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Nome: Tayane da Silva Machado 3°MA
· Mogno Africano
Preparo do solo: Para diagnosticar a saúde do solo, é indicado analisar a sua fertilidade química, física e biológica antes mesmo de iniciar o plantio das mudas.
Com base nos resultados dessa análise é possível identificar quais nutrientes estão presentes e ausentes, se há necessidade de aplicar corretivos e até mesmo realizar a adubação verde para reciclagem dos nutrientes.
A deficiência de Cálcio (Ca), Boro (Bo), Fósforo (P), Potássio (K), Manganês (Mg) ou ainda o desequilíbrio de bases da solução do solo facilitam a presença de pragas e doenças.
conhecer o local de plantio: O mogno africano, por ser uma espécie exótica de origem africana, não se adapta à regiões onde há a ocorrência de geadas ou áreas muito úmidas, por essa razão o cultivo do mogno africano é indicado em regiões quentes e com índice pluviométrico superior a 800 milímetros ao ano.
Ao estruturar o projeto, o engenheiro responsável precisa verificar o índice pluviométrico, o clima, tipo de solo, a atividade agrícola desenvolvida anteriormente naquela terra e se são compatíveis com o desenvolvimento de uma determinada cultura agrícola ou silvicultural. Conhecer a atividade desenvolvida anteriormente ajuda ao profissional identificar o nível de compactação e o solo da região.
O uso excessivo de maquinário pesado ou ainda criação de gado por longo tempo compacta o solo o que dificulta a penetração da raiz das árvores e, consequentemente, seu desenvolvimento é comprometido. Nesses casos é indicado a descompactação do solo ou até mesmo a adubação verde. Aproveite para entender mais como a adubação verde pode contribuir para a produtividade de florestas de mogno africano.
Projeto de viabilidade financeira: não basta apenas saber se a cultura que deseja plantar irá se desenvolver bem naquela região, também é fundamental considerar a viabilidade econômica do negócio florestal. Por exemplo, um solo extremamente pobre já é um indicador de que será necessário adquirir um grande volume de insumos, aumentando assim, o valor do investimento inicial do projeto.
Podar: A retirada dos galhos deve ser até dois terços de altura da copa da árvore, sendo o ideal atingir de 8 a 12 metros de fuste livre de galhos.
desbastar a floresta: Ao se tratar de florestas de mogno africano para produção de madeira nobre para serraria, é indicado o espaçamento de 3x2 ou 3,5x1,7 metros com lotação inicial de 1.666 árvores/hectare (ha). Neste modelo de espaçamento há a competição entre as árvores sendo recomendado realizar os desbastes periódicos. 
· Teca.
A função básica do manejo de povoamentos de teca é a produção de uma matéria-prima nobre e de maior valor agregado, sem defeitos e sem a presença de nós para a serraria, laminação, faqueadoras e movelarias de alto padrão.
Segundo Scolforo e Maestri (1998), no manejo florestal, o objetivo do empreendimento determina os regimes a serem adotados. A obtenção de diversos produtos (toras, estacas, dormentes, etc.) ao longo do período de rotação de um povoamento florestal depende da série de operações realizadas na floresta, como por exemplo:
Escolha da espécie e procedência do material genético.
Espaçamento inicial.
Tratamento silvicultural (seleção de mudas, plantio, adubação, manutenção, etc.).
Desbastes.
Podas.
Dois povoamentos florestais plantados com mesmo conteúdo genético, mesmo espaçamento e mesmo tratamento silvicultural podem ter seu padrão produtivo, qualitativo e consequente valor de mercado totalmente diferenciados, dependendo das práticas de poda e desbaste que venham a sofrer. Disso resulta a consideração de que a menção do valor do incremento médio anual, muito utilizado para comparação de produtividades, deve sempre estar acompanhada do regime de manejo aplicado (SCOLFORO; MAESTRI, 1998).
Nesse contexto de mercado restrito para madeira de teca de boa qualidade, torna-se clara a necessidade de conduzir os povoamentos em um regime clearwood, em que são realizados desbastes intermediários ao corte final, sucessivas podas e utilizados os melhores sítios florestais da propriedade.
De forma geral, os desbastes promovem o crescimento individual das árvores fenotipicamente superiores e, dependendo da sua frequência e intensidade, possibilitam a produção de matéria-prima para diferentes mercados finais. Por outro lado, a ausência de desbaste ocasiona o estresse da floresta e a obtenção de matéria-prima
com bitolas diminutas e de baixa qualidade, levando a uma menor remuneração do empreendimento (SCOLFORO; MAESTRI, 1998).
Já a poda permite agregar valor à madeira com a obtenção de toras sem nós, condição fundamental para inserir a produção de teca no mercado.
 •Ipê Roxo 
O Ipê-Roxo (Handroanthus impetiginosus) possui inúmeras funcionalidades como recomposição de áreas degradadas, projetos paisagísticos e áreas urbanas, fins medicinais, atração de abelhas e aves, devido ao seu aspecto melífero. Além de todas as vantagens biológicas, essa árvore nativa do Brasil, tem se destacado para a produção de madeira nobre.
Sua madeira já é amplamente comercializada no mercado interno varejista sendo possível encontrar em diversos formatos: toras, vigas, lâminas, pisos, degraus, decks, pranchas, entre outros formatos. Isso mostra a alta versatilidade e aceitação no mercado nacional. Já no mercado internacional também é reconhecida e comercializada amplamente.
