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TCC Finalizado

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 CURSO DE PEDAGOGIA
BRUNA FERREIRA DA SILVA
PROCESSO EVOLUTIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E SEUS REFLEXOS NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
ARAÇARIGUAMA
2020
 BRUNA FERREIRA DA SILVA
 
 Trabalho de conclusão de curso
 
	 Orientador : Marilia Cammarosano
PROCESSO EVOLUTIVO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS E SEUS REFLEXOS ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
 
						 Bruna Ferreira da Silva
RESUMO: Este estudo teve como objetivo maior analisa pedagogicamente os processos de evolução das pratica inclusivas da educação inclusiva de década em décadas até os anos atuais, visando a importância do aprender juntos, de maneira inclusiva. E os benefícios que as leis e decretos deixou para a vida social e afetiva de pessoas com deficiência. Enfatizando que o tecido da compreensão não se trama apenas com os fios do conhecimento cientifico. Alguns movimentos a favor da educação inclusiva, vem se fortalecendo a partir das últimas década, proporcionando mais oportunidades e sociabilidade a essas crianças com deficiência, proporcionando, uma vida mais agradável, e agregando uma proposta de inclusão, direitos e deveres que favorecem esses deficientes.
PALAVRA-CHAVE: Inclusão e Atendimento Educacional Especializado
Este estudo buscou uma prática relevante pelo desejo de conhecer; o descobrir do novo, nos livros, e o fundamento do fazer. A caminhada pela construção desta pratica científica foi longa, no entanto, colocando que cada fase foi importante para o desenvolvimento de um trabalho dessa natureza, inclusive, os primeiros contextos que influenciaram a iniciativa da investigação, em relação a evolução da inclusão no ensino regular.
Este artigo compõem-se sobre a inclusão de alunos em salas de aulas comuns, nos anos 70,80,90 até o ano atual, visando o progresso relacionado a inclusão decorrente em cada década e os reflexos nas salas de atendimentos educacionais especializados inseridas nas escolas comuns, especificando o público alvo para serem atendidos por esses especialistas de ensino inclusivo, e os reflexos causados na vida dessas pessoas com deficiências em relação a educação; E algumas ideias de autores colaboradores para uma melhor ênfase e entendimento sobre o assunto.
Como foi a evolução da inclusão social de crianças portadoras de deficiências, nas instituições de ensino regular ao decorrer das décadas ?
De acordo com Ropoli (2010), a escola comum agrega a inclusão de modo que aceite e reconheça o diferente e suas evoluções em um todo, mudando e adequando-se as praticas pedagógicas. Logico que essas praticas não são visíveis de imediato, isso porque independe apenas da escola e da sala de aula. 
Em instituições de ensino regular excludentes, a característica do normal é a criança sem deficiência, de modo geral em relação às demais crianças, isso é definido pelo processo de poder mediante as escolas regulares, dividindo por grupos os alunos com identidade específica normal, dos que apresentam alguma deficiência, praticando a exclusão como aponta Ropoli (2010). 
Ainda assim, concordando com Ropoli, a autora do livro O Desafio das diferenças nas escolas, fala sobre o direito de todos á educação dentro e fora das escolas, e aponta que o percurso em direção de uma escola única e para todos é longo, e ainda há muitos pontos a serem trabalhados em relação a inclusão, e que cada vez mais percebesse a necessidade de aprender de novo a pensar sobre inclusão e rever os conceitos sobre as praticas educativas, ainda que para isso precise deixar de lado o saber adquirido ao longo período de estudos, e abandonar a metodologia e o conhecimento tradicional, Mantoan ( 2011). 
Educação é um direito de todos, então porque a exclusão de crianças com deficiências de salas de aulas comum? 
 	Quando se fala em pessoas com deficiência e do direito á educação, logo surge a ideia de educação especial, ou seja, de inclusão social, talvez pela forma em que se é de costume de todos ali, de tão acostumados que estão a identificar tais pessoas como titulares apenas do direito a um ensino especial. Entretanto, essa maneira de relacionar pessoas com deficiência a um ensino excludente e independente vem sendo colocado em situações duvidosas. Com o desenvolvimento progressista atestado, de que essa criança tem o direito e o acesso á mesma escola e á sala de aula comum regular da mesma maneira que qualquer outro aluno. Mantoan ( 2011). 
