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Apostila Mulher - Aline Duarte

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john's
Journal
of Lies
T r o u b l e e n s u e s w h e n L i a m
r e a d s J o h n ' s j o u r n a l .
IT'S A TALL TALE
P R O F E S S O R A A L I N E D U A R T E 
recorte esta capa e cole no lugar mais visível possível, ou presenteie uma mulher maravilhosa!!!
Tema 1
__________________________________________________________________________________
Texto I
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, se tornou a primeira mulher brasileira a
aparecer visivelmente grávida na capa de uma revista de negócios. A edição da Forbes deste
mês lista as mulheres mais importantes do país, e Cristina estampa a primeira página da
publicação com o
seu barrigão de 40 semanas. 
 Este feito inédito no país representa uma parcela de mulheres que engravidam enquanto
estão no mercado de trabalho. Muitas delas enfrentam dificuldades e até são demitidas após a
licença-maternidade. Uma pesquisa da FGV mostra que metade das mulheres que engravidam
e voltam para seus empregos são demitidas em até 12 meses. 
 Ser mãe não significa trabalhar menos. Mulheres que optam pela maternidade precisam ter
esse direito respeitado pelo empregador.
 
Fonte:
https://www.instagram.com/p/B9R_3oqFn2L/?igshid=rptmse56fj09 - Acesso em 8/3/2020.
 
Texto II
 
Miá Mello: “Falar de maternidade é um ato político”
Em cartaz com o monólogo 'Mãe fora da caixa’, atriz promove catarse ao falar sobre ter filhos. Fora
dos palcos, reflete sobre Miá Mello: “Falar de maternidade é um ato político”
 
 “Eu topei fazer essa peça pra poder gritar em público: ‘O pós-parto é de f...der!’ Por favor,
gritem comigo!”. É assim que a comediante Miá Mellofaz até a mais elegante das avós repetir, a
plenos pulmões, o mantra libertador do puerpério — esse palavrão mais temido que qualquer
termo
disfarçado entre reticências. Aos 39 anos, a atriz define o monólogo Mãe fora da caixa, com o
qual está em cartaz em São Paulo, como um “divisor de águas” em sua carreira, tão potente
para ela quanto a própria maternidade.
Ao encarnar nos palcos a personagem Mãe (sem nome próprio), ela deixa para trás as
mocinhas do cinema que a alçaram à fama para viver um mulherão não menos cômico: a mãe
de uma menina de sete anos, apavorada com a perspectiva de uma segunda gravidez não
planejada. 
 A peça de 80 minutos percorre os 180 segundos em que a personagem aguarda pelo
resultado do teste de gravidez em um banheiro.Enquanto isso, Miá leva o público a uma hilária
viagem entre flashbacks maternos e reflexões sobre os dilemas de ter filhos. “Meu pai sempre
diz: ‘filho é bom, mas duuuuura…’”, parafraseia o pai, o empresário aposentado Odilon Melo, em
um dos muitos momentos em que ficção e realidade se confundem. “E os conselhos? Tá
achando difícil agora, é? Espera chegar a adolescência... Sexo, drogas e pop coreano!”, diz,
arrancando gargalhadas de uma plateia em sua maioria feminina, mas não
apenas.
 
Fonte: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-03-05/mia-mello-falar-de-maternidade-e-um-ato-
politico.html?ssm=whatsapp - Acesso em 8/3/2020.
 
Texto III
 
 É importante salientar que não somos só o que fazemos, mas também nossos papéis.
Somos tudo isso e muito mais. Como sociedade, considero que devemos deixar que cada
mulher
decida como quer viver sua vida, que ingredientes quer nela, e aceitar todas as possibilidades
como valiosas. Como mulher, precisamos nos dar a liberdade para fazer essa escolha com
confiança e segurança.”
 Essas palavras são de Mónica García, coach de desenvolvimento pessoal, formadora,
conferencista e diretora do centro El Factor Humano, em Burgos (norte da Espanha).
Para a especialista, “existe um novo modelo de maternidade atualizado e livre de
condicionamentos, que desterra mitos e condições expostas para ser experimentada a partir
da liberdade e da igualdade”. A sociedade não facilita que as mulheres possam alcançar este
objetivo: um mercado profissional hostil, que dificulta, e muito, a conciliação de horários, e um
patriarcado muito enraizado que ainda persiste. Assim, o Dia das Mães é uma jornada para a
reivindicação, em que devemos refletir sobre “o papel atual da mulher como progenitora e a
necessidade de renová-lo, para benefício dela e de todo seu entorno”, prossegue García.
 Uma mulher que se torna mãe, "muito a seu pesar, não é tão livre quanto gostaria de ser, já
que muitas vivem condicionadas pelo que a sociedade (e inclusive sua própria família) espera
dela como mãe”, afirma a especialista. “Achamos que podemos escolher que maternidade
queremos viver, mas isso não é totalmente correto. Muitas mulheres vivem sua maternidade
como os outros esperam delas, não como elas realmente querem”, conclui.
 
