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Decreto cria Selo Biocombustível e consolida normas de PIS e Cofins sobre biodiesel

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IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 308
Sumário
PIS/COFINS
ALÍQUOTA
Redução – Biodiesel – Decreto 10.527............................................307
OUTROS TRIBUTOS FEDERAIS
CSLL
Recolhimento Parcelado – Acréscimo de Juros – 2ª Quota do
3º Trimestre – Lembrete ..................................................................305
IOF
Incidência – Crédito Presumido de IPI – Lei 14.076........................306
IR-PESSOA FÍSICA
IMPOSTO
Pagamento Parcelado – 6ª Quota IRPF 2020 – Lembrete ..............305
IR-PESSOA JURÍDICA
RECOLHIMENTO PARCELADO
Acréscimo de Juros – 2ª Quota do 3º Trimestre – Lembrete...........305
OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS
BEBIDA
Vinho – Sivibe – Instrução Normativa 59 Mapa...............................304
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Normas para Combate – Instrução Normativa 34 Previc.................304
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Normas para Combate – Instrução Normativa 34 Previc.................304
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Portabilidade – Resolução 4.862 BCB.............................................304
RFB – SECRETARIA ESPECIAL DA
RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Atendimento ao Público – Instrução Normativa 1.983 RFB.............303
ÓRGÃOS REGULADORES
BCB
Instituição Financeira – Resolução 26 BCB-DC ..............................303
Instituição Financeira – Resolução 4.862 BCB................................304
Instituição Financeira – Informação sobre Composição
Societária – Instrução Normativa 31 BCB........................................303
ÚLTIMO
DIÁRIO
29/10/2020
ANO: 54 – 2020 FECHAMENTO: 29/10/2020 EXPEDIÇÃO: 01/11/2020 PÁGINAS: 308/303 FASCÍCULO Nº: 44
Destaques
�Governo cria Selo Biocombustível e consolida normas de PIS e Cofins sobre biodiesel
�Aprovada Lei que estabelece incentivo para indústrias do setor automotivo
�Ministério da Agricultura cria sistema de informação de vinhos e bebidas
PIS/COFINS
DECRETO 10.527, DE 22-10-2020
(DO-U DE 23-10-2020)
ALÍQUOTA
Redução
Governo cria Selo Biocombustível e consolida normas de PIS e Cofins sobre biodiesel
Este Decreto cria o Selo Biocombustível Social, em substituição ao Selo Combustível Social,
e consolida disposições sobre coeficientes de redução das alíquotas do PIS/Pasep e
da Cofins, incidentes na produção e na comercialização de biodiesel, bem como
sobre os termos e as condições para a utilização das alíquotas diferenciadas.
As alíquotas com coeficientes de redução diferenciados não se
aplicam às receitas decorrentes da venda de biodiesel importado.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e
tendo em vista o disposto no art. 6º, caput, incisos XXIV e XXV, e no art.
8º, caput, inciso XVI, da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, no art. 1º,
§ 1º, da Lei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999, e no art. 1º e no art. 5º da
Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005, DECRETA:
Art. 1º – Este Decreto institui o Selo Biocombustível Social e
dispõe sobre os coeficientes de redução das alíquotas da Contribuição
para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público – PIS/Pasep e da Contribuição Social
para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins, incidentes na
produção e na comercialização de biodiesel, e sobre os termos e as
condições para a utilização das alíquotas diferenciadas.
Art. 2º – Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I – biocombustível – substância derivada de biomassa renovável,
tal como biodiesel, etanol e outras substâncias estabelecidas em regula-
mento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
– ANP, que pode ser empregada diretamente ou por meio de alterações
em motores a combustão interna ou para outro tipo de geração de ener-
gia, e substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil;
II – biodiesel – biocombustível derivado de biomassa renovável
para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão
ou, conforme previsto em regulamento, para geração de outro tipo de
energia, que pode substituir parcial ou totalmente combustíveis de
origem fóssil; e
III – produtor ou importador de biodiesel – pessoa jurídica consti-
tuída na forma de sociedade sob as leis brasileiras, com sede e adminis-
tração no País, beneficiária de concessão ou autorização da ANP e
possuidora de Registro Especial de Produtor ou Importador de Biodiesel
junto à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da
Economia.
