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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS I ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE LOJAS RENNER S.A. DIANA CAVALCANTE DURING – N3863E4 LEONARDO PAIXÃO DOS SANTOS – F002063 MARCELA FADEL MARTINS DA SILVA – D9320A1 TAMIRIS NASCIMENTO FARIAS – F02FAH6 THAYSA LOURENA MELO ALVES – D9981H7 SÃO PAULO 2019 DIANA CAVALCANTE DURING – N3863E4 LEONARDO PAIXÃO DOS SANTOS – F002063 MARCELA FADEL MARTINS DA SILVA – D9320A1 TAMIRIS NASCIMENTO FARIAS – F02FAH6 THAYSA LOURENA MELO ALVES – D9981H7 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS I ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE LOJAS RENNER S.A. Trabalho de Atividade Prática Supervisionado apresentado ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. (Ms) Nieves Orosa Vilariño Teixeira. SÃO PAULO 2019 DIANA CAVALCANTE DURING – N3863E4 LEONARDO PAIXÃO DOS SANTOS – F002063 MARCELA FADEL MARTINS DA SILVA – D9320A1 TAMIRIS NASCIMENTO FARIAS – F02FAH6 THAYSA LOURENA MELO ALVES – D9981H7 ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE LOJAS RENNER S.A Trabalho de Atividade Prática Supervisionado apresentado ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista UNIP DEDICATÓRIA Dedicamos esse trabalho aos nossos pais, cônjuges e filhos pelo carinho, paciência e apoio, contribuindo para que chegássemos ao término desse semestre. Dedicamos também aos nossos professores e orientadores que nos auxiliaram na conclusão desse trabalho, mostrando-nos a importância da dedicação aos estudos. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte desse processo, nosso muito obrigado. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus em primeiro lugar por ter nos guiado nesse primeiro semestre do curso de Ciências Contábeis, onde futuramente será nossas profissões. Passamos por diversas dificuldades que nos levaram a evolução, fazendo-nos crescer a cada dia através dessa experiência. Agradecemos a todos familiares que sempre nos incentivaram acreditando no nosso melhor. Obrigado também a nossa orientadora Nieves Orosa Vilariño Teixeira que nos acompanhou na elaboração desse trabalho. “Quando o tudo parecer dar errado em sua vida, lembre-se que o avião decola contra o vento, e não a favor dele.” (Henry Ford) RESUMO O objetivo desse trabalho, é mostrar a importância do relacionamento com o cliente dentro das organizações. Foram utilizados fundamentos teóricos ressaltando o quanto é essencial o desenvolvimento dessa relação entre empresa e cliente, entendendo as exigências do consumidor atual, identificando através da segmentação de mercado, características e necessidades de grupos específicos. Baseados nas consultas bibliográficas e aplicação do instrumental Ethos para negócios sustentáveis e responsáveis, abordamos diversos aspectos importantes voltados a gestão do marketing de relacionamento. Para aplicação do instrumental, foi realizado uma pesquisa de campo, onde diversos levantamentos foram analisados, possibilitando através do conteúdo teórico e aplicação do questionário Ethos, avaliarmos como funcionam os processos em relação a qualidade do atendimento ao cliente dentro de uma organização, neste caso, as Lojas Renner, propondo-lhe melhorias. Palavras-chaves: Relacionamento. Cliente. Organização. ABSTRACT The purpose of this work is to show the importance of the relationship with the client within the organizations. Theoretical fundamentals were used, emphasizing how essential it is to develop this relationship between company and customer, understanding the demands of the current consumer, identifying market characteristics, characteristics and needs of specific groups. Based on the bibliographic consultations and application of Ethos instruments for sustainable and responsible businesses, we deal with several important aspects related to relationship marketing management. For the application of the instruments, a field research was carried out, in which several surveys were analyzed, making possible through the theoretical content and application of the Ethos questionnaire, to evaluate how the processes work in relation to the quality of customer service within an organization, the Renner Stores, proposing improvements. Key-words: Relationship. Client. Organization. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Imagem 1 – Institucional 48 Imagem 2 – Corporação 49 Imagem 3 – Distribuição Geográfica 50 Imagem 4 – Principais Clientes 51 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Ferramenta de atração 41 Tabela 2 – Principais Concorrentes 52 Tabela 3 – Resposta Estágio 1 52 Tabela 4 - Resposta Estágio 2 53 Tabela 5 - Resposta Estágio 3 53 Tabela 6 - Resposta Estágio 4 54 Tabela 7 - Resposta Estágio 5 55 Tabela 8 – Totalização dos Estágio 56 Tabela 9 – Proposta de Melhoria 56 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 13 2. ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE 14 2.1. Marketing do Relacionamento 14 2.1.1. Relacionamento com cliente 14 2.2. Consumidor 15 2.2.1. O perfil do consumidor atual 15 2.2.2. O comportamento de compra do consumido 16 2.3. A relação da empresa com o consumidor 17 3. SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E DEFINIÇÃO DO PÚBLICOLVO 17 3.1. O processo de segmentação 17 3.2. Segmentação de mercado consumidor 20 3.2.1. Bases da segmentação de mercado consumidor 20 3.3. Vantagens e desafios da segmentação de mercado 23 3.4. Nicho de mercado 24 3.5. Público alvo 25 4. CLIENTE 26 4.1. Papéis dos clientes 26 4.2. Tipos dos clientes 27 4.3. Atributos valorizados pelo cliente 29 4.4. Expectativas comuns dos clientes 31 5. COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE 33 5.1. Vendedor: uma ligação direta com o cliente 33 5.2. Canais de acesso 34 5.2.1. Tipos de canais de acesso 35 5.2.2. Trato das informações obtidas 37 5.3. Riscos ao ouvir os clientes 38 6. FIDELIZAÇÃO 39 6.1. Programas de fidelização 41 6.2. Vantagens da fidelização 42 6.3. Customer Relationship Management (CRM) 43 6.3.1. CRM: definições e entendimentos 45 6.3.2. Vantagens mercadológicas da implantação do CRM 46 7. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 48 7.1. Denominação 48 7.2. Constituição 48 7.3. Atividade 49 7.4. Porte 49 7.5. Localização 50 7.6. Principais insumos50 7.7. Principais produtos 51 7.8. Principais clientes 51 7.9. Principais concorrentes 52 8. QUESTIONÁRIO ETHOS 52 8.1. Estágio 1 52 8.2. Estágio 2 53 8.3. Estágio 3 53 8.4 Estágio 4 54 8.5 Estágio 5 55 8.6. Identificação dos Estágio 56 9. PROPOSTA DE MELHORIA 56 9.1 Análises Indicadores 56 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 57 REFERÊNCIAS 58 13 1. INTRODUÇÃO A administração do relacionamento com o cliente tem como estratégia de negócio, o foco no cliente. Suas ações devem estar voltadas para os consumidores e não em si próprias. Elas envolvem diversos setores de uma organização, como vendas, serviço de atendimento e marketing. Seu objetivo está voltado para a fidelização e atração de clientes, através da sua satisfação, gerando por fim, lucro para as empresas. Para que uma empresa alcance o sucesso em seus negócios, é necessário que ela entenda que o cliente é a principal razão da sua existência. Através desse conhecimento, se faz necessário definir fatores importantes para a elaboração de um planejamento estratégico como missão, visão e valores. Nossa pesquisa parte de um estudo de caso das Lojas Renner S.A., onde pretendemos observar processos relacionados a eficiência do atendimento de seus clientes internos e externos. O presente trabalho abordará conceitos importantes sobre a administração do relacionamento com o cliente nas organizações, onde apresentaremos os principais tópicos do assunto em questão, aplicando-os a empresa selecionada com objetivo de avaliar possíveis melhorias com o intuito de maximizar a relação entre as organizações e clientes. Para elaboração do trabalho, foram utilizadas metodologias como pesquisa de campo, onde aplicamos o instrumental Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsável onde obtemos informação relacionadas ao consumidor, sobre os impactos decorrentes do uso dos produtos ou serviços, sobre as estratégias de comunicação responsável e educação para o consumo consciente. Auxiliamo-nos também de fundamentação teóricas, onde abordamos diversos conceitos relacionados ao relacionamento com o cliente, através do qual, podemos identificar pontos a serem melhorados. 14 2. ADMINISTRAÇÃO DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE 2.1. Marketing de relacionamento Segundo Bogmann (2000) O marketing de relacionamento é essencial ao desenvolvimento da liderança no mercado, à rápida aceitação de novos produtos e serviços e da fidelização do consumidor. Uma rápida aceitação de produtos ou serviços no mercado com uma grande diversificação de opção, mesmo em segmentos limitados, se torna essencial para a empresa, sendo a qualidade e eficiência de agrado do consumidor, a fidelização se torna mais fácil pôr o cliente conhecer a qualidade do produto. Para Zenone (2007) o marketing de relacionamento é a inovação de produtos e pesquisas nas necessidades dos consumidores, usando todos os aspectos do indivíduo. A aprovação dos clientes tanto com o relacionamento e o produto sendo de qualidade, a tendência é de o cliente fazer a divulgação do mesmo. A divulgação do consumidor é um fator crucial para novos clientes, pois se a divulgação for satisfatória, a possibilidade de novos clientes é positiva, entretanto, se for insatisfatória, a possibilidade de novos clientes é negativa. Para Kolter (1998) o marketing de relacionamento é construção de relações entre empresa e cliente em diversas etapas, desde do ponto de partida da escolha de perfis dos consumidores, onde é feita a exclusão do consumidor não alvo. A empresa precisa tornar os seus consumidores novos e leias – consumidores leais também compram de concorrentes – em clientes, onde o mesmo vai manter a preferência e exclusividade no ato da compra. Além de ter a exclusividade é vantajoso para a empresa ter cliente-advogados, clientes que defendam a empresa pela sua excelência e estimulam novos consumidores a adquirir produtos e serviço, e pôr fim a última etapa de é cliente parceiro, no intuito de ambos, empresa e cliente, trabalharem em conjunto. 