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/03/estilo/1556879518_355290.html 
- Acesso em 8/3/2020 (Adaptado).
 
Texto IV
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2016/02/lado-negativo-da-maternidade-ainda-
e-tabu-afirma-psicologa-0 - Acesso em 8/3/2020.
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da maternidade na contemporaneidade”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
 
Tema 2
__________________________________________________________________________________
Texto I
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto II
 
Mulheres têm nível de ocupação menor que homens no Brasil, diz IBGE. 
De acordo com o levantamento, apesar de representar 52,4% da população em idade de trabalhar, o
grupo feminino responde por 45,6% do nível de ocupação, enquanto os homens, 64,3%.
 
 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou, no primeiro semestre de
2019, que as mulheres têm menor nível de ocupação do que os homens no Brasil. Além disso, o
nível de desemprego para pretos e pardos é maior que a média nacional. Os dados fazem parte
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua) do
quatro trimestre de 2018.
 De acordo com o levantamento, apesar de representar 52,4% da população em idade de
trabalhar, o grupo feminino responde por 45,6% do nível de ocupação, enquanto os homens,
64,3%. Em regiões como o Norte, a taxa para a população masculina sobe para 60,2%, o que
representa uma diferença de quase 23 pontos percentuais.
 
Fonte:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2019/02/22/internas_economia,73
9211/mulheres-tem-nivel-de-ocupacao-menor-que-homens-no-brasil-diz-ibge.shtml
- Acesso em 8/3/2020.
Texto III
 
 Fomentar o empreendedorismo feminino é fundamental para que as mulheres possam
aumentar seus rendimentos, gerar empregos, ter sustentabilidade no mercado e, sobretudo,
ser independentes e protagonistas de suas vidas.
 Nos últimos dois anos, a proporção de mulheres empreendedoras que são “chefes de
domicílio” passou de 38% para 45%. Com o avanço, a atividade empreendedora passou a
conferir às donas de negócio a principal posição em casa, superando o percentual de mulheres
na condição de cônjuge (situação verificada quando a principal renda familiar provém do
marido).
 Essa posição caiu de 49% para 41% nos últimos anos, conforme o relatório especial
produzido pelo Sebrae. O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino
empreendem movidas principalmente pela necessidade de ter outra fonte de renda ou para
adquirir a independência financeira.
 As análises feitas pelo Sebrae mostram que as mulheres empreendedoras são mais jovens
e têm um nível de escolaridade 16% superior ao dos homens. Entretanto, elas continuam
ganhando 22% menos que os empresários, uma situação que vem se repetindo desde 2015,
segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Em 2018, os donos de negócio do sexo masculino
tiveram um rendimento mensal médio de R$ 2.344, enquanto que o rendimento das mulheres
ficou em R$ 1.831.
 
 
 
 
 
 A desvantagem para as empresárias também é significativa quando se trata de acesso a
crédito e linhas de financiamento. As mulheres empresárias acessam um valor médio de
empréstimos de aproximadamente R$ 13 mil a menos que a média liberada aos homens.
 Apesar disso, elas pagam taxas de juros 3,5% acima do sexo masculino. Nesse aspecto, nem
os índices de inadimplência mais baixos, verificados entre as pagadoras do sexo feminino,
foram suficientes para gerar uma redução dos juros. Enquanto 3,7% das mulheres são
inadimplentes, os homens apresentam um indicador de 4,2%.
 
Fonte:
https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/por-que-e-fundamental-estimular-o-
empreendedorismo-feminino,ca96df3476959610VgnVCM1000004c00210aRCRD
- Acesso em 8/3/2020.
 
Texto IV
 
 Idealizada em 2010, por Ana Lúcia Fontes, a Rede Mulher Empreendedora nasceu durante o
“Programa 10 mil Mulheres da FGV”, quando Ana teve a ideia de criar um blog sobre os medos,
as dúvidas e as dificuldades do empreendedorismo feminino. Ela percebeu, então, que esses
questionamentos eram compartilhados por outras mulheres, que também buscavam ajuda e
apoio. A Rede surgia, assim, para suprir essa lacuna. 
 O empreendedorismo foi apenas o ponto de partida. Em 2017, Ana Fontes resolveu ampliar
seus objetivos e criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, focado na capacitação de
mulheres em situação de vulnerabilidade.
 
 Um ano depois, em 2018, a relevância da RME se fortaleceu com a criação da Aceleradora
Herd, braço responsável por criar programas de desenvolvimento e apoiar projetos e negócios
de mulheres. Por assegurar a igualdade de gênero e fortalecer economicamente através do
empreendedorismo feminino no Brasil.
 A Rede Mulher Empreendedora – RME é a primeira e a maior plataforma de apoio ao
empreendedorismo feminino do Brasil, com o propósito de empoderar empreendedoras
economicamente, garantindo independência financeira e de decisão sobre seus negócios e
suas vidas.
 
