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APOSTILA ROMULO PASSOS ENFERMAGEM NEUROLOGICA

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Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Página 1 
 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
CURSO DE ENFERMAGEM P/ O 
CONCURSO DA REDE SARAH 
AULA Nº 16 – ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM EM NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
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 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Olá, futuro (a) concursado (a). 
Nessa aula, vamos tratar da Assistência de Enfermagem em Neurologia. 
Como nosso compromisso é com a qualidade e direcionamento para a abordagem 
da Rede Sarah, comentaremos questões deste instituto e também de outras bancas com a 
mesma linha de confecção de questões. 
 
Boa aula a todos! 
 
Profª. Joanna Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
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 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM NEUROLOGIA 
Os enfermeiros encontram pacientes com função neurológica alterada em 
praticamente todos os campos de prática. Logo, é necessário que os profissionais sejam 
qualificados e hábeis para identificação e avaliação geral da função neurológica desses 
pacientes. Portanto meus queridos (as), vamos revisar nessa aula algumas questões 
pertinentes à prática profissional no que condiz a assistência de enfermagem em 
neurologia. 
Antes de iniciarmos a revisão das principais patologias que acometem o sistema 
nervoso, veremos acerca do histórico neurológico e da avaliação física que são 
imprescindíveis na assistência de enfermagem. Vamos começar? 
 
1. Histórico neurológico 
A historia da doença atual constitui um aspecto importante do histórico, pois, a 
partir dela é possível explorar a condição clinica do paciente, os eventos relacionados, o 
aspecto geral, o estado mental, a postura, os movimentos e o afeto. A historia de saúde 
deve incluir: 
1. Detalhes acerca dos sinais e sintomas (inicio, caráter, gravidade, localização, 
duração e frequência); 
2. Queixas associadas; 
3. Fatores precipitantes, agravantes e aliviadores; 
4. Progressão, remissão e exacerbação; 
5. Presença ou ausência de sintomas similares entre os membros da família; 
6. Historia pregressa de saúde, familiar e social. 
Os distúrbios neurológicos apresentam sintomas variados, desde sutis ou intensos, 
flutuantes ou permanentes, inconvenientes ou devastadores. Abaixo estão descritos os 
sintomas mais comuns associados a doenças neurológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
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 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
Quadro 1. Principais sintomas associados à doença neurológica. 
Sintomas 
Dor Distúrbios visuais 
Convulsões Fraqueza muscular 
Tonturas e vertigens Sensação anormal de pequenas ou grandes áreas do 
corpo 
 
7. Avaliação física 
A avaliação neurológica é dividida em cinco componentes: 
 
1. Consciência e cognição: O enfermeiro deve registrar e notificar observações 
específicas relacionadas com o estado mental, função intelectual, conteúdo do 
pensamento e estado emocional. 
2. Nervos cranianos: são avaliados quando o nível de consciência está 
diminuído, na patologia do tronco encefálico ou na presença de doença do sistema 
nervosos periférico. Vejamos no quadro abaixo como avaliar os nervos cranianos. 
 
Quadro 2. Avaliação da função dos nervos cranianos. 
Nervo craniano Exame clínico 
I (olfatório) Com os olhos fechados, o paciente é solicitado a 
identificar odores familiares (café, tabaco). Testar as 
narinas separadamente. 
II (óptico) Avaliar função com painel ocular de Sneller; campos 
visuais; exame oftalmoscópico. 
III (oculomotor) Testar as rotações oculares, os movimentos conjugados, 
o nistagmo. 
Testar reflexos pupilares e inspecionar as pálpebras 
quanto a ptose. 
IV (troclear) Testar para o movimento ocular para cima; inspecionar 
os movimentos conjugados e nistagmo. 
 
 
 
 
 
 
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V (trigêmeo) Solicitar ao paciente que feche os olhos. Tocar com 
algodão na fronte, bochechas e mandíbula. 
A sensibilidade à dor superficial nas mesmas áreas 
(pontas pontiagudas e rombas alternadas). Quando as 
respostas do paciente forem incorretas, testar para 
sensibilidade à temperatura (tubos de teste com água fria 
e quente alternadamente). 
Enquanto o paciente olha para cima, tocar levemente um 
chumaço de algodão contra a superfície temporal de 
cada córnea (piscadela e lacrimejamento são respostas 
normais). 
Solicitar ao paciente que cerre e mova a mandíbula de 
um lado para outro. 
Palpar os músculos masseter e temporal, anotando a 
força e a equidade. 
VI (abducente) Testar para movimento ocular lateral; inspecionar o 
movimento conjugado. 
VII (facial) Observar simetria enquanto o paciente realiza 
movimentos faciais. 
VIII (acústico) Teste do sussurro ou do tique-taque de um relógio. 
Testar quanto à lateralização (teste de Weber). 
Testar para condução aérea e óssea (teste de Rinne). 
Avaliar o equilíbrio em pé com os olhos fechados (teste 
de Romberg). 
IX (glossofaríngeo) Avaliar a capacidade do paciente em deglutir e 
discriminar entre doce e salgado no terço posterior da 
língua. 
X (vago) Deprimir a parte posterior da língua com um abaixador 
de língua ou estimular a faringe posterior para evocar o 
reflexo da ânsia. 
Observar rouquidão na voz. 
Verificar capacidade de deglutir. 
XI (espinhal acessório) Enquanto o paciente encolhe os ombros contra 
resistência, palpar e anotar a força dos músculos 
 
