seletiva, uma vez que era vista apenas como 
forma de classificar e promover o aluno, hoje assume novas funções: diagnóstica e de 
verificação, tendo como eixo a orientação. Deixa de ser punitiva e assume a função de verificar 
o nível de aprendizagem dos alunos. 
A avaliação apresenta três funções, classificadas em três modalidades, que são: diagnóstica, 
formativa e somativa. 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje38/134
A Avaliação Diagnóstica é a que se realiza 
no início de um curso para constatar se 
o aluno apresenta ou não o domínio dos 
pré-requisitos para novas aprendizagens; o 
nome já diz: faz-se um diagnóstico do que 
o aluno sabe. 
A Avaliação Formativa tem como função 
o controle, sendo realizada durante todo 
o ano letivo, a fim de verificar se os alunos 
estão atingindo os objetivos propostos. 
Permite ao professor detectar e identificar 
dificuldades, quer seja na comunicação 
ou na forma de ensinar, possibilitando 
reformulações no seu trabalho didático 
e servindo como “meio de controle de 
qualidade”. Ela é muito flexível, pois orienta 
o estudo do aluno e o próprio trabalho do 
professor. 
A Avaliação Somativa tem como função 
a classificação, é realizada no final do 
ano letivo e tem como objetivo principal 
classificar o aluno de acordo com os níveis 
de aproveitamento, geralmente tendo em 
vista a promoção ou retenção. 
Há vários instrumentos de avaliação 
que podem ajudar muito a pensar nas 
intervenções que auxiliam os alunos e, 
principalmente, orientar os professores 
em sua prática: muitas vezes estão tão 
envolvidos que não conseguem ter um 
olhar diferenciado.
2. Fases do Desenho Infantil
É importante ressaltar que as etapas do 
desenvolvimento do desenho infantil 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje39/134
ocorrem independentemente do país onde 
a criança vive.
Da importância do desenho na vida da 
criança, há necessidade de o educador 
saber as fases do desenho infantil para 
que, além de conhecer melhor os seus 
alunos, possa também avaliar – não com 
conceitos pré-estabelecidos, mas sim o 
que a criança quer mostrar ao adulto.
1ª Fase – 18 meses a 4 anos
Garatuja ou Rabiscação 
• A criança desenha por desenhar, 
não há uma intenção. São rabiscos 
desordenados, as folhas são rasgadas 
ou furadas com a ponta do lápis. Não 
há preocupação com a cor, uma única 
a satisfaz. 
• Descarrega as energias, o que é muito 
salutar, e os movimentos são amplos 
e livres. O adulto não pode interferir.
• Segura o lápis de diversas maneiras e 
tem dificuldade em permanecer nos 
limites do papel, que deve ser grande.
• Muitas vezes não olha para o papel: 
surpreende-se com suas mãos 
agarradas a um lápis e com o traço 
que fica no papel.
• Percebe movimentos musculares 
e a posição dos membros: caráter 
cinestésico.
• Rabisca no chão, nas paredes e nos 
móveis.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje40/134
Garatuja Intencional ou Controlada 
• A criança apresenta alguma intenção. 
A imaginação já começa a se delinear, 
mas não há ainda a representação da 
figura humana.
• Já não são apenas rabiscos: aparecem 
os semicírculos de vários tamanhos, 
a cor não é usada conscientemente 
e, às vezes, aparecem várias cores 
diferentes. 
• Sente prazer em preencher a folha 
e ensaia novos movimentos para 
segurar o lápis, o giz ou o curton, além 
de se sentir confiante. 
• Descobre que os traços no papel têm 
ligação com seus movimentos, e isto 
a estimula a variar esses movimentos. 
Começa também a fazer ligação 
entre os movimentos e o mundo que 
a rodeia, daí a atribuição de nomes às 
garatujas que faz.
O adulto pode compartilhar da alegria 
da criança em garatujar, e nem sempre 
precisa perguntar o que ela fez ou o que 
está fazendo, pedindo explicações. Cabe 
ainda ressaltar que, nessa fase, a criança 
não necessita de motivação especial para 
desenhar. Para ela, garatujar é tão natural 
como dormir ou se alimentar. 
É uma pena, mas os pais nem sempre 
guardam as garatujas que são feitas em 
casa ou na escola. A garatuja é um dos 
registros mais importantes da vida infantil, 
pois representa o início da linguagem e 
da expressão. Acrescente-se ainda que a 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje41/134
maneira como as garatujas são recebidas 
pelos pais e professores tem grande 
influência no desenvolvimento da criança.
As técnicas usadas nas atividades de 
expressão, nessa primeira fase, devem 
ser bem simples. A criança está no início 
das suas descobertas: tudo que lhe for 
apresentado deverá ser adequado à sua 
idade. Alguns exemplos: curton, gizão, 
canetas hidrográficas grossas, estacas, 
pintura a dedo, tinta plástica não tóxica, 
guache espesso. 
2º Fase – 4 a 7 anos
Pré-esquemática ou Figuração 
Esquemática ou Início da Figuração
• A criança busca o conceito de forma: 
está em busca da forma e necessita 
de qualquer ideia de proporção. 
Acrescenta-se que se trata de uma 
fase egocêntrica. 
• Busca uma forma (esquema) para a 
representação da figura humana. Os 
símbolos que desenha variam muito: 
a figura humana desenhada pela 
manhã poderá ser substituída por 
outra à tarde; e assim será, até que 
encontre o seu próprio esquema.
• Sua criatividade está diretamente 
relacionada com a respectiva 
experiência individual. Daí a 
importância de se proporcionar 
vivências significativas e adequadas, 
para enriquecer o repertório 
expressivo da criança.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje42/134
• Seus temas preferidos: casas, árvores, 
figuras humanas e animais. As 
formas e temas que a criança começa 
a realizar refletem suas próprias 
experiências.