Fonte: https://rme.net.br/redemulherempreendedora/ - Acesso em 8/3/2020.
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “O empreendedorismo feminino como alternativa às
mulheres no mercado de trabalho”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema 3
__________________________________________________________________________________
Texto I
Texto II
 
 O empoderamento feminino é um tema que vem tomando conta dos debates sociais hoje
em dia, e é claro que, no Dia das Mulheres, ele não poderia deixar de estar em pauta.
Empoderar mulheres e promover a igualdade de gênero em todas as atividades sociais são
garantias para o
fortalecimento da economia, o impulsionamento dos negócios, a melhoria na qualidade de vida
das mulheres, homens e crianças, e para o desenvolvimento sustentável.
 De acordo com o dicionário, a palavra empoderamento significa “conceder 
ou conseguir poder; obter poder”. Com origem no inglês “empowerment”, o 
termo foi traduzido pela primeira vez pelo pedagogo e filósofo brasileiro Paulo 
Freire. Para ele, empoderamento designa a “capacidade do indivíduo de 
realizar as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”.
 As origens do Dia Internacional das Mulheres são variadas, mas a cronologia 
dessa história remete a 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, quando um grupo 
de 15 mil mulheres organizou uma passeata em busca de melhores condições de trabalho.
 Porém, em 1917, houve um marco ainda mais forte que determinaria o tão famoso 8 
de março. Naquele dia, um grupo de operárias russas saiu às ruas para se manifestar por 
melhores condições de vida e de trabalho, contra a fome e contra a entrada da Rússia 
na Primeira Guerra Mundial.
 Oficializada em 1975, a data é marcada por reivindicações como igualdade salarial, igualdade
de gênero e protestos sobre a violência contra a mulher e a posição da mulher perante a
sociedade.
 
Fonte:
https://www.sbie.com.br/blog/dia-das-mulheres-qual-a-importancia-do-empoderamento- 
feminino/ - Acesso em 8/3/2020.
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto III
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.onumulheres.org.br/referencias/principios-de-empoderamento-das-
mulheres/ - Acesso em 8/3/2020.
 
Texto IV
 
 Sueli Carneiro, no seu escrito “Enegrecer o Feminismo: a Situação da Mulher Negra na
América Latina a partir de uma Perspectiva de Gênero”, salienta-nos a importância de “uma
perspectiva
feminista na qual o gênero seja uma variável teórica, mas como afirmam Linda Alcoff e Elizabeth
Potter, que não ‘pode ser separada de outros eixos de opressão’ e que não ‘é possível em uma
única análise. Se o feminismo deve liberar as mulheres, deve enfrentar virtualmente todas as
formas de opressão’”.
Assim, Carneiro também dá a relevância ao feminismo negro, “construído no contexto de
sociedades multirraciais, pluriculturais e racistas – como são as sociedades latino-americanas –
tem como principal eixo articulador o racismo e seu impacto sobre as relações de 
gênero, uma vez que ele determina a própria hierarquia de gênero em nossas 
sociedades”.
 Donna Haraway, por uma perspectiva direta científica, em seu escrito 
“Saberes Localizados”, descreve que “o feminismo tem a ver com as 
ciências dos sujeitos múltiplos com (pelo menos) visão dupla. O feminismo tem 
a ver com uma visão crítica, consequente com um posicionamento crítico 
num espaço social não homogêneo e marcado pelo gênero”. Desse modo, 
há uma proposta outra, em polaridade à ciência moderna (em 
aperfeiçoamento, não necessariamente contraposição), resistindo à simplificação
dos fenômenos, e da vida em si. Isso porque a proposta feminista resiste à política
do fechamento a partir do reconhecimento de sua posição no mundo – ou a 
partir do reconhecimento de quais critérios de reconhecimento da vida atravessam as
pessoas em determinados contextos.
 Finalmente, em um plano político-filosófico, Marcia Tiburi (em “Feminismos em 
comum: para todas, todes e todos”) destaca a importância de se fomentar uma 
democracia radical [1] e que o feminismo nos
leva a isso:
 […] à luta por direitos de todas, todes e todos.
Todas porque quem leva essa luta adiante são as mulheres. Todes porque o feminismo liberou as
pessoas de se identificarem como mulheres ou homens e abriu espaço para outras expressões de
gênero – e de sexualidade – e isso veio interferir no todo da vida. Todos porque luta por certa ideia de
humanidade e, por isso mesmo, considera que aquelas pessoas definidas como homens também
devem ser incluídas em um processo realmente democrático.
 
Fonte:
https://www-cartacapital-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/www.cartacapital.com.br/justica/sobre-
feminismos/ - Acesso em 8/3/2020. 
 