2.1.1 Relacionamento com o cliente 15 Segundo Gianesi e Correa (1994) uma boa iniciação de relacionamento com o cliente é vital. A empresa para ter êxito em um atendimento, sua organização deve ser de qualidade, tanto em ambiente, como serviço. Ainda assim, efetuando capacitações para seus colaboradores, a ponto que os mesmos sejam possíveis de atender com a máxima perfeição. Toda organização deve e pode ser preocupar com a venda, mas não menos importante que a satisfação do cliente no atendimento. Para Paixão (2012) O relacionamento com o cliente é um estudo de seu comportamento, hábitos, necessidades e satisfações. As empresas estão sempre atentas sobre as preocupações e necessidades dos seus clientes, dessa forma, o cliente irá se satisfazer, com variedade de produtos. Um estudo muito importante é a segmentação de mercado. O estudo ajuda a visualizar e destacar no público alvo. Um risco de grande prejuízo é não atender todos os tipos de segmentos mesmo sendo difícil para uma empresa efetuar e atender. Por isso se torna tão importante essa divisão e reconhecer todos os perfis dos clientes Segundo Zenone (2007) o relacionamento com o cliente vem através de contato e aproximação. Para uma empresa manter seus clientes e vendar é necessário ser manter informado sobre seus clientes, de forma que acompanhem sempre as mudanças que ocorre ao passar dos tempos. Um fator essencial sobre o cliente é ter conhecimento sobre seu ambiente geográfico, sobre seu ser social e sobre sua cultura. Observar e compreender necessidades e expectativas, também é outro fator essencial. 2.2. Consumidor 2.2.1. O perfil do consumidor atual Segundo Cobra (2009) o consumidor atual está cada vez mais exigente, sabendo dos seus direitos. A possibilidade de mercado é grande e com isso os consumidores tem mais opções de escolhas. E suas decisões não vão só pesar no 16 preço, mas também na qualidade do serviço e produto. A empresa tem investido e aprimorado ferramentas para conhecer seus consumidores e suas necessidades, levando sempre em contas os três papeis que o consumidor atua na sua vida: Consumidor, usuário e pagante Para Solomon (2016) o consumidor pode ser pessoa física com jurídica. O perfil pode ser diferenciado pela “idade, gênero, renda ou ocupação”, por isso entender e estudar cada perfil, pode ser de certa importância para organização para traçar e planejar estratégia para atingir os seus consumidores de forma positiva. Segundo Paixão (2012) os perfis dos consumidores atualmente são de pessoas ocupadas, assim sendo que tudo o que pode tornar fácil e rápido, será de bom agrado para o consumidor. O uso da internet está sendo de bom agrado para os consumidores, pela facilidade de acesso, preço, entrega e opiniões de consumidores no mesmo produto ou serviço. 2.2.2. O Comportamento de compra do consumidor Para Gianese e Corrêa (1996) o comportamento do consumidor, além de entender o perfil do consumidor é necessário entender em qual grupo de consumidores está inserido em seu respectivo mercado, que são: Mercado de consumo, Mercado industrial, Mercado de Revenda e Mercado Governamental Segundo Zeithaml, Bitner e Gremler (2014) os fatores que mais tem influência sobre o consumidor é o Psicológico e pessoal. As organizações estão cada vez mais buscando formas de entender o que mais influencia as escolhas e consumos das pessoas. Sua característica é explorada a fim de focar a venda dentro dos limites de cada consumidor. Segundo Kotler e Amstrong (2007) o estudo do comportamento do consumidor visa entender como eles selecionam, escolhem, usam, descartame se satisfazem. A necessidade de compra do consumidor é influenciada através de dois fatores: 17 insatisfação ou expectativa. Já a efetivação da compra é influenciada por quatro fatores, que são, culturais, sociais, pessoais e psicológico. 2.3. A dimensão social do consumo Na dimensão Social do consumo, traz à tona uma discussão a respeito da nova ética empresarial, já que o consumidor está cada vez mais atento ao comportamento das empresas, que por sua vez desenvolvem, por exemplo, códigos de conduta, regulamentos, responsabilidade social e políticas no contato com a sociedade. Segundo o Instituto Ethos, é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, que tem por missão “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável”, Com o intuito de promover uma nova economia competitiva, inclusiva, verde e responsável, o Instituto Ethos desenvolveu diversas iniciativas como os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis, Banco de Práticas, e Conferência Ethos, entre outros. 3. SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E DEFINIÇÃO DO PÚBLICO ALVO 3.1. O processo de segmentação Segundo Silva e Zambon (2012), segmentação de mercado é identificar através de mecanismos de pesquisa de marketing, dentro de uma massa de clientes, grupos com características e necessidade específicas, elaborando com base nessa percepção, estratégias direcionadas a cada público de acordo com suas exigências e expectativas. Muitas empresas atualmente, investem alto na identificação e preferências desse cliente. Quando esse público é identificado, essas organizações 18 passam a prestar e produzir produtos direcionados a esses clientes. Para que esse processo de segmentação seja realizado de maneira eficiente, o autor cita etapas da abordagem de Best (2000 apud SILVA e ZAMBON 2012, p. 20) como: • Segmentação baseada nas necessidades - identificar grupos, tomando como base as necessidades semelhantes e os benefícios que buscam, solucionando problemas de consumo. • Estilo de vida do segmento - determina se o segmento, seja pelo estilo de vida, comportamento de uso e aspectos demográficas, serão viáveis. • Atratividade do segmento - sua etapa é determinar a atratividade de cada segmento utilizando critérios como competitividade, acessibilidade ao mercado e o crescimento desse mercado. • Rentabilidade do segmento - análise da demanda, custo e preços devem ser determinados em cada segmento. • Posicionamento do segmento - criação de estratégia e sugestão de valor baseados nas necessidades e características distintas referentes ao cliente. • Teste crítico de segmento - testar a atratividade da estratégia de marketing através da pesquisa. • Estratégia de marketing mix - adicionar todos os aspectos do marketing mix através da ampliação da estratégia de posicionamento do segmento. Para Kotler (1998), o segmento de mercado é formado pela identificação de um extenso grupo de clientes dentro de um mercado. As organizações que adotam o marketing de segmento, entende que seus clientes são diferentes quanto a seu poder de compra, desejos, hábitos de compra, localização geográfica e atitudes. Porém é inviável atender a todas essas exigências ou a cada cliente individualmente. No entanto, as organizações visam fragmentar segmentos dentro de um mercado de massa. Neste caso, a segmentação de mercado é um fator intermediário entre o mercado individual e o mercado de massa. Conclui-se que os clientes que fazem parte de um determinado segmento, possui desejos e necessidades semelhantes, porém esses não são exatamente iguais. Alguns clientes de um segmento desejarão benefícios que não fazem parte do produto ou serviço ofertado, enquanto outros não fazem questão sobre algo que não tenham muito interesse. Para identificar esses 19 segmentos, o autor aborda alguns procedimentos essenciais que devem ser utilizados por organizações, através da pesquisa de mercado. • Levantamento - nesse estágio, são realizadas entrevistas com pesquisadores com objetivo de focalizar grupos na obtenção de dados sobre comportamento do consumidor, motivações e atitudes. • Análise - nessa etapa será aplicado a análise fatorial sobre os dados obtidos, onde se fará a remoção das informações instáveis. Em seguida se aplicará a análise conglomerada, para estabelecer a quantidade de segmentos diferenciados. • Classificação de perfil - baseado nos perfis das análises de conglomerados, classifica-se as questões relacionadas as atitudes, demografia, comportamento, psicografia e padrões de mídia distintos. Segundo Dias (2003), quando se pensa no lançamento de um novo produto no mercado ou abrir uma empresa, é necessário compreender para quem esse produto ou serviço será oferecido, ou seja, quem é o meu cliente? A partir dessa percepção, entendemos que dentro de um mercado, serão encontradas diversas realidades a serem selecionadas, estudadas e estabelecida. Com essas informações, uma ótima estratégia de marketing deverá ser aplicada para que se alcance resultados esperados. Isto é o chamamos de segmentação de mercado. Para obter êxito no processo de segmentação, se faz necessário a aplicação de estratégias: • Segmentação não-diferenciada - a organização usa a mesma estratégia para todo o mercado, ou seja, a organização explora todo seu mercado potencial, utilizado um único plano de mercado. • Segmentação por diferenciação - nesta situação, as organizações enxergam as diferenças existentes dentro de um mercado e aplica uma estratégia especifica para cada segmento detectado. • Estratégia de concentração - nessa estratégia, as empresas exploram apenas determinado segmento por algum motivo em potencial. Nesta ocasião, as empresas focam todos os seus objetivos neste segmento com um plano de mercado específico. 