Manejo pré abate

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MANEJO PRÉ-ABATE
Na produção animal vem crescendo a cada 
dia, inclusive como exigência do mercado 
consumidor, a preocupação com o “BEM 
ESTAR ANIMAL” durante o seu ciclo de 
vida até momentos antes do abate.
A produção de animais contemplando os 
conceitos de bem-estar custa mais caro, o que tem 
sido o principal fator limitador da velocidade de 
avanço do movimento.
O fator custo é ainda mais importante em países 
em desenvolvimento.
RayzelRayzel (2003)(2003)
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Entre as espécies animais que apresentam 
estudos mais consistentes, relacionando o 
estresse animal com a qualidade da carne, 
detaca-se a suína.
O produtor deve garantir seleção, cuidados 
e manejo adequados até o ponto de entrega 
ao abatedouro.
• Programação de abate
• Apanha/coleta e embarque
• Transporte, desembarque, tempo de espera
• Sistemas de coleta, insensibilização e sangria
ASPECTOS RELACIONADOS
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FASES IMPORTANTES ANTES DO 
EMBARQUE
 Preparação dos animais 
 Seleção dos animais segundo o peso
 Mescla de animais de diferentes grupos 
 Jejum
 Espera dos grupos na sala de envio
 Condução ao ponto de embarque
Uma das regras inseridas em vários códigos e 
legislações é que os suínos devem ser mantidos 
em jejum antes do abate por um período razoável, 
recebendo água à vontade. 
Jejum alimentar
Proporciona a redução da taxa de mortalidade e 
evita vômitos durante o transporte; previne a 
liberação, disseminação e contaminação 
bacteriana (Salmonela) pelas fezes no grupo 
transportado e através do derramamento do 
conteúdo intestinal na evisceração.
Facilita o procedimento de evisceração e ajuda a 
reduzir o volume de dejetos (conteúdo intestinal) 
no abatedouro.
Jejum alimentar
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Suínos que submetidos a jejum antes do 
transporte mostram, em média, um menor 
aumento no batimento cardíaco durante o 
transporte e um rápido decréscimo no final 
do mesmo
Jejum alimentar
 Jejum prolongado (24 horas) reduz a 
incidência de PSE e melhora a cor, maciez e 
retenção de água na carne
 A privação de alimento e água conduz à
perda de peso do animal (0,75% a 11%) nas 
primeiras 24 horas de privação de água e 
alimento
Jejum alimentar
EMBARQUE DOS ANIMAIS
É o início do processo de pré-abate dos animais 
e é o processo onde os animais estarão 
susceptíveis a iniciar o processo de estresse
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Efeito da temperatura ambiente sobre a mortalidade
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
Parâmetros bioquímicos do plasma de suínos em função do manejo 
pré-abate
Manejo 
Baixo estresse Alto estresse 
Significância 
Cortisol (ºgd/L) 10,76 ± 5,76b 16,32 ± 5,50a 0,0004 
Lactato (mg/dl) 80,26 ± 41,38b 189,21 ± 72,06b 0,0001 
 Baixo estresse – utilização de pranchas para movimentar os suínos
Alto estresse – utilização de bastão elétrico 
LudtkeLudtke etet al. (2004a)al. (2004a)
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
Utilização do bastão elétrico e cortisol
BrundigeBrundige & & ZanellaZanella (1998)(1998)
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
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Utilização do bastão elétrico e ritmo cardíaco
BrundigeBrundige & & ZanellaZanella (1998)(1998)
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
O manejo agressivo imediatamente antes do 
abate pode comprometer a qualidade da carne 
através do aumento da temperatura da carcaça 
e redução do pH inicial do músculo, resultando 
em carne PSE (Channon et aI., 2000).