 
 
 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “A importância do empoderamento feminino na sociedade
contemporânea”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
Tema 4
__________________________________________________________________________________
Texto I
 
 
 
 
 Aspectos fisiológicos, como a dança dos hormônios e seus papéis no organismo feminino,
ainda são pouco compreendidos por homens e mulheres. Diferenças entre homens e mulheres
existem do ponto de vista físico – entre outros aspectos – à formação do cérebro,
característicasdo sangue (número de glóbulos vermelhos) e aparência (altura, peso, músculos,
distribuição de gordura, etc.). As diferenças cumprem função essencial em relação ao progresso
que se realiza em uma determinada existência.
 É nítido que as mulheres sofrem mais com os hormônios quando comparadas aos homens.
E algumas mulheres são mais suscetíveis às oscilações hormonais fisiológicas do que outras.
Nem sempre precisa haver uma detecção de um nível hormonal alterado para se ter alterações
emocionais e comportamentais decorrentes. Basta uma vulnerabilidade maior às variações
normais de tais hormônios, incluindo períodos como o pré-menstrual, pós-parto e
perimenopausa. A relação entre o emocional e a secreção dos hormônios femininos é
interessante.
 Os hormônios e suas respectivas variações em períodos críticos do ciclo reprodutivo
feminino podem contribuir para o desencadeamento de transtornos depressivos e ansiosos em
mulheres, bem como o humor, o comportamento feminino e até mesmo algumas doenças
clínicas sofrem influências significativas das peculiaridades do ciclo reprodutivo feminino.
 Pacientes obesas, diabéticas, hipertensas, com hipotireoidismo e doenças ginecológicas
como a síndrome dos ovários policísticos e a endometriose, por exemplo, apresentam sintomas
psíquicos, como ansiedade e depressão, com bastante frequência, além dos vários sintomas e
sinais físicos significativos. A melhor forma de abordagem de tais quadros clínicos é o trabalho
multiprofissional.
 
Fonte: https://www.psiquiatriadamulher.com.br/portfolio_page/saude-mental-feminina/
- Acesso em 8/3/2020.
 
Texto II
 
 “Há dois principais tipos de depressão: a endógena, causada por fatores internos, como falta
de lítio ou disfunções hormonais, e exógena, por fatores externos, como desemprego”, afirma
Maria das Mercês Cabral, pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco. “Essa doença
aumentou entre mulheres porque boa parte são depressões provocadas pela vivência
emocional dela e pelo ambiente. A mulher leva uma vida muito dura, é muito maltratada como
categoria humana. Logo, sente mais infelicidade”, afirma.
 Segundo a ONU, as estatísticas apontam para perfis diferentes de causas para doenças
psiquiátricas em homens e mulheres. O sofrimento psíquico feminino é causado sobretudo por
questões circunstanciais da vida das mulheres, como dependência econômica, exaustão, medo,
sobrecarga de trabalho e violência doméstica e civil.
 “Mas o que mais pesa é o valor social do homem, que a mulher não tem. Ela ainda é
desvalorizada”, afirma. “Especialmente para as criadas com uma dependência afetiva de um
companheiro, a violência doméstica é um grande fator de depressão da mulher. A violência
psicológica é uma desvalorização construída socialmente”, diz. Não precisa ir longe: brincadeiras
como “lugar de mulher é na cozinha” interferem na autoestima feminina.
 Embora mulheres sejam mais abertas para falar de seus sintomas e isso facilite
diagnósticos, faltam treinamento e preparo aos profissionais de saúde da mulher. “Ser bem
tratada no parto, por exemplo, faz toda a diferença”, afirma a pesquisadora. “É comum uma
depressão pós-parto ser ‘diagnosticada’ como uma má mãe, que não gosta do seu filho”, diz. O
esforço contra a depressão deve ser contínuo. “Toda política pública que atenda a saúde da
mulher de forma integral de alguma forma ataca a depressão também.”
 
Fonte:
https://delas.ig.com.br/comportamento/depressao-e-cada-vez-mais-comum-entre-as-
mulheres/n1596824782833.html - Acesso em 8/3/2020.
 
 
Texto III
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto IV
 
 Historicamente, a loucura sempre esteve de alguma forma associada ao feminino. Quando
não eram as suas causadoras (com bruxarias, maldições, pecados e todo o tipo de estereótipo
medieval e religioso), as mulheres eram sempre consideradas mais vulneráveis a distúrbios
psicológicos devido a uma natureza supostamente “sensível e fraca”. 
 Hoje, no entanto, entendemos que a maioria dos diagnósticos de histeria feitos em meados
do século XIX eram baseados em ignorância e misoginia. Afinal, era muito mais simples supor
que as mulheres sofriam com delírios do que admitir que a condição delas na sociedade não
era
das mais favoráveis.
 Mesmo assim, muitos dos sintomas usados para diagnosticar a condição dessas mulheres
viraram estereótipos usados para caracterizar personagens mentalmente instáveis em filmes,
séries e livros. A receita é simples e se limita ao uso de clichês reutilizáveis relacionados a
loucura feminina: a mulher com sexualidade aflorada, aquela com personalidade obsessiva, a
senhora solteira e com mais de 50 anos, a ex-namorada do protagonista.
 Personagens que se encaixam em pelo menos uma das categorias citadas costumam
pender ou para o mal, ou para o ridículo. Muitas são as vilãs, que caçam homens inocentes e
atormentam mocinhas puras e virginais. Quase nunca possuem um final feliz, e se conseguem,
é graças a uma redenção, ou em casos bem específicos, à própria esperteza. 
Já na esfera que abrange a categoria das mocinhas temos outros clichês, como o da mulher
depressiva, que geralmente cabe a figuras femininas frágeis, sensíveis e poéticas. Aliás, a
Mulher Triste é um conceito que se aproxima muito das manic pixies dream girls. Elas
não são femme fatales e nem apresentam nenhum tipo de perigo para o protagonista
masculino. Muito pelo contrário.
 É importante notar que, na maioria dos casos da vida real, mulheres consideradas
mentalmente instáveis são constantemente abandonadas e marginalizadas. Quando não,
vivem com a insegurança e o medo de que seus respectivos parceiros às deixem devido às
suas condições, o que as torna ainda mais suscetíveis a relacionamentos abusivos.
 
