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Síndromes Ansiosas
· Definição: eram chamadas de neuroses no passado, que são quadros psicopatológicos com predomínio de ansiedade. Assim, o TAG e o transtorno do pânico constituíam a “neurose de angustia”, os transtornos fóbicos (fobia social, agorafobia, e fobia simples) eram considerados “neurose fóbica”, os quadros dissociativos e conversivos eras as “neuroses histéricas ou histeria”, os quadro hipocondríacos e somatoformes, a “neurose hipocondríaca”, e o TOC a “neurose obsessiva-compulsiva”. E por fim, o transtorno de estresse pós traumático era nomeado como “neurose de guerra ou neuroses traumáticas”. 
· Síndromes ansiosas: são transtornos mentais nos quais os sintomas ansiosos configuram formas “puras” ou “quase puras” de transtornos de ansiedade ou aqueles nos quais a ansiedade tem importância central ou muito revalente.
 Prevalência: 11 – 18% no mundo. Já no brasil é de 18,8 – 20,9% da população apresentou pelo menos um tipo/episódios nos últimos 12 meses e de 27,7% a 30,8% pelo menos 1 vez na vida. 
 Classificação:
1- Transtornos ansiosos
2- Transtornos fóbico-ansiosos
3- Transtornos obsessivos-compulsivo
4- Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação
5- Transtornos dissociativos (de conversão)
6- Transtornos somatoformes 
· Transtornos ansiosos propriamente ditos: são divididos em dois grandes grupos:
1- Ansiedade generalizada (TAG): onde a ansiedade é constante e permanente.
- Quadro: O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. Geralmente são quadros causam sofrimento clinicamente significativo e prejudicam a vida social e ocupacional do individuo. 
- Sintomas associados: A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada, geralmente acompanhado de insônia, dificuldade para relaxar, angustia constate, dificuldade de concentração, cefaleia, dores musculares, taquicardia, tontura, queimação no estomago, formigamento, sudorese, etc. 
- Subtipos de transtornos ansiosos:
· Síndrome mista de ansiedade e depressão: nenhuma das duas síndromes é grave o suficiente para, por si só, constituir um diagnostico. Não fica uma clareza entre os sintomas. Porem começa a comprometer o funcionamento do individuo, que não aparece agudamente. 
· Ansiedade de origem orgânica: ansiedade de origem orgânica – resultante de uma doença, uso de fármacos ou outra condição orgânica. Apresentam principalmente irritabilidade e labilidade emocional. Por exemplo: TPM. 
- A diferença de labilidade emocional e variação de humor = a labilidade é um quadro leve que a pessoa fica mais sensível, já a variação do humor é uma alteração mais significativa e sem controle. 
Ex: doenças orgânicas – hipertireoidismo e lúpus eritematoso sistêmico.
Ex: condição orgânica – uso de corticoides e medicamentos para tto de hepatite C. 
2- Crises de pânico: crises de ansiedade abrupta e intensas (se ocorrerem de modo repetitivo, podem configurar o transtorno de pânico). Denomina-se síndrome do pânico quando as crises de pânico se tornam recorrentes e inesperados e, por isso, o individuo passa longos períodos com apreensão constante de outra crise, começando a evitar situações que disparariam os sintomas, como eventos sociais e atividades profissionais. 
- Definição: são crises intensas de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga dos SN autônomo. Onde se perde o controle, ocorrendo normalmente pela descarga do SNC. 
- Prevalência: é uma doença que afeta cerca de 1,6% da população mundial – para cada homem, duas mulheres sofrem com o quadro – e impacta seriamente a qualidade de vida e as relações sociais. 
- Embora os ataques de pânicos não ameacem a vida, eles podem ser muito assustadores. O individuo sente que esta perdendo o controle, tendo um infarto ou ate mesmo morrendo. E a pessoa terá o insight da crise. 
- Principais sintomas: temor ou desconforto intenso, palpitações, tremores, dispneia, sudorese, sensação de que irá desmaiar ou “enlouquecer”. 
- Surgimento: inicio é abrupto e a frequência é variável. É possível ocorrer mais de uma crise por semana, com duração de 10 a 40 minutos. 
- tratamento: O tratamento de primeira linha é os anti-depressivos como inibidores de recaptação NOR (paroxetina) e tricíclicos (clomipramida), em casos de urgência é benzodiazepínicos
· Transtornos fóbico-ansiosos: caracterizam por medos intensos e irracionais por situações, objetos ou animais que não oferecem ao individuo um perigo real e proporcional a intensidade de tal medo. Subdivido em 3 classes:
1- Agorafobia: medo se ver em situações onde pode não haver socorro ou fuga. Comportamento de evitação (evita situações e lugares) com prejuízo importante do funcionamento social. Ou seja, ansiedade acerca de estar em local ou situação de onde possa ser difícil escapar ou onde o auxilio pode não estar disponível na eventualidade de ter um ataque de pânico inesperado ou predisposto pela situação, ou sintomas tipo pânico. Quadros não tratados, podem evoluir para um depressão.
2- Fobia simples ou especificas: fobias limitadas a situação ou estimulo altamente específicos como – proximidade de determinados animais, locais elevados, trovões e escuridão, viagens de avião, espaços fechados, utilização de banheiros, públicos, ingestão de determinados alimentos, cuidados odontológicos, ver sangue ou ferimentos, etc. 