• A cor nessa fase é emocional. 
Exemplo: uma árvore pintada de roxo, 
sem relação com a realidade.
• O desenho e a pinturapoderiam ser 
constantes e naturais, como andar, 
correr, falar, pensar, comer, pois são 
básicos para a criança.
• As técnicas, nesta fase, podem ser 
elaboradas, mas não se esquecer das 
mais simples, com as quais a criança 
se expressa melhor, que já vivenciou e 
conhece o material.
• Pincéis de vários tipos serão 
apresentados, mas um de cada vez.
• As texturas e os tipos de papéis 
podem variar: tinta não tão espessa, 
giz e cola, pintura a dedo, curton, 
anilina, cola plástica, terra e água, 
anil e água. 
• Nessa fase podem ser usadas várias 
técnicas para as atividades dirigidas. 
O importante é o realizar e não o 
como realizar. 
3ª Fase – 7 a 9 anos
Fase Esquemática ou Figuração 
Esquemática ou Esquematismo
• Ultimamente, pela estimulação, esta 
fase já está presente na Educação 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje43/134
Infantil. É o apogeu do desenho 
infantil, quando a criança desenvolve 
o conceito definido de forma e 
descobre o seu próprio esquema para 
cada coisa a ser apresentada. 
• O esquema da figura humana é 
diferente de uma criança para 
a outra, pois esse esquema 
é muito individual e reflete o 
desenvolvimento de cada uma 
delas: a riqueza desse esquema 
depende das experiências anteriores 
da criança e não deve haver 
interferência do adulto.
• A grande descoberta é a existência 
de uma ordem definida nas relações 
espaciais, e a criança não pensa mais 
como na fase anterior: uma casa, 
uma árvore, mas sim que a casa está 
no chão, e a árvore e o carro idem.
• Em suas representações, aparece 
a linha base de 6 anos, que 
corresponde a um dos fatores de 
prontidão para a alfabetização. 
• Rebatimento, transparência, linha 
base dupla. Nesta etapa, a criança 
descobre que existe relação entre 
o objeto e a cor, por isso sugere-se 
a introdução do uso do lápis de cor 
nesta fase, e não na anterior. 
• As técnicas apresentadas devem 
variar bastante, e tudo o que rodeia a 
criança deve ser aproveitado, como, 
por exemplo, as sucatas do lar. 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje44/134
• Devem ser explorados: as texturas de 
papéis variados, os pincéis chatos, 
largos, finos e grossos, roliços e com 
pelos macios e duros. 
• A despeito de ultrapassarem o 
período da Educação Infantil, as três 
fases seguintes têm a finalidade 
de oferecer ao educador condições 
para conhecimento e avaliação mais 
abrangentes da criança até sua 
adolescência.
4ª Fase – 9 a 11 anos
Figuração Realística ou Princípio do 
Realismo ou Realismo Lógico
• Há maior consciência do eu e um 
afastamento do esquema das linhas 
geométricas. 
• Na figura humana, há diferenciação 
dos sexos e as linhas são mais 
realistas. Aquele esquema da fase 
anterior é modificado. Descobrem-se 
os planos que existem. 
• Há relação subjetiva com as cores, 
com as pessoas e os objetos, há 
também uma significação emocional.
5ª Fase – 13 a 18 anos
Regressão ou Crise da Adolescência
• Consciência mais apurada do que na 
fase anterior. Há uma preocupação 
com o meio, com a cor, com a 
aparência, com a autoexpressão. 
Enfoque emocional das experiências 
particulares, subjetivas. Abstração.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje45/134
• Na representação humana, aparece 
a luz e a sombra. Representação das 
impressões momentâneas, realistas 
e individuais. Há variações de 
tonalidades e reflexos. 
• As cores usadas têm um significado 
emocional e psicológico. Em torno 
dos 14 anos, o adolescente deixa de 
desenhar: a maioria reconhece que 
o desenho que faz não condiz com a 
realidade. Após a maturidade, alguns 
retornam ao desenho. Para o artista 
há o desabrochar. 
2.1 O que o Desenho Pode Re-
velar
A criança que teve oportunidade de 
extravasar, exteriorizar, colocar para fora 
tudo o que sentia, certamente reunirá 
condições muito mais favoráveis para 
se tornar um adulto ajustado e feliz. 
Entretanto, se não lhe foram oferecidas 
oportunidades de livre expressão, e ela 
então se limitou apenas a pintar contornos 
preestabelecidos e a receber e cumprir 
ordens do tipo pinte aqui, contorne 
ali, essa criança deverá, infelizmente, 
carregar inseguranças e dependências até 
a vida adulta, com todos os agravantes 
decorrentes e inevitáveis. 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje46/134
Estão relacionados a seguir, alguns 
aspectos que poderão ser detectados por 
meio das atividades que a criança realiza: 
• Como está o interior da criança e em 
qual fase do desenho se encontra. Às 
vezes ela está aquém, outras vezes 
além da idade cronológica.
• O preto no desenho, não nos 
detalhes, mas com muita constância, 
é sinal de urgência. Deve se dar 
oportunidade para a criança colocar 
para fora o que está sentindo.
• Se o uso da cor preta for esporádico, 
não há motivo para preocupação, 
só na hipótese de persistência é 
que os pais deverão ser chamados e 
orientados.
• Se a criança só desenha uma casa é 
porque ainda não saiu dela.
• De modo genérico, a criança tímida 
faz desenhos pequenos e a criança 
expansiva faz desenhos grandes.
• As cores têm muito a ver com o 
emocional.
• A criança tranquila pinta suavemente 
e a agressiva calca muito o lápis.