Mas para identificar a evolução que o mundo teve em relação aos deficientes e viabilizar a participação dos alunos que necessitam de um apoio escolar para seu melhor desenvolvimento, como uma proposta educacional diferenciada para acrescentar o que faltava para eles, oferecendo um ambiente que facilite o acompanhamento com os demais em sala de aula, adequando-os ao currículo normal, foi preciso passar por longos períodos de debates, processos, bom censo, estudos, estatísticas e um longo trabalho psicológico com os familiares dessas pessoas com deficiência para que eles pudessem acreditar no desenvolvimento dos mesmos.
Antigamente ás família escondiam essas crianças com deficiência, por acharem que elas eram incapazes de aprender ou trabalhar, essas famílias consideravam essas crianças inúteis ao ver da sociedade e sentiam vergonha em apresentar essas crianças a sociedade.
Porém, hoje essa visão que os familiares tinham dessas crianças, mudaram muito, pois eles conseguem ver o progresso na aprendizagem e no desenvolvimento desses deficientes, graças ao apoio dos estados que implementaram regras e leis a favor dessas pessoas. 
Na década de 70 foi quando se iniciou o trabalho de inclusão de alunos com deficiência em algumas escolas, desde que o alunos adequassem ao plano de estudos daquela instituição, essa adaptação do alunos poucas vezes acontecia.
Em meados dos anos 80, foi quando ocorreu os primeiros movimentos em direção da educação inclusiva no Brasil, com o Convenção de Direitos da Criança (1988), onde foi decretado por lei que haveria apenas um tipo de educação, e que a educação era um direito de todos, sem exclusão de classe social, raça ou cor, assim como sita Ropoli (2011) em A educação especial na perspectiva da inclusão escolar, em ambientes escolares inclusivos são fundamentados em um conceito de identidades e diferenças, uma vez que as relações entre elas nunca são organizadas ao redor de oposições segregadas normal/especial, branco/negro, masculino/feminino, pobre/ rico. Neles não se titula uma identidade como normal privilegiada relacionada as outras. 
Mas até que as instituições viessem a aceitar essas crianças com alguma deficiência, precisou surgir leis para que esses alunos pudessem ser aceitos e pudessem conviver em sociedade, sem serem julgados ou descriminados ou serem tratados com diferença.
Antes de surgir a lei mais importante sobre a inclusão educacional, algumas escolas regulares começaram a aceitar alunos com deficiências em sala de aula comuns, mais eles precisavam se adequar as regras de ensino daquela instituição, caso contrário esses alunos não poderiam estudar naquela escola. Essas escolas apenas aceitavam esses alunos pelo simples fato de caridade, mais nada que fosse obrigatório, como sita Paulo Freire:
‘’ A educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante ‘’ FREIRE (2002, p. 58).
Leis essas que surgiram para mudar e ajudar essas crianças que tanto necessitavam ser inclusas na sociedade e na escola, mesmo aquelas instituições que não pretendiam adotar esse método de trabalho, muitas vezes por pré-conceito por parte das entidades de ensino e por seus funcionários mau formados,e por não terem muitas vezes suporte para agregar essas crianças, tiveram que incluir essas crianças a suas listas de matriculados para obedecer a lei a todos propostos.
Por volta dos anos 90 foi elaborado na Conferência Mundial sobre Educação Especial em Salamanca, uma cidade da Espanha, um documento chamado de Declaração de Salamanca. ‘’Esse foi o documento de origem e referência para a educação inclusiva no mundo’’. Espanha (1994, p.15).