20 3.2. Segmentação do mercado consumidor Segundo Silva e Zambon (2012), o segmento do mercado consumidor é baseado nos dados colhidos a partir das investigações dos hábitos de compra dos clientes finais, ou seja, como eles escolhem, usufruem e compram para satisfazer suas exigências. No entanto, para alavancar nesse processo, se faz necessário compreender primeiramente quem são esses clientes, o que eles desejam, o que esse cliente deseja e por fim, porque ele deseja. A partir dessas informações, se faz necessário uma pesquisa de mercado, utilizando cinco variáveis importantes, como a geográfica, demográfica, psicógrafa, comportamento e benefício. Para Kotler e Keller (2018), a segmentação de um mercado é a fragmentação de parcelas de clientes que possuem necessidades em comum, onde a tarefa principal dos gestores de marketing é enxergar quais são os alvos identificados nesses segmentos. Para segmentar mercado consumidores, são utilizadas duas variáveis, uma com aspecto descritivos e outra de questão comportamental. No aspecto descritível, são analisados dados como geográficas, psicógrafas e demográficas. Também são analisadas informações de aspecto comportamental que são resposta dos clientes ao benefício. Segundo Dias (2003), sempre será aplicado o recurso de pesquisa no processo de segmentação, pois é através dela que obterão resultados dos grupos especificados, determinados como segmento-alvo. Através desse recurso, vários aspectos serão analisados, como sexo, renda, escolaridade, renda, localização, personalidade, entre outras características. O autor também cita a importância das empresas no investimento dessas pesquisas, para que alcancem respostas satisfatórias na elaboração das estratégias de marketing. 3.2.1. Bases de segmentação de mercado consumidor 21 Segundo Kotler e Keller (2018), as pesquisas de marketing, independentemente do tipo desegmentação a ser utilizada, deverá se adequar as diferenças que existentes entre os clientes. Neste caso, chamamos de variáveis da segmentação. Vejamos as principais variáveis segundo a sua abordagem: • Segmentação geográfica – essa segmentação divide o mercado em diversas unidades geográficas, como países, regiões, cidades, estados e bairros. Entendendo as variáveis de cada localidade, as empresas podem empreender em diferentes áreas, atendendo aos desejos e necessidades de cada grupo local. • Segmentação demográfica – este mercado está relacionado aos desejos e necessidades dos consumidores. São separados por variáveis como, tamanho da família, renda, sexo, classe social, idade, grau de escolaridade, estado civil, raça, entre outras características. • Segmentação psicógrafa - esse mercado é dividido pela maneira como as pessoas levam suas vidas e pensam. Alguns aspectos podem ser analisados neste segmento como, estilo de vida, autoconceito, valores, personalidade, opiniões e fatores psicológicos. • Segmentação por comportamental – este segmento toma como base o nível de consumo. Nele é captado a frequência de compra e uso de certo serviço ou produto. Com as informações obtidas dessa utilização, há a possibilidade de melhorar, criar e manter o gerenciamento do produto, mercado e comunicação. Segundo Baker (2005), aborda duas categorias de segmentação, que são as objetivas e subjetivas. A base objetiva, pode ser mensurada sem ambiguidade. Já a base subjetiva, são mensuradas através de entrevistas onde serão analisadas intenções e atitudes. O autor descreve diversas variáveis observadas também por outros autores, como demográfica, psicografia, por benefício, geográfica e comportamental. Além dessas variáveis, podemos analisar também segmentos como: • Segmentação ao longo do tempo: trata-se da capacidade de inovação, ou seja, durante o tempo de utilização de um produto, as ações de marketing precisa acompanhar as mudanças que ocorrem devido a procura desses produtos por novos segmentos ao longo do tempo. 22 • Segmentação pessoa-situação: este segmento está fortemente associado ao benefício, pois sua base está relacionada entre as características de forma de consumo, utilização e benefício do produto. • Segmentação de estilo de vida: baseia-se no levantamento em pesquisas sobre o estilo de vida. Nesse levantamento é analisado informações com comportamento de compra, categoria do produto e serviços. Esse tipo de pesquisa tem como objetivo, informar dados dos pesquisadores como, endereço e nome, onde é declarado o interesse dos entrevistados seja por marca, produto ou serviços. • Segmentação relacional: está atrelada a fidelidade. O autor afirma que a fidelidade não está relacionada somente as atitudes positivas de determinada empresa ou marca, mas sim as diferenças em relação a concorrência. A fidelidade passa a ser não apenas uma questão de preferência, mas por uma visão menos positiva em relação as outras. Cobra (1992), aborda que a identificação de um grupo de clientes, necessita de análises de variáveis conhecidas, como citada por outros autores, mas também a novas variáveis, pois ao longo dos tempos, diversas mudanças na sociedade, nos hábitos de compra, no estilo de vida e comportamento, por questões econômicas, de produtos, de clima e ciclo de vida, exigem modernização da tecnologia de pesquisa. Além das bases já citadas de outros autores, como geográfica, demográfica, psicológica, o autor cita também outras variáveis, como: • Características socioeconômicas – são analisados aspectos como renda, classe social e educação. • Características relativas ao produto – o benefício não está baseado no produto em si, mas em suas características técnicas como, os benefícios do produto, dimensão, lealdade de marca, tempo de compra, variedade de modelos, vida útil do produto e as características do utilizador final. • Características aos ramos de atividade – trata-se da compreensão do que o serviço ou produto é, ou seja, para que esse produto é utilizado e o que os compradores ou consumidores buscam dele. • Características relacionadas ao marketing mix – a segmentação baseada no marketing mix é umas das mais usadas, pois seu processo é segmentado pelo preço, 23 marca, promoção de vendas, merchandising, propaganda, canal de distribuição e esforço de vendas. 3.3. Vantagens e desafios da segmentação de mercado Segundo Dias (2003), afirma que a vantagem de segmentação de mercado é de grande importância para o marketing de uma organização, pois através dele, é possível conhece melhor quem é seu cliente. Conhecendo esse cliente, torna-se mais fácil mensurá-los, condição importante no quesito quantificação de mercado, identificando quantos são seus clientes mais fortes. Identificando essas características, seus hábitos e costumes, pode-se utilizar de forma objetiva os recursos de propagandas. Uma vez conhecendo de perto esse alvo, elaborar estratégias de mercado fica mais fácil, proporcionando resultados vantajosos. Para Silva e Zambon (2012), a segmentação de mercado, tem como vantagem quebrar a cultura de se ofertar “tudo para todos”, mas sim criar laços mais fortes com esses clientes, pois quando compreendemos as necessidades que motivaram esses clientes a exercerem tais comportamentos de consumo, nos dá oportunidade de aperfeiçoar o desempenho organizacional. O autor também frisa que para muitas empresas isso ainda é um grande desfio, pois para se chegar ao nível de excelência, é necessário investimento em um ótimo sistema de mercado, porém a falta de tecnologia, pesquisas, treinamento e orientação sobre custo e retorno dessas informações, levam as organizações a cometerem grandes erros. Las Casas (2008), a segmentação é feita com bases nos resultados de pesquisas. Embora se apresente como uma técnica, na verdade trata-se de uma estratégia de marketing, pois tem como foco inicial identificar segmentos e trabalhar todos os elementos disponíveis nesse grupo de clientes. Portanto a segmentação é considerada um fator determinante para o sucesso. Porém as empresas precisam se adequarem para que esse processo seja vantajoso, pois é necessário que se invista em profissionais capacitados para que se beneficiem dessa estratégia de mercado. 