 
 
 
 
 
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trapézios. 
Quando o paciente girar a cabeça contra pressão oposta 
da mão do examinador, palpar e anotar a força de cada -
músculo esternocleidomastóideo. 
XII (hipoglosso) Enquanto o paciente realiza a protrusão da língua, 
observar quaisquer desvios ou tremores. 
Testar a força da língua solicitando ao paciente que 
mova a língua protrusa de um lado para outro contra um 
abaixador de língua. 
3. Sistema motor: o exame inclui a avaliação do tamanho, tônus e força 
musculares, coordenação e equilíbrio. 
 
4. Sistema sensorial: a avaliação envolve testes para sensação tátil, dor 
superficial, vibração e sentido posicional (propriocepção). Durante a avaliação 
os olhos do paciente devem estar fechados. É importante que o enfermeiro esteja 
familiarizado com os dermátomos que representam a distribuição dos nervos 
periféricos, já que o exame sensorial é mais complexo que o motor devido as 
modalidades sensoriais serem levadas por diferentes tratos localizados em partes 
diferentes da medula espinhal. 
 
Teste de Romberg 
Teste para avaliação do equilíbrio. O paciente deve ficar de 
pé com os pés juntos e os braços do lado, primeiro com os 
olhos abertos e depois fechados, por 20 a 30 segundos. Uma 
oscilação ligeira é normal, porém, mas uma perda de 
equilíbrio é anormal (teste de Romberg positivo). 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1. Distribuição dos dermátomos. 
 
Fonte: Google imagens. 
5. Reflexos: são contrações involuntárias dos músculos ou de grupos musculares 
em resposta a um estimulo e podem ser classificados como: 
Tendíneo profundo: O membro é posicionado de modo que o tendão esteja 
ligeiramente estendido, então é golpeadorapidamente com um martelo de reflexo. A 
resposta é comparada àquela do lado oposto do corpo. 
 
Figura 2. Técnicas para 
desencadear os reflexos 
principais. (A) Reflexo do 
bíceps; (B) Reflexo do 
tríceps; (C) Reflexo patelar; 
(D) Reflexo aquiliano; (E) 
Resposta de Babinski. 
Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Superficial: os principais reflexos são o córneo, palpebral, do vomito ou de 
deglutição, abdominal superior/inferior, cremastérico (apenas em homens), plantar e 
perianal. Apenas os reflexos córneo, do vomito e plantar são testados comumente. 
 
Patológico: são observados na presença de doença neurológica. Um exemplo 
disso é o reflexo de Babinski. Uma pessoa com o sistema nervoso central intacto, 
quando a face lateral da planta do pé é golpeada, os artelhos se contraem e se juntam. 
Porem, em uma pessoa com doença ocorre o contrario (os artelhos abrem em leque e 
são puxados para trás). 
 
 
Transtornos dos nervos cranianos 
 
 Como vimos anteriormente, os nervos cranianos envolvem funções motoras, 
sensoriais e autônomas vitais do corpo, logo, devem ser examinados separadamente e 
em sequencia. Os transtornos mais comuns que acometem os nervos cranianos são: 
neuralgia do trigêmio e paralisia de Bell. 
 
Neuralgia do Trigêmio 
A neuralgia do trigêmeo é uma condição do quinto nervo craniano (nervo 
trigêmeo). Tem como manifestação clinica paroxismos de dor na área inervada por 
qualquer dos três ramos (mais comum o segundo e terceiro ramo). A dor é súbita e de 
forte intensidade, com sensação de descarga (choque) e é normalmente unilateral. 
Basicamente, existem duas modalidades de tratamento: o medicamentoso 
(primeira escolha) e o cirúrgico. 
 