A Expressão necessidades educacionais especiais fala sobre todas as crianças e jovens com deficiências ou dificuldades na escola. E sobre a dificuldade de serem inclusas, e como terão que aprender a lidar crianças a deficiência, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de população remota ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais. Espanha.(1994)
A Declaração de Salamanca é classificada por ser um dos principais documentos mundiais que defende a inclusão social, juntamente com da Convenção de Direitos da Criança (1988) e a Declaração sobre Educação para Todos de 1990, juntas elas consolidaram a tendência mundial sobre a educação inclusiva. Espanha.(1994)
A Declaração de Salamanca ampliou a visão sobre as necessidades educacionais especiais, fazendo com que a inclusão seja um direito de todas as crianças em escolas de ensino regular, uma das complicações na educação direcionada a partir da Declaração de Salamanca sobrepõe à inclusão na educação. Segundo o documento, a principal base da escola inclusiva é de que todas as crianças devem aprender a mesma maneira, sem exclusão ou divisão mesmo que se enquadrando entre as que têm ou não dificuldades ou diferenças. Espanha.(1994) 
Oque aponta o essencial na constituição federal de 1988, é a garantia de que é um direito de todos o a igualdade (art.5°). O seu artigo 205, expõe o direito de todos á educação, olhando para o pleno desenvolvimento das pessoas, e para o preparo adequado da cidadania e sucesso para o trabalho BRASIL,(2004). No artigo 206, Inciso1, apresenta a principal importância do ensino e da igualdade de condições de acesso e permanência na escola BRASIL,( 2004). Em concordância com a constituição o congresso nacional, por meio do decreto legislativo n° 198, de 13 de junho de 2001, foi aprovado uma nova lei fundamentada no disposto da Convenção de Guatemala, que trata da extinção de todas as formas de discriminação contra a pessoa portadora de deficiência e esclarece que é inaceitável o tratamento de desigualdade aos deficientes (BRASIL,2004). juntamente a estes documentos, declarações internacionais, como a Declaração Mundial sobre Educação para todos e a Declaração de Salamanca, formam movimentos que favorecem a educação inclusiva, deixando claro o direito a igualdade entre os cidadãos OLIVEIRA,( 2004).
‘’No ano de 1990 foi lançado o Estatuto da Criança e do Adolescente, defendeu os direitos e fortaleceu os direitos da criança com deficiência a receber atendimento especializado em instituições de ensino regular pública ou particular’’. Segundo Fernandes (202, p.50).
Justificando oque se diz no capitulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente onde que fala sobre, o Direito a Educação, á cultura, ao Lazer 3 a 6 de novembro de 2009 ( Londrina – Pr – ISSN 2175-960X 220 Art. 53). Garantindo, igualdade e condições para o acesso e permanência na escola e disponibilizando o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, preferencialmente nas redes regulares de ensino.
	 A Partir dessa década foi realmente decretado por lei, que as escolas deveriam aceitar a inclusão de alunos com deficiência em sala de aulas comuns, e através de métodos especial essas escolas deveriam alfabetizar esses alunos onde eles passariam a estudar em series de seu nível de idades.
Até os anos atuais essas crianças com deficiência, recebem por lei, esse tipo de estudo, e tem seus direitos de estudo priorizados tanto quando estão na instituição quanto não podem frequenta-las. Alunos que tem muita dificuldade em ser frequente na escola regular de ensino, tem o direito de receber atendimento domiciliar por um profissional da educação. Ministério da educação (Resolução n 04 de 2009).
‘’ O Tempo que levamos dizendo para que haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo e o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria. Paulo Freire (1993, p.10).’’
Esses documentos serviram de excelência mudanças da vida dessas crianças que antes não teriam chances de viver uma vida normal, e seriam excluídos da sociedade, e hoje conseguem ter uma vida normal de aprendizagem, e convivência social.
A questão da família estar presente nesse período de adaptações escolares é muito importante, porque a parceria escola e família ajuda muito a criança se socializar junto a outras crianças nesse começo. A integração e socialização dessas crianças com deficiência junto a crianças normais, se faz necessária para o desenvolvimento psicomotor e social de cada uma delas, por isso a inclusão foi a melhor ideia a ser acatada por estudiosos. Carvalho (2002), afirma que a finalidade primordial do documento Declaração de Salamanca e que a escola é um local em que todas as crianças precisam aprender unidas, sempre, sem que haja de maneira alguma diferenças independente da dificuldade que elas possam possuir.
A Constituição não garante apenas o direito a educação, mas a Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), afirma que a Educação Especial deve ofertar o Atendimento Educacional Especializado ás necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Por muito tempo a Educação Especial organizou seus serviços de forma substitutiva ao ensino comum, ou seja atuou como um sistema paralelo de ensino. A atual Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva afirma a Educação Especial da como sendo uma modalidade de ensino que percorre todos os níveis e etapas, efetuando o atendimento educacional especializado, dispondo dos recursos e serviços e conduzindo quanto necessário a sua aplicação no processo de ensino e aprendizagem comum do ensino regular. SEESP/MEC (2008)
Existem alguns pontos que devem ser destacados, o primeiro é que a Educação Especial é uma modalidade de ensino e não um sistema substitutivo de ensino, por isso a Educação Especial não deve ser substituir ao ensino regular e sim, complementa e/ou acrescentar a educação. Sendo oferecida de forma substitutiva, ela é contaria ao princípio de igualdade citado acima, entretanto, sendo fornecido de maneira a complementar e/ou acrescentar, a educação especial não proíbe que o alunos frequente o ensino regular. De forma simplificada, declara que não se deve ocorrer um sistemas isolado de ensino especial, como por exemplo, escolas especiais com séries ou anos funcionando conforme o ensino regular, nem mesmo exclusivos ao ensino de alunos com necessidades educacionais especiais. Terezinha,(2010).
