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MARCELA HELENA DA CRUZ CAMPOS 10 10

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCELA HELENA DA CRUZ CAMPOS 
MATRÍCULA: 20200911858 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
REVISITANDO A HISTÓRIA E PROJETANDO 
PERSPECTIVAS FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado como 
Componente Curricular da disciplina 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, do curso de 
PEDAGOGIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO 
Mostrar a importância do ensino da história como elemento que possibilita 
novas perspectivas no âmbito da formação do indivíduo. 
Nesse aspecto, é importante notar que a história está intimamente 
atrelada ao conhecimento do passado como forma de estudar o presente e 
construir o futuro. 
 Introdução 
É inegável que muito já se escreveu sobre história da educação. Aqui se 
pretende acrescentar alguns elementos nessa discussão, pretendendo mostrar 
que a prática educacional é constante e que a educação escolar nasce não como 
valor social, mas como mecanismo de luta de classes ou, se quisermos outra 
categoria, ela se manifesta como mecanismo de manutenção das estruturas 
sociais. Sendo assim, a classe dominante se utiliza não só da educação informal, 
mas da instituição escolar para preparar seus quadros. Mesmo o advento da 
escola pública não é sinônimo de popularização da escola, mas de popularização 
da demanda por trabalhadores mais bem preparados para atender às 
necessidades da classe dominante. Esse processo pode ser bem observado no 
Fenômeno da criação da instituição escolar, e, mais tarde, na criação da 
instituição à qual denominamos de universidade, como espaço privilegiado para 
a reprodução de quadros que ensinarão aos posteroscomo manter as estruturas 
sociais. 
Educação 
Para entender a história da educação, podemos partir não da história, mas 
de uma caracterização de Educação. E, para entender a educação podemos, 
entre outras áreas do conhecimento, nos voltar para a filosofia, a sociologia, a 
antropologia, a moral... todas essas áreas têm uma palavra sobre isso que 
chamamos de Educação. Assim, se fossemos tratar a educação do ponto de 
vista filosófico, deveríamos começar perguntando: o que é isso que chamamos 
 
de Educação? Para a sociologia e a antropologia a indagação seria sobre os 
processos sociais e relações grupais que ocorrem dentro do ambiente 
educacional. Para a moralidade teríamos que desvendar os valores inerentes a 
esse processo. E assim por diante, até termos bem caracterizado esse processo 
que, podemos dizer, é essencialmente humano. Os demais seres vivos não 
desenvolvem o processo educacional. 
Iniciemos afirmando que essa atividade humana à qual denominamos de 
educação é um processo, é amplo e se desenvolve nas relações. O processo 
educacional nasce no ambiente familiar e se ramifica por todos os ambientes nos 
quais e com os quais a pessoa mantém contato ou estabelece relações. Isso 
implica dizer que uma primeira característica do processo educacional é o fato 
de se desenvolver a partir de um cada vez mais amplo processo de relações. 
Ninguém se educa sozinho, mas nas relações. E relação é processo que se 
amplia, constantemente. 
Olhando de acordo com a proposta de N. Piletti (2002), teríamos o 
processo educacional como relação de oposições. Diz o autor que “parece existir 
algo de comum entre as várias perspectivas, que é uma espécie de definição 
dicotômica da educação, na qual esta é sempre classificada em dois termos 
opostos” (PILETTI, 2002, p. 7). Em seguida mostra as relações de oposição 
dizendo que existe um processo de educação formal que se contrapõe à 
educação informal; à educação como produto opõe a educação como processo; 
à educação certa opõe a educação errada; à educação como meio opõe a 
educação como fim; para a visão da educação como prática individual opõe a 
prática coletiva; à educação autoritária contrapõe a democrática; à educação 
opressora propõe a educação libertadora e ao modelo reprodutivista contrapõe 
a educação crítica. Não nos cabe discutir cada ponto proposto por esse autor, 
mas podemos dizer que em sua perspectiva está presente a idéia do processo 
se contrapondo à tendência de estagnação. 
Podemos acrescentar, a partir disso, a constatação de que só ocorre 
educação em processo. A estagnação é a negação da educação. Entretanto a 
sociedade humana, apesar de se caracterizar pela constância do progresso, 
concretamente é avessa às novidades. Por mais que se beneficie com a 
 