Art. 3º – Fica instituído o Selo Biocombustível Social.
§ 1º – O Selo Biocombustível Social será concedido ao produtor
de biodiesel que:
I – promover a inclusão produtiva dos agricultores familiares que
estejam enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-
cultura Familiar – Pronaf e que lhe forneçam matéria-prima; e
II – comprovar regularidade fiscal junto ao Sistema de Cadastra-
mento Unificado de Fornecedores – Sicaf.
§ 2º – Para fins do disposto no inciso I do § 1º, o produtor de biodi-
esel deverá:
I – adquirir da agricultura familiar a matéria-prima para a produ-
ção nacional de biodiesel, em parcela igual ou superior ao percentual a
ser estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento;
II – firmar, previamente, contratos de aquisição de matéria-prima
da agricultura familiar, especificadas as condições comerciais que
garantam aos agricultores familiares, no mínimo, os preços mínimos
estabelecidos no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura
Familiar, de que trata o Decreto nº 5.996, de 20 de dezembro de 2006, e
os prazos compatíveis com a atividade, de acordo com os requisitos a
serem estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento; e
III – assegurar assistência e capacitação técnicas aos agriculto-
res familiares.
§ 3º – Para estabelecer o percentual de que trata o inciso I do § 2º,
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
I – poderá diferenciá-lo por região;
II – deverá estipulá-lo em relação às aquisições anuais de maté-
ria-prima efetuadas pelo produtor de biodiesel; e
III – excluirá da sua composição os valores proporcionais ao
volume de biodiesel exportado.
§ 4º – O Selo Biocombustível Social poderá, quanto ao produtor
de biodiesel:
I – conferir direito a benefícios de políticas públicas específicas
destinadas à promoção da produção de combustíveis renováveis com a
inclusão social e o desenvolvimento regional; e
II – ser utilizado para fins de promoção comercial de sua produ-
ção.
Art. 4º – Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento:
I – regulamentar os procedimentos, as responsabilidades e os
demais requisitos para a concessão, a renovação e o cancelamento do
uso do Selo Biocombustível Social pelos produtores de biodiesel;
II – proceder à avaliação e à qualificação dos produtores de biodi-
esel para a concessão e a manutenção do uso do Selo Biocombustível
Social;
III – conceder aos produtores de biodiesel, por meio de ato admi-
nistrativo próprio, o uso do Selo Biocombustível Social;
IV – fiscalizar os produtores de biodiesel que obtiverem a conces-
são de uso do Selo Biocombustível Social quanto ao cumprimento dos
requisitos estabelecidos neste Decreto; V – estabelecer o prazo de vali-
dade do Selo Biocombustível Social; e
VI – estabelecer o percentual mínimo de agricultores familiares
que as cooperativas agropecuárias deverão possuir em seus quadros
de cooperados para fins de habilitação como fornecedores de maté-
ria-prima originada da agricultura familiar e de concessão do Selo
Biocombustível Social aos produtores de biodiesel.
Parágrafo único – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento poderá firmar convênios ou contratos para o cumprimento dos
procedimentos de que tratam os incisos II e IV do caput.
Art. 5º – O coeficiente de redução da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins de que trata o caput do art. 5º da Lei nº 11.116, de
18 de maio de 2005, fica fixado em 0,7802 (sete mil oitocentos edois
décimos de milésimo).
Esclarecimento COAD: O artigo 5º da Lei 11.116/2005
prevê que fica o Poder Executivo autorizado a fixar coefi-
ciente para redução das alíquotas previstas no seu arti-
go 4º, o qual poderá ser alterado, a qualquer tempo, para
mais ou para menos.
IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 307
PIS/COFINS FASCÍCULO 44/2020 COAD
O artigo 4º da referida Lei estabelece que o importador ou
produtor de biodiesel poderá optar por regime especial de
apuração e pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins, no qual os valores das contribuições são fixados,
respectivamente, em R$ 120,14 e R$ 553,19 por metro
cúbico.
Parágrafo único – Ao utilizar o coeficiente de redução estabele-
cido no caput, as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins incidentes sobre a importação e sobre a receita bruta auferida
com a venda de biodiesel no mercado interno ficam reduzidas, respecti-
vamente, para R$ 26,41 (vinte e seis reais e quarenta e um centavos) e
R$ 121,59 (cento e vinte e um reais e cinquenta e nove centavos) por
metro cúbico.