Outro ponto que merece destaque segundo Gallo, (2002) é a Transversalidade da Educação Especial. A sala multifuncional não substitui a sala de ensino regular, tanto na Educação Básica Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino médio quanto no Ensino Superior, assim como o atendimento educacional especializado, os professores não substituem as funções do professor responsável pela sala de aula das escolas comuns que tem alunos com deficiência incluídos.
A Tecnologia assistida constitui uma área de conhecimento de fundamental importância para as praticas de AEE. A partir da TA, é possível alcançar um dos maiores objetivos do AEE: garantir participação dos alunos com deficiência nas atividades da educação escolar.
O Ministério de Educação tem investido técnica e financeiramente para a implementação da TA na escola comum, por meio do espaçodestinado a realização do AEE: as salas de recursos multifuncionais.
As salas de recursos multifuncionais (SRM) são espaços localizados em escolas de educação básica onde se realiza o atendimento educacional especializado (AEE) para os alunos identificados como público-alvo da educação especial. As SRM contam com equipamentos, recursos de acessibilidade e materiais pedagógicos capazes de potencializar o processo de escolarização desses estudantes. É importante ressaltar que tais dispositivos podem ser construídos pela própria equipe pedagógica, com o objetivo de eliminar as barreiras para a plena participação dos alunos no ambiente escolar e demais espaços de sociabilidade.
Nas Diretrizes Operacionais da educação especial para o atendimento educacional especializado na educação básica instituída com base na Constituição Federal de 1988; na política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva de janeiro de 2008; no decreto legislativo n° 186de julho de 2008 e no decreto n° 6571 de 18 de setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, consta o seguinte acerca do público-alvo desse atendimento:
- Alunos com deficiência física, intelectual, mental ou sensorial.
- Alunos com transtornos globais de desenvolvimento.
- Alunos com altas habilidades/superlotação.
Através dessas definições as políticas nacionais de educação especial deixam claro quais alunos serão atendidos por essas modalidades de ensino. É importante esclarecer que:
- esse atendimento refere-se ao que e necessariamente diferente da educação em escolas comuns e que é necessário para melhora atender as especificidades dos alunos com deficiência, completando a educação escolar e devendo estar disponível em todos os níveis de ensino.
- é um direito de todos os alunos com deficiência que necessitaram dessa complementação e precisa ser aceito por seus pais ou responsáveis e/ou pelo próprio aluno.
- o preferencialmente na rede regular de ensino, significa que esse atendimento deve acontecer prioritariamente nas unidades escolares, sejam elas comuns ou especiais devidamente autorizadas e regidas pela nossa lei educacional. A Constituição federal de 1988 admite ainda que o atendimento educacional especializado possa ser oferecido fora da rede regular de ensino, já que um completo e não um substantivo do ensino ministrado na escola comum para todos os alunos. (Ministério da Educação, resolução n° 04 de 2009)
- o atendimento educacional especializado deve ser oferecido em horários distintos das aulas comuns, com outros objetivos, metas e procedimentos educacionais.
- as ações do Atendimento Educacional são definidas conforme o tipo de deficiência que se propõe a tender. Como exemplo, para os alunos com deficiência auditiva o ensino da linguagem brasileira de sinais – LIBRAS, de português como segunda língua, ou para os alunos cegos, o ensino do código ‘’ Braille’’, de mobilidade locomoção, ou o uso de recursos de informática, e outros. Fávero (2011).
- os professores que atuam no atendimento educacional especializado, além da formação básica em pedagogia, devem ter uma formação especifica para atuar com a deficiência a que se põe a atender. Ropoli (2010)
A grande maioria dos professores ainda tem inúmeros questionamentos e duvidas de como trabalhar com o aluno de inclusão, as expectativas são muitas e ás vezes causam até frustações, pois os resultados não são imediatos e o despreparo angustia o professor, com isso o professor se sente impotente diante da situação causando uma sensação de impotência e desconforto, dificultando assim a proposta de inclusão. Ropoli (2010)
Por um lado os professores julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, frente a essa realidade que é agravada pela falta de capacitação para trabalhar com esses alunos. A grande dificuldade dos professores pode ser sentida nos comentários, eu não estou preparado para trabalhar com inclusão.