evolução, com o progresso, com o desenvolvimento, sempre que se defronta 
com situações que demandam a desinstalação para instalação de novidades o 
ser humano cria resistências. O novo incomoda... e, sendo assim, o processo 
educacional é um processo incômodo...mas necessário 
Outro comentário que se pode fazer, em relação ao processo educacional 
formal-escolar, é a afirmação de que ele produz divisão social. Divide-se a 
sociedade entre os que estudaram e os que não estudaram; entre os que 
alcançaram ascensão sócio-econômica, com o processo educacional e os que 
não entraram no processo escolar ou os que, embora tendo passado pela 
escolarização, não alcançaram melhorias significativas em sua qualidade de 
vida. E aí teríamos que admitir que a educação, dentro de uma perspectiva 
dialética, pode ser vista como instrumento de libertação (educação crítica, 
educação libertadora...), na medida em oferece perspectivas de transformação 
social. E para fundamentar essa perspectiva poderíamos nos lembrar da 
proposta de Libâneo (1990) e popularizada por Luckesi (1993), como pedagogia 
progressista. 
Essa perspectiva prevê a possibilidade do processo educacional exercer 
papel transformador, na sociedade. Essa tendência vê a educação a partir de 
uma ótica marxista, como sugere Azevedo, dizendo que “a educação é ai 
compreendida como um dos instrumentos de apoio na organização e na luta do 
proletariado contra a burguesia” (Azevedo, 2004, p. 40). Mas também não 
podemos desconsiderar a perspectiva ideológica do processo educacional, que 
passa a ser visto, como propõe L. Althusser comentado por Aranha (1991) e por 
Guareschi (1989), mostrando que o processo educacional é reprodutivista uma 
vez que a instituição escolar é criada “pelo grupo dominante para reproduzir seus 
interesses, sua ideologia” (GUARESCHI, 1989, p. 69). 
Não nos parece, entretanto que o processo educacional – formal ou não 
formal – tenha poder transformador, mas, pelo contrário, é reprodutor. A 
educação informal, aquela que ocorre no cotidiano e nas inter-relações das 
pessoas e grupos, é prenhe da ideologia ou dos valores do senso comum; dos 
valores preservados pela sociedade em que se insere. A educação formal, 
ocorrida principalmente na instituição escolar, é resultado dos interesses dessa 
 
mesma sociedade. Os interesses da sociedade, é definido pela classe 
dominante. Portanto, ao surgir uma classe dominante nasce, também, a 
necessidade de uma escola que, ao mesmo tempo reproduza os valores 
hegemônicos e instrua quadros para a manutenção do aparato estrutural dessa 
sociedade. Aníbal Ponce (2001) comenta essa situação da seguinte forma: 
“Não é necessário dizer que a educação imposta pelos nobres se 
encarrega de difundir e reforçar esse privilégio. Uma vez constituídas as classes 
sociais, passa a ser um dogma pedagógico a sua conservação, e quanto mais a 
educação conserva o status quo, mais ela é julgada adequada. Já nem tudo o 
que a educação inculca nos educandos tem por finalidade o bem comum, a não 
ser quando esse ‘bem comum’ pode ser uma premissa necessária para manter 
e reforçar as classes dominantes. Para estas, a riqueza e o saber; para as outras, 
o trabalho e a ignorância”. (PONCE, 2001, p. 28) 
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Em síntese podemoster clara a afirmação de que cada sociedade moldou 
seu processo educacional de acordo com suas necessidades. Esse processo 
não ocorreu com a função de preparar horizontes, e abrir perspectivas, na linha 
de frente de todos os processo de desenvolvimento humano, mas ao contrário, 
desenvolveu-se como suporte para os valores da sociedade em que se 
manifesta. Isso justifica a afirmação de que cada sociedade desenvolveu o seu 
modelo educacional para que fosse eficaz 
“para ser eficaz toda educação imposta pelas classes proprietárias deve 
cumprir as três finalidades essenciais seguintes: 1º destruir os vestígios de 
qualquer tradição inimiga, 2º consolidar a ampliar a sua própria situação de 
classe dominante, e 3º prevenir uma possível rebelião das classes dominadas” 
(PONCE 2001, p. 36. 
Essa perspectiva pode ser corroborada pelas palavras de C. R. Brandão, 
dizendo que “não há uma forma única nem um único modelo de educação; a 
escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o 
 