Fonte: http://nodeoito.com/representacao-saude-mental-feminina/ - Acesso em 8/3/2020.
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A necessidade de cuidado com a saúde mental
feminina”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
 
 
 
 
 
Tema 5
__________________________________________________________________________________
Texto I
 
 Bruna Marquezine publicou uma foto com o look de Réveillon e outro clique com a irmã no
Instagram. Mas não foi o top e a saia de seda e nem a rara aparição de Luana que chamaram
atenção dos internautas. A aparência da atriz foi alvo de críticas na web. Um usuário, por
exemplo, sugeriu que Bruna tem anorexia. "Gente, vocês têm noção que dá pra ver o pulmão
dela? Anorexia é uma doença e mata! Pelo amor de Deus, se cuida", disse no Twitter. Uma fã,
porém, questionou os comentários sobre o corpo da global: "Ser gordo ou ser magro não é
sinônimo de uma pessoa não saudável. Na verdade, o que não é nada saudável é o seu
comentário absurdamente irresponsável e extremamente ignorante". A mensagem foi
retuitada por Marquezine.
 Sempre assídua nas redes sociais, Bruna recebe uma enxurrada de mensagens diariamente
criticando seus passos. Segundo ela, a negatividade e a tensão só têm crescido. "Temos que
pensar na consequência. No meu caso, me fez passar por um momento de depressão, mas
isso potencializou muito o que vivi. Mas aconteceu. Uma época era: 'Nossa, está gordinha
demais. O rosto é muito redondo. Quadril muito largo. Nunca está bom. E agora 'ai, está muito
magra'. Amo comer, posto foto de comida e leio comentários absurdos do tipo: "Até parece
que ela come tudo isso. Todo mundo sabe que ela tem anorexia.' Gente, anorexia é algo muito
grave. Não pode banalizar isso ou falar isso como se fosse nada", declarou em entrevista
recente.
 
Fonte: https://www.purepeople.com.br/noticia/corpo-magro-de-bruna-marquezine-em-foto-e-
criticado-na-web-e-atriz-se-pronuncia-veja_a284602/1 - Acesso em 8/3/2020.
 
Texto II
 
Alexandra Gurgel:'Entendi que o problema não era eu ser gorda, mas a sociedade
que não estava preparada' 
Ativista e youtuber, ela usa as redes sociais para falar sobre autoestima e gordofobia. Agora, se
prepara para lançar um segundo livro e um documentário sobre corpos no Brasil
 
 Amor-próprio, feminismo, body positive, gordofobia... Esses são alguns dos assuntos
presentes nos vídeos da youtuber e ativista Alexandra Gurgel. Formada em jornalismo, a
carioca de 30 anos resolveu apostar no Youtube para falar sobre um tema pouco
representado no Brasil: o corpo gordo. E deu certo! A criadora do canal “Alexandrismos”
também é escritora e publicou em 2018 seu primeiro livro: “Pare de se odiar: Porque amar o
próprio corpo é um ato revolucionário”.
 
 
 
 
 Ela também marca presença no Twitter e no Instagram (tem mais de 500 mil seguidores),
onde comenta os assuntos do momento e dá conselhos sobre aceitação, usando hashtags
como #bodypositive e #corpolivre. Entre os mais recentes, estão dicas para tirar fotos sem
pressão para ser perfeita e como usar um biquíni sem vergonha do corpo.
 Para a ativista, seu conteúdo não é voltado apenas para pessoas gordas. Ela cita o
crescimento no número de cirurgias plásticas, principalmente em adolescentes, como uma
evidência de que a insatisfação com o corpo pode atingir a todas. 
 “Entendi com o tempo que era uma coisa para todo mundo. O body positive é para para
lidar com qualquer preconceito. Eu falo principalmente com mulheres, mas é qualquer mulher.
E é óbvio que as mulheres sofrem muito mais, mas os homens também podem ser vítimas.
Quando fui fazer o lançamento do livro, descobri que a maioria das minhas seguidoras eram
magras. Fiquei chocada. Muita gente magra me perguntava se também podia usar (as
hashtags) e eu falava: claro que pode”.
 
