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Apostila_A criança como protagonista

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A CRIANÇA COMO PROTAGONISTA DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
Formadora: Daniela Pimentel 
 
A MUDANÇA NO CONCEITO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Na década de 1980, quando usávamos a expressão pré-escola, período da fase 
escolar que vai de 4 a 6 anos, pensávamos em uma fase da educação que 
precedia a escola. Ou seja, víamos o que hoje chamamos de Educação Infantil, 
apenas como uma etapa anterior ao ensino, como se estivéssemos apenas 
ambientando o aluno ou preparando-o para o Ensino Fundamental. As escolas 
maternais ou creches que vinham ainda antes da pré-escola, e atendia a 
crianças de 0 a 3 anos, atendiam normalmente períodos integrais e eram mais 
visadas por famílias de baixa renda, ofereciam cuidados e eram regidos por 
órgãos médicos e assistencial. O olhar até então para as creches era de um local 
onde cuidadores passariam o dia tomando conta das crianças. Até que cada vez 
mais estudos comprovavam a necessidade de desenvolver um trabalho de 
desenvolvimento com a criança desde a primeira infância. 
Após a Constituição Federal de 1988 é 
dever do Estado o atendimento de 
crianças de 0 a 6 anos na escola. 
Depois de 8 anos, em 1996 com a 
promulgação da LBD a Educação 
Infantil ganhou espaço fazendo parte 
da Educação Básica, tendo a mesma 
relevância que o Ensino Fundamental e 
Ensino médio. Entretanto, embora 
reconhecida como direito de todas as 
crianças e dever do Estado, a 
Educação Infantil só passou a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos com 
a Emenda Constitucional nº 59/200926, que determina a obrigatoriedade da 
Educação Básica dos 4 aos 17 anos. 
Hoje essa separação de idades entre pré-escola e creche não existe mais, sua 
divisão apenas de faixa etária, para que seja realizado um trabalho com as 
crianças de acordo com sua idade e desenvolvimento, com intuito de respeitar e 
promover cada fase da infância da melhor maneira possível. 
 
 
 
Um dos principais pilares na inovação 
dentro da educação é a participação cada 
vez mais efetiva dos alunos nos processos 
de aprendizagem e de decisão. 
Nos últimos anos eles deixaram de ser 
meros espectadores e, desde os primeiros 
anos de vida escolar, passam a ter um papel 
mais ativo dentro das instituições. 
Neste contexto é que surge o protagonismo 
infantil, que pode e deve ser estimulado em sala de aula, e traz uma série de 
benefícios tanto para as crianças e suas famílias quanto para os próprios 
professores. 
 
A CRIANÇA COMO PROTAGONISTA 
O conceito da criança como protagonista da educação pode variar muito, 
dependendo do ponto de vista e do olhar do profissional. Porém quando falamos 
em protagonismo, estamos falando em personagem principal. Podemos usar o 
exemplo de uma novela, mesmo com diversos núcleos e personagens, a história 
é toda voltada para o protagonista, o roteiro, os encontros e desfechos são todos 
pensados para enriquecer mais ainda seu papel. 
Assim, dessa mesma forma devemos pensar na criança como o centro da 
educação. Ela deve ser nosso foco, é pensar nela em primeiro lugar, nosso 
planejamento, nossas atitudes, nosso empenho, deve ser todo voltado para que 
as crianças tenham acesso a tudo o que promovem seu desenvolvimento. 
Devemos sempre nos fazer o questionamento se as decisões que tomamos e se 
nosso comportamento está de 
acordo com o que a criança 
realmente necessita, ou se é algo da 
nossa formação que nos exige ser 
assim. Afinal, fomos criados na 
educação tradicional, onde o 
professor era tido como dono 
absoluto da verdade, e de repente ele 
é tido como um mediador do saber, e 
a criança passa a ganhar cada dia 
mais espaço, então para o professor 
 
 
 
entender esse protagonismo, ele deve primeiro se desconstruir de muitas 
crenças passadas. 
Então a criança como protagonista é 
uma criança ativa na tomada de 
decisões, é ator participante neste 
processo. Ela deixa de receber apenas 
regras já prontas e começa a participar 
da formação, passa a tomar as rédeas 
do seu dia a dia. É claro que as 
questões em que ganha autonomia vão 
depender de fatores como idade, 
localização, formação familiar e 
estrutura escolar. No entanto, algumas questões propostas em sala de aula 
podem apoiar este processo. 
O protagonismo infantil, dentro da sala de aula com o professor como mediador, 
dá oportunidade de as crianças se envolverem em uma alegria criativa e 
libertadora através de uma aprendizagem real. 
Cabe ressaltar ainda que o termo protagonismo infantil não significa a criança 
fazer tudo o que se quer, a hora que quer, e explorar tudo o que tem curiosidade. 
Por isso, a mediação do professor é tão essencial para acolher os interesses das 
crianças. É importante dar a esses pequenos a chance de se relacionarem e 
compreenderem seu espaço dentro de 
um contexto coletivo. Então existem 
algumas perguntas que devemos nos 
fazer sempre que nos vermos diante 
de alguma situação de dúvida, por 
exemplo: Basta ele querer? Pode 
escolher tudo o que vai comer? A hora 
de dormir? Os programas que vai 
assistir? Qual é o papel do adulto? Por 
outro lado, o adulto precisa regrar 
tudo? Então o que é esse 
protagonismo? Nós sempre fomos 
protagonistas da nossa vida, mas tem educadores que cerceiam a criança 
achando que só tem uma maneira de viver as experiências. Portanto, está nos 
olhos e na escuta do adulto perceber como a criança está se manifestando e em 
que pontos a criança pode fazer suas escolhas adequadamente. 
 