ensino escolar não é sua única prática e o professor profissional não é seu único 
praticante” (BRANDÃO, 1985, p. 9) 
Entretanto nossa questão, aqui, é a história da educação vista a partir da 
ótica do ensino superior. Portanto nossa reflexão se volta não para o processo 
educacional amplo, mas para um processo específico: o do ensino superior. E 
esse somente acontece no ambiente formal da escola e muitas vezes de forma 
ainda elitista e elitisado. 
História e história da educação 
Tudo é história e tudo tem história. No processo educacional isso é ainda 
mais presente. No processo educacional escolar o professor, para lecionar, 
sempre precisa apresentar informações ao estudante. A questão é que todas as 
informações apresentadas não são produzidas simultaneamente ao processo da 
aula. São conhecimentos que se foram produzindo e acumulando ao longo de 
alguns anos, em tempos passados. Portanto são informações históricas. 
E aqui se manifesta um problema, que é o grande problema da história: 
como saber se aquilo que está sendo apresentado como fato histórico realmente 
aconteceu como está sendo apresentado? O que determina que este ou aquele 
fato histórico seja analisado ou mostrado como sendo algo memorável? Seja 
qual for a resposta, o fato é que o passado não está à disposição do historiador: 
“as características mais visíveis da informação histórica... foram muitas vezes 
descritas. O historiador, por definição, está na impossibilidade de ele próprio 
constatar os fatos que estuda” (BLOCH, 2001, p. 69), pois seu objeto de estudo 
é inacessível. 
“a própria idéia de que o passado, enquanto tal, possa ser objeto de uma 
ciência é absurda. Como, sem uma decantação previa, poderíamos fazer, de 
fenômenos que não têm outra característica comum a não ser não terem sido 
contemporâneos, matéria de um conhecimento racional”. (BLOCH, 2001, p. 52) 
O problema da história é que o historiador precisa fazer escolhas. Ele não 
estuda todos os fatos nem todos os processos, mas seleciona-os. 
Principalmente por que não tem acesso a eles. Dedica-se somente àquilo que 
 
lhe parece ser importante, por isso as escolhas. Além disso, o historiador olha 
para os fatos e processos históricos não em si mesmos, pois esses já não 
existem mais, mas os examina de forma indireta: mediante os documentos 
históricos que são uma versão do fato e não o fato mesmo. Isso posto, podemos 
dizer que tudo o que é apresentado como histórico não é a história, mas as 
versões da história. Cada versão do passado manifesta-se no tempo presente 
somente enquanto tem alguma relevância para aquele momento histórico ou 
para justificar algum elemento considerado importante no presente. Nas palavras 
de Marc Bloch: “O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. 
Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que 
incessantemente se transforma e aperfeiçoa” (BLOCH, 2001, p. 75). E isso 
sempre é feito a partir dos interessas do pesquisador, do historiador. 
Podemos dizer que o problema da história manifesta-se também quando 
pretendemos fazer a história da educação. O objeto de estudo é o passado, mas 
o passado do processo histórico já não está acessível; o historiador está na 
“impossibilidade de ele próprio constatar os fatos que estuda”. O que temos são 
as versões dos fatos; os textos com estas ou aquelas opiniões; os comentários 
localizados no espaço e no tempo; comentários que foram válidos para o 
momento em que foram emitidos. Mas como saber se essas opiniões 
permanecem válidas para nosso cotidiano? Como podemos dizer que aquilo que 
foi dito sobre a educação em outro tempo e espaço pode ser aplicado à nossa 
realidade educacional? 
Podemos dizer que o drama da história manifesta-se também na 
educação e na história da educação. Como não podemos deixar de nos 
manifestar estamos sempre emitindo opiniões. Entretanto, fundamentamos 
essas opiniões no passado, sobro o qual não temos mais acesso, para justificar 
nossas opiniões... 
 