Dependendo da condição do paciente, um ou mais 
componentes do exame físico podem se tornar 
prioritários na avaliação. Exemplo: 
Lesão espinal: avaliação motora, sensorial e reflexa; 
Paciente comatoso: avaliação dos nervos cranianos e 
nível de consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Tratamento medicamentoso: opta-se por medicamentos anticonvulsivantes 
como a carbamazepina que reduz a transmissão de impulsos em determinadas 
terminações nervosa. É importante a monitorização do paciente para evitar 
toxicidade. 
2. Tratamento cirúrgico: está indicado quando o tratamento medicamentoso não 
for eficaz ou quando há toxicidade (efeitos colaterais). Entre as técnicas mais 
utilizadas estão à compressão microvascular do nervo trigêmeo, a coagulação 
térmica por radiofrequência e a micro compressão percutânea por balão. 
O cuidado de enfermagem para pacientes com neuralgia do trigêmeo consiste em: 
 Reconhecimento dos fatores que podem agravar a dor facial, como alimentos 
quentes ou frios demais, lavar o rosto, pentear o cabelo, escovar os dentes; 
 Fornecer chumaços de algodão e agua a temperatura ambiente para lavar o rosto; 
 Instruir a ingerir alimentos sólidos e líquidos a temperatura ambiente, a mastigar 
do lado não afetado e a ingerir alimentos macios; 
 No pós-operatório instruir o paciente a não esfregar o olho, porque a dor 
provocada por esse ato pode não ser detectada; avaliar o paciente quanto aos 
déficits motores e sensoriais faciais de cada um dos três ramos; não mastigar do 
lado afetado ate a dormência diminuir; observar dificuldades na ingestão e 
deglutição de alimentos de consistência diferente. 
 
Figura 3: Nervo trigêmeo (Ramo 1-Oftalmico; Ramo 2-Maxilar; Ramo 3-Mandibular) 
 
Fonte: Google imagens. 
 
 
 
 
 
 
 
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Paralisia de Bell 
A paralisia de Bell é ocasionada pela inflamação unilateral do sétimo nervo 
craniano (nervo facial), que acarreta fraqueza ou paralisia dos músculos faciais do lado 
afetado. Outras manifestações clínicas são: lacrimação aumentada; sensações dolorosas 
na face, atrás da orelha e no olho; dificuldade para falar e comer do lado afetado. A 
recuperação se dá em 3 a 5 semanas na maioria dos pacientes. O tratamento é feito com 
corticosteroide (prednisona) para reduzir a inflamação, edema, compressão vascular e 
restaurar a circulação sanguínea. A dor pode ser controlada com analgésicos. 
Os cuidados de enfermagem são: 
 Proteger o olho quanto a lesões (durante a noite usar tapa-olho e durante o dia 
óculos de sol); 
 Instruir o paciente a fazer massagens com movimentos suaves na face e 
exercícios faciais (enrugar a testa, inflar as bochechas); 
 Evitar a exposição da face ao frio e a correntes de ar. 
 
Figura 4: Paralisia de Bell. 
 
Fonte: Google imagens. 
 
DOENÇA VASCULAR CEREBRAL 
 
Os acidentes vasculares cerebrais podem ser divididos em duas categorias: 
isquêmico (85%) e hemorrágicos (15%). Embora possam ser semelhantes, existem 
diferenças na etiologia, fisiopatologia, tratamento e cuidado de enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
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Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) 
 
O AVCI é caracterizado como a perda súbita cerebral em decorrência da 
desorganização do suprimento sanguíneo cerebral (menos de 25 ml por 100g por 
minuto) devido uma obstrução de um vaso sanguíneo (Figura 5). 
As manifestações clínicas são: 
 Dormência ou fraqueza da face, do braço ou de perna, normalmente unilateral 
(hemiplegia e hemiparesia); 
 Confusão mental/alteração do estado mental; 
 Dificuldade de falar ou compreender a fala (disartria, apraxia); 
 Distúrbios visuais (hemianopsia); 
 Dificuldade de caminhar; 
 Cefaleia intensa e súbita; 
 Perdas sensoriais (agnosias); 
 Alterações cognitivas e efeitos psicológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 5. Fisiologia/Fisiopatologia do AVCI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brunner & Suddarth, 2009. 
 
Os pacientes com AVCI são tratados com: 
 Drogas tromboembólicas que dissolvem o coágulo que está bloqueando o fluxo 
sanguíneo. O fármaco mais utilizado é o t-PA recombinante que estimula a 
fibrinólise da lesão aterosclerótica. Seu uso deve ser dentro de 3 horas após o 
inicio dos sintomas; 
 Trombectomia mecânica (ate 8 horas do inicio dos sintomas) que permite a 
retirada de trombos através do mecanismo de aspiração continua; 
 Anti-agregantes plaquetários como o AAS nas primeiras 24 horas do AVCI. 
 