Uma grande proposta e de importante valor para que o trabalho de inclusão seja de excelência seria a Formação Continuada de professores, porque seria através dessa proposta que os professores teriam todas as respostas para suas duvidas. 
Brasil,(2004) ressalta que a formação continuada é um recurso a favor da educação, no qual os educadores devem se aprender para fazer a diferença na sociedade inclusiva, pois a mesma aprimora um papel extremamente importante e um olhar crítica do educador a respeito do contexto escolar e da inclusão social, buscando recursos e métodos educativos no preparo dos alunos com necessidades educacionais especiais, onde, devagar, pode-se, desenvolver as habilidades cognitiva, motora, reflexiva e artística dos educandos com limitações. Na educação especial e inclusiva, a formação docente é parte importantíssima na inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
A formação deve se assentar num processo contínuo, que garanta a todos os professores os conhecimentos e competências necessários para educarem todos os alunos da forma mais eficaz, possibilitando que alguns professores assegurem
ações de apoio junto aos colegas e dos alunos com necessidades educativas mais comuns e especializem outros para o atendimento dos alunos com problemas de maior complexidade e de baixa incidência.
	O objetivo é viabilizar a participação de alunos que necessitam de um apoio escolar, uma proposta educacional diferenciada, oferecendo um ambiente que facilite o acompanhamento com os demais em sala de aula, adequando-se ao currículo normal. 
	O objetivo geral é analizar a evolução da inclusão de crianças portadoras de deficiências no ensino regular.
	O Objetivo especifico teve como principio o primeiro movimento a favor da educação inclusiva no Brasil por volta dos anos 80. A Convenção de diretos das crianças (1988) onde foi por lei que haveria apenas um tipo de educação. Ropoli(2011)
	Por volta dos anos 90, foi elaborado pela conferencia mundial um documento chamado Declaração de Salamanca, que veio para defender a inclusão social e ampliar a visão sobre a educação inclusiva em escolas de ensino regular. Espanha(1994)
	Outro beneficio a favor da inclusão foi o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente lançado no ano de 1990, veio para defender e fortalecer os direitos das crianças com deficiências, a receber o Atendimento Educacional Especializado.
Contudo, muitos benefícios se agregaram para favorecer a inclusão; entre elas a transversalidade da educação especial, a tecnologia assistida e os direitos operacionais da educação, formando uma união de força e sucesso.
A Pesquisa qualitativa que foi realizada neste trabalho, se trata de uma revisão da literatura, baseada em livros e artigos científicos sobre o tema e em base de dados especificas. Essa pesquisa, tem como base a educação inclusiva e para que a mesma pudesse ser concluída com clareza foi aprofundado estudos através de pesquisas concertas e saberes conclusivos em relação ao assunto onde autores como Edilene Aparecida Ropoli, que enfatiza o a inclusão e as adaptações necessárias para uma aprendizagem de sucesso; Maria Tereza Eglér Mantoan, acompanhando com o direito de todos a educação; Paulo Freiro fala da educação como forma de ensinar e aprender, como sendo uma troca de aprendizagem entre alunos e educadores; e Maria Terezinha da Conceição Teixeira dos Santos, fala sobre a maneira que deve ser o ensino inclusivo em escolas regulares, esses autores apresentam um debate a favor da inclusão e os benefícios alcançados ao longo dos anos. 
Nesta revisão literária entende-se que a educação especial Inclusiva, são Mudanças fundamentais para a inclusão, mas exige esforço de todos para que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento e diversidade. Para isso, os processos de inclusão precisam ser revistos, capacitações são urgentes e necessárias para que o aluno seja favorecido na construção do conhecimento ao longo da vida e todos independentes das dificuldades, possam se beneficiar de maneira eficiente, com oportunidades idênticas independente de suas eficiências ou deficiências, issoexige da escola em um todo uma mudança de postura, além da redefinição de papeis que possam assim favorecer o processo de inclusão.
A autora Edilene Ropoli em sua publicação, traz a importância da inclusão escolar na vida da criança com deficiência rompendo com o paradigma de que a deficiência as fazem diferentes.