24 3.4. Nicho de mercado Conforme Silva e Zambon, (2012), nicho de mercado nada mais é que a segmentação dentro do segmento, ou seja, identificar dentro de outro mercado já segmentado ou divido, um outro grupo com características ainda mais diferente. Selecionar esses clientes, torna um negócio ainda mais lucrativo, devido a sua concorrência ser menor e ao fato de agregar valor a esse atendimento mais personalizado. Esse tipo de segmentação, devido a sua profundidade nas estratégias de mercado, garante fidelização dos clientes. Las Casas (2008), aborda que devido ao grande número de concorrente e a exigência por produtos personalizados, é identificado em um outro grupo dentro de determinado segmento já estabelecido, que chamamos de nicho mercado. Neste caso, entendemos que a segmentação é um processo onde um mercado heterogêneo é dividido em grupos homogêneos. Uma vez identificados esses grupos homogêneos, parte dessa parcela é dividida, onde esses possuem características ainda mais exigentes. São clientes que não tem suas necessidades totalmente satisfeitas. O autor declara que dentro desses nichos podem existir diferentes preferências, como homogêneas, difusas e conglomeradas: • Homogêneas: clientes que possuem as mesmas preferências relacionadas ao produto ou serviço. • Difusas: possuem exigências diversificadas, neste caso o mercado poderá atender de acordo com as preferências dos diferentes grupos. • Conglomeradas: refere-se a segmentos naturais onde grupos de clientes são formados, porém apresentam preferênciasdistintas mesmo estando conglomeradas. Segundo Kotler (1998), define nicho de mercado como um grupo de consumidores mais restritos insatisfeitos com o atendimento de suas necessidades. Esses consumidores estão identificados de um segmento, onde o chama de subsegmento. Geralmente esse tipo de mercado atraem empresas pequenas. Essas empresas possuem um conhecimento muito preciso das exigências de seus clientes, 25 fazendo com que os mesmos paguem um preço mais alto por terem suas necessidades atendidas. 3.5. Público-alvo Conforme Cobra (1992), existem várias técnicas para se definir públicos-alvo, porém a mais utilizada são a tabulação cruzada simples e a cluster analysis. O público- alvo é definido na tabulação cruzada através do levantamento de dados das pesquisas. Na técnica cluster analysis, pode-se tomar um total populacional e dividi- lo em pequenos grupos com diversas caraterísticas. Como também pode começar com cada indivíduo separado da população, construindo grupos de pessoas, incluindo por vez conforme a similaridade de um indivíduo com o outro. Baker (2005), afirma que é de grande importância para o desenvolvimento de marketing uma seleção apropriada de seu público-alvo. Para obter sucesso, se faz necessário minuciosa avaliação de um ou mais segmentos. Deve ser observado se um segmento, embora grande, será lucrativo ou não para a empresa, pois diversos fatores como concorrência, produtos substitutos, compradores e fornecedores, podem tornar esse investimento inviável, pois é preciso analisar a capacidade, comprometimento e recursos dessa organização. Segundo Kotler e Keller (2018), quando uma empresa identifica as oportunidades de um segmento de um mercado, ela passará para próxima etapa, que é da avaliação para identificar seu público-alvo. Esse processo será avaliado em dois critérios, os objetivos e as condições da empresa e a atratividade global dos segmentos. Neste caso, a empresa avaliará se este investimento será vantajoso, se esse objetivo é atingível, se haverá recursos da organização, avaliar os riscos, crescimento, atratividade, entre outros fatores. • Mensuráveis: capacidade de medir ou calcular a amplitude, o poder de compra e as particularidades desse segmento. 26 • Acessíveis: refere-se à possibilidade de atingir e satisfazer essa fatia de clientes. • Acionáveis: desenvolvimento de projetos eficazes para atração desse segmento. • Substanciais: elaboração de marketing altamente desenvolvido para que esse segmento seja suficientemente atendido e lucrativo para as empresas. • Diferenciáveis: dentro de um mercado são observados diversos tipos de segmentos, sendo necessário ao setor de marketing, a identificação de cada necessidade apresentada. 4. CLIENTE Para Silva e Zambon (2012), o cliente é uma figura que existe, ou ao menos deveria existir, em toda e qualquer unidade produtora. Qualquer tipo de organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, tem a necessidade de ter cliente para a sua existência. Saber identificar quais são seus clientes é muito importante para alcançar o sucesso. 4.1. Papeis dos Clientes Para Kotler (1998), existem cinco tipos de papeis perante uma decisão de compra: • Iniciador - ele que sugere o serviço ou produto, dá início ao processo de compra; • Influenciador - ele influência na decisão, avalia, mostra seu ponto de vista e dá a sugestão, se é benéfico comprar ou não; • Decisor - ele vai decidir, se deve comprar, o quê, como e onde comprar; 27 • Comprador - responsável pela negociação de formas de pagamento e efetivação da compra; • Consumidor - pessoa que usa ou consome o serviço ou produto É importante entendermos que muitas vezes uma mesma pessoa desenvolve alguns desses papéis ao mesmo tempo. Sheth, Mittal Newman (2001) apontam três papeis representados pelos clientes: • Compradores - participa da pesquisa, seleciona o produto e efetua a compra; • Pagadores - disponibiliza o dinheiro para a compra. • Consumidores, ele pode tanto usar, consumir ou ser beneficiado com o serviço; Cada um desses papeis podem ser desempenhados por uma mesma pessoa, por uma organização ou por diferentes departamentos e pessoas. Já para Bretzke (2003 apud SILVA e ZAMBON, 2012, p. 10) existem seis papéis no processo de compra, como o especificador, o influenciador, o comprador, o pagante, o usuário ou consumidor do produto. Conhecendo os papéis e sabendo das suas diferenças, fica fácil entender, no caso do soro hospitalar, o usuário é o paciente, o especificador é o médico, mas o comprador é o hospital, que também exerce o papel de pagante junto aos seus fornecedores. 4.2. Tipos de clientes Para Silva e Zambon (2012) Cliente é o destinatário do produto, produto é a transformação de atividades que transformam entradas em saídas (Fornecedores - insumos - transformação - produto – saída – cliente). • Clientes intermediários - são aqueles que compram o produto, não para si, mas sim para transformá-los ou somente revender, ex. das indústrias, que compram para produzir e depois revendem o produto já acabado. Todas as organizações que prestam atividades comerciais no atacado ou varejo são clientes intermediários; 28 • Clientes finais - São os recebedores finais do produto ou serviço, ex. As ONGS adquirem máquinas, equipamentos ou materiais de uso e consumo em termos de negócio o governo é o cliente final no caso de contratação de obras, os clientes finais são os alvos principais da maioria das unidades produtoras; • Clientes individuais - São aqueles que podem ter seus desejos e necessidades atendidos individualmente, pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas, como uma empresa, ex. Pessoas que buscam atendimento médico; • Clientes coletivos - Aqueles que suas necessidades ainda que seja individual, são atendidas de forma coletiva, não havendo a possibilidade de definir se o quanto cada integrante do grupo é beneficiado por esse atendimento ex. A limpeza pública (coletores de lixo); • Internos - são os que recebem produtos ou serviços de outras seções da empresa, influenciam o processo de elaboração, produção e fornecimento do serviço, raramente são pagantes. Em um processo de manutenção de equipamentos dentro de uma empresa, os clientes desse processo são internos. • Externo - não pertencem a empresa, não tem vínculo ou qualquer tipo de participação e realização do produto, são aqueles que compram o produto para si ou para outras pessoas. As empresas possuem uma variedade de clientes, aqueles que compram com frequência, os que compram ocasionalmente e aqueles quem sempre buscam promoções. Para conhecer melhor seus clientes, as empresas precisam estar em contato constante com eles, analisar o máximo de dados possíveis, tendo o cuidado de não deixar escapar percepções e informações importantes. Segundo Kotler e Amstrong (2008) existem cinco tipos de clientes: • Mercado consumidor - Pessoas ou família que contratam serviços ou compram produtos para uso próprio; • Mercado organizacional - Empresas que compram, para produzir outros produtos a serem vendidos posteriormente; • Mercado revendedor - compram produtos para revender buscando o lucro exemplos das empresas que vendem no atacado; 29 • Mercado governamental - Instituições do governo, que compram e repassam a outras instituições que necessitam e prestam serviços públicos; • Mercado internacional - Compradores de outros países, podendo ser revendedores, individuais, empresas ou governos. É essencial que as empresas reconheçam quais tipos de mercado tem mais a ver com seu perfil. Gordon (2001), aponta seis tipos de cliente: • Prospects - são os clientes que se encaixam no perfil que a empresa busca atender, denominados como clientes em potencial, precisam de um estimulo para começara comprar; • Experimentadores - são clientes que já conhecem seus produtos e analisam o grau de sua importância para ele; • Compradores - são os compradores que estão satisfeitos com a seu produto, mas ainda preferem a marca que mais estão habituados; • Eventuais - são aqueles que estão pensando em incluir sua marca na vida dele. Gosta do seu produto, mas não ainda não tem a confiança necessária, podendo regredir, perante o conhecimento de marcas concorrentes; • Regulares - compram somente sua marca, não dando a possibilidade de conhecer marcas da concorrência; • Defensores – trata-se de um cliente fiel a sua marca, a defendendo perante todos, tendem a fazer críticas construtivas para melhorias da empresa. 