Art. 6º – Os coeficientes de redução diferenciados da Contribui-
ção para o PIS/Pasep e da Cofins ficam fixados em:
I – 0,8129 (oito mil cento e vinte e nove décimos de milésimo),
para o biodiesel fabricado a partir de mamona ou de fruto, caroço ou
amêndoa de palma produzidos nas Regiões Norte e Nordeste e no
Semiárido;
II – 0,9135 (nove mil cento e trinta e cinco décimos de milésimo),
para o biodiesel fabricado a partir de matérias-primas adquiridas de agri-
cultor familiar enquadrado no Pronaf; e
III – um inteiro, para o biodiesel fabricado a partir de maté-
rias-primas produzidas nas Regiões Norte e Nordeste e no Semiárido
adquiridas de agricultor familiar enquadrado no Pronaf.
§ 1º – Ao utilizar os coeficientes estabelecidos nos incisos I, II e III
do caput, as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
incidentes sobre a receita bruta auferida pelo produtor na venda de
biodiesel ficam reduzidas para:
I – R$ 22,48 (vinte e dois reais e quarenta e oito centavos) e
R$ 103,51 (cento e três reais e cinquenta e um centavos), respectiva-
mente, por metro cúbico de biodiesel fabricado a partir de mamona ou de
fruto, caroço ou amêndoa de palma produzidos nas Regiões Norte e
Nordeste e no Semiárido;
II – R$ 10,39 (dez reais e trinta e nove centavos) e R$ 47,85
(quarenta e sete reais e oitenta e cinco centavos), respectivamente, por
metro cúbico de biodiesel fabricado a partir de matérias-primas adquiri-
das de agricultor familiar enquadrado no Pronaf; e
III – R$ 0,00 (zero real), por metro cúbico de biodiesel fabricado a
partir de matérias-primas produzidas nas Regiões Norte e Nordeste e no
Semiárido adquiridas de agricultor familiar enquadrado no Pronaf.
§ 2º – Para utilizar os coeficientes de redução diferenciados de
que tratam os incisos II e III do § 1º, o produtor de biodiesel deverá ser
adquirente da matéria-prima dos agricultores familiares e de suas
cooperativas agropecuárias, nos termos do disposto no § 3º do art. 5º da
Lei nº 11.116, de 2005, e detentor, em situação regular, da concessão de
uso do Selo Biocombustível Social de que trata este Decreto.
§ 3º – Na hipótese de aquisição de matérias-primas que ensejem
a aplicação de alíquotas diferentes para a receita bruta decorrente da
venda de biodiesel, as alíquotas de que trata o § 1º deverão ser aplica-
das proporcionalmente ao custo de aquisição das matérias-primas utili-
zadas no período.
§ 4º – Para fins do disposto no § 3º, a produção própria de maté-
ria-prima deverá ser valorada ao preço médio de aquisição de maté-
ria-prima de terceiros no período de apuração.
§ 5º – As alíquotas de que trata este artigo não se aplicam às
receitas decorrentes da venda de biodiesel importado.
Art. 7º – Para todos os efeitos legais, fica substituído o Selo
Combustível Social pelo Selo Biocombustível Social.
Art. 8º – No prazo de noventa dias, contado da data de publica-
ção deste Decreto, o Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento editará, no âmbito das suas competências, as normas neces-
sárias ao cumprimento do disposto neste Decreto.
Art. 9º – Ficam revogados:
I – o Decreto nº 5.297, de 6 de dezembro de 2004;
II – o Decreto nº 6.458, de 14 de maio de 2008; e
III – o Decreto nº 7.768, de 27 de junho de 2012.