Outra vantagem do Ipê-Roxo é a resistência à regiões que apresentam geada e também por apresentar crescimento mais precoce do que as outras cores de ipê. Para produção de madeira nobre para serraria, o espaçamento ideal é o 3 x 2 m por oferecer maior produtividade da madeira extraída pelo menor custo de implantação e manutenção, proporcionando, assim, maior lucratividade do negócio florestal.
O espaçamento precisa se escolhido com cautela, pois ele poderá influenciar no desenvolvimento do DAP (diâmetro à altura do peito), volume total, volume por indivíduo, retilineidade, fator de conicidade do fuste, distribuição da copa, rachaduras, presença de nós na madeira, pois diminuem o volume por planta e aumentam a produtividade total de madeira por hectare, resultando em ganho qualitativo nos aspectos da esbeltez, retilinidade e homogeneidade.
Por isso, na implantação da floresta de Ipê-Roxo serão necessários, além desse espaçamento para gerar competição entre elas, o plantio de 2 a 3 mudas por cova. Essa quantidade de mudas demonstrando ser um modelo com bom custo benefício, permitindo boa qualidade e seleção da madeira madura, além de facilitar o acesso e o manejo mecanizado entre as linhas.
Logo, inicialmente serão necessários cerca de 5.000 mudas por hectare (ha). Em um plantio realizado pelo IBF em Minas Gerais, foram implantados povoamentos puros de Ipê-Roxo no espaçamento 3 x 2 metros, adotando o seguinte manejo: lotação inicial de 1.666 árvores/ha, reduzindo-se para 950 árvores/ha entre o 2º e 4º anos; para 475 árvores/ha no 10º ano; para 238 árvores/ha no 18º ano; e realizando corte raso no 25º ano das demais 238 árvores/ha.
· Guanandi. 
O Guanandi, também chamado de Jacareúba, é uma madeira de lei resistente e de grande aceitação, mas difícil de encontrar nos dias atuais. Essa árvore atinge de 20 a 30 metros de altura e diâmetro de 40 a 60 cm. Sua madeira é moderadamente pesada, fácil de trabalhar, de textura pouco compacta e pouco durável quando exposta. 
Encontrado desde a região amazônica até o norte de Santa Catarina, principalmente na mata atlântica, tem se adaptado  bem a terrenos onde outras espécies encontram dificuldade, mesmo em terras pobres, pedregosas, rasas ou sujeitas à  inundações.
O Guanandi desenvolve-se bem em temperatura média anual de 18ºC (Minas Gerais) a 26ºC (Pará e Amazonas), suporta geadas, desde que em baixa frequência (máximo de duas por ano).       
· Eucalipto.
O plantio pode ser feito com mudas produzidas por saquinhos plásticos, bandeja de isopor ou tubetes. Atualmente, os viveiros florestais utilizam a produção de mudas por tubetes. Nesse caso, a retirada da muda do tubetedeve ser feita com cuidado, para não arrancar a muda do torrão.
O plantio pode ser manual e/ou semi-mecanizado. No plantio manual, as mudas sem tubetes são levadas em sacolas, bandejas ou caixas plásticas e colocadas na cova feita com um chucho, tomando-se o cuidado de pressionar o solo em volta das mudas com os pés. A muda deve ser bem plantada, ou seja, o colo da muda deve ficar sempre no nível do solo (Figura 1 e 2). Plantio profundo pode causar o assoreamento de solo em
volta da muda, levando-a a morte por “afogamento de coleto”, e plantio acima do solo podem causar a dessecação do sistema radicular.
O plantio pode ser :
Sem irrigação (período de chuvas);
Com irrigação (período de secas ou em estiagens);
Com gel hidrorretentor (período de seca ou em estiagens).
Para plantios irrigados, é necessária a aplicação de 2 a 4 L de água por muda, em duas a quatro irrigações, sendo uma logo após o plantio e as outras uma vez por semana até 30 dias . No caso do uso do gel hidrorretentor há a necessidade de duas irrigações, sendo uma após 3 dias do plantio e outra 10 dias após a primeira irrigação.
A maioria dos solos cultivados com Eucalyptus é deficiente em fósforo e também tem alta capacidade de fixação do elemento. A aplicação de fosfatos naturais ou de fosfato reativo é recomendada para solos com pH (CaCl2) menor que 5,0. Nos povoamentos, a recomendação é de 1,0 t/ha em área total ou 500kg/ha em faixas de 1,0-1,5 m, sendo incorporado antes ou após o plantio . Essa adubação poder ser feita na subsolagem, aplicando-se o fosfato natural ou reativo no fundo do sulco (figura 1).
A adubação de plantio visa principalmente o fornecimento de fósforo, cobre e zinco. Em solos com baixo teor de matérias orgânicas e de potássio disponível deve-se também utilizar pequenas doses de N e K. As doses de zinco e de cobre devem ser utilizadas em função da disponibilidade destes micronutrientes no solo. Sugere-se a aplicação de 10 kg de N.ha-1 e de 20 kg de K2O.ha -1 (SILVEIRA et al .,2001).
A aplicação de cada nutriente deve ser realizada com base no teor dos nutrientes já disponíveis no solo, que é facilmente identificado através da análise do solo.
Após a determinação da quantidade necessária de cada nutriente a ser aplicado na adubação de plantio, deve-se buscar o adubo formulado que melhor atenda as proporções desses nutrientes. A fórmula mais utilizada em plantios de eucalipto é o 06-30-06, com doses variando de 100 a 150 g/muda.

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