4.3. Atributos valorizados pelo cliente Atributos são características do produto ou serviço que fazem com que o cliente consiga avaliá-lo antes da compra, são marcas, embalagens, funcionalidade, durabilidade, atendimento, acesso entre outros. Saber quais são os atributos que os clientes velarizam e priorizá-los, é profundamente importante para as empresas que desejam clientes fiéis a organização. 30 Albrech (1997), mostra uma hierarquia de atributos básicos importante para os clientes: • Básico - são indispensáveis para o cliente o que todo produto ou serviço deve ter; • Esperado – é o que o cliente espera do serviço ou produto, ex. Quando vamos a um restaurante, esperamos encontrar um bom atendimento, higiene e comida de qualidade; • Inesperado – Quando o cliente tem suas necessidade e desejos atendidos além do esperado, ex. O cliente foi comprar uma geladeira, o vendedor ofereceu um produto melhor do que o cliente estava buscando, e com várias opções de pagamento. Esses atributos podem ser exigidos em uma mesma situação ou momento, um atributo básico, pode se transformar em um atributo esperando dependendo da situação, um esperado em um desejado e um desejado em um inesperado, fazendo com que as organizações busquem cada vez mais saber o que o cliente gostaria de obter ou adquirir, ainda que não consiga explicar claramente o que deseja, para oferecer atributos no momento e na situação correta. Zeithaml (1988) aponta atributos intrínsecos e extrínsecos: • Intrínseco - são fatores relacionados as características funcionais e físicas que pertence ao produto, cor designer, conforto, embalagem, marca e funcionalidade, resistência etc.; • Extrínseco - Os atributos extrínsecos associam-se ao produto, mas não fazem parte da sua composição física, exemplo do preço, propaganda, marca, disponibilidade no ponto de venda, formas e facilidade de pagamento e prazo de entrega; O mesmo autor afirma que não só o preço é importante, mas a marca, embalagem e outras propriedades do produto também são atributos importantes para o cliente. Kano (1984 apud SILVA e ZAMBON, 2012, p. 282) mostra os atributos de qualidade esperado pelo cliente: 31 • Óbvios - São atributos básicos já esperado pelo cliente, se esses atributos não estiverem presente ou não atingirem um nível esperado, os clientes ficarão insatisfeitos, se os atributos estiverem presente ou forem suficiente não trarão satisfação, pois já era como esperado. Exemplo da limpeza em um restaurante, é extremamente importante para os clientes, e eles já esperam por isso; • Unidimensionais - São atributos proporcionais ao nível de atendimento que levam a satisfação quando fornecidos adequadamente e insatisfação quando não presentes ou fornecidos com baixo desempenho. Exemplo de um automóvel de uma determinada classe, quanto menor o consumo de combustível, maior será a satisfação do cliente; • Atrativos - são atributos que surpreendem os clientes de forma positiva, que causam satisfação quando fornecidos. Exemplo um automóvel popular, que já vê com o ar-condicionado instalado. • Neutros - são aqueles não causam satisfação e nem insatisfação, são atributos que nunca ou raramente são usados pelo cliente, ou que o cliente não sabe utilizar; • Reversos – são atributos que causam a insatisfação dos clientes. Exemplo de TV em restaurantes, para alguns clientes a presença da TV não é bem-vinda. 4.4. Expectativas comuns dos clientes Para os clientes as expectativas na hora da compra, vai além do produto em si. Eles avaliam, quem os atendem, forma do atendimento, local do atendimento desde comodidade até a limpeza do local, se o profissional que está atendendo tem capacidade, habilidade e domínio do que fala e faz; avaliam o produto quais seus benefícios, facilidade de acesso, flexibilidade e opções de pagamento. Essa avaliação é determinante, tanto para a concretização da venda do produto ou serviço, mas principalmente para a fidelização do cliente. Kotler (2006) O que se sabe a respeito de expectativa, é que elas normalmente são formadas pelas promessas das mensagens de propaganda, pelas experiências anteriores de compra, pelas indicações, pela experiência com produtos ou serviços 32 concorrentes, entre outros fatores. Exemplo de quando uma pessoa vai em um estabelecimento em busca de um serviço ou produto, ele foi muito bem atendido, saiu satisfeito, com um produto ou serviço que superaram suas expectativas. Albrech (1997), mostra as expectativas de acordo com sua hierarquia de valores: Acesso – facilidade da localização; Estética – apresentação do local e dos funcionários; Disponibilidade – tempo e atenção que irá tem no atendimento; Cuidado – simpatia, paciência e compreensão mostrada deixando o cliente a vontade; Limpeza – do ambiente das instalações, maquinas e funcionários; Comprometimento – satisfação e orgulho do trabalho feito, interesse de atender da melhor maneira o seu cliente; Comunicação – habilidade, clareza e domínio das informações passadas; Competência – Profissionalismo, ética, procedimentos corretos, conhecimento do negócio e coerência nas orientações; Cortesia – experiência mostrada, educação e respeito com o cliente; Flexibilidade – mostrar disponibilidade para alterar procedimentos para se adaptar as necessidades do cliente; Cordialidade – atitudes que mostre que o cliente é único e sempre será bem-vindo; Integridade – Tratar os clientes com honestidade, imparcialidade e confiança; Confiabilidade – Passar confiança e firmeza no que fica combinado com o cliente e fazendo com que o combinado seja cumprido; Responsividade – responder as solicitações dos clientes rapidamente, não o fazendo esperar; Segurança – manter a segurança do cliente enquanto ele estiver no estabelecimento. Gianesi e Corrêa (1996) afirmam que os clientes criam expectativas sobre quatro fatores: • Comunicação – informação de quem já tem experiência com o produto ou serviço, esses clientes baseiam-se nas indicações de quem já consumiu ou contratou determinado serviço; • Experiências anteriores – quando já conhecem os produtos ou serviços pois já utilizaram anteriormente então, formam a expectativa de que o produto ou serviço irão suprir suas necessidades igual como antes; • Comunicação externa – relacionada a forma de divulgação, propaganda de como está sendo apresentado, a maneira como o produto é apresentado ao cliente, 33 faz com que ele crie expectativa em relação as suas vontades, se aquilo realmente será como está sendo apresentado; • Necessidades pessoais – é um dos fatores principais ao criar expectativa, pois ele necessita de um determinado produto então irá certo de que o produto escolhido vai suprir sua necessidade; Os serviços ou produtos dificilmente podem ser avaliados antes da compra, o cliente só saberá avaliar, depois de ter a experiência, aí ele vai saber se o produto supriu a expectativa criada perante ele. 5. COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE 5.1. Vendedor: uma ligação direta com o cliente Segundo Pietrangelo (2011) a venda pessoal por caracterizar um confortoentre o cliente e o vendedor, representante da empresa, constitui-se em uma atividade de comunicação. Um vendedor de sucesso precisa além de saber explicar ao cliente os benefícios de seus produtos, precisa também saber ouvir os problemas para proporcionar a melhor solução. Desta forma, entende-se que há duas orientações básicas para o vendedor, sendo uma delas voltada para a venda em si, ou seja, esse profissional deve ser treinado em técnicas de venda, enquanto a segunda é focada no próprio cliente e, com isso, ele deve habituar-se a ouvir para poder identificar as necessidades dos diferentes clientes. Segundo Perrotti (2007) a venda pode ser esquematicamente dividida em seis fases, que são representadas pelo termo “ AINDAS”. Há a fase da atenção, onde o vendedor “quebra o gelo”, isto é, inicia um diálogo com o consumidor, falando sobre assuntos genéricos, com a função de atrair a confiança do cliente. A fase do interesse, que é caracterizada pela atividade do vendedor em fazer um entendimento das necessidades e desejos do próprio cliente, o essencial dessa etapa é vender sua imagem mostrando interesse pelo problema do cliente e oferecer a solução. A fase do 34 desejo é a necessidade e a vontade que são alcançados de formas diferentes, isto ocorre quando o vendedor consegue satisfazer os desejos do cliente, oferecendo os produtos conforme o solicitado. A fase da ação, que corresponde à finalização do processo quando o vendedor atrai o cliente para a finalização da compra. Nesta fase são comuns os questionamentos para que o cliente mostre o seu interesse pelo produto ou serviço e sua decisão de compra. E a fase da satisfação, que consiste na transparência de tranquilizar o cliente, mostrando-lhe que fez uma boa compra. Esta fase tem a função de evitar com que ele se arrependa e venha efetuar a devolução do produto. De acordo com Saerbronn (2014) com outra ferramenta de comunicação que pode ser usada é a venda pessoal. Ela está baseada na ligação direta com o público realizada por uma pessoa: o vendedor. Também conhecido em algumas situações como, representante de vendas ou consultor de vendas, esse profissional, quando efetua a venda de um produto, apresenta as características do bem ou do serviço que será prestado ao consumidor, responde também as eventuais dúvidas que surgem e desenvolvem um relacionamento que podem se tornar frequentes ao longo do tempo. 