 
 
 
 
Procedimentos Metodológicos 
O processo de educação do homem foi fundamental para o 
desenvolvimento dos grupos sociais e de suas respectivas sociedades, razão 
pela qual o conhecimento de sua história e experiências passadas é essencial 
para a compreensão dos rumos tomados pela educação no presente. 
Educação na antiguidade 
Tomando a herança cultural deixada pela antiguidade como a fonte 
principal sobre a qual a civilização ocidental se ergueu, o legado deixado pelas 
principais cidades estados da Grécia Antiga – Esparta e Atenas – constitui-se 
como princípio de organização social e educativa que serviu de modelo para 
diversas sociedades no decorrer dos séculos. Reconhecida por seu poder militar 
e caráter guerreiro, o modelo de educação espartano baseava-se na disciplina 
rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares e códigos de conduta, no 
estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências extremas de 
desempenho. Por outro lado, Atenas tinha no logos (conhecimento) seu ideal 
educativo mais importante. O exercício da palavra, assim como a retórica e a 
polêmica, era valorizado em função da prática da democracia entre iguais. Como 
herança da educação ateniense surgiram os sofistas, considerados mestres da 
retórica e da oratória, eles ensinavam a arte das palavras para que seus alunos 
fossem capazes de construir argumentos vitoriosos na arena política. Fruto da 
mesma matriz intelectual, porém em oposição ao pensamento sofista, o 
filósofo Sócrates propunha ensinar a pensar – mais do que ensinar a falar - 
através de perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica e não 
simplesmente da mera retórica. Apesar de concepções opostas, tanto o 
pensamento sofista como o pensamento socrático contribuíram para a educação 
contemporânea através da valorização da experiência e do conhecimento prévio 
do aluno enquanto estratégias que se tornaram muito relevantes para o sucesso 
na aprendizagem do aluno na contemporaneidade. 
 
https://www.infoescola.com/historia/grecia-antiga/
https://www.infoescola.com/historia/esparta/
https://www.infoescola.com/historia/atenas/
https://www.infoescola.com/grecia-antiga/educacao-espartana/
https://www.infoescola.com/politica/democracia/
https://www.infoescola.com/filosofia/sofistas/
https://www.infoescola.com/filosofia/socrates/
 