• As figuras humanas desenhadas por 
uma criança têm sempre o mesmo 
esquema, mas em algumas ela pode 
acrescentar mais detalhes – quando 
o motivo é sempre o mesmo, apesar 
das técnicas variadas, é porque, de 
algum modo, ele marcou sua vida.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje47/134
• O tamanho revela muita coisa, o 
mesmo tamanho para a casa e a flor 
revela a maior importância da flor.
• Desenho de figura humana sem 
braços pode ser porque “a mãe bate 
muito”, com a boca excessivamente 
grande, pode ser porque a mãe grita 
muito.
• A cautela é indispensável na 
avaliação de um desenho: se houver 
frequência, deve-se comunicar 
internamente e, se necessário, aos 
pais, mas com a devida orientação.
• Fatos marcantes como o ataque 
às Torres Gêmeas, os tsunamis, os 
furacões, os tufões, as enchentes, 
por algum tempo ganham atenção e 
motivam os desenhos das crianças.
• Criança “escanteada” desenha um 
dos cantinhos do papel. Depois de 
identificar, deve-se incentivá-la a 
reagir positivamente.
• O desenho sujo é assunto de higiene, 
nada tendo a ver com a expressão 
artística. 
• As letras no desenho indicam 
interesse por elas. A criança sabe que 
significam algo.
• Se a criança deixar o seu nome no 
desenho com letras grandes é porque 
deseja deixar a sua marca naquilo que 
fez ou está fazendo.
• Ultrapassar a margem da folha é 
positivo: sinal de criatividade e 
autoconfiança.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje48/134
• Desenhar antena ou fumaça na casa 
é sinal de que sabe que na casa existe 
vida. 
• Sol no desenho indica a presença 
marcante do pai na vida da criança. 
Esses procedimentos relacionados são 
recomendados como um sumário de 
atitudes básicas, que serão incorporadas 
ao dia a dia do trabalho, como uma fonte 
permanente de consulta. O desenho, 
portanto, pode ser entendido e analisado 
como uma expressão rica de intenções. 
(PERONDI; SANVITTO; TRONCA, 2001).
3. Os Níveis da Escrita
É muito importante que se verifique os 
níveis da alfabetização (hipóteses de 
leitura e escrita). No trabalho em classes 
de alfabetização não existe uma ordem de 
como as coisas devem ser feitas. Os alunos 
não aprendem aos pedaços, geralmente do 
mais fácil para o mais difícil. Eles aprendem 
fazendo relações entre tudo o que fazem, 
o que costuma-se chamar de campo 
conceitual de alfabetização. 
O que vem a ser isso? É um conjunto de 
situações que dão sentido aos atos de ler 
e escrever. Por isso eles aprendem lendo e 
escrevendo.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje49/134
Primeiro nível – Pré-silábico I
Nesse nível o aluno pensa que escreve com 
desenhos. As letras não querem dizer nada. 
Geralmente misturam letras, símbolos, 
números e é comum, quando a professora 
pede para escrever “BOLA”, por exemplo, 
ele desenhar uma bola. 
Segundo nível – Pré-silábico II
O alunojá sabe que não se escreve com 
desenhos. Ele já usa letras ou, se não 
conhece nenhuma, usa algum tipo de 
sinal ou rabisco que lembre letras. Nesse 
nível ele não sabe que as letras podem ter 
qualquer relação com os sons da fala. Ele 
só sabe que se escreve com símbolos, mas 
não relaciona esses símbolos com a língua 
oral. Acha que coisas grandes devem ter 
nome com muitas letras e coisas pequenas 
devem ter nomes com poucas letras. 
Terceiro nível – Silábico
O aluno descobriu que as letras 
representam os sons da fala, mas pensa 
que cada letra é uma sílaba oral. Exemplo: 
CABEÇA – CBC ou AEA.
Quarto nível – Alfabético
O aluno compreendeu como se escreve 
usando as letras do alfabeto. Descobriu 
que cada letra representa um som da fala 
e que é preciso juntá-las de um jeito que 
formem as palavras da língua.
É muito importante realizar uma 
sondagem, pensando em intervenções 
para que os alunos possam avançar nas 
suas hipóteses de escrita e leitura. 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje50/134
3.1 Teste de Sondagem da Es-
crita
Materiais
• Folha de papel sulfite.
• Lápis grafite.
• Borracha.
Peça à criança que escreva o nome dela.
Dite as palavras uma a uma e peça-lhe que 
escreva: elefante, formiga, cachorro, tigre e 
rã. 
Dite a frase e peça-lhe que escreva: a 
formiga picou o meu pé. 
Entregue-lhe dois cartões. Em um estará 
escrito boi, e no outro, formiga. Peça-lhe 
que aponte onde está escrito boi e onde 
está escrito formiga. Observe a superação 
do realismo nominal. 
Registro:
( ) Fase pré-silábica.
( ) Fase pré-silábica II.
( ) Fase silábico-alfabética.
( ) Fase alfabética.
4. Técnicas Projetivas – Par 
Educativo
Idade: 6 a 7 anos.
Vínculo: escolar.
Autora: Malvina Oris e Maria Luisa S. 
Ocampo.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje51/134
Objetivo: investigar os vínculos de 
aprendizagem.
Procedimento: 
Consigna: gostaria que você desenhasse 
duas pessoas: uma que ensina, outra que 
aprende.
Após o desenho:
• Como se chamam estas pessoas?
• Que idade possuem?
• O que está se passando no seu 
desenho?
• Se você desse um título para o seu 
desenho, como ele se chamaria? 
Poderia escrevê-lo?
• Gostaria que escrevesse algo sobre 
seu desenho.
• Pergunta complementares.
Análise (baseada no livro Técnicas 
Projetivas, de Jorge Visca):
• Tamanho total do desenho: encontra-
se vinculado à importância que a 
aprendizagem tem em sua vida.
• Tamanhos muito pequenos ou 
muito grandes: vínculo negativo 
com a aprendizagem.