- Nomenclatura de algumas fobias especifica:
Medo de altura (acrofobia)
Medo de aranhas (aracnofobia)
Medo de baratas (catsaridafobia)
Medo de cachorro (cinofobia)
Medo de lugares fechados, como elevadores ou aviões ( claustrofobia)
Medo de escuro que persiste após a infância (escotofobia)
3- Fobia social: medo de ser exposto à observação atenta dos outros. Onde apresentara comportamento de evitação a situações sociais, perda da autoestima e medo de ser criticado. Podem se manifestar por rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar. Esses sintomas podem evolui para um ataque de pânico com taquicardia, sensação de morte e etc. 
 Tratamento para as fobias-ansiosas: geralmente o mais indicado é terapia. O medicamento só é indicado quando ele desencadeia uma crise de pânico e a parte farmacológica seria um antidepressivo principalmente os inibidores de recaptação de serotonina e tricíclicos. 
· Transtornos obsessivo-compulsivo (TOC): caracterizam por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. São subdivididas em:
1- Transtornos obsessivos (Parte do pensamento): são ideias desagradáveis e perturbadores as quais o paciente não consegue impedir (ainda que as reconheça como próprias, são estranhas a sua vontade). O paciente reconhece o absurdo e a inutilidade de seu comportamento e faz esforços repetidos pra resistir-lhes. 
2- Transtornos compulsivos (parte do comportamento): comportamento e os rituais compulsivos são atividades esterotipadas repetitivas. Tem por finalidade prevenir algum evento objetivamente improvável, frequentemente implicando dano ao sujeito ou caudado por ele, que ele teme que possa ocorrer (relacionado as ideais obsessivas). 
O tratamento especifico para TOC é o tricíclicos (clomerpramida).
· Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação (TEPT – transtorno de estresse pós traumático): é uma vivencia grave ocorrida, traumática para a pessoa. Apresentando a seguinte tríade – revivencia (flashback, pesadelos, etc), hiperresponsividade (resposta alteradas no momento da lembrança – sintomas de ansiedades) e comportamento evitativo. 
- A duração do evento é em até 30 dias após ele.
 TEPT: apresenta evento traumático, com a tríade (revivencia, hiperresponsividade e comportamento evitativo) e anestesia. 
- Sua duração tem como permanência após 30 dias do evento traumático. 
- TEPT X Reação aguda ao stress: a reação ela tem a duração de 30 dias após o evento traumático onde o quadro não evolui muito. Já a TEPT, se o quadro permanece por mais de 30 dias após o evento traumático, já é considerado uma TEPT. 
· Transtornosdissociativos (de conversão): transtornos histéricos, caracterizam-se por apresentarem manifestações clinicas tanto no corpo como na mente. No corpo, predominam as alterações das funções sensoriais e motoras e na mente aquelas relacionadas a consciência vigil, a memoria e as percepções. 
1- Conversão: são sintomas que vão atingir as funções físicas, como nas paralisias sem correlação neurológicas, por exemplo na cegueira funcional, rouquidão, perturbação em andar e ficar de pé, etc). Sem nenhuma causa orgânica associada.
 Transtorno de conversão: é uma condição medica em que os pacientes apresentam sintomas como dormência, cegueira, paralisia ou crises psicogênicas não epilépticas, sem causas neurológicas ou orgânicas. 
2- Dissociação: são sintomas que vão atingir a parte da consciência. Como por exemplo: desmaios, as pseudoconvulsões, as alterações de identidade, as amnésias, etc). 
 Transtorno dissociativos: pode-se definir o transtorno como uma condição psicológica severa em que aspectos importantes como memoria, comportamentos, sentimentos e a própria identidade são afetados. Se configura como um processo mental dissociativo, responsável pela falta de conexão ao que a pessoa traz em sua personalidade “real”.
Exemplos: amnesia dissociativa, transtorno dissociativo, estupor dissociativo, perda da consciência de quem é ou de onde esta, convulsão dissociativa e anestesia dissociativa. 
· Transtornos somatoformes:
1- Hipocondríacos: predominam os temores e preocupações intensas com a ideas de ter uma doença grave.
- São encarados com muita impaciência e desgosto pela imensa maioria dos profissionais da saúde, o sujeito hipocondríaco é aquele tomado pelo medo de ter alguma doença grave e pela necessidade de realizar exames e consultas que as afastem. E por mais que rejeitem a ideia de que seu sofrimento seja de origem psicológica e que cheguem a duvidar exageradamente de exames e diagnósticos, esses pacientes não são delirantes – alguns chegam ate a admitir o quão exagerada é essa preocupação. 
2- Somatização: tem um significado muito amplo, referente ao processo pelo qual um individuo usa (consciente ou inconscientemente) seu corpo ou sintomas corporais para fins psicológicos ou para obter ganhos pessoais. 
- Sensações e sinais físicos normais ou triviais são frequentemente interpretados pelo sujeito como anormais ou perturbadores. A atenção do sujeito se concentra em geral em um ou dois órgãos ou sistemas. 
- Pode ocorrer na presença de doença física demonstrável (intensificando muito seus sintomas) ou na ausência de qualquer patologia física.
- Há o desejo de ocupar o lugar de doente físico para ganhos psicológicos secundários.

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