Fonte: https://oglobo.globo.com/celina/alexandra-gurgel-entendi-que-problema-nao-era-eu-
ser-gorda-mas-sociedade-que-nao-estava-preparada-24189502 - Acesso em 8/3/2020.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto III
 
 De acordo com o estudo de Dove “Há uma Beleza Nada Convencional”, 66% das mulheres
brasileiras se sentem pressionadas a seguir um padrão de beleza (veja mais no infográfico).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 "Mas a beleza real é a beleza de cada um”, diz Maria Helena Vilela, educadora sexual e
diretora do Instituto Kaplan, em São Paulo. Segundo ela, nem sempre quem atende todos os
padrões se acha bonito. “É preciso que a pessoa se sinta importante no mundo também”,
afirma.
 Quem não se enxerga na imagem preestabelecida sofre e investe tempo e dinheiro para
tentar alcançá-la. Essa busca incansável por atender padrões faz com que as pessoas se
sintam responsáveis por não ser o que idealizam e culpadas por não apreciarem sua
aparência. 
 Assim, não há autoestima que resista. Já reparou quanto as meninas se preocupam em
parecer o que não são e se encaixar em estereótipos para provocar admiração entre elas
mesmas e por parte da sociedade? Maria Helena explica que a situação é preocupante porque
indivíduos com baixa autoestima são vulneráveis e menos autônomos. “Autoconfiança é fator
de proteção de si mesmo.”
 É preciso abrir espaço para a questão da beleza e da autoconfiança na escola — ponto
importante do trabalho — e fazer a turma pensar sobre padrões de imagem, principalmente
no Brasil. Em um país como o nosso com mais 100 milhões de mulheres, é inaceitável que
tenhamos apenas um tipo de beleza.
 
Fonte:
https://novaescola.org.br/conteudo/468/que-beleza-de-aula-autoestima-autoconfianca
- Acesso em 8/3/2020.
 
 
Texto IV
 
 O que você faz quando quer, de qualquer jeito, comprar o look que uma blogueira postou
nas redes sociais? Tem duas opções. Pode ir até a loja experimentar a roupa e sair feliz com a
sacola ou comprar online e esperar chegar em casa sem grandes frustrações. Parece fácil e
óbvio, mas acredite: para grande parcela da população, nenhuma dessas opções é possível
pelo simples motivo de essas pessoas não encontrarem nada para o corpo
delas.
 “A maior dificuldade é o meu tamanho. Tenho 35 anos e 1 metro de altura. Geralmente, vou
ao setor infantil da loja, mas ali não acho peças para trabalhar ou passear nem que combinem
com a minha personalidade e com a imagem que quero passar”, revela Heloísa Rocha,
jornalista sergipana radicada em São Paulo. Ela nasceu com osteogênese imperfeita, condição
rara de fragilidade óssea. Neta e sobrinha de costureiras, cresceu em meio às máquinas e,
desde pequena, é apaixonada por moda. Aprendeu tudo sobre seu corpo e como valorizá-lo,
desenvolveu estilo próprio.
 Em 2015, a jornalista teve a ideia de criar o Moda em Rodas (@modaemrodas), página que
começou no Facebook e migrou para o Instagram. Hoje, já são mais de 5 mil seguidores –
mulheres que andam em cadeira de rodas, com nanismo e plus size são a maioria. Helô 
 
compartilha dicas de looks, comenta eventos de moda que frequenta e faz posts para
conscientizar seu público sobre os desafios das pessoas com deficiência (PCD). “Quero tirar
um pouco o foco da palavra inclusão e falar em diversidade. O mundo é heterogêneo, a gente
tem que aprender a aceitar as pessoas com corpo e personalidade diferentes”, defende.
 Desejando promover mudanças, Helô abastece seus canais de comunicação e,
recentemente, lançou até um podcast semanal com o tema. “Ele é curto, mas didático”,
garante. A primeira convidada foi a paulista Michele Simões, designer de moda e criadora do
projeto Meu Corpo É Real. Em 2005, logo após se formar, ela sofreu um acidente e, desde
então, usa cadeira de rodas. “Na época, travei uma batalha para entender o meu corpo e
como poderia aproveitar tudo o que eu tinha aprendido na faculdade. Afinal, durante os
estudos de moda, nunca tínhamos falado de pessoas com deficiência. Essa desconstrução foi
acontecendo lentamente, porque não existe referência. Você não vê exemplos em revistas
nem na televisão. Não tem um histórico de referências positivas para se espelhar”, afirma.
 
Fonte:
https://www.msn.com/pt-br/noticias/mulheres/as-mulheres-com-deficiência-que-lutam-por-
uma-moda-mais-inclusiva/ar-BB10THka - Acesso em 8/3/2020.
 