• Tamanhos bem dimensionados: 
relação equilibrada, em que 
o positivo e o negativo estão 
adequadamente integrados.
• Tamanho dos personagens:
• Tamanho pequeno: o vínculo não é 
importante. Indica desvalorização.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje52/134
• Tamanho médio: o vínculo é 
relativamente importante.
• Tamanho grande: do professor 
pode indicar supervalorização 
deste, o que nem sempre é 
positivo, pois pode sugerir 
perseguição. Se o tamanho 
grande for a figura do aluno, 
poderá indicar negação de suas 
dificuldades e alterações na 
aprendizagem, mas também pode 
caracterizar vínculo positivo.
• Professor grande aluno pequeno: 
quem ensina é supervalorizado.
• Aluno grande e professor 
pequeno: o vínculo com a figura de 
quem ensina é negativo, pois este 
não é valorizado.
• Tamanho do docente igual ao 
do aluno: o vínculo com aquele 
que ensina está confuso, não há 
discriminação.
• Corpo:
• Só cabeças – supervalorização 
intelectual que resulta 
persecutório.
• Corpo do docente inacabado – 
pode significar agressão oculta a 
quem ensina.
• Simplificação dos objetos – 
desvalorização do vínculo de 
aprendizagem com o docente, 
quando o entrevistado não possui 
dificuldade para desenhar. 
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje53/134
• Tamanho dos objetos:
• Muito grandes: pode servir 
para separar quem ensina e 
quem aprende ou aprendente e 
conteúdo.
• Muito pequenos: pode significar 
depósito de projeções negativas e 
deslocadas.
• Tamanho adequado: pode 
significar depósito de projeções 
positivas.
• Posição dos personagens (quem 
ensina e quem aprende):
• Frente a frente: indica vínculo 
positivo com a aprendizagem.
• Lado a lado: regula o vínculo de 
aprendizagem.
• Os dois de costas um para o 
outro: vínculo negativo com a 
aprendizagem.
• Quem ensina de costas para quem 
aprende: há o sentimento de sentir 
se rejeitado pelo professor.
• Quem aprende de costas para 
quem ensina: há o sentimento de 
rejeitar o professor.
• Distância entre os personagens e o 
objeto de aprendizagem: 
• Grande distância: indica que 
não há um compromisso com o 
conteúdo a ser aprendido.
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje54/134
• Pequena distância: indica que 
o conhecimento está sendo 
supervalorizado no momento de 
transmissão.
• Distância adequada: o professor 
é visto como alguém que utiliza 
os conteúdos como instrumentos 
para ensinar e aprender.
• Perspectiva (contextualização 
tridimensional): 
• Desenho com perspectiva: vínculo 
positivo e maduro do ponto de 
vista afetivo, cognitivo e social, 
já que o sujeito consegue, desta 
forma, realizar os movimentos de 
descentração.
• Local da cena:
• Âmbito escolar: melhor vínculo 
com a aprendizagem sistemática, 
podendo ser positivo ou negativo. 
• Âmbito extraescolar: melhor 
vínculo com a aprendizagem 
assistemática. 
(VISCA, 2008)
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje55/134
Para saber mais
Existe uma cartilha de domínio público que está 
disponível gratuitamente em: <http://www.
aprendercrianca.com.br/index.php/cartilha-
do-educador>. Acesso em: 3 set. 2014. Nesta 
cartilha você poderá ver o desempenho escolar, 
a saúde mental em crianças e adolescentes 
brasileiros, a análise dos resultados e as 
recomendações para o educador com base nas 
evidências científicas.
http://www.aprendercrianca.com.br/index.php/cartilha-do-educador
http://www.aprendercrianca.com.br/index.php/cartilha-do-educador
http://www.aprendercrianca.com.br/index.php/cartilha-do-educador
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje56/134
Glossário
Inclusão: igualdade, fraternidade, direitos humanos ou democracia. No âmbito escolar, refere-se a 
crianças e jovens com necessidades educativas (SANCHES, TEODORO, 2006). Indica uma inserção total 
e incondicional da pessoa com necessidades educacionais especiais, alunos com quaisquer déficits e 
necessidades, na escola regular, exigindo a transformação da escola, sua adaptação às necessidades dos 
alunos, uma ruptura com o modelo tradicional de ensino (BATISTA, ENUMO, 2004).
Fernández: A psicopedagoga argentina Alicia Fernández foi uma das precursoras da psicopedagogia 
no Brasil e é responsável pela formação de parte dos profissionais da área em nosso país. É autora de Os 
idiomas do Aprendente, O Saber em jogo, A Inteligência Aprisionada, A Mulher escondida na professora e 
de Psicopedagogia em Psicodrama – morando no Brincar. Para mais informações, consulte: http://www.
epsiba.com/profesores.
Cinestésico: O mesmo que cinestético: Relativo ou pertencente à cinestesia: Sentido que permite ao ser a 
percepção dos movimentos musculares, peso e posição dos membros etc.
http://www.epsiba.com/profesores
http://www.epsiba.com/profesores
Questão
reflexão
?
para
57/134
Com base na leitura da cartilha indicada, aponte as principais 
condutas que devem ser adotadas para evitar o fracasso 
escolar. Em seguida, reflita: por que é tão difícil executar as 
orientações dadas pela cartilha no dia a dia?
58/134
Considerações Finais (1/2)
Os níveis da escrita auxiliam no sentido da proposta de atividades que 
ajudem os alunos a avançar nas suas hipóteses. Com trabalho paralelo 
junto ao professor é possível reduzir o fracasso escolar. 
Toda proposta educacional adequada deve considerar o conhecimento 
prévio do aluno sobre a escrita e, principalmente, o contato que possui 
com a leitura.
 Toda a avaliação que se faz deve ter o olhar individualizado e partir 
do pressuposto“o que ele sabe”. Essa avaliação é individual e se faz 
necessário reavaliar após a intervenção.
