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Teoria e Política Macroeconômica I Lista de Exercícios 8 Felipe Moreti Bolini

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Teoria e Política Macroeconômica I – Lista de Exercícios 8 – Felipe Moreti Bolini
1. Compare as posições novo-clássica e monetarista quanto à eficácia de políticas de administração da demanda agregada para estabilizar o produto.
	
	Ambos os grupos possuem uma posição de não intervenção na economia, de tal forma que os novos clássicos acreditam que políticas de administração da demanda agregada simplesmente não afetam o produto, nem o desemprego. De maneira um pouco diferente, os monetaristas acreditam que, no curto prazo, o efeito dessas políticas administrativas afetam o produto e o desemprego. Contudo, da maneira como os monetaristas enxergam, para estabilizar o produto e o desemprego através da “regra de crescimento monetário”, proposta por Friedman, levará um longo período de tempo, de tal forma que é provável que ocorra algum erro, sendo preferível a posição não intervencionista.
2. Comente a afirmação a seguir. Você concorda ou discorda dessa opinião sobre a eficácia de ações de política fiscal sistemáticas ou antecipadas dentro de um modelo econômico novo-clássico? Explique.
	A economia novo-clássica ou teoria das expectativas racionais oferece uma explicação convincente para a incapacidade de uma política monetária sistemática afetar a renda ou o emprego reais. A situação é bem diferente, porém, no que se refere a ações de política fiscal, como aumentos nos gastos do governo, que afetarão o produto e o emprego reais quer sejam ou não antecipadas – a diferença entre as políticas monetária e fiscal é que a política monetária afeta a demanda agregada e, em consequência, o produto por induzir os agentes econômicos privados a alterar suas demandas por produto. Com expectativas racionais, esse efeito será cancelado. Um aumento nos gastos do governo afeta a demanda agregada diretamente e não há como o setor privado cancelar seus efeitos sobre a renda e o emprego.
	Se considerarmos apenas os efeitos na demanda agregada, esta afirmação é errônea. Mudanças na demanda agregada, sejam elas causadas por políticas fiscais ou monetárias, serão antecipadas pelos agentes econômicos racionais, de tal forma que não haverá erros de previsão dos preços e, portanto, não afetarão o produto real. I verdade que algumas políticas fiscais terão efeitos no lado da oferta, por exemplo na oferta de trabalho, quando se muda o imposto sobre a renda. Tais políticas afetarão as variáveis reais. Além disso, políticas fiscais, em geral, afetarão a taxa de juros, os investimentos e a formação de capital, contudo, esses efeitos ocorrem no longo prazo, e não no curto prazo.
3. Compare a visão dos teóricos dos ciclos reais de negócios quanto às causas de flutuações do produto e do emprego com a visão dos economistas novo-clássicos. 
	Tal como os novos clássicos, os teóricos dos ciclos reais de negócios defendiam que os modelos econômicos deveriam ter como base dois pressupostos fundamentais: os agentes otimizam e os mercados se equilibram; de tal forma que não havia a possibilidade de existir desemprego involuntário. Assim, as flutuações do produto e do emprego surgem das variações das oportunidades reais da economia privada como: os choques tecnológicos, variações do cenário econômico, mudanças nos preços das matérias primas importadas, mudanças nos impostos, entre outras. Para os teóricos dos ciclos reais de negócios, os fatores que os clássicos acreditavam ser responsáveis pelo crescimento de longo prazo também eram responsáveis pelas flutuações do produto e do emprego no curto prazo, por outras palavras, os teóricos dos ciclos reais de negócios acreditavam que as flutuações de curto prazo ocorriam devido a choques na oferta agregada. De forma diferente, os novos clássicos sempre atribuíram essas variações à demanda agregada, e nunca ao lado da oferta agregada. A diferenciação entre os modelos do ciclo real de negócios e os modelos novos clássicos dá-se principalmente no fato de que os primeiros não admitiam qualquer tipo de choque sobre a demanda agregada tivesse efeitos sobre o produto e o emprego, enquanto os segundos admitiam essa possibilidade, desde que os choques não pudessem ser antecipados.
4. Os economistas novo-clássicos acreditam que modelos macroeconômicos úteis são aqueles em que (a) os agentes otimizam e (b) os mercados se equilibram. Os modelos que surgem das pesquisas novo-keynesianas apresentam alguma dessas propriedades? Explique.
	Os novos-keynesianos visaram micro fundamentar o pensamento keynesiano. Assim, os modelos novo keynesianos assumem que: (i) O mercado de bens é de concorrência imperfeita. (ii) Os preços e salários são rígidos. (iii) As variáveis reais são rígidas. Nesse sentido, tendo em vista que esta é uma teoria micro fundamentada, temos que a primeira característica (a) posta pelos novos-clássicos, de os agentes otimizarem suas decisões, é obedecida na teoria dos novos-keynesianos. Um exemplo disso é cálculo feito pelos novos-keynesianos para encontrar o ponto de eficiência entre salários e lazer. Contudo, de forma diferente, quando tratamos da segunda característica (b) posta pelos novos-clássicos, de os mercados se equilibrarem, temos uma divergência entre os modelos. Tendo em vista que os novos-keynesianos assumem um mercado de concorrência imperfeita, entre outros fatores, não chegaremos a um ponto em que os mercados se equilibram, de tal forma que temos, em decorrência disso, o desemprego involuntário posto pelo modelo.

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