Art. 10 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
(Jair Messias Bolsonaro; Paulo Guedes; Tereza Cristina Corrêa da
Costa Dias; Bento Albuquerque)
OUTROS TRIBUTOS FEDERAIS
LEI 14.076, DE 28-10-2020
(DO-U DE 29-10-2020)
IOF
Incidência
Aprovada Lei que estabelece incentivo para indústrias do setor automotivo
A referida Lei, cuja íntegra pode ser consultada no Portal COAD
(Legislação > Busca de Atos), resultante do Projeto de Conversão da
Medida Provisória 987, de 30-6-2020 (Fascículo 27/2020), que estende
incentivo de crédito presumido do IPI para o setor automotivo, dispõe
sobre a incidência do IOF na utilização desse crédito e altera as Leis
9.440, de 14-3-97 (Portal COAD), 9.826, de 23-8-99 (Portal COAD), e
7.827, de 27-9-2020 (Portal COAD).
A seguir, transcrevemos os artigos da Lei 14.076/2020 relativos à
matéria divulgada neste Colecionador:
“ ...............................................................................................................
Art. 2º – O § 3º do art. 1º da Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999,
passa a vigorar com a seguinte redação:
‘Art. 1º – ........................................................................................
................................................................................................................
§ 3º – O crédito presumido poderá ser aproveitado em relação às
saídas ocorridas até 31 de dezembro de 2025.
........................................................................................................’(NR)
Remissão COAD: Lei 9.826/99
“Art. 1º – Os empreendimentos industriais instalados nas
áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvi-
mento da Amazônia – SUDAM e Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE farão jus a cré-
dito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializa-
dos – IPI, a ser deduzido na apuração deste imposto, inci-
dente nas saídas de produtos classificados nas posições
8702 a 8704 da Tabela de Incidência do Imposto sobre
Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto
nº 2.092, de 10 de dezembro de 1996.
§ 1º – O disposto neste artigo aplica-se, também, aos em-
preendimentos industriais instalados na região Centro-
Oeste, exceto no Distrito Federal.
§ 2º – O crédito presumido corresponderá a trinta e dois por
cento do valor do IPI incidente nas saídas, do estabeleci-
mento industrial, dos produtos referidos no caput, nacio-
nais ou importados diretamente pelo beneficiário.”
IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 306
COAD FASCÍCULO 44/2020 PIS-COFINS/OUTROS TRIBUTOS FEDERAIS
Esclarecimento COAD: Os produtos classificados nas
posições 8702 a 8704 da Tipi, aprovada pelo Decreto
2.092/96, são os veículos automóveis para transportes de
pessoas, de passageiros, de mercadorias e os automóveis
de corridas.
Art. 3º – O art. 8º da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989,
passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º e 2º:
‘Art. 8º – ........................................................................................
Remissão COAD: Lei 7.827/89
“Art. 8º – Os Fundos gozarão de isenção tributária, estando
os seus resultados, rendimentos e operações de financia-
mento livres de qualquer tributo ou contribuição, inclusive o
imposto sobre operações de crédito, imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza e as contribuições do PIS,
Pasep e Finsocial.”
§ 1º – Para os efeitos do art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4
de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a fim de compensar a
renúncia de receita do crédito presumido de que trata o § 3º do art. 1º da
Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de
dezembro de 2025 será cobrado oImposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)
sobre as operações de crédito praticadas com recursos do FCO, não
aplicada a respectiva isenção de que trata o caput deste artigo.
Esclarecimento COAD: A sigla FCO, mencionada no § 1º
do artigo 8º da Lei 7.827/89, é a abreviação de Fundo Cons-
titucional de Financiamento do Centro-Oeste.
§ 2º – Relativamente às operações de crédito de que trata o § 1º
deste artigo, a alíquota do IOF será a mesma alíquota incidente nas
demais operações de crédito não isentas sujeitas ao referido im-
posto.’(NR)
Esclarecimento COAD: As alíquotas do IOF sobre opera-
ções de crédito estão previstas nos artigos 6º a 8º do
Decreto 6.306, de 14-12-2007 (Portal COAD), que regula-
menta esse imposto.
Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
...............................................................................................................”
IR-PESSOA FÍSICA
LEMBRETE IMPOSTO
Pagamento Parcelado
Quota do IRPF com vencimento em 30-11-2020 terá acréscimo de 1,67% de juros
As pessoas físicas que optaram pelo parcelamento do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2020, ano-calendário de 2019,
deverão acrescer ao valor de cada quota, a partir da segunda, juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao previsto para a entrega da declaração
até o mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês de pagamento.