 
 
 
 
Isquemia 
Insuficiência de 
energia 
Acidose 
Desequilíbrio 
iônico 
Despolarização 
Aumenta 
glutamato 
Cálcio intracelular 
aumentado 
Membranas celulares e proteínas se decompõem 
Formação de radicais livres 
Produção de proteínas diminui 
Lesão e morte das células 
 
 
 
 
 
 
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Vejamos agora alguns diagnósticos de enfermagem e intervenções de 
enfermagem: 
Diagnostico de 
enfermagem 
Intervenções de enfermagem 
 
 
Mobilidade física 
- posicionar os membros corretamente; 
- usar medidas para aliviar a pressão; 
- manter o alinhamento corporal; 
- Impedir neuropatias periféricas; 
- mudar a posição do paciente a cada 2 horas; 
- utilizar dispositivos auxiliares que auxiliem a deambulação.Dor aguda 
- impedir a adução do ombro afetado colocando um 
travesseiro, que é colocado em posição neutra (ligeiramente 
flexionado) com as extremidades distais posicionadas mais 
alto que as articulações mais proximais. 
 
 
Déficits de autocuidado 
-Estimular o paciente a fazer atividades simples como pentear 
o cabelo, escovar os dentes, tomar banho, alimentar-se; 
- oferecer dispositivos auxiliares para melhorar o autocuidado. 
Sensopercepção alterada. - estimular o paciente a virar para o lado em que o campo 
visual foi comprometido. 
 
Deglutição prejudicada. 
- sentar o paciente ereto e instrui-lo a baixar o queixo em 
direção ao tórax ao deglutir; 
- oferecer alimentos de fácil deglutição; 
- manter decúbito elevado. 
Comunicação verbal 
prejudicada 
- falar de maneira normal e num tom normal; 
 
 
 
 
 
 
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- limitar a conversa a temas práticos e concretos; 
- estimular o paciente a falar. 
 
Disfunção sexual 
- Tranquilizar e instruir paciente e parceiro; 
- aconselhar quanto às habilidades adaptativas (melhores 
posições sexuais); 
 
 
Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico 
A hemorragia decorre da ruptura de um vaso localizado em qualquer ponto da 
cavidade craniana. A partir daí, o metabolismo cerebral se altera pela exposição ao 
sangue. As hemorragias cranianas podem ser classificadas de acordo com a localização: 
 Extradural ou epidural; 
 Subdural; 
 Subaracnóide; 
 Intracerebral; 
 Intraventricular. 
 
As principais manifestações clínicas são: 
 Rebaixamento do nível de consciência; 
 Cefaleia; 
 Vômitos; 
 Rigidez da nuca; 
 Distúrbios visuais; 
 Tonturas; 
 Hemiparesia; 
 Hipertermia; 
 Hipertensão severa; 
 Crises convulsivas. 
 
Os dois principais tipos são: 
hemorragias intracerebrais e 
subaracnóidea. 
 
 
 
 
 
 
 
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O tratamento médico tem por objetivo permitir que o cérebro recupere-se da lesão 
inicial, prevenir e reduzir o risco de novo sangramento e prevenir e tratar as 
complicações. 
Vejamos agora alguns diagnósticos de enfermagem e intervenções de 
enfermagem: 
Diagnostico de 
enfermagem 
Intervenções de enfermagem 
Perfusão tissular 
(cerebral) prejudicada 
relacionada a 
sangramento e 
vasoespasmo. 
- manter um registro do fluxograma neurológico; 
- verificar de hora em hora a pressão arterial, o pulso, o nível 
de consciência, as respostas pupilares e a função motora; 
- monitorar o estado respiratório. 
 Sensopercepção alterada 
relacionada a restrição a 
restrições medicamente 
impostas (preocupações 
para aneurisma). 
- proporcionar um ambiente não estimulante (silencioso e 
não-estressante); 
- colocar o paciente em repouso imediato e absoluto; 
- elevar a cabeceira da cama em 15 a 30°; 
- instruir o paciente a expirar pela boca ao urinar e defecar 
 
Ansiedade relacionada a 
doença e/ou a restrições 
medicamente impostas. 
- manter o paciente e família bem informados em relação ao 
plano de cuidados. 
 
Distúrbios neurológicos infecciosos 
 
Meningites 
A meningite é uma inflamação da pia-máter, aracnoide e do espaço subaracnóide. 
A meningite pode ser classificada em: 
Séptica: causadas por bactérias; 
 
 
 
 
 
 
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Assépticas: é causada por vírus ou secundaria a um linfoma, leucemia, entre outras 
patologias. 
As principais manifestações clínicas são: 
1. Cefaleia (constante ou pulsátil e de forte intensidade); 
2. Febre (durante toda evolução da doença); 
3. Rigidez de nuca; 
4. Sinal de kerning positivo; 
5. Sinal de Brudzinski positivo; 
6. Fotofobia; 
7. Letargia, ausência de resposta e coma. 
O tratamento consiste no uso de antibiótico que atravesse a barreira 
hematoencefalica. Pode se usado antibióticos da classe das penicilinas ou das 
cefalosporinas. 
 