Educação na Idade Média 
Podemos reconhecer traços da tradição espartana na educação medieval. 
Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da 
época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da 
Igreja Católica. Cabe ressaltar que até o século XVII os valores morais e até 
mesmo os ofícios responsáveis pela garantia da subsistência eram transmitidos 
em grande parte dentro dos próprios círculos familiares, sendo que esses valores 
e códigos de conduta eram profundamente influenciados pelo pensamento 
religioso.Em contrapartida, com as Reformas Religiosas e 
o Renascimento inicia-se uma nova era para o Ocidente e é marcada pelo 
ressurgimento dos ideais atenienses nos discursos sobre os objetivos da 
Educação. O conhecimento era tipo como um corpo sagrado, essa matriz de 
pensamento permaneceu dominante e foi grande responsável pela concepção 
do papel da educação desde o desaparecimento do Antigo Regime até a 
constituição dos Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser organizado 
para ser transmitido pela escola, através da autoridade do professor enquanto 
sujeito detentor do saber e mantenedor da ordem e da disciplina. 
Educação moderna 
Foi esse modelo de educação escolar centrado na figura do professor 
como transmissor do conhecimento que se expandiu ao longo dos séculos XVIII 
e XIX, impulsionado pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e 
aumento demográfico. Além disso, o fortalecimento e expansão de regimes 
democráticos influenciou a reivindicação pelo acesso a escola enquanto direito 
do cidadão e à educação passa a ser atribuída a tarefa de formar cidadãos, 
cientes de direitos e deveres e capazes de exercê-los perante a sociedade. 
A partir de meados do século XIX, portanto, o modelo hierarquizado e 
autoritário de educação que caracterizou as instituições escolares até então 
passou a ser questionado por educadores como Maria Montessori, na Europa, e 
John Dewey, nos Estados Unidos. Impulsionados pelo desenvolvimento dos 
estudos de psicologia sobre aprendizagem e desenvolvimento humano, e com 
críticas a pedagogia tradicional e a forma como os conteúdos curriculares eram 
https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/
https://www.infoescola.com/historia/antigo-regime/
https://www.infoescola.com/historia/estados-nacionais/
https://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/
https://www.infoescola.com/geografia/urbanizacao/
https://www.infoescola.com/biografias/maria-montessori/
 
impostos aos alunos, esses e outros educadores passaram a reivindicar a 
participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Desta forma e como 
mencionado anteriormente, essas propostas resgataram princípios atenienses 
de educação ao valorizar a experiência anterior do aluno e seus conhecimentos 
prévios à aprendizagem escolar. 
Em função dessa trajetória histórica, cabe salientar que a Educação não 
atendeu sempre aos mesmos tipos de objetivos e toda a sua análise requer, 
antes de tudo, um intenso esforço de reflexão e contextualização. Através deste 
caminho pode-se melhor compreender métodos e teorias educacionais, pois 
observamos traços presentes nas práticas educativas atuais que remetem a 
herança deixada pelos modelos educativos analisados até aqui. Se, de um lado, 
está o valor da disciplina e do conhecimento a ser transmitido pela escola; e, de 
outro lado, a ideia de que o conhecimento é construído e consequentemente 
ninguém ensina nada a ninguém de forma definitiva; é importante a constatação 
de que essas correntes de pensamento não se excluem, uma vez que nos dias 
atuais é necessário conciliar o valor do conhecimento ao valor do engajamento 
dos alunos como estratégia para sanar as exigências de um mundo em contínuo 
desenvolvimento e marcado pelo fluxo constante de informação disponível a 
uma ampla gama de pessoas situadas em diferentes regiões do mundo. 
Como salienta Moacir Gadotti, o conhecimento tem presença garantida 
em qualquer projeção que se faça sobre o futuro; contudo, os sistemas 
educacionais ainda não conseguiram avaliar de maneira satisfatória o impacto 
das tecnologias da informação sobre a Educação. Logo, será preciso trabalhar 
em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazendo de tudo para 
superar as condições de atraso e, ao mesmo tempo, criando condições para 
aproveitar as novas possibilidades que surgem através desses novos espaços 
de conhecimento. 
Conclusão 
“ (…) Em matéria de educação, o estudo do passado pode visar a 
descrição, a legitimação histórica e manutenção do status quo, como pode 
constituir o ponto de partida para a inovação do conhecimento científico e dos 
 