 
 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A imposição de padrões estéticos às mulheres na
atualidade”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
 
 
Dicas de repertório sociocultural
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Filmes
No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as
mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo
militante decide coordenar atos de
insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para
chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey
Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a
cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia
e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas
decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns
sacrifícios.
 
“Adoráveis mulheres” é um filme americano de 2019, dos gêneros drama e
amadurecimento,
escrito e dirigido por Greta Gerwig, sendo a oitava adaptação
cinematográfica da obra “Mulherzinhas”, de Louisa May Alcott. As irmãs Jo
(Saoirse Ronan), Beth (Eliza
Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na
virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos
atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes,
elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas
pelas outras.
Na Califórnia dos anos 70, uma mãe (Annette Bening) tenta cuidar de sua
família da melhor forma possível enquanto também procura respostas
para as vidas desuas duas jovens amigas - uma fotógrafa aficionada pela
cultura punk (Greta Gerwig), e uma amiga de seu filho (Elle Fanning),
lidando com as questões do amor e da liberdade da época.
 
 
 
 
Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio
e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia,
ideia firmemente rejeitada por sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a
garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e
leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto sua hora não
chega, no entanto, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio
católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta
e inúmeros desentendimentos com a progenitora.
 
Após a morte de sua mãe, um divórcio e uma fase de autodestruição
repleta de heroína, Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) decide mudar e
investir em uma nova vida junto à natureza selvagem. Para tanto, ela se
aventura em uma trilha de 1100 milhas pela costa do Oceano Pacífico em
uma tentativa de enfrentar seus problemas e traumas. No caminho, ela
reflete sobre seu casamento fracassado e morte de sua mãe, e aprende,
com a bondade de estranhos, a ter coragem para terminar o percurso.
 
Clara (Sonia Braga)tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de
três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem,
no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada
em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma
construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do
prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não
pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que
mude de ideia.
 
Séries
 
Fleabag (Phoebe Waller-Bridge) é uma jovem adulta lidando com
problemas quase universais sob o ponto de vista feminino: problemas de
relacionamento, frustração sexual e profissional, conflitos familiares. Uma
mulher moderna vivendo em Londres, ela está tentando curar uma ferida
enquanto recusa ajuda daqueles à sua volta, mantendo seu perfil
intimidante o mais intacto possível.
 
“Anne with an E” é uma série canadense disponível Netflix. A história
acompanha a vida de Anne Shirley, uma jovem órfã que, após uma
infância de abusos entre orfanatos e casas de estranhos, é enviada por
engano para viver com um casal de irmãos em idade avançada. Com o
passar do tempo, a pequena garota de 13 anos transforma a vida de
Marilla, Matthew Cuthbert e de toda a cidade com seu jeito extrovertido,
sua inteligência e imaginação brilhante. As aventuras de Anne abordam
temas atemporais e de atual relevância como identidade, feminismo,
bullying e preconceito. A série é baseada no livro “Anne of Green Gables”,
escrito por Lucy Maud Montgomery.
“Big little lies” é uma série de TV norte-americana transmitida
originalmente pela HBO. A história acompanha três mulheres que moram
na cidade de Monterey, na Califórnia, cujas
vidas se conectam de uma maneira inesperada depois que seus filhos se
envolvem em um caso de “bullying” e agressão de dentro da escola, o que
acaba revelando segredos obscuros de cada família. A série é baseada no
best-seller homônimo de Liane Moriarty.
 
“The Handmaid's Tale” é uma série dramática criada por Bruce Miller para
o serviço de streaming norte-americano Hulu. Baseado na obra de
Margaret Atwood, o programa se passa na distopia de Gilead, uma
sociedade totalitária que foi anteriormente parte dos Estados Unidos.
Enfrentando desastres ambientais e uma taxa de natalidade em queda,
Gilead é governada por um fundamentalismo religioso que trata as
mulheres como propriedade do Estado. Como uma das poucas mulheres
férteis restantes, Offred (Elisabeth Moss) vive na casa do Comandante
Waterford como uma Aia, uma das castas de mulheres forçadas à
servidão sexual como uma última tentativa desesperada para repovoar
um mundo devastado. Nessa sociedade aterrorizante na qual uma palavra
errada pode acabar com sua vida, Offred vive
entre comandantes, as suas mulheres cruéis e seus servos - onde
qualquer um poderia ser um espião de Gilead - tudo com um único
objetivo: sobreviver e encontrar a filha que foi tirada dela. 
 
 
“The Marvelous Mrs. Maisel” é escrita e dirigida por Amy Sherman-
Palladino e transmitida pelo
Amazon Prime Video. A série conta a história de Miriam "Midge" Maisel,
uma mulher da cidade de Nova York no ano de 1958 que tem tudo que
sempre quis - o marido perfeito, dois filhos e um elegante apartamento no
Upper West Side. Mas sua vida passa por uma reviravolta inesperada
quando Midge descobre um talento previamente desconhecido que muda
sua vida para sempre, entrando no mundo dos stand-ups de comédia.
 