Os cuidados de enfermagem consistem em: 
 Monitorar os sinais vitais; 
 Monitorar oximetria de pulso; 
 Proteger o paciente contra lesões secundárias provocadas pela atividade 
convulsiva; 
 Monitorar diariamente o peso corporal e os eletrólitos séricos; 
 Prevenir complicações provocadas pela imobilidade; 
 Instituir precauções para controle de infecções ate 24 horas depois do inicio do 
tratamento. 
 
Abscessos cerebrais 
O abscesso cerebral é caracterizado por uma coleção de material infeccioso no 
tecido cerebral decorrente de infecções sistêmicas, otites médias, sinusite, infecções 
dentarias, entre outras. 
 
Raro em pessoas imunocompetentes. 
 
 
 
 
 
 
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 As principais manifestações clínicas são: 
1. Cefaleia (intensa pela manha); 
2. Febre; 
3. Vômitos; 
4. Sinais neurológicos focais (fraqueza, diminuição da visão); 
5. Aumento da PIC; 
6. Rebaixamento do nível de consciência; 
7. Convulsões. 
O tratamento consiste em controlar a PIC aumentada, drenar o abscesso e 
administrar doses altas de antibióticos para penetrar a barreira hematoencefálica, mas 
antes é necessário um antibiograma dirigido ao abscesso e a infecção primaria. 
O cuidado de enfermagem é direcionado na avaliação do estado neurológico, 
administrar os medicamentos, avaliar respostas ao tratamento e prestar cuidados de 
apoio à família e ao paciente. 
 
Encefalite por herpes simples 
A encefalite é um processo inflamatório agudo do tecido cerebral, nesse caso 
especifico, ocasionada pelo vírus da herpes simples (tipos de vírus: HSV-1 (afeta 
crianças e adultos) e HSV-2 (afeta neonatos). 
As manifestações clínicas são ocasionadas pelo vírus HSV-1 são: 
 Inflamação e necrose hemorrágica do lobo temporal; 
 Febre; 
 Cefaleia; 
 Confusão mental; 
 Disfasia; 
 Hemiparesia. 
O tratamento é realizado com um antirretroviral, o Aciclovir, por 3 semanas para 
evitar recidiva. O cuidado de enfermagem consiste em proporcionar conforto ao 
paciente com o objetivo de reduzir a cefaleia (diminuir a intensidade da luz, limitar 
ruídos e visitas), administrar agentes analgésicos com cautela e observar os resultados 
bioquímicos do sangue e o debito urinário que alerta quanto à presença de complicações 
renais relacionadas com a terapia antiviral. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Encefalite por vírus transmitidos por artrópodes 
A infecção transmitida por artrópodes vetores (arbovírus) ocorre durante o verão e 
outono, em regiões geográficas especifica. A encefalite pelo vírus do Oeste do Nilo e a 
encefalite de St. Louis constituem os tipos mais comuns de encefalites por arbovírus nos 
EUA e afetam principalmente, adultos. 
No local da picada do mosquito ocorre a replicação viral. Se a resposta imune do 
hospedeiro for inadequada ocorrera a viremia. Através dos capilares cerebrais o vírus 
tem acesso ao sistema nervoso central, o que resultará em uma encefalite. 
 
As manifestações clínicas iniciais assemelham-se com sintomas de gripe, mas as 
manifestações neurológicas variam de acordo com o tipo de vírus. Vejamos: 
1. Encefalite de St. Louis: secreção inapropriada de hormônio antidiurético 
(SIADH) com hiponatremia; 
2. Encefalite do Oeste do Nilo: exantema maculopapular ou morbiliforme no 
pescoço, tronco e braços, linfonodos aumentados nas pernas e paralisia flácida.É importante mencionarmos que ambos os tipos de encefalite podem resultar em 
movimentos semelhantes aos do parkinsonismo e convulsões. 
No que concerne o tratamento, o uso da interferona pode ser útil no tratamento da 
encefalite de St. Louis. A ribavirina e a interferona alfa-2b exercem algum efeito contra 
o vírus do Oeste do Nilo, porém não foram avaliadas em estudos controlados. 
É necessário que o enfermeiro avalie criteriosamente o estado neurológico do 
paciente para identificar uma melhora ou deterioração na condição clinica. Outro ponto 
importante é a educação em saúde visando a prevenção da transmissão do vírus através 
do controle do vetor. 
 
3. Encefalite fúngica 
A encefalite fúngica está relacionada com a área geográfica ou com um sistema 
imune comprometido, logo, é rara em pessoas sadias. As causas de infecções fúngicas 
O vírus acomete predominantemente a substancia cinzenta 
cortical, o tronco encefálico e o tálamo. 
 