Deve-se ter conhecimento das fases do desenho infantil, 
principalmente da fase que corresponde à faixa etária em que está 
trabalhando. 
59/134
Ao detectar problemas que a criança revele por meio das atividades 
de expressão, jamais comentar algo com ela ou perto dela. Quanto aos 
pais, informá-los se houver constância nos motivos que são expressos 
pela criança.
O Par Educativo é uma importante ferramenta para investigar os 
vínculos de aprendizagem, a relação aluno escola.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje60/134
Referências 
BATISTA, Marcus Welby; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Inclusão escolar e deficiência mental: 
análise da interação social entre companheiros. Estudos de Psicologia, v. 9, n. 1, 2004, p. 101-111. 
BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
CAPOVILLA, A, G.S.; CAPOVILLA, F.C. Problemas de leitura e escrita: como identificar, prevenir e 
remediar numa abordagem fônica. 2º ed. São Paulo, SP: Mennon, Edipusp, FAPESP, 2003.
CHALITA, Gabriel. Progressão Continuada: Espinha Dorsal da Política Educacional. In: CENTRO 
DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO MÁRIO COVAS. [entre 2002 e 2006], São Paulo. Fórum de 
Debates. Transcrição da apresentação gravada. Disponível em: <http://www.crmariocovas.
sp.gov.br/pro_l.php?t=01>. Acesso em: 1 out. 2012.
DICIONÁRIO Melhoramentos. São Paulo: Melhoramentos, 1998.
FERNÁNDEZ, Alicia. A Mulher Escondida na Professora: Uma leitura psicopedagógica do ser 
mulher, da corporalidade e da aprendizagem. Porto Alegre, RS: Artmed, 2001.
GALVÃO, Izabel. Henry Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento da criança. 
Petrópolis: Vozes, 1995.
HOFFMANN J. Contos e contrapontos do pensar ao agir em avaliação. 2º Ed. Porto Alegre: 
Mediação, 1998. 
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pro_l.php?t=01
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pro_l.php?t=01
Unidade 2 • A Avaliação na Escola de Hoje61/134
MANUEL S. Col. Avaliação psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2008.
PCN em Ação m- alfabetização – MEC. Brasília 1999.
PERONTI, J. D.; SANVITTO, D.; TRONCA, F. Z. Processo de Alfabetização e Desenvolvimento do 
Grafismo Infantil. EDUCS: 2001.
PORTO, O. Psicopedagogia Institucional. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2011.
RUBINSTEIN, Edith. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In SISTO, FIRMINI 
FERNANDES et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
SAMPAIO, S. Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
SAMPAIO, S. Orgs. Transtornos e dificuldades de aprendizagem. Rio de Janeiro. Wak 2011.
SANCHES, Isabel; TEODORO, António. Da integração à inclusão escolar: cruzando perspectivas 
e conceitos. Revista Lusófona de Educação, v. 8, 2006, p. 63-83.
VISCA, Jorge. Clínica psicopedagógica. Epistemologia convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
WEISS, M.L.L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem 
escolar. Rio de janeiro: DP&A, 2003.
62/134
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Avaliação na Escola - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
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26f63059f6e112466674cab128dc7cff>.
Aula 2 - Tema: Recursos para Avaliação - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
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1d/6b3b1c084a8044cc9260869bed4fe779>. 
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63/134
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Níveis da Escrita - Bloco III
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
a5180944653782aad792dd90cfcee160>.
Aula 2 - Tema: Propostas para Avaliação - Bloco 
IV
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
84f086e652c7c8c31066792045d7e8a8>. 
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64/134
1. A sondagem é um dos recursos dispostos para conhecer as hipóteses 
que os alunos ainda não alfabetizados têm sobre a escrita alfabética. É um 
momento em que também o aluno tem oportunidade de refletir enquanto 
escreve, com a ajuda do adulto. O texto trata-se:
a) Trata-se de uma avaliação diagnóstica do processo de aprendizagem do sistema alfabético, 
que não é estática. É o retrato do momento em foi realizada e pode mudar, inclusive, de um 
dia para outro. 
b) Trata-se de uma avaliação estática que permite propor aos alunos atividades que os 
ajudem a avançar nas suas hipóteses de escrita. 
c) Trata-se de uma linguagem escrita e oral e está presente em todo o processo da 
alfabetização. 
d) Trata-se de uma intervenção sem muita importância no processo da leitura e da escrita, 
em que os alunos podem avançar nas suas hipóteses com ou sem intervenção. 
e) Trata-se de um importante recurso disposto para conhecer as hipóteses dos alunos. Esse 
recurso está intimamente ligado ao processo de avaliação cumulativa. 
Questão 1
65/134
2. O conceito de Progressão Continuada fundamenta-se:
a) O processo de aprendizagem é igual para todos. Todos aprendem da mesma forma, uns 
mais cedo outros mais tarde.
b) Todo mundo pode aprender. E que o processo de aprendizagem não precisa ser igual para 
todo mundo.
c) O aluno pode aprender desenvolvendo habilidades e competências.
d) Essa avaliação não é significativa para a aprendizagem. 
e) É uma avaliação em que não pode reter o aluno, ele deverá ser promovido.
Questão 2
66/134
3. Três formas de avaliação estão intimamente ligadas. São elas:
a) Sondagem, avaliação Somativa e Classificatória.
b) Avaliação Formativa, Classificatória e Sondagem.
c) Avaliação Classificatória, Seletiva e Somativa.
d) Sondagem, avaliação Seletiva e Somativa.
e) Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa.