5.2. Canais de acesso Segundo Silva e Zambon (2012) não há dúvidas de que toda pessoa envolvida com o comércio ou na indústria sabe que deve atender o cliente, porque esse é o princípio e também o fim do processo. Contudo, uma coisa é realmente atender o cliente, outra é pensar que se está realmente atendendo ao que ele necessita e/ou deseja. É preciso que a empresa e o funcionário estejam sempre aptos a receber o cliente, pois será através deste relacionamento em que o cliente estará disposto a informar suas necessidades, interesse no produto e até mesmo a fazer uma crítica. Os canais de acesso devem oferecer um atendimento rápido e eficiente aos seus devidos clientes, que por algum motivo necessitam contatar a empresa. Esse contato para uma boa visão dos clientes é necessário que seja ágil ou até mesmo instantâneo, é o que garante efetivamente uma relação que o cliente valoriza. Uma boa estrutura 35 de atendimento ao cliente inclui dois conjuntos de componentes, sendo eles a infraestrutura e os recursos humanos. Segundo Albrecht (1993, apud Silva e Zambon, 2012, p. 132) muitas organizações nunca verão a verdade oculta, porque conseguem entender os sinais enviados pelos clientes. Elas são vitimadas por uma espécie de miopia com respeito a ligação do cliente e não conseguem visualizar além das transações comuns e repetitivas com seus clientes para os fatores que levam as pessoas a escolher da maneira o que realmente fazem. Essas organizações não olham além de si quando tomam decisões a respeito do que oferecer ao cliente e com que apresentação. Segundo McKenna (1998, apud Silva e Zambon, 2012, p .160) vive-se a era da “empresa em tempo real”, não podendo haver desculpas para atrasos nas respostas e nas soluções de problemas. Não pode haver distorções nas mensagens por meio de terceiros. Ficou mais fácil atingir o sucesso desde que se observe uma série de premissas. 5.2.1. Tipos de canais de acesso Para Silva e Zambon (2012) os canais de acesso constituem a parte mais delicada da comunicação com o cliente, pois representam o fixo diálogo cliente- unidade e produtora- cliente. Existem variáveis formas de o cliente abordar um contato direto com a empresa. Caixa de Sugestões e Reclamações Esse tipo de comunicação com o cliente é muito utilizado por empresas que possuem estabelecimentos físicos onde há uma boa circulação de clientes, tal como supermercados e restaurantes. Para implantá-la basta disponibilizar um formulário com algumas perguntas sobre os produtos, serviços, atendimento e a empresa em si para que o cliente opine e forneça sugestões. 36 • Pesquisa de Opinião: O principal objetivo da pesquisa de opinião é entender como o cliente está enxergando a empresa e os produtos que ela está oferecendo. Nesse tipo de comunicação é possível medir qualquer aspecto que contribui para que o seu grau de satisfação com o negócio seja bom ou ruim. Ela também pode ser utilizada antes de uma atualização ou lançamento de um novo produto, a fim de elaborar estratégias que possam ser eficientes em resolver as necessidades do seu público-alvo. • Central de Atendimento: Com a central de atendimento é possível tratar qualquer demanda, como uma reclamação, sugestão ou até mesmo uma simples consulta por informação que seja pertinente ao cliente, tal como promoções, atualizações, mudanças de preços, questões contratuais etc. Ela poderá ser criada e implementada por meio de um sistema de call center. • Comunicação Pessoal: A cada dia que passa, as interações cliente-empresa estão se transformando com o apoio da tecnologia, mas ainda não há nada tão efetivo como a comunicação pessoal. Até porque, a partir dela é possível visualizar as reações do cliente no desenrolar da situação e direcionar o atendimento para um desfecho que seja positivo. Por isso, recomenda-se investir em um excelente atendimento pessoal, pois mesmo o cliente não comprando em um certo momento, ele pode voltar para comprar no futuro. • Ouvidoria: A ouvidoria é um canal de comunicação que possui o objetivo de entender o ponto de vista do cliente, não funcionando apenas como algo que represente a empresa. Por isso, esse tipo de comunicação ajuda a entender quais são as suas dores e necessidades. Porém, atente-se ao fato de que se as informações obtidas por esse canal não forem utilizadas para resolver quaisquer queixas, a insatisfação do consumidor em relação à empresa poderá aumentar drasticamente. Segundo McKenna (1998, apud Silva e Zambon, 2012, p.160) o cliente nunca será um cliente satisfeito. Os clientes ao receber mais serviços e produtos sob medida podem acabar chegando a um nível de expectativa muito superior que oferecemos. Ou seja, acabamos de fazer uma melhoria em nosso produto e o cliente já aguarda por uma nova melhora. A unidade organizacional tem de se convencer de que precisa melhorar seu relacionamento com o cliente continuamente. Não é uma questão de se atingir uma série de metas e sim uma questão de se envolver em um processo de melhoria sem fim. 37 Para Dolci (2005, apud Silva e Zambon, 2012) O número 0800 usado e, pois, com ele é provocado um custo extra para informar à empresa que o serviço não está sendo prestado da maneira adequada como o necessário. Para Vergueiro (2002) a questão de qualidade de serviços e produtos nunca tiveram tão presentes na vida das pessoas. Antigamente não se tinhaum interesse tão grande na melhoria de qualidade e na garantia de um bom serviço. Hoje diversas pessoas estão na busca de seus direitos em tudo que consome, usa e compra. O Código do Consumidor (desde 1991) e o PROCON (desde 1994) são grandes evoluções para os consumidores, podendo garantir seus direitos diante de seus fornecedores e empresas. O autor ressalta a importância de se empenhar na qualidade antes da prestação de serviço ou da venda do produto, ambos diferentes. Quando o consumidor adquiri um produto com defeito e realiza a troca, o segundo produto pode atender suas expectativas, mas quando o consumidor é atendido por uma empresa de forma que não agrade não tem como remediar, o atendimento já foi realizado e não será tão facilmente esquecido. Por isso as iniciativas de gestão de qualidade devem ser tomadas antes do processo de venda ou atendimento, nem todo dano poderá ser corrigido. 5.2.2. Trato das informações obtidas Segundo Zeithaml, Bitner e Gremler (2014) a empatia é definida como a atenção e o cuidado oferecidos pela a empresa a seus clientes. A essência da empatia é a passagem de algum tipo de mensagem desejada, por meio de um serviço personalizado, de que os clientes são seres únicos e especiais, e de que suas necessidades são entendidas. Os clientes desejam ser compreendidos e além de tudo, se sentirem importantes para as empresas que lhes prestam serviços, independente qual seja. A vantagem de uma empresa de pequeno porte é estar ligada ao relacionamento direto e amigável com seus clientes. Muitas vezes estes clientes são reconhecidos pelo nome e preferências, a partir disto são criados laços entre a empresa e o cliente. Quando uma empresa compete com empresas maiores, a 38 capacidade de ser empática pode trazer à primeira uma nítida vantagem sobre as outras. De acordo com a autora Vizim (2003), a informação é uma ferramenta que as organizações podem adotar de forma estratégica que a mesma cada vez mais tarde a democratização igualando as possibilidades de seus usuários. Diante desse contexto, Fidélis e Cândido (2006) afirmam que a informação não está limitada somente a dados coletados, pois, na realidade, informações são dados recolhidos, ordenados e organizados que são conferidos contextos e significados onde cada organização em seu contexto deve aplica-la. No mesmo sentido Vaitsman (2001) enfatiza que a informação, compreendida como conhecimento essencial ao ser humano, é antiga, pois, pode-se considerar que a ocorrência de erros e falhas cometidas por causa da falta de informações e, esta ausência, por sua vez, ocasiona insegurança nas ações realizadas pelo homem. 5.3. Riscos ao ouvir os clientes De acordo com Silva e Zambon (2012) os riscos de ouvir os clientes apresentam mais de um olhar crítico. Por exemplo, o risco pode ser desenvolver produtos e serviços que não atendam às necessidades e desejos dos clientes, porque não estão de acordo com o que eles precisam, podendo assim, não vender e deixar o mesmo insatisfeito com o atendimento. Outra preocupação é ouvir o que o cliente quer, considerando o que ele diz, pode haver alterações na compreensão da organização em responder às reais necessidades, pois pode se concentrar de maneira errônea no objeto em pauta, e não solução (serviço) que ele traz. Desta forma é necessária uma visão mais ampla da empresa para que possa ser visualizada a necessidade. Contudo, o foco deve ser resolver o problema do cliente, como no caso da bronca de um quarto de polegada: o cliente não quer a bronca, mas o furo que ela faz. Portanto, ele precisa da solução em si, a bronca é um meio para se chegar à solução desejada, e não apenas à própria solução. 39 Para Cobra (1997) quando o cliente manifesta interesse por algum produto ou serviço, está sendo estimulado por uma necessidade ou desejo. O que o cliente espera pode ser influenciado pelas suas referências, alterações de comportamento de grupos sociais e tendências culturais, econômicas e psicológicas. Segundo Hamel e Prahalad (1995, apud Silva e Zambon, 2012, p.128). Muitas das empresas que oferecem o atendimento ao cliente não tem funcionários adequados para o devido atendimento que um cliente solicita. Mas existem outros, que demonstram o atendimento devido e à altura dos clientes. Existem três tipos de empresas, aquelas que tentam levar os clientes aonde eles não desejam ir (estão do lado errado no mercado), aquelas que escutam os seus respectivos clientes e respondem às suas necessidades informadas (além de satisfazerem os clientes, os surpreendem) e aquelas que encaminham os seus clientes para onde eles querem ir mesmo quando não tem consciência sobre isto (que se mantêm no mercado, mas seus concorrentes já estão atendendo as necessidades desejadas de seus clientes). 