A inclusão rompe com os padrões que apoiam o conservadorismo das escolas, questionando os sistemas educacionais em seus princípios. Ela questiona a permanência de modelos ideais, o padrão de perfis únicos de alunos e a escolha dos eleitos para frequentar as escolas, transpassando com isso, a identidades e diferenças a exclusão. Ropoli,(2010)
A autora enfatiza que acabou a época da ditatura, onde nada se ‘’poderia’’, mostra um pensamento democrático onde não apenas o comum é normal, que o normal é aceitar as diferenças e respeita-las cada qual á sua maneira.
Cita que todos tem sua identidade própria e suas diferenças, onde ninguém nasceu perfeito e que deficiência não significa empecilho, traz a ideia de que tudo se consegue e se constrói com muito esforço e dedicação independente das limitações físicas, e afirma que a diversidade e a multiplicidade são coisas muito diferentes :
A educação inclusiva questiona a artificialidade das identidades normais e entende as diferenças como resultantes da multiplicidade, e não da diversidade, como comumente se proclama. Trata-se de uma educação que garante o direito à diferença e não à diversidade, pois assegurar o direito à diversidade é continuar na mesma, ou seja, é seguir reafirmando o idêntico. (ROPOLI, 2010).
Explica que a diversidade reafirma o idêntico, ou seja continua da mesma maneira limita-se ao que já se tem, e a multiplicidade traz a diferença, ou seja o novo, apresenta novas maneiras e oportunidades, se multiplica... 
Ela enfatiza que o direito a educação é por Lei, de todos. E dever da família, sociedade e escola a socialização dessas crianças, e que o caminha a aprendizagem e desenvolvimento será muita mais curto tendo em vista a inclusão.
A educação inclusiva cria a escola como um espaço de todos, no qual os alunos adquirem o conhecimento através suas capacidades, transcrevem suas idéias espontaneamente, e participam dinamicamente das tarefas de aprendizagem e se desenvolvem socialmente em suas diferença. Ropoli (2010).
 Concordando com o entendimento de Ropoli, a autora Maria Tereza Eglér Mantoan, pedagoga, especialista em educação de pessoas com deficiência mental e mestre, doutora em psicologia e pioneira e na defesa do direito a todos a educação, em sua publicação O Desafio das diferenças nas, escolas fala que ‘’não podemos, contudo, negar que o nosso tempo é o tempo das diferenças e que a globalização tem sido, mais do que uniformizadora, pluralizante, contestando as antigas identidades essencializadas, temos o direito de ser, sendo diferente’’ (MANTOAN p.30).
A autora Mantoan enfatiza que o caminho pela igualdade não é um caminha curto e fácil a ser percorrido, embora, a exista leis que precisam ser seguidas, existe a descriminação por parte de pessoas leigas, mais a luta é diária e o andar é lento mas positivo. Mantoan(2011)
Já o autor Filósofo e Politico Rawls, vai um pouco em desencontro aos pensamentos das autoras Ropoli E Mantoan, afirmando que:
‘’Assim, somos levados ao princípio das diferenças, se desejarmos montar o sistema social de modo que ninguém ganhe ou perca devido ao seu lugar arbitrário na distribuição de dotes naturais ou á sua posição inicial na sociedade sem dar ou receber benefícios compensatórios em troca’’ (2002, p 108).
Em sua obra Teoria da justiça, Rawls (2002) opõe-se as declarações do direito do mundo moderno, caminhando em direção das propostas escolares inclusivas, o referido autor defende que a distribuição natural de talentos ou a posição social que cada individuo ocupa não são justas, nem injustas. Oque se torna justo ou não são as maneiras pelas quais as instituições (no caso, as educacionais) fazem uso delas. Ele sugere, então ‘’uma igualdade democrática, que combina o princípio da igualdade d oportunidade com o princípio da diferença’’.RAWLS( 2002, P. 79).
Um pensamento egoísta onde combinando esses dois princípios ele reconhece que as desigualdades naturais e sociais são imerecidas e precisam serem reparadas e compensadas, e o princípio a diferença é oque garante essa reparação, visando a igualdade.
Enfatizando a percepção e conhecimento de Paulo Freire, onde ele mostra que a educação é um item essencial para a vida e nos deixando também o pensamento de que todos temos direitos a aprendizagem e ao conhecimento, que ele tem toda a razão quando diz que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
O Direito ao ensino deve ser dado a todos, não apenas a alguns membros da sociedade, e a diferença está no modo em que vemos as coisas, na maneira que enxergamos o próximo. O deficiente aprende a sua maneira, permitindo que ele faça coisas por si mesmo, porque ele é sim capaz.