 
 
 
 
 
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incluem Cryptococcus neoformans, Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, 
Aspergillus fumigatus, Candida e Coccidioides immiti. 
Os pulmões são inicialmente infectados pelos esporos dos fungos, causando 
sintomas respiratórios vagos. Porem, quando ocorre a fungemia (fungos na corrente 
sanguínea) o fungo pode se disseminar para o SNC causando meningite, encefalite entre 
outros. 
As manifestações clínicas são: febre, mal-estar, cefaleia, sinais meníngeos, 
alteração ou disfunção de nervos cranianos, PIC elevada relacionada a hidrocefalia. 
O tratamento é direcionado contra o fungo causador e as consequências 
neurológicas da infecção. Podem ser administrados em pacientes imunocompetentes 
agentes antifúngicos por um período especifico. Já pacientes com comprometimento 
imunológico recebem a terapia antifúngica ate que a infecção seja controlada e logo 
após, recebe uma dose de manutenção por período indefinido. Vejam abaixo as drogas 
de escolha/padrão: 
1. Anfotericina B – droga padrão; 
2. Fluconazol ou Flucitosina + Anfotericina B – terapia de manutenção. 
É necessário um histórico de enfermagem detalhado visando a identificação 
precoce da PIC elevada para garantir um controle e tratamento precoces e para garantir 
o conforto do paciente é necessária a administração de agentes analgésicos não 
opioides, a limitação dos estímulos ambientais e o posicionamento adequado. 
 
Distúrbios degenerativos 
 
1. Doença de Parkinson 
A doença de Parkinson é caracterizada por um distúrbio do movimento 
neurológico lentamente progressivo que leva a incapacidade. A etiologia da maioria dos 
casos da doença não é conhecida, porém, pesquisas sugerem os seguintes fatores: 
genética, aterosclerose, acúmulo excessivo de radicais livres de oxigênio, infecções 
virais, traumatismo crânio encefálico, uso crônico de medicamentos antipsicóticos e 
algumas exposições ambientais. 
Como bem sabemos, a doença está associada a níveis diminuídos de dopamina 
devido à destruição das células neuronais pigmentadas na substância nigra na região dos 
 
 
 
 
 
 
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gânglios da base do encéfalo. A Figura 6 representa de maneira resumida a 
fisiopatologia. 
A doença de Parkinson apresenta um início gradual, e seus sintomas evoluem 
lentamente seguindo uma evolução prolongada e crônica. Os principais sinais consistem 
em tremores, rigidez, bradicinesia (movimentos anormalmente lentos) e instabilidade 
postural. Os sintomas começam aparecer quando 60% dos neurônios estão 
comprometidos. 
O tratamento tem por objetivo o controle dos sintomas e a manutenção da 
independência funcional. Os medicamentos antiparkinsonianos atuam da seguinte 
maneira: 
- Aumenta a atividade dopaminérgica do estriado; 
- Reduz à influência excessiva dos neurônios colinérgicos excitatórios sobre o trato 
extrapiramidal, logo, restaura o equilíbrio entre as atividades dopaminérgicas e 
colinérgicas; 
- Atua sobre outras vias neurotransmissoras diferentes da via dopaminérgica. 
O medicamento mais utilizado na atualidade é a Levodopa (Larodopa) que é convertida 
nos glânglios da base em dopamina, aliviando a sintomatologia. Com o passar do tempo os 
benefícios da medicação começam a diminuir e os efeitos adversos tornam-se mais graves 
(confusão mental, as alucinações, a depressão e as alterações do sono). 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 6. Fisiopatologia da Doença de Parkinson. 
 
Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
 
As limitações apresentadas pela levodopa, os progressos na cirurgia estereotáxica e as 
novas abordagens no transplante renovaram o interesse pelo tratamento cirúrgico da doença de 
Parkinson. Pode-se considerar a cirurgia para pacientes com tremores incapacitantes, rigidez ou 
grave discinesia induzida pela levodopa. Porém, é importante mencionar que a cirurgia não 
altera a evolução da doença e nem produz uma melhora permanente. 
Os seguintes diagnósticos de enfermagem que podem ser encontrados em pacientes com 
Parkinson: 
1. Comprometimento da mobilidade física relacionada com a rigidez muscular e 
fraqueza motora. 
 
 
 
 
 
 
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2. Déficits no autocuidado (alimentar-se, vestir-se, higiene e uso do banheiro) 
relacionados com os tremores e o distúrbio motor. 
3. Constipação intestinal relacionada com o medicamento e a redução da atividade. 
4. Alteração nutricional, aporte inferior às necessidades corporais, relacionada com 
os tremores, lentidão no alimentar-se, dificuldade de mastigação e deglutição. 
5. Comprometimento da comunicação verbal relacionado com a diminuição do 
volume da fala, lentidão da fala e incapacidade de mover os músculos faciais. 
6. Enfrentamento ineficaz relacionado com a depressão e disfunção, devido à 
evolução da doença. 
 