Sendo assim, a 6ª quota do referido imposto, que vencerá em 30-11-2020, se recolhida no período de 3 a 30-11-2020, deverá ser acrescida de juros de
1,67%, a ser informado no campo 09 do Darf.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Decreto 9.580, de 22-11-2018 – Regulamento do Imposto de Renda – artigos 116 e 917 (Portal COAD); Instrução
Normativa 1.500 RFB, de 29-10-2014 – artigo 105 (Portal COAD); Instrução Normativa 1.924 RFB, de 19-2-2020 – artigo 12 (Fascículo 08/2020);
Instrução Normativa 1.930 RFB, de 1-4-2020 – artigos 1º e 2º (Fascículo 14/2020).
IR-PESSOA JURÍDICA
LEMBRETE RECOLHIMENTO PARCELADO
Acréscimo de Juros
Quotas do IRPJ e da CSLL com vencimento em 30-11-2020 terão acréscimo de 1% de juros
As pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (lucro real, presumido ou
arbitrado), que optaram pelo pagamento parcelado do IRPJ e da CSLL apurados em cada trimestre, deverão acrescer a cada quota do imposto e da
contribuição, a partir da segunda, juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia
do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês de pagamento.
Sendo assim, a 2ª quota do IRPJ e da CSLL relativa ao 3º trimestre/2020, que vencerá em 30-11-2020, se recolhida no período de 3 a 30-11-2020,
deverá ser acrescida de juros de 1%, a ser informado no campo 09 do Darf.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei 9.430, de 27-12-96 – artigo 28; Decreto 9.580, de 22-11-2018 – Regulamento do Imposto de Renda – artigos 217, 588
e 919 (Portal COAD); Instrução Normativa 1.700 RFB, de 14-3-2017 – artigos 31 e 55 (Portal COAD).
IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 305
OUTROS TRIBUTOS FEDERAIS/IR-PESSOA FÍSICA E JURÍDICA FASCÍCULO 44/2020 COAD
OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 59 MAPA, DE 23-10-2020
(DO-U DE 27-10-2020)
BEBIDA
Vinho
Ministério da Agricultura cria sistema de informação de vinhos e bebidas
A Instrução Normativa 59 Mapa/2020, que vigora a partir de
3-11-2020 e cuja íntegra pode ser consultada no Portal COAD (Legisla-
ção > Busca de Atos), institui, no âmbito do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, o Sivibe (Sistema de Informação de Vinhos e
Bebidas). O Sivibe tem por finalidade coordenar e gerenciar as declara-
ções de viticultores, vitivinicultores e vinicultores, nos termos da Lei
7.678, de 8-11-88 (Portal COAD), de forma integrada com o banco de
dados único do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Quando o Ministério da Agricultura celebrar convênios, ajustes,
acordos ou termos de cooperação com órgãos e entidades públicas dos
estados e Distrito Federal, podem estes órgãos e entidades públicas
instituir seu próprio sistema informatizado, em substituição ao Sivibe. Os
viticultores e vitivinicultores que se cadastrarem em sistema informati-
zado instituído pelos órgãos e entidades públicas dos estados e Distrito
Federal ficam desobrigados de se cadastrarem no Sivibe e de apresen-
tarem as declarações por meio deste.
Todos os viticultores e vitivinicultores do território nacional devem
se cadastrar em até 180 dias, contados da entrada em vigor da Instrução
Normativa 59 Mapa/2020, e, a partir deste cadastro, apresentar no
Sivibe as declarações descritas nos incisos I e II do artigo 29 da Lei
7.678/88, quais sejam:
a) Viticultores – no prazo de 10 dias após a vindima, as áreas
cultivadas, a quantidade da safra por variedade e a uva destinada ao
consumo in natura; e
b) Vitivinicultores – no prazo de 10 dias após a vindima, as áreas
cultivadas, a quantidade da safra por variedade, a uva destinada ao
consumo in natura, a quantidade de uva adquirida e vendida, por varie-
dade e, até 45 dias após a vindima, a quantidade de vinhos, derivados da
uva e do vinho produzidos durante a safra, com as respectivas identida-
des.