Questão 3
67/134
4. Partindo do sentido pleno da prática da avaliação da aprendizagem é 
possível afirmar que:
a) A avaliação só pode funcionar efetivamente em um trabalho educativo sob a modalidade 
da verificação.
b) A avaliação é um diagnóstico da qualidade dos resultados intermediários e finais. 
c) A avaliação da aprendizagem, apesar de ser diagnóstica é classificatória.
d) A avaliação da aprendizagem contribui para fazer dela algo concreto e não um processo.
e) Porque avaliar trata-se de um instrumento de aprendizagem.
Questão 4
68/134
5. Fazem parte das Provas Operatórias:
a) Provas de conservação de peso, líquido, volume, matéria e comprimento.
b) Classificação, seriação, espaço prediçãoe pensamento formal.
c) Seriação, classificação, espaço, pensamento formal e pequenos conjuntos discretos de 
elementos.
d) Provas de conservação, classificação, seriação e pensamento formal.
e) Seriação, classificação, conservação, seriação, pensamento formal e pequenos conjuntos.
Questão 5
69/134
Gabarito
1. Resposta: A.
Para aprender a ler e a escrever é 
necessário pensar sobre a escrita, pensar 
sobre o que a escrita representa e como 
ela representa graficamente a linguagem. 
A sondagem é um recurso muito 
importante que se destina a identificar 
quais são as dificuldades do aluno e quais 
procedimentos utilizar.
2. Resposta: B.
A progressão continuada não é boa só para 
diminuir a evasão escolar, ela a diminui 
também, mas o conceito de Progressão 
continuada é que todos podem aprender. 
E que o processo de aprendizagem não 
precisa ser o mesmo para todos os alunos.
3. Resposta: E.
Basicamente, a avaliação apresenta 
três funções e existem três modalidades 
de avaliação: Diagnóstica, Formativa e 
Somativa. Essas três formas de avaliação 
são intimamente vinculadas para garantir a 
eficiência e a eficácia do processo ensino-
aprendizagem.
4. Resposta: B.
A prática da avaliação da aprendizagem 
só será possível na medida em que estiver 
efetivamente interessado na aprendizagem 
do educando. A avaliação implica a 
retomada do curso de ação, se ele não tiver 
sido satisfatório, ou a sua reorientação, 
caso esteja se desviando. A avaliação é um 
70/134
Gabarito
diagnóstico da qualidade dos resultados 
intermediários ou finais.
5. Resposta: D.
A aplicação das provas operatórias tem 
como objetivo determinar o nível de 
pensamento do sujeito, realizando uma 
análise quantitativa, e reconhecer as 
diferenças funcionais, realizando um 
estudo predominantemente qualitativo. 
(VISCA, p. 11, 1995). As provas operatórias 
são as de: conservação, classificação, 
seriação, espaço e pensamento formal.
71/134
Unidade 3
Intervenção
Objetivos
1. Pensar em intervenção exige compreensão das questões envolvidas 
no processo ensino-aprendizagem. Competência para identificá-las e 
resolvê-las, autonomia para tomar decisões, responsabilidades pela opção 
feita. Exige também capacidade de avaliar criticamente a sua própria 
atuação e o contexto em que ela ocorre, de interagir cooperativamente 
com a comunidade escolar que se faz parte e de manter-se atualizado.
2. Esta aula visa discutir a relação escola terapeutas, orientação ao professor 
e como proceder nas devolutivas, tanto ao professor quanto aos pais, 
enfim, elucidar estas relações, destacando diferentes contextos em que a 
comunicação ocorre.
Unidade 3 • Intervenção72/134
Introdução
Parte-se do seguinte pressuposto: ser um 
psicopedagogo que pensa e toma decisões 
é ser um profissional que desenvolve o 
“saber fazer” e a compreensão do “para 
que fazer”, articulando a reflexão sobre 
“o que”, “como”, “para que” e “quem vai 
aprender”, de forma que garanta aos seus 
pacientes o acesso a boas situações de 
aprendizagens. Para planejar intervenções 
psicopedagógicas pertinentes e de 
qualidade é preciso interpretar e analisar o 
contexto da realidade educativa.
De acordo com Pinto, é fundamental 
para a psicopedagogia que o profissional 
faça um trabalho interdisciplinar, pois 
o conhecimento específico das diversas 
teorias contribui para o resultado eficiente 
da intervenção pedagógica. Por exemplo, 
a psicanálise pode fornecer embasamento 
para compreender o mundo inconsciente 
do sujeito; a psicologia genética 
proporciona condições para analisar o 
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, 
a psicologia possibilita compreender o 
mundo físico e psíquico; a linguística 
permite entender o processo de aquisição 
da linguagem, tanto oral como escrita. Em 
todas essas áreas encontram-se autores 
renomados, que contribuem para o 
crescimento da psicopedagogia, tanto no 
âmbito preventivo como no clínico (PINTO, 
2003, p. 37).
É possível concluir que o campo da atuação 
da Psicopedagogia é a aprendizagem, e 
sua intervenção é preventiva e curativa, 
pois se dispõe a detectar problemas de 
Unidade 3 • Intervenção73/134
aprendizagem e “resolvê-los”, além de 
preveni-los, evitando que surjam outros. 
O papel do psicopedagogo é detectar 
possíveis problemas no processo ensino-
aprendizagem, para que possa propor 
ações que trabalhem com a orientação, 
tanto dos professores como das famílias. 
Segundo Beatriz Scoz, em Psicopedagogia 
e Realidade Escolar – O Problema Escolar e 
de Aprendizagem, “[...] a psicopedagogia 
deve ser direcionada não só para os 
descompassos da aprendizagem, mas 
também para uma melhoria da qualidade 
de ensino nas escolas” (1996, p. 8).