Ambientada no fim dos anos 1950, Coisa Mais Linda segue a história de
Maria Luiza, uma jovem e rica paulistana que se muda para o Rio de
Janeiro para abrir um restaurante com seu marido. Ao chegar, ela
descobre que ele a abandonou e fugiu com todo o dinheiro. Desesperada
no início, Malu se recupera e parte em busca um novo sonho em meio à
vibração da cidade ao ritmo da emergente Bossa Nova. Nesse desafio, ela
contará com três mulheres incríveis: Lígia, sua amiga de infância e dona de
uma voz encantadora; Adélia, uma carioca negra e trabalhadora
absolutamente determinada e com uma força inabalável; e Thereza,
escritora moderna e independente.
 
 
 
 
Livros
 
Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o
véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família
moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que
lançou o Irã nas trevas do regime xiita — apenas mais um capítulo nos
muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois,
com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da
adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o
mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só
na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em ”Persépolis”, o pop
encontra o épico, o Oriente toca o Ocidente, o humor se infiltra no drama
— e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.
 
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até
hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos
como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal
era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os
heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa
sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao
investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa
descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu
livro, “Mulheres que correm com os lobos”, mostra como a natureza
instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num
processo
que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo
das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram
devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em
ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo
ela, pode ser restaurada por escavações "psíquico-arqueológicas" nas
ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das
grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba
que vive em cada mulher.
 
Um dos livros mais importantes da terceira onda feminista. Clássico que
redefiniu nossa visão a respeito da relação entre beleza e identidade
feminina. Em ”O mito da beleza”, a jornalista Naomi Wolf afirma que o
culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo patriarcado e
atua como mecanismo de controle social para evitar que sejam cumpridos
os ideais
feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a
partir dos anos 1970. As leitoras e os leitores encontrarão exposta a
tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as
manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas
relações entre homens e mulheres e entre mulherese mulheres. Naomi
Wolf confronta a indústria da beleza, tocando em assuntos difíceis, como
distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da indústria da cirurgia
plástica e da pornografia.
 
 
As acadêmicas feministas desenvolveram um esquema interpretativo que
lança bastante luz sobre duas questões históricas muito importantes:
como explicar a execução de centenas de milhares de "bruxas" no
começo da Era Moderna, e por que o surgimento do capitalismo coincide
com essa guerra contra as mulheres. Segundo esse esquema, a caça às
bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre
sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o
desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor. Essa
interpretação também defende que a caça às bruxas tinha raízes nas
transformações sociais que acompanharam o surgimento do capitalismo.
No entanto, as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição
às bruxas se desenvolveu — e as razões pelas quais o surgimento do
capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres — ainda não
tinham sido investigadas. Essa é a tarefa empreendida por Silvia Federici
em “Calibã e a bruxa”, começando pela análise da caça às bruxas no
contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e
XVII e das políticas de terra e trabalho
da época mercantilista.
 
Incrível e fundamental obra de Angela Davis, o livro ”Mulheres, Raça e
Classe” aborda temas antigos, mas que até hoje refletem na sociedade e
diversas culturas pelo mundo. Essa produção literária quer mostrar os
nuances da opressão, falando sobre as antigas lutas anticapitalista,
antiescravagista, antirracista, feminista e todos os dilemas que as
mulheres vivem ainda hoje, na era contemporânea. Angela Davis enfatiza
em sua obra quais são os efeitos da escravidão e como é difícil se
acreditar em uma sociedade que desconsidere a
centralidade da questão racial, principalmente, quando se fala da mulher.
A autora busca oferecer com o ”Mulheres, Raça e Classe” uma
oportunidade de trazer à tona a desigualdade, pobreza e discriminação
que tantas vezes ficam adormecidas no silêncio de uma sociedade
opressora. Com a iniciativa de tradução da Boitempo, a ideia passa a
disseminar esses assuntos no Brasil, um país multiculturalista, porém que
ainda vive a realidade de desigualdade com as mulheres, que ainda incita
o racismo, a interseccionalidade de gênero e tantos outros fatores de
discriminação e opressão.
 
O livro “Quarto de Despejo”, escrito por Carolina Maria de Jesus entre
1955 e 1960, é um retrato literário que cumpre perfeitamente essa
função. Trata-se de uma escrita testemunhal sobre o cotidiano da autora
e dos moradores da Favela do Canindé, em meio à explosão urbana pela
qual São Paulo passava na época, com os consequentes sofrimentos,
indignações, revoltas e angústias que a população marginalizada era
obrigada a superar diante de sua situação de miséria e desamparo. A
autora, mulher negra, mãe de João, José Carlos e Vera Eunice, favelada,
catadora de lixo e escritora, escreveu seu diário em cadernos que
encontrava no lixo. A autora escreve em forma de diário as tarefas e os
acontecimentos de seus dias, não poupando expressões para detalhar
suas dores e os absurdos da vida que levava em condições de extrema
marginalização.

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