Mais um motivo para se afirmar a necessidade de repensar e de romper com o modelo educacional elitista de nossas escolas e de reconhecer a igualdade de aprender como ponto de partida, e as diferenças no aprendizado como processo e ponto de chegada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao decorrer das décadas, muito grande foi as mudanças em relação a educação inclusiva, Nas décadas de 70 e 80 percebe-se que a inclusão de alunos com deficiência em instituições escolares, ainda não era uma lei totalmente concreta, onde as escolas eram obrigadas a receber e alfabetizar os alunos, mais já era um início para que a inclusão acontecesse apesar do caminhar ser muito lento, o progresso e sucesso esta sendo garantido e positivamente.
O desenvolvimento de leis a favor da educação inclundente, a favor de alunos com deficiência, tem ajudado demais no desenvolvimento cognitivo de aprendizagem dessas crianças, pelo simples motivo dessas crianças poderem conviver com crianças comuns e por elas terem o direito de levar uma vida normal como qualquer outra criança, sem ser excluída da sociedade em geral.
É um direito de todas as crianças com deficiência serem matriculadas em escolas regulares e em sala de aulas comuns. É de obrigação dessas escolas fazerem a inclusão desses alunos com deficiência no âmbito escolar dessas instituições de ensino, para que essas crianças possam conviver em sociedade e desenvolver seus conhecimento com mais facilidade.
A sala de recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns. Essa sala deve proporcionar situações de aprendizagem através de vivencias grupais, com recursos diversos e valores que tornem os alunos integráveis, sociáveis, capazes de conviverem em sala de aula comum.
Deve-se ficar claro que, o atendimento educacional especializado, não se trata de uma aula de recuperação e nem de uma aula particular, e sim que esta voltado para a aprendizagem de habilidades, valores e conceitos que promovem a condição para que os alunos com deficiência possam construir suas inteligências dentro do quadro de recursos intelectuais.
Para que a inclusão seja eficiente, será necessário rever uma serie de conceitos, pré-conceitos, e novas praticas pedagógicas. É necessário conhecer e utilizar novas tecnologias e investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda a comunidade escolar e focar na formação profissional do professor.
 REFERÊNCIAS 
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>https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-continua-educadores#:~:text=A%20forma%C3%A7%C3%A3o%20continuada%20%C3%A9%20um,a%20buscar%20procedimentos%20e%20m%C3%A9todos<acessoem 04 de outubro de 2020>
EDUCAÇÃO Inclusiva: Reflexões para incluir a pessoa com deficiência intelectual, portal educação, JOCIELI DE SOUZA RODRIGUES, (esc). disponivel em :
>https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/educacao-inclusiva-reflexoes-para-incluir-a-pessoa-com-deficiencia-intelectual/30127< acesso em 04 de outubro de 2020>
EDUCAÇÃO que emancipa frente às injustiças, desigualdades e vulnerabilidades - Paulo Freire e a educação inclusiva. Luciana Pacheco Marques –UFJF - luciana.marques65@gmail.com (org.); Anderson do Santo Romualdo – SEE/MG – (org.) – asaromualdo@yahoo.com.br. <acesso em 06 de outubro de 2019> 
GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – (CGEB); COORDENADORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS – (CGRH) Resolução SE 25, de 1º-4-2016. Disponível em: http://cape.edunet.sp.gov.br/cape_arquivos/LegislacaoEstaduual/B1_4_21_LEGISLACAO_ESTADUAL_RESOLUCOESL_ATEND_ESCOLAR_DOMICILIAR_Resolucao_SE_25_01_04_2016.pdf <acesso em 05 de outubro de 2019
GOMES, Adriana L. Verde. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: Atendimento Educacional Especializado para alunos com deficiência intelectual, Ceará: Univ. Fed. Ceará, 2010.
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OLIVEIRA, Rosane de Machado. A Importância da Formação Continuada dos Educadores no Contexto Educacional Inclusivo e a Influência da Mediação no Ensino-Aprendizagem na Educação Especial. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Ed. 01, Vol. 16. pp. 522-545, Março de 2017
ROPOLI, Edilene. et al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: A Escola Comum Inclusiva. Brasilia,2010. 726 p. disponível em: <https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/politicas-publicas/<acesso em 06 de outubro de 2020>
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