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
LudtkeLudtke etet al. (2004a)al. (2004a)
ConduConduçção ao ponto de embarqueão ao ponto de embarque
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Tempo de embarque
 Sala de espera: 20 minutos
 Embarque direto: 50 minutos
 Melhora das condições e da qualidade do 
trabalho do produtor e do caminhoneiro 
 Redução do stress para os suínos (-25% de 
mortalidade)
 Redução do tempo de embarque
Sala de espera na granjaSala de espera na granja
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Sala de espera na granjaSala de espera na granja
EMBARQUEEMBARQUE
Sistemas de embarque
 Plataforma de embarque 
 Rampa (Inclinação, desenho, material) 
 Elevador/plataforma hidráulica/piso móvel
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Inclinação da rampa de 20ºC para suínos e bovinos, segundo 
código DEFRA - Inglaterra
Plataforma de embarquePlataforma de embarque
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Efeito da plataforma de embarque sobre Efeito da plataforma de embarque sobre 
a mortalidade durante o transportea mortalidade durante o transporte
Efeito da plataforma de embarque sobre o ritmo cardíaco
Uso de elevadores no embarqueUso de elevadores no embarque
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LudtkeLudtke etet al. (2004b)al. (2004b)
LudtkeLudtke etet al. (2004b)al. (2004b)
Embarque dos animais com auxílio de elevador localizado 
na região traseira da carroceria
Silveira (2005)
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Taxa de risco de produção de carne PSE 
segundo o sistema de embarque
GuGuààrdiardia etet al., 2004al., 2004
Caminhão ClimatizadoClimatizado
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Embarque e mortalidade
O embarque deve ser rO embarque deve ser ráápido para limitar apido para limitar a
degradadegradaçção do ambiente interno do ão do ambiente interno do 
caminhãocaminhão
Chevillon (2005)
Molhar os suínos com água
Temperatura da água: 10 – 15 graus
Molhar na granja
DUCHASDUCHAS
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Vantagens da ducha
TRANSPORTE
No manejo pré-abate há fatores estressantes, que dependendo 
da duração ou severidade, são capazes de alterar a qualidade 
da carne. Um fator considerado crítico para o bem-estar, é o 
transporte dos suínos da granja às instalações de abate.
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Transporte dos terminados
Os terminados devem ser transportados, 
preferencialmente, em caminhões próprios (“porqueiros").
Características do caminhão
 Área mínima de 0,50 m2/animal. 
 Os animais devem ser alojados no caminhão na razão 
de 2,5 suínos de 100 kg por m2, ou seja, propiciar uma 
área de 0,40 m2 para cada 100 kg de peso animal
 Deve, preferencialmente, ter dois pisos (?)
DesinfecDesinfecççãoão antes 
do Embarque
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Dalla Costa et al. (2008)
Os principais problemas são a ocorrência 
de downers ou mortes durante o manejo 
pré-abate, particularmente durante o 
transporte, e a produção de carne de 
qualidade inferior.
Downers: animais em estado 
de exaustão provocada por acidose 
metabólica, normalmente resultado de um 
manejo agressivo.
BertolBertol (2005)(2005)
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 A correta aplicação da ventilação contribui para 
atingir as condições de conforto através da 
eliminação de gases indesejáveis (dióxido de 
carbono, amônia), suprimento adequado de 
oxigênio e troca térmica corporal mais eficiente. 
 Animais transportados no andar inferior 
apresentaram elevados níveis de cortisol, mais 
danificações na pele e uma tendência em resultar 
mais carne ligeiramente DFD do que aqueles do 
andar superior. 
 Portanto, uma adequada ventilação é essencial 
para o andar de baixa altura.
MANEJO NO FRIGORÍFICO
Abate humanitário?
O abate humanitário tem como objetivo 
eliminar ou minimizar a dor e o sofrimento 
dos animais de produção no momento do 
seu abate e nas etapas que o antecedem 
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Mecanismos para evitar o escorregamento dos 
animais
DesembarqueDesembarque
O manejo dos suínos até o local de 
atordoamento caracteriza um estresse porque 
os animais são manipulados rapidamente e em 
pequenos grupos.
Nessas condições as reações 
comportamentais são violentas (gritos, 
ajuntamentos e reações de fuga).
Manejo
Suínos cansados e lesionados 
frigorífico
DISTÂNCIADISTÂNCIA
CURTA = 0 a 30 metrosCURTA = 0 a 30 metros
LONGA= 60 a 90 metrosLONGA= 60 a 90 metros
RitterRitter (2006)(2006)
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Para facilitar a condução dos suínos à sangria, 
minimizando o estresse de trabalhadores e 
animais, podemos utilizar o indivíduo-líder
como aliado nesta operação; basta que a 
liderança seja incluída no primeiro grupo 
retirado da pocilga de descanso. 
Como identificar o líder:
•Exerce comportamento autoritário e muitas vezes agressivo 
sobre os demais.
•Possui preferência nos locais de sombra e bebedouros;
•Apresenta boa capacidade de identificar ameaças e riscos e 
os comunica ao grande grupo;•Possui comportamento curioso e, geralmente, se põe em 
posição de alerta e defesa na presença do homem. 
•A identificação é facilitada quando há mistura de líderes no 
mesmo grupo, pois longas brigas se estabelecem até que o 
comando e a ordem sejam restabelecidos.
Quando insensibilizado, o animal não sente dor 
durante o processo de abate. Sem dor, o 
animal fica menos estressado e/ou angustiado 
na hora de sua morte. Portanto, evitam-se 
ferimentos e a qualidade do produto final será
superior. 
Insensibilização
Atmosfera controladaAtmosfera controlada
EletronarcoseEletronarcose
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