métodos e processos de ensino (…). A abordagem historiográfica revela-se das 
mais fecundas quando se intenta a explicação da complexidade educacional (…) 
e constitui um saber-fazer investigativo e discursivo que se ajusta à 
complexidade da ação e da racionalidade educativas, designadamente: a) 
recolha, tratamento diferenciado e crítico de diversos tipos de informação; b) 
análise interna e externa das fontes e dos agentes de informação; c) 
estabelecimento dos diferentes tipos de ação – o tempo longo, o tempo médio, 
o tempo curto da ação, o tempo do homem; d) estabelecimento dos contextos e 
dos sentidos; e) construção dos sujeitos e dos individuais, grupais, societários – 
suas representações e formas de apropriação; f) estabelecimento da 
permanência e da mudança, nos planos externos e internos das ações e dos 
sujeitos; g) comparação, relativização, construção de identidades; h) articulação 
presente, passado e futuro, pela (reconstrução de presentes-passado (…).” 
Sendo ambiciosos os propósitos, mas humildes os recursos, não 
podemos deixar de começar a percorrer um caminho, liderando um processo 
que dependerá sempre dos acompanhantes e do grau de motivação para o 
percurso. Nas nossas mãos está o empenhamento, a disponibilidade, a 
humildade construtiva, a atenção às desmotivações, a experiência dos sucessos 
e dos fracassos, a vontade de angariar adeptos para uma causa comum – a 
construção de pensamento científico na área da História da Educação. Fora do 
nosso controle estão os disponíveis para esta viagem, os recursos, o 
empenhamento de cada um, a seriedade dos investimentos e o nível dos 
resultados. Acreditamos que entre o que temos para partilhar e o que vamos 
receber se possam encurtar as distâncias através de uma empatia na relação 
pedagógica. Se como dizia Steiner, “a relação professor-aluno é uma alegoria 
do amor desinteressado” , estamos conscientes que a intensidade dessa relação 
dependerá muito da forma positiva como encararmos as dificuldades e da forma 
moderada como encararmos os sucessos … que são sempre provisórios e 
pouco mais, na construção científica, do que um simples degrau. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
https://brainly.com.br/tarefa/21814760#readmore 
Maria Luisa Santos Ribeiro. São Paulo, Cortez e Moraes, 1978. 143 p. 
ALVES, Luís Alberto Marques. História da Educação. Faculdade de Letras 
da Universidade do Porto, 2012. Disponível 
em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10021.pdf 
AMADO, Casimiro Manuel Martins. História da Pedagogia e da Educação. 
Universidade de Évora, 2007. Disponível 
em: http://home.dpe.uevora.pt/~casimiro/HPE-%20Guiao%20-%20tudo.pdf 
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. Revista São Paulo 
Perspectiva. Vol.14, no.2. São Paulo,2000. Disponível 
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
88392000000200002. 
As Competências do Professor ao Longo da História. Curso Específico de 
Formação aos Ingressantes nas Classes Docentes do Quadro do Magistério. 
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, 2017. 
AZEVEDO, Janete M. Lins de. A Educação como Política Pública. 3 ed. 
Campinas: Autores Associados, 2004 
BLOCH, Marc, Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de 
Janeiro: Zahar. 2001. 
BRANDÃO, C. Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Abril Cultura; 
Brasiliense, 1985 
 
GADOTTI, Moacir. História das Idéias pedagógicas. 8 ed. São Paulo: Ática, 
2001 
GILES, T. Ransom. História da Educação. São Paulo: E.P.U. 1987 
GUARESCHI, Pedrinho A. Sociologia Crítica: alternativas de mudanças. 19 
ed. Porto Alegre: Mundo Jovem. 1989 
KLEIN, Ralph W. Israel no Exílio: uma interpretação teológica. São Paulo: 
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http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10021.pdf
http://home.dpe.uevora.pt/~casimiro/HPE-%20Guiao%20-%20tudo.pdfhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000200002
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LIBÂNEO, José C. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-
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LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação 6 reimp. São Paulo: Cortez, 
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LUZURIAGA, Lorenzo. História da educação e da pedagogia. 14 ed. São 
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MANACORDA, Mario A. História da Educação. Da antiguidade aos nossos 
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PILETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. 7 ed. São Paulo: Ática, 
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PONCE, Aníbal, Educação e Luta de Classes. 18 ed. São Paulo: Cortez, 
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SCHWANTES, Milton. Sofrimento e esperança no Exílio. São Paulo: 
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MAGALHÃES, Justino [org.] (1998). Fazer e Ensinar História da Educação. 
Braga: CEEP/IEP – Universidade do Minho, pp. 14-16

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