Será considerado infrator nos termos da Lei 7.678/88 o vinicultor
ou vitivinicultor que:
– adquirir uvas de produtores não cadastrados no Sivibe ou
cadastrados, porém cujos dados estejam desatualizados;
– comercializar uvas sem estar cadastrado no Sivibe ou cadas-
trado, porém cujos dados estejam desatualizados ou inexatos;
– deixar de apresentar as declarações no prazo estipulado ou
apresentá-las de forma inexata ou falsa; e
– comprar uvas para industrialização de viticultor ou vitivinicultor
não cadastrado ou cadastrado, porém que não tenha apresentado
declaração de produção de uvas do ano anterior.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 34 PREVIC, DE 28-10-2020
(DO-U DE 29-10-2020)
CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Normas para Combate
Previc publica novas regras de prevenção à “lavagem” de dinheiro
A mencionada Instrução Normativa, que entra em vigor a partir de
1-3-2021, estabelece novas disposições sobre a política, os procedi-
mentos e os controles internos a serem adotados pelas EFPC (entida-
des fechadas de previdência complementar) visando à prevenção da
utilização do regime para a prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação
de bens, direitos e valores, de que trata a Lei 9.613, de 3-3-98 (Portal
COAD), e de financiamento do terrorismo, previsto na Lei 13.260, de
16-3-2016 (Portal COAD), observando também os dispositivos da Lei
13.709, de 14-8-2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – (Fascículo
33/2018 e Portal COAD).
A Instrução Normativa 34 Previc/2020, cuja íntegra pode ser
acessada no Portal COAD (Legislação > Busca de Atos), revoga a
Instrução Normativa 18 Previc, de 24-12-2014 (Fascículo 53/2014).
RESOLUÇÃO 4.862 BCB, DE 23-10-2020
(DO-U DE 26-10-2020)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Portabilidade
BC altera normas sobre portabilidade de crédito e sobre débito em conta de depósitos
O referido Ato altera, para 1-3-2020, a data da entrada em vigor
da Resolução Bacen 4.762, de 27-11-2019 (Fascículo 48/2019), que
altera a Resolução 4.292 Bacen, de 20-12-2013 (Fascículo 52/2013),
sobre a portabilidade de operações de crédito realizadas com pessoas
naturais, e da 4.790 Bacen, de 26-3-2020 (Fascículo 14/2020), que
define os procedimentos para autorização e cancelamento de autoriza-
ção de débitos em conta de depósitos e em conta-salário.
No caso da portabilidade de crédito, o adiamento trata das regras
envolvendo inclusão das operações com cheque especial, possibilidade
de operações de crédito imobiliáriocontratadas originalmente fora do
Sistema Financeiro de Habitação (SFH) serem enquadradas no SFH na
portabilidade e criação do “Documento Descritivo de Crédito” (DDC). As
mudanças nas regras relativas às autorizações de débito em conta de
depósitos e de pagamento tratam de aprimoramentos para aumentar a
transparência dessas autorizações, com exigência, entre outras, de fina-
lidade e de autorização específica quando envolver operação de crédito.
A íntegra da Resolução 4.862 BCB/2020, que revoga a Resolu-
ção 4.793 BCB, de 2-4-2020 (Fascículo 15/2020), pode ser consultada
no Portal COAD, em Legislação > Busca de Atos.
IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 304
COAD FASCÍCULO 44/2020 OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS
INSTRUÇÃO NORMATIVA 1.983 RFB, DE 21-10-2020
(DO-U DE 23-10-2020)
RFB – SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Atendimento ao Público
RFB prorroga mais uma vez a flexibilização na
recepção de documentos nos serviços emergenciais
A mencionada Instrução Normativa altera novamente a Instrução
Normativa 1.931 RFB, de 2-4-2020, para prorrogar, até 31-12-2020, a
suspensão da exigência de apresentação de cópia simples de docu-
mento acompanhada de seu original, substituindo-se pela cópia simples
ou digitalizada para requisição de serviços em atendimento presencial,
tais como na regularização de CPF, em decorrência da emergência de
saúde pública causada pelo coronavírus. A prorrogação anterior seria
encerrada em 30-10-2020.
A íntegra da Instrução Normativa 1.983 RFB/2020 pode ser
consultada no Portal COAD, em Legislação > Busca de Atos.