 
 
Diante de uma sociedade que vem 
enfrentando a doença que é considerada o 
mal do século, a depressão, nos vemos 
responsáveis por educar crianças não 
somente para serem bons alunos, mas para 
aprenderem a se posicionar, lidar com as 
frustrações e tornarem-se realmente donas 
de sua própria história. 
 Trabalhar o protagonismo com as crianças desde muito pequenas lhe trazem 
benefícios, mas não somente isso, contribuem para a sociedade de forma geral, 
vamos falar de alguns desses benefícios: 
 
• Formação de seres humanos mais ativos na sociedade; 
Quando a criança tem liberdade de se posicionar sem medo de represálias, ela 
está criando sua personalidade e assumindo papéis, o que a torna muito mais 
ativa socialmente. 
 
• Maior senso de responsabilidade; 
Dar a criança desde pequena a noção de responsabilidade por seus próprios 
atos, e mais do que isso ensiná-la a lidar com isso, a ajuda no desenvolvimento 
dessa noção. 
 
• Formação de crianças mais ativas e empáticas; 
Quanto mais trabalharmos com a criança a noção de protagonista, mais ela 
apropria-se de si, e mais ela toma consciência sobre o outro. Quanto mais ela 
se conhece, mais ela consegue se colocar no lugar do outro, tornando-a mais 
empática e solidária. 
 
• Desenvolvimento da autoestima e habilidades sociais; 
Quando a criança é estimulada a ter autonomia, aprender por seus próprios 
erros, assumir responsabilidades, ser protagonista de sua história e das 
interações com os colegas, mais segura ela se torna, desenvolvendo sua 
 
 
 
autoestima. Quanto maior for esse estímulo, melhor ela irá se desenvolver 
socialmente, sabendo lidar com o outro sem esquecer de si mesma. 
 
• Maior sentimento de pertencimento aos espaços. 
À medida que a criança vai ganhando confiança, ela vai se sentindo segura 
diante de situações e locais distintos. Quando uma criança insegura chega em 
ambientes novos, ela não tem a sensação de pertencimento. Trabalhando com 
a criança como protagonista, é fazer com que ela se sinta pertencente aos 
espaços, e sinta-se confortável. 
Quando proporcionamos a criança ser a 
protagonista de sua própria história, 
também estamos falando das crianças 
como protagonistas da educação, do 
aprender, do saber, e por isso é por meio 
das experiências vivenciadas que sejam 
significativas para elas, portanto um 
primeiro passo é acolher as vivências e 
experiências trazidas pela criança dentro de seu contexto familiare de sua 
comunidade. 
Então se falamos da criança como protagonista precisamos respeitar 
principalmente sua faixa etária e fase de desenvolvimento, mantendo sempre em 
alta a qualidade das experiências oferecidas. 
É muito importante ressaltar que quando falamos na criança Participativa 
estamos garantindo a ela um dos 6 direitos estabelecidos pela Base Nacional 
Comum Curricular. 
PARTICIPAR, com protagonismo, tanto 
no planejamento como na realização 
das atividades recorrentes da vida 
cotidiana, na escolha das brincadeiras, 
dos materiais e dos ambientes, 
desenvolvendo linguagens e 
elaborando conhecimentos. 
Já que estamos falando nos direitos estabelecidos pela BNCC, vamos falar no 
que de fato é importante para a criança. Podemos nos perguntar, o que é que a 
criança mais gosta de fazer? Como podemos pensar em uma criança 
 
 
 
aprendendo feliz? Em que momento a criança torna-se protagonista por iniciativa 
própria? Podemos resumir todas essas perguntas com mais um dos 6 direitos 
da criança, o BRINCAR. 
A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo 
consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das 
crianças. Ao observar as interações e a brincadeira entre as crianças e delas 
com os adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos afetos, a 
mediação das frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das emoções. 
Nosso papel como Educação Infantil é dar as crianças condições para que elas 
aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em 
ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a 
resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o 
mundo social e natural. 
Então é por meio de convivência, 
brincadeiras, participação, 
exploração, expressão e de 
conhecer-se, que promovemos a 
criança seu protagonismo. 
Mantendo os direitos da criança 
ativos, e defendendo para que isso 
aconteça, é que vamos conseguir 
com sucesso trabalhar os campos 
de exploração necessários para seu 
desenvolvimento. 
Devemos promover a criança saberes e conhecimento fundamentais, sempre 
com base nas experiências, e é por meio dos campos de experiência que vamos 
conseguir trabalhar em sua máxima, para que a aprendizagem seja significativa. 
Na Educação Infantil, as aprendizagens essenciais compreendem tanto 
comportamentos, habilidades e conhecimentos quanto vivências que promovem 
aprendizagem e desenvolvimento nos diversos campos de experiências, sempre 
tomando as interações e a brincadeira como eixos estruturantes. Devemos 
sempre respeitar a faixa etárias e habilidades de cada um, lembrando que para 
cada faixa etária temos como base campos de exploração e o que devemos 
explorar em cada uma delas. 
 
 
 
 
Com planejamento é possível que alunos de diferentes idades assumam papel 
de protagonistas em suas rotinas. Não precisamos necessariamente inseri-las 
em ambientes de adultos, e sim deixar claro, em palavras e ações, que ela 
continua sendo criança, com direitos garantidos, tempo e liberdade para brincar 
e se desenvolver. Porém passa a ter mais autonomia e participação em 
processos decisórios, ganhando assim mais responsabilidade. 
 
 
Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante! 
Paulo Freire

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