E nesse, contexto há a figura do 
psicopedagogo, que tem relação 
com a escola, professores, alunos e 
pais. Bossa (1994, p. 13) define três 
níveis de prevenção no trabalho 
psicopedagógico institucional: no 
primeiro nível, o psicopedagogo atua 
nos processos educativos com o objetivo 
de diminuir a frequência dos problemas 
de aprendizagem. Seu trabalho incide 
nas questões didático-metodológicas, 
bem como na formação e orientação de 
professores, além de fazer aconselhamento 
aos pais. No segundo nível, o objetivo 
é diminuir e tratar problemas de 
aprendizagens já instalados. Para tanto, 
cria-se um plano diagnóstico da realidade 
institucional e elabora-se planos de 
intervenção baseados nesses diagnósticos, 
a partir do que se procura avaliar o 
currículo com os professores para que não 
Unidade 3 • Intervenção74/134
se repitam tais transtornos. No terceiro nível, o objetivo é eliminar os transtornos já instalados, 
em um procedimento clínico com todas as suas implicações. 
1. Ficha de Visita à Escola
Aluno:
Escola:
Data de Nascimento:
Ano de escolaridade:
Repetiu o ano alguma vez? 
( ) sim quantas vezes: _____ ( ) não 
1. Como está o aluno hoje na escola?
2. Em que o aluno se destaca na escola?
3. Como é o comportamento social e afetivo do aluno?
4. Em relação à aprendizagem, como é o histórico do aluno?
Unidade 3 • Intervenção75/134
5. O aluno faz as lições de casa?
6. O aluno é assíduo?
7. O aluno presta atenção às aulas?
8. Você acha que houve alguma evolução 
do aluno nos últimos tempos?
9. Como a escola acha que poderia ajudá-
lo?
10. Em que a escola acha que o 
psicopedagogo poderia auxiliá-lo?
Observações:
Cidade, data e ano.
Assinatura do psicopedagogo e de quem 
participou da entrevista.
2. Mapeamento Institucional 
O mapeamento institucional é um método 
que permite analisar a instituição escolar, 
observando minuciosamente não somente 
aquilo que é dito, mas o que não é dito por 
meio de observações, gestos e postura 
das pessoas que estão respondendo às 
perguntas.
O psicopedagogo necessita ser o mais 
isento possível para uma avaliação 
fidedigna e que esta esteja mais próxima 
da realidade, para uma posterior proposta 
pedagógica.
I. Identificação da Unidade Escolar
Entidade mantenedora.
Nome e endereço completo.
Unidade 3 • Intervenção76/134
Decreto de criação e/ou 
transformação/Atos e/ou Portarias.
Autorizativa de Funcionamento de 
Cursos.
Cursos que oferece: níveis de 
modalidades com as respectivas 
matrizes curriculares.
Estrutura dos cursos (série, ciclos, 
grupos não seriados).
Classificação da escola.
II. Caracterização socioeconômica e 
cultural da comunidade escolar
Quais as principais atividades 
socioeconômicas de minha 
comunidade?
Quais as principais tradições 
culturais? Que tipos de atividades de 
lazer são mais presentes?
Há outras escolas na área?
Como é feito o atendimento de saúde 
da comunidade?
Descrição da realidade da 
comunidade.
Quais as dificuldades existentes 
no dia a dia da escola com relação 
à aprendizagem dos alunos, ao 
ambiente escolar, às disciplinas e ao 
trabalho dos professores?
Quais são as causas da distância 
entre a realidade e o ideal 
pretendido?
Unidade 3 • Intervenção77/134
Que atividades são mais bem aceitas 
pelos alunos?Como as famílias participam do 
desenvolvimento do currículo?
III. Estrutura e organização da escola
Recursos humanos existentes.
Calendário escolar (distribuição 
das aulas, estudos de recuperação, 
reuniões pedagógicas e 
administrativas, conselhos de classe, 
atividade extraclasse).
Matrícula.
Organização das turmas.
Transferência.
Turnos e horários da escola.
Sistema de avaliação
Recursos físicos disponíveis (salas 
de aula, biblioteca, espaços de novas 
tecnologias, espaços livres).
Currículo, programa e projetos.
IV. Quanto aos turnos e horários da 
escola
O calendário escolar prevê tempo 
destinado ao encontro dos 
professores para estudo, discussão e 
implementação de projetos?
V. Quanto aos recursos físicos
Existem horários para frequência à 
biblioteca pelos alunos e professores?
A biblioteca atende às necessidades 
dos alunos e professores?
Unidade 3 • Intervenção78/134
Em caso negativo, o que fazer para 
melhorá-la?
A escola busca utilizar novas 
tecnologias disponíveis?
Programas de T.V. e vídeos são 
aproveitados para discussão dos 
professores, alunos, comunidade?
Existe horário estipulado para 
utilização de computadores pelos 
alunos?
VI. Quanto ao sistema de avaliação
Como é organizada a avaliação no 
cotidiano da escola?
Quais os objetivos da avaliação? 
Redimensionar as atividades 
pedagógicas para promover o 
desenvolvimento do aluno? Ou a 
simples reprovação, desconsiderando 
que o erro pode ser indicador de 
caminhos para a correção?
O que acontece com o aluno 
reprovado: melhora, piora ou mantém 
o mesmo rendimento?
Assim, ao elaborar o seu Projeto 
Pedagógico, é preciso que a escola 
discuta e organize critérios.
A escola vai trabalhar com nota, 
conceito, relatório, registro 
individual?
Unidade 3 • Intervenção79/134
VII. Diagnóstico: dialogando com a 
realidade
Diagnosticar não significa, apenas, 
levantar ou descrever problemas 
(GANDIM, 1994). O diagnóstico 
é, antes de tudo, o resultado do 
confronto entre a situação que a 
escola vive e o que ela deseja viver. 
Ele implica, assim, um juízo de valor 
que deve tomar como parâmetros os 
critérios definidos na fundamentação 
teórica e política.