6. FIDELIZAÇÃO De acordo com Sachs (2015), fidelização do cliente é fortalecer um relacionamento benéfico e continuo entre empresas, colaboradores, produtos e cliente. A escolha de se tornar cliente de determinada organização é feita a partir do momento que o consumidor se interessa por um produto ou serviço e esse lhe é ofertado, atendendo assim suas expectativas. Segundo o autor, para que as empresas consigam conquistar a confiança dos clientes perante aos produtos ou serviços oferecidos, as mesmas devem concentrar seus esforços em programas de fidelização, com isso o autor nos informa que, formar um relacionamento solido com o cliente, gera um fluxo de renda estável e atrai novos consumidores, pois quando se tem uma experiência positiva de atendimento, os clientes fazem divulgação boca a boca, atraindo novos consumidores. Segundo Lima (2012) com a concorrência cada vez maior entre as empresas, os consumidores encontram diante de si inúmeras possibilidades de escolhas, por 40 conta disso as organizações precisam criar estratégias e ações para retê-lo o maior tempo possível e conseguir sua fidelidade. De acordo com o autor o maior erro das empresas está em concentrar seus esforços na obtenção de novos clientes e assim acabam se esquecendo de manter o consumidor já conquistado satisfeito, isso muitas das vezes ocorre quando empresas oferecem brindes, promoções e descontos a novos clientes, enquanto os antigos não são contemplados no benefício. Lima ainda pontua que é mais barato e vantajoso para a organização segurar o cliente conquistado do que se conquistar novos consumidores, pois para tal são necessárias muitas ações como, por exemplo: propaganda, promoção de vendas, telemarketing, amostras e etc... Enquanto ao gerenciar o relacionamento com o cliente a empresa tem sua rentabilidade impulsionada por dois lados: frequência de compra e diminuição de cistos operacionais. De acordo com Barreto e Crescitelli (2013), ao estabelecer um relacionamento com determinada empresa o cliente voluntariamente reduz sua gana de opções de comprar para assim facilitar o processo de decisão e minimizar as possibilidades de arrependimento e erro de escolha. Por muitas vezes essa opção vai além da qualidade de serviço ou bem adquirido, o cliente se mantém fiel à empresa, pois os benefícios oferecidos por elas são atrativos; segundo os autores é possível detectar três tipos de benefícios do relacionamento com o cliente. 1º Benefício de confiança: provém do conhecimento que a organização tem do cliente e o cliente tem da organização. O consumidor sabe o que esperar da empresa e está sabe satisfazer suas expectativas. 2º Beneficio sociais: trata-se do envolvimento pessoal que se estabelece entre fornecedor e comprador por meio de um relacionamento longo. 3º Beneficio tratamento especial: tratamento diferenciado dado a um cliente antigo da empresa. “Além da satisfação para que um cliente se torne fiel, é preciso que ele se sinta comprometido com a marca e que percebaque é inconveniente para ele mudar de fornecedor” (Barreto e Crescitelli, 2013, pag.72). 41 6.1. Programas de fidelização De acordo com Bogmann (2000), para atrair e agregar mais valor aos clientes às empresas do setor de serviços passaram a se preocupar e a instalar programas de fidelização; onde oferecem vantagens e benefícios a clientes que dão preferência a seus produtos e serviços. Segundo o autor o uso de programas de fidelização tem como objetivo reforçar a crença do consumidor de que determinada empresa oferta melhores produtos e serviços que a concorrência e esse tipo de atração não deve ser confundido com promoção. O autor ainda nos mostra a diferença destes dois tipos de ferramentas atrativas: Quadro 1 – Ferramenta de atração Fidelização Promoções Objetivo Obter Relacionamento duradouro Aumentar volume de vendas Publico Consumidores mais frequentes Qualquer comprador Recompensa para o cliente De longo prazo De curto prazo Duração Continua - longo prazo Prazo determinado Fonte Marketing de relacionamento – Bogmann, pág. 89. Ainda segundo o autor uma vez que os consumidores são identificados por meio de informações de banco de dados, as empresas podem elaborar ofertas de produtos e serviços que mais atendam às necessidades do cliente. Definir metas é fundamental para o estabelecimento de um programa de fidelidade. Para Sachs (2015) recompensas podem ser maneiras surpreendentes de se obter um relacionamento significativo com um cliente novo e são meios admiráveis de reconhecimento de clientes fiéis. Ainda de acordo com o autor a base de todo relacionamento é a comunicação, é essencial comunicar aos clientes que a sua 42 empresa é capaz de oferecer mais que a concorrência. Ao receber um atendimento diferenciado é provável que o consumidor transmita esse serviço a outra pessoa, dando uma oportunidade para a empresa se desenvolver e crescer com a satisfação do cliente. Ganhar clientes incondicionais e ter vantagens estratégicas sobre a concorrência. O autor ainda ressalva que programas de fidelização do cliente ou recompensas oferecem tanto um benefício de marketing, quanto um seguro gratuito de que seus clientes irão realmente retornar, programas como cupons, ofertas especiais, sistemas de acumulo de pontos são ótimos componentes de fidelização do cliente. Segundo Lima (2012) para realizar um programa de fidelização, é necessário analisar se o investimento exigido trará como resultado aumento nas vendas e rentabilidade nos negócios. De acordo com o autor para que esse programa atinja a expectativa desejada é necessária que a empresa já tenha uma filosofia de trabalho voltada para o cliente, para um programa de fidelização de sucesso a organização deve estar preparada para um relacionamento efetivo com seu consumidor. O autor ainda ressalva que a criatividade é fundamental para o êxito do programa, pois se a empresa fizer parte de um mercado muito concorrido, ela poderá ter sua ideia copiada rapidamente, portanto gerar recompensas que motivam o público, despertando seu desejo é essencial para o sucesso do programa. O Autor ainda cita a campanha de programa de fidelidade do grupo Pão de Açúcar como exemplo de sucesso, onde os clientes do programa Pão de Açúcar Mais além de obterem ofertas exclusivas, acumulam pontos a cada R$ 1,00 gasto nas lojas da rede, recompensando o cliente por consumir nas lojas da rede Pão de Açúcar. 6.2. Vantagens de fidelização De acordo com Sachs (2015) os programas de fidelização do cliente são bastante significativos, pois colaboram para o lucro da organização e sucesso da marca. Apresentar ao cliente a sua importância é proporcionar a ele motivos para continuar com a empresa. Com esses métodos, a empresa pode assegurar margens 43 de lucro maiores, melhor relacionamento com o consumidor e crescimento. Ainda segundo o autor oferecer um programa de fidelização é benefício tanto para a empresa quanto para o cliente, pois permite compreender e oferecer para o consumidor aquilo que ele precisa. Os programas proporcionam usuários felizes, probabilidade de novos consumidores e possibilidade de gerar melhorias dentro da empresa. “Já não basta simplesmente satisfazer clientes. É preciso encantá-los.” (KOTLER, 2000, p.55). Segundo Kotler, Keller (2012) para as empresas que tem o foco em alcançar as necessidades dos clientes, o contentamento dos consumidores e ao mesmo tempo um alvo e um recurso de marketing. Segundo o autor as empresas que conseguem atingir resultados satisfatórios no cumprimento das expectativas dos clientes, fazem questão que seus consumidores saibam disso. O autor ainda ressalva que uma organização astuta cria um alto nível de entusiasmo de funcionários, produto e atendimento de melhor qualidade, criando maior satisfação dos consumidores, levando a negócios mais regulares, elevando a taxa de crescimento e lucro, criando um círculo virtuoso de rendimento e expansão. De acordo com Bogmann (2000) quando a concorrência é muito semelhante, a organização e oferta de preços iguais, e até os parâmetros de qualidade como o ISSO 9.000 são comuns, o único meio competitivo disponível são as operações que fidelizam os clientes, pois elas se tornam uma vantagem competitiva sustentável para a empresa permanecer no mercado. Segundo o autor (apud Ketler e Amstrong) premiar a fidelidade e frequência dos clientes transforma o elo entre empresa e cliente fiel em relacionamento duradouro. Os relacionamentos com os clientes leais ajudaram muitas empresas a conquistar clientes não tão fiéis, o que aumentou o grau de fidelização. 