Vejamos agora as principais intervenções de enfermagem: 
 
1. Melhorar a mobilidade através de exercícios diários, como caminhadas, natação 
entre outros; 
2. Fornecer e incentivar o paciente quanto as atividades da vida diária; 
3. Melhorar a evacuação intestinal do paciente através do aumento do aporte de 
líquidos e do consumo de alimentos rico em fibras; 
4. Monitorar semanalmente o peso do paciente/ consultar nutricionista sobre as 
necessidades nutricionais; 
5. Melhorar a deglutição: sentar o paciente em posição ereta durante as refeições, 
oferecer dieta semissólida com líquidos espessos, ensinar técnica correta de 
mastigação; 
6. Incentivar o uso de dispositivos auxiliares; 
 
7. Melhorar a comunicação: paciente deverá ficar de frente para o ouvinte, exagerar 
a pronúncia das palavras, usar frases curtas e respirar fundo algumas vezes antes 
de falar/ solicitar fonoaudiólogo para planejar exercícios de melhora da fala; 
8. Fornecer apoio ao paciente e familiares. 
 
9. Doença de Huntington 
A doença de Huntington é uma doença hereditária progressiva e crônica do 
sistema nervoso, caracterizada por distúrbio genético autossômico dominante. A 
fisiopatologia consiste na morte prematura das células do estriado (caudado e putame) 
 
 
 
 
 
 
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dos gânglios da base que está envolvida no controle dos movimentos. Ocorre também 
perda de células no córtex (região associada ao pensamento,à memória, à percepção e 
ao juízo) e cerebelo (coordena a atividade muscular voluntária). 
As manifestações clínicas que caracterizam a doença são as seguintes: 
 Coreia (movimentos involuntários anormais desprovidos de ritmo que persistem 
durante o sono); 
 Declínio intelectual; 
 Transtorno emocional; 
 Movimentos faciais produzem tiques e caretas; 
 Fala pastosa, hesitante, frequentemente explosiva e, por fim, ininteligível; 
 Mastigação e deglutição são difíceis, e existe um perigo constante de sufocação e 
aspiração; 
 Marcha desorganizada; 
 Perda do controle vesical e intestinal; 
 Demência 
Embora não exista tratamento para deter ou reverter o processo subjacente, os 
medicamentos podem reduzir a coreia. São utilizados o cloridrato de tiotixeno (Navane) 
e o decanoato de haloperidol (Haldol), que bloqueiam os receptores de dopamina, 
melhorando a coreia em muitos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Diagnostico de 
enfermagem 
Intervenções de enfermagem 
Risco de lesão por quedas e 
possível ruptura da pele 
(úlceras por pressão, 
abrasões), em consequência 
do movimento constante. 
- Acolchoar as laterais e a cabeceira do leito; certificar-se de que o 
paciente pode enxergar sobre as laterais do leito; 
- Usar protetores acolchoados nos tornozelos e cotovelos. 
- Manter a pele cuidadosamente limpa; 
- Aplicar um agente de limpeza emoliente e loção para a pele, 
quando necessário; 
- Usar lençóis e roupas de cama macios; 
- Fazer o paciente usar uma proteção como aquela usada no futebol 
americano ou outras formas de proteção acolchoada; 
- Incentivar a deambulação com ajuda para manter o tônus –
muscular; 
- Segurar o paciente (somente quando necessário) no leito ou na 
cadeira com dispositivos protetores acolchoados, certificando-se de 
que sejam afrouxados com frequência. 
Alteração nutricional: 
ingesta inferior às 
necessidades corporais, 
devido a um aporte 
inadequado e desidratação, 
em consequência de 
distúrbios na deglutição ou 
mastigação e risco de 
sufocação ou aspiração de 
alimento. 
- Administrar fenotiazinas, conforme prescrição, antes das refeições 
(parecem acalmar alguns pacientes); 
- Conversar com o paciente antes das refeições para promover o 
relaxamento; usar o horário das refeições para uma interação social; 
- Fornecer atenção integral e ajudar o paciente a apreciar a 
experiência da refeição; 
- Usar uma bandeja aquecida para manter o alimento quente; 
- Aprender a posição que é melhor para esse paciente; 
- Manter o paciente o mais próximo possível da posição ereta 
enquanto ele se alimenta. Estabilizar delicadamente a cabeça do 
paciente com uma das mãos enquanto ele se alimenta; 
- Mostrar os alimentos e explicar como eles estão (p. ex., se estão 
quentes ou frios); 
Circundar o paciente com um dos braços e aproximar-se dele o 
mais possível para proporcionar estabilidade e apoio enquanto ele 
se alimenta (usar travesseiros e almofadas em cunha para apoio 
adicional); 
- Não interpretar a rigidez, o movimento de virar-se ou virar 
subitamente a cabeça como formas de rejeição; trata-se de 
movimentos coreiformes incontroláveis; 
- Para a alimentação, usar uma colher de cabo longo (colher de chá 
gelado). Colocar a colher no meio da língua e exercer pressão leve; 
- Colocar porções do alimento entre os dentes do paciente. Servir 
ensopados, pratos ao forno e líquidos espessos; 
- Não se incomodar com a sujeira e tratar a pessoa com dignidade; 
- Esperar o paciente mastigar e deglutir antes de introduzir outra 
colher. Certificar-se de que o alimento está sendo oferecido em 
pequenas porções; 
- Fornecer lanches entre as refeições. O movimento constante gasta 
mais calorias. Com frequência, os pacientes têm apetite voraz, par-
 