VIII. Objetivos e metas
A partir do diagnóstico, em que 
são relacionadas as características 
da comunidade e os problemas 
existentes na instituição, a escola 
formula seus objetivos amplos 
e suas metas, que devem ser 
perseguidos por todo o coletivo 
da Unidade Escolar. Convém 
enfatizar que as metas devem ser 
quantificadas. Por exemplo: baixar 
a taxa de repetência, detectada no 
diagnóstico, de 30% para 5%. A 
quantificação pode subsidiar a tarefa 
de acompanhamento e avaliação do 
psicopedagogo embora, por si só, não 
explicite os meios para atingi-la. Seria 
melhor o exemplo: baixar a taxa de 
repetência, detectada no diagnóstico, 
de 30% para 5%, por meio de aulas 
de reforço oferecidas aos alunos 
que não vêm acompanhando o 
desenvolvimento da turma. 
Unidade 3 • Intervenção80/134
IX. Programação
É a proposta de ação para 
aproximar a realidade existente 
da realidade desejada. A escola 
vai estabelecer suas ações 
concretas, tais como: projetos 
para atualização de professores, 
projetos interdisciplinares, projetos 
envolvendo a comunidade, a 
gestão dos recursos, compra 
de equipamentos para escola, 
reestruturação do espaço físico e 
social, entre outros.
• Quais ações concretas devem ser 
desenvolvidas para alcançar os 
objetivos?
• O que se deve realizar para diminuir 
a distância entre o real e o ideal na 
instituição?
• Que tipos de parcerias é preciso 
estabelecer?
Procedimentos
• Como é organizada a prática 
avaliativa nas diferentes disciplinas?
• Há uma discussão prévia entre os 
professores?
Recuperação paralela
• Como a escola planeja esta 
recuperação?
• Existem aulas de reforço para os 
alunos que não acompanham o 
grupo?
Unidade 3 • Intervenção81/134
Progressão parcial
• Como é oferecida a dependência?
• Os alunos podem efetivamente 
frequentá-la?
• Os professores organizam programas 
especiais?
• Como tem sido os resultados da 
dependência?
Aceleração da aprendizagem 
• Quais as estratégias têm sido 
desenvolvidas e o que fazer para 
obter melhores resultados?
Quanto ao currículo, aos programas e 
aos projetos
• As disciplinas são trabalhadas por 
meio da grande quantidade de 
conteúdos ou há uma preocupação 
com a seleção?
Para saber mais
Ao planejar e programar uma ação, o 
psicopedagogo se defronta com vários problemas, 
todos de grande importância. Contudo, para obter 
informações de valor científico, na medida do 
possível, é preciso usar metodologias adequadas, 
a fim de evitar a identificação de fatores que 
têm muita ou mesmo nenhuma relação com o 
comportamento complexo que se deseja estudar 
(PORTO, 2012 p.121).
Unidade 3 • Intervenção82/134
Glossário
Intervenções psicopedagógicas: “Fala-se de intervenção como uma interferência que um profissional, 
tanto o educador, quanto o psicopedagogo realiza sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem 
do sujeito, o qual pode estar apresentando problemas de aprendizagem”. “Exemplifica-se como 
intervenções psicopedagógicas uma fala, um assinalamento, uma interpretação que o psicopedagogo 
realiza na escola em crianças com transtorno de déficit de atenção com a finalidade de desvelar um padrão 
de relacionamento, uma relação com o mundo e, portanto, com o conhecimento”. “Podemos considerar que 
um dos objetivos da psicopedagogia é a intervenção, a fim de “ colocar-se no meio”, de fazer a mediação 
entre a criança e seus objetos de conhecimentos” (TORRES, 2009, s/p).
Interdisciplinar: “prática interdisciplinar, no contexto da sala de aula, implica na vivência do espírito de 
parceria, de integração entre teoria e prática, conteúdo e realidade, objetividade e subjetividade, ensino e 
avaliação, meios e fins, tempo e espaço, professor e aprendiz, reflexão e ação, dentre os múltiplos fatores 
integrantes do processo pedagógico” (GASPARIAN, 2010).
Diagnosticar: “Chamamos de diagnóstico psicopedagógico o processo de investigação de distúrbios, 
transtornos ou patologias referentes a aprendizagem humana, ou seja tem como objetivo descobrir o que 
pode estar influenciando e prejudicando a bom desenvolvimento humano” (BARBOSA, s/d).
Questão
reflexão
?
para
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Assista ao vídeo que mostra o Teste do Marshmallow, 
disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=pohqqAUetog>. Acesso em: 6 ago. 2014. 
Depois, acesse o site do Laboratório de Investigações 
Neuropsicológicas e leia o texto O que um marshmallow 
pode dizer sobre seu filho. Você poderá entender os objetivos 
do trabalho de Walter Mischel, principalmente com 
crianças em idade pré-escolar. Disponível em: <http://
neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2013/03/
teste-de-marshmallow.html>. Acesso em: 6 ago. 2014.
http://www.youtube.com/watch?v=pohqqAUetog
http://www.youtube.com/watch?v=pohqqAUetog
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2013/03/teste-de-marshmallow.html
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2013/03/teste-de-marshmallow.html
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2013/03/teste-de-marshmallow.html
Questão
reflexão
?
para
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A partir da resenha a seguir, faça uma lista de práticas de 
ensino de caráter formativo que você indicaria para a escola.
“Resta agora saber se intervenções precoces na idade 
escolar, treinando habilidades de postergação, de 
gratificação e outras funções executivas, são capazes de 
trazer benefícios para o desenvolvimento cognitivo de forma 
estável desde a infância à idade adulta. Tais treinamentos, 
se bem validados, poderiam ser realizados na própria escola, 
agregando às práticas de ensino um caráter mais formativo 
que informativo.”
Questão
reflexão
?
para
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Na sala de aula, o psicopedagogo deve tomar 
alguns cuidados para que não se opere mudança no 
comportamento do professor e dos alunos. Alunos e 
professores devem se acostumar com a presença

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