6.3. Customer Relationship Management (CRM) CRM- Customer Relationship Management (ou Gestão do Relacionamento com o Cliente, em português) – é uma abordagem que coloca o cliente como principal 44 foco dos processos de negócio, com o intuito de perceber e antecipar suas necessidades para então atendê-los da melhor forma possível. Para Demo e Ponte (2008) (apud Stone, Woodcok, Machlynger, 2001) o CRM é a utilização de uma extensa gama de abordagens de marketing, vendas, comunicação, serviços e atendimento ao cliente para identificá-los individualmente numa empresa, no intuito de criar um relacionamento duradouro e vantajoso e gerenciar esse relacionamento para beneficiar os cliente e a própria empresa, segundo eles a gestão desse relacionamento deve seguir as respectivas etapas: definição do alvo, gerenciamento de consultas, boas vinda, conhecimento, desenvolvimento do cliente, problemas de gestão e reconquista. Para os autores a gestão de relacionamento se assemelha a uma gestão de relacionamento afetivo e está semelhança nos permite compreender mais naturalmente o processo dentro de uma organização. Segundo Silva e Zambon (2012) o CRM nasceu nas organizações, como uma ferramenta que utiliza processos pré-estabelecidos para gerenciar as relações, de tal forma que seja possível desenvolver conhecimento sobre o mercado, dando às empresas a capacidade de “fazer a coisa certa para o cliente na hora certa”. Ainda segundo os autores o CRM é a mudança de uma antiga realidade de quando o proprietário de um estabelecimento conhecia pessoalmente seus clientes e suas preferências por possuir uma clientela reduzida para o crescimento do seu porte de negócio onde se obtém um aumento no número de clientes, com isso por conta dessas transformações uma forma das empresas saberem quem são os seus clientes, quantos são e quais são suas expectativas é a gestão do relacionamento com o cliente. O CRM tornou possível o crescimento de algumas empresas sem que elas perdessem completamente as antigas características de relacionamento com o público, tornando-se uma ferramenta segura para gerenciar cada relação individual, permitindoque as decisões sejam tomadas pelos gestores atentos a tais dados e informações coletadas. De acordo com Barreto e Crescitelli o CRM é a estrutura necessária para implantar o relacionamento com o cliente, diz respeito à captura, o processamento, á analise e distribuição de dados com foco no cliente, trabalha com a manutenção de um diálogo junto ao consumidor e com a aprendizagem das necessidades de cada 45 um deles, para assim, poder adaptar os produtos a essas necessidades, portanto a manutenção e tratamento das informações de cada cliente são essenciais. O CRM possibilita que todas as informações coletadas estejam conectadas a um único sistema em diversos pontos de comunicação cliente/empresa, deixando-as disponíveis a cada novo contato, tornando organização apta a desenvolver um diálogo continuo com o cliente. Porém segundo os autores o CRM só trará resultados positivos se as informações forem utilizadas no relacionamento da empresa com o cliente, pois de nada adiantará o acumulo de informações se a empresa não tiver capacidade de realizar ações baseadas nelas. 6.3.1. CRM: definições e entendimento De acordo com Silva e Zambon (2012) CRM é o gerenciamento dos meios utilizados para estabelecer e mensurar os contatos com os clientes, considerando que cada contato pode ter como origem o próprio cliente ou a empresa. Ainda segundo os autores (apud Swift 2001) CRM é uma abordagem destinada a entender e influenciar o comportamento dos clientes, por meio de comunicações significativas para melhorar as compras, a retenção, a lealdade e a lucratividade deles. Segundo os autores o entendimento do CRM pode estar fundamentado em diferentes olhares: Sob olhar conceitual: comprometimento em saber como pensa e age o cliente, para atendê-lo da melhor forma possível. Sob olhar de processos: utilização de ferramentas predefinidas para ouvir o cliente, com o intuito de compreender os perfis de determinados tipos e grupos de clientes. Sob olhar tecnológico: cruzamento de informações pertinentes sobre o perfil e preferência de consumo de cada cliente sob olhar estratégico mercadológico: estratégia de gestão, através de relacionamento com o cliente, com o intuito de atrair e reter consumidores. Para Demo e Ponte (apud Brow 2001) o CRM é uma estratégia de negócios que tem como objetivo entender, prever e gerenciar as necessidades dos clientes atuais e eventuais de uma organização. Tem como objetivo atrair e compartilhar conhecimento sobre os clientes e utilizar essas informações por meio de vários pontos de contato para proporcionar rendimentos e lucros com o máximo de satisfação dos 46 clientes. Ainda de acordo com Brow definir estratégias de cliente, criar expectativas de canal e produto e entender a importância de uma estratégia de infraestrutura robusta e integrada é parâmetros que devem ser utilizados para uma eficiente administração de relacionamento. O autor ainda apresenta os principais requisitos organizacionais para a implantação do CRM: pessoas e habilidades; medidas de desempenho; ofertas de acordo com os requisitos dos clientes e estratégia de mercado; alinhamento organizacional; controle dos componentes financeiros operacionais, de atendimento e infraestrutura. “CRM trata do gerenciamento cuidadoso de informações detalhadas sobre cada cliente e de todos os “pontos de contato” com ele, a fim de maximizar sua fidelidade”. (Kotler, Keller 2013, pág. 142) Segundo Kotler, Keller (2012) o uso eficaz de informações de cada cliente, o CRM permite que as empresas ofereçam um excelente atendimento em tempo real aos clientes. Com base nas informações obtidas às empresas podem personalizar seus produtos, programas, mensagens e mídia; ou seja, direcionar a comunicação com base no histórico de interações do consumidor, refinando as ofertas de acordo com os interesses do cliente oferecendo produtos e serviços únicos. O CRM é importante porque um dos grandes propulsores da lucratividade de uma empresa é o valor agregado de sua base de clientes. Ainda segundo os autores a importância do trato pessoal no CRM, e o que acontece no momento que o cliente faz contato com elas é imprescindível, o colaborador pode criar laços fortes com os clientes ao individualizar e personalizar os atendimentos, com essa essência as empresas “zelosas” transformam consumidores em clientes. 6.3.2. Vantagens Mercadológicas da Implantação do CRM De acordo com Silva e Zambom (2012) a implantação do CRM pode trazer diversas vantagens de marketing para a organização, em tão alto grau em ambientes tradicionais, pontos físicos, quanto em ambientes virtuais. Para os autores seriam vantagens mercadológicas: 47 • Separar em grupos clientes com interesses comuns. • Suporte a unidade produtora na competição por clientes com níveis de satisfação • Promover o processo de desenvolvimento e comercialização de produtos • Redução de custos com propagandas, direcionando o investimento para meios com maior amplitude de público alvo. • Minimizar efeitos negativos nas propagandas evitando irritar ou público alvo ou nem ser notado pelos mesmos. • Abordar de forma direta o público alvo. • Possibilidade de avaliar e medir resultados. • Armazenamento de dados de clientes. • Determinar de que forma direcionar o investimento, reduzir os custos. Melhor utilização dos recursos econômicos. • Adaptar produtos e serviços de acordo com as necessidades dos clientes. • Criar estratégias de customização de preços diferenciando valores cobrados de lojas virtuais para lojas físicas. Segundo os autores, para atingir esses benefícios é necessário que haja planejamento adequado e uso das informações e recursos disponíveis. Isso implica no conhecimento real que a empresa tem em relação aos seus clientes. Para Demo e Pontes (2008) (apud Stone, Woodcok, Machlynger 2001) a vantagem do CRM é aumentar a lucratividade, conservar e fidelizar o cliente, tendo como base as informações coletadas e inseridas no banco de dados da empresa, tendo assim o propósito de criar uma proximidade maior com o cliente, para os autores o maior proveito desse recurso é possibilitar que as empresas executem sistemas de marketing e de vendas que possam ser aprimorados para lidar de acordo com a estrutura organizacional da empresa. O armazenamento dos dados dos clientes e o consecutivo uso dessas informações são eficazes, pois permite que a organização consiga ter uma visão integrada do cliente e lucratividade nos produtos. De acordo com Barreto e Crescitelli (2013) se bem elaborado o trabalho de CRM pode trazer benefícios importantes para o Marketing de relacionamento. Esse trabalho pode criar resultados relacionados ao cliente em dois pontos importantes: 48 Reconhecimento: quando o consumidor é ouvido e envolvido com a organização. Relevância: quando o cliente percebe que os produtos são desenvolvidos de acordo com as suas necessidades. O uso do CRM é útil para reconhecimento dos clientes e para que as diversas informações sobre eles possam ser utilizadas e analisadas em conjunto, para que assim as empresas possam desenvolver produtos e serviços mais adequados e solucionar eventuais problemas. 7. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO Imagem 1 – Institucional Fonte: https://www.lojasrennersa.com.br 7.1. Denominação Lojas Renner S.A. 7.2. Constituição • Sociedade Anônima Aberta 49 Imagem 2 – Corporação Fonte: https://www.lojasrennersa.com.br 7.3. Atividade Loja de departamentos ou magazines • Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal • Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios • Outras sociedades de participação, exceto holdings • Outras atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificadas
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