ÓRGÃOS REGULADORES
INSTRUÇÃO NORMATIVA 31 BCB, DE 26-10-2020
(DO-U DE 27-10-2020)
– c/Retificação no DO-U de 29-10-2020 –
BCB
Instituição Financeira
Definido critério de envio de informação sobre a composição societária de instituição financeira
Esta Instrução Normativa, que entra em vigor a partir de 3-11-2020, estabelece os
procedimentos a serem observados no fornecimento de informações acerca da composição
societária das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, de que trata a Resolução 23 BCB, de 20-10-2020 (Fascículo 43/2020).
O CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ORGANIZAÇÃO DO
SISTEMA FINANCEIRO (Deorf), no uso da atribuição que lhe confere o
art. 23, inciso I, alínea “a”, do Regimento Interno do Banco Central do
Brasil, anexo à Portaria nº 84.287, de 27 de fevereiro de 2015, e tendo
em conta o disposto no art. 4º da Resolução BCB nº 23, de 20 de outubro
de 2020, resolve:
Art. 1º – As informações de que trata o art. 2º da Resolução BCB
nº 23, de 20 de outubro de 2020, deverão ser transmitidas utilizando os
modelos, os leiautes, as instruções de preenchimento, os arqui-
vos-exemplo e os esquemas de validação XSD (XML Schema Defini-
tion) do Mapa de Composição de Capital, disponíveis na página do BCB
na internet, no endereço https://www.bcb.gov.br/ estabilidadefinancei-
ra/mcc.
Remissão COAD: Resolução 23 BCB/2020
“Art. 2º – As instituições mencionadas no art. 1º devem
informar, por meio eletrônico no Mapa de Composição de
Capital, as participações, diretas ou indiretas, no capital
social detidas por:
I – controlador ou integrante do grupo de controle;
II – participante residente ou domiciliado no exterior;
III – instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central
do Brasil; e
IV – participante com 5% (cinco por cento) ou mais do
capital total da instituição.
§ 1º – As participações referidas no caput devem ser infor-
madas no prazo de quinze dias contados a partir da data
em que ocorrer qualquer modificação.
§ 2º – As instituições constituídas sob a forma de sociedade
anônima de capital aberto poderão informar de modo con-
solidado o total das participações detidas por residentes ou
domiciliados no exterior que não se enquadrem nos incisos
I, III ou IV do caput.
§ 3º – Fica dispensada a informação acerca da composição
societária de pessoa jurídica domiciliada no exterior que
não se enquadre no inciso I do caput.”
Esclarecimento COAD: O artigo 1º da Resolução 23 BCB/
2020 refere-se às instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, exceto cooperativas de crédito.
Art. 2º – O arquivo do Mapa de Composição de Capital deve ser:
I – transmitido por meio do Sistema de Transferência de Arqui-
vos (STA), acessível por meio da página do BCB na internet, no endereço
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/sistematransferenciaarquivos;
II – elaborado no formato XML (Extensible Markup Language); e
III – validado, antes de sua remessa, utilizando o esquema de
validação XSD.
Art. 3º – Fica revogada a Carta Circular nº 3.950, de 21 de maio
de 2019.
Art. 4º – Esta Instrução Normativa entra em vigor em 3 de novem-
bro de 2020. (Jose Reynaldo de Almeida Furlani)
RESOLUÇÃO 26 BCB-DC, DE 23-10-2020
(DO-U DE 26-10-2020)
BCB
Instituição Financeira
Alterada norma sobre débitos em contas de pagamentos pré-paga
A mencionada Resolução modifica a Circular 4.022 Bacen, de
3-6-2020 (Fascículo 24/2020), que dispõe sobre procedimentos para
autorização e cancelamento de autorização de débitos em conta de
pagamentos pré-paga, para redefinir o seu prazo de início de vigência
para 1-3-2021. Essas regras estavam previstas para vigorar a partir de
3-11-2020.
A íntegra da Resolução 26 BCB-DC/2020 pode ser consultada no
Portal COAD, em Legislação > Busca de Atos.
IMPOSTO DE RENDA • LEGISLAÇÃO COMERCIAL 303
OUTROS ASSUNTOS FEDERAIS/ÓRGÃOS REGULADORES FASCÍCULO 44/2020 COAD

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