 
 
 
 
 
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ticularmente para doces; 
- Usar refeições liquidificadas se o paciente não conseguir mastigar; 
não dar repetidamente os mesmos alimentos para bebês; introduzir 
gradualmente na dieta alimentos de maior textura e consistência. 
Ansiedade e 
comprometimento da 
comunicação devido ao 
excesso de caretas e fala 
ininteligível. 
- Ler para o paciente; 
- Utilizar terapia de relaxamento para reduzir o estresse; 
- Consultar um fonoaudiólogo para ajudar a manter e prolongar a 
capacidade de comunicação; 
- Tentar elaborar um sistema de comunicação, utilizando, por 
exemplo, cartões com palavras ou figuras de objetos familiares, 
antes que a comunicação verbal se torne demasiado difícil; 
- Os pacientes podem indicar o cartão correto batendo nele com a 
mão, grunhindo ou piscando os olhos; 
- Aprender/identificar como esse paciente específico expressa suas 
necessidades e desejos – particularmente mensagens não verbais 
(abrindo bem os olhos, respostas); 
- Os pacientes podem compreender mesmo quando são incapazes 
de falar. Não isolar os pacientes deixando de se comunicar com 
eles. 
Transtorno dos processos 
de pensamento e 
comprometimento da 
interação social. 
- Reorientar o paciente depois que ele acorda; 
- Ter à vista um relógio, calendário ou quadros de parede para 
ajudar na orientação; 
- Usar todas as oportunidades para o contato individual; 
- Usar música para relaxamento; 
- Fazer o paciente usar uma pulseira de identificação médica; 
- Manter o paciente no meio social; 
- Recrutar e treinar voluntários para interação social; 
- Representar modelos de papel apropriados e interações criativas; 
- Não abandonar um paciente porque a doença é, em última análise, 
terminal. Os pacientes estão vivos até o fim. 
 
10. Doença de Alzheimer 
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurológica degenerativa progressiva 
e irreversível, que é caracterizada por perdas graduais da função cognitiva e por 
distúrbios no comportamento e afeto. 
A DA é um transtorno cerebral complexo que pode ser causado por uma 
combinação de diversos fatores: genética, alterações de neurotransmissores, 
anormalidades vasculares, hormônios do estresse, alterações circadianas, traumatismo 
craniano e a presença de transtornos convulsivos. 
Existe dois tipo de DA: 
 DA familiar ou de inicio precoce: é rara e está associada a mutações genéticas, 
ocorre em adultos de meia idade; 
 
 
 
 
 
 
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 DA esporádica ou de inicio tardio. 
Nos estágios iniciais da DA, ocorrem o esquecimento e a perda de memória sutil, 
pequenas dificuldades nas atividades de trabalho e sociais, porém a função cognitiva 
ainda é adequada para compensar a perda e continuar a funcionar de maneira 
independente. Com a progressão da DA, os déficits manifestam-se em muitas ações 
diárias, os pacientes podem perder sua capacidade de reconhecer faces, locais e objetos 
familiares, e eles podem se perder em um ambiente familiar, podem repetir as mesmas 
coisas porque esquecem o que já lhes foi dito. 
O objetivo do tratamento é tratar os sintomas cognitivos e comportamentais, já 
que não existe cura. A terapia colinérgica visa melhorar a transmissão colinérgica a 
nível cerebral, melhorando assim os sintomas. 
Os enfermeiros desempenham papel importante na identificação da demência e 
suas intervenções de enfermagem devem promover a função e a independência do 
paciente nas atividades de autocuidado, reduzir a ansiedade e agitação, melhorar a 
comunicação, garantir aporte nutricional adequado, apoiar e orientar os familiares, 
estimular atividades de repouso e lazer. 
 
11. Esclerose lateral amiotrófica ou Doença de Lou GehrigA esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença de etiologia ainda 
desconhecida, caracterizada por perda de neurônios motores (células nervosas que 
controlam os músculos) nos cornos anteriores da medula espinal e nos núcleos motores 
da parte inferior do tronco encefálico. 
As manifestações clínicas dependem da localização dos neurônios motores 
afetados, já que neurônios específicos ativam fibras musculares específicas. Os 
principais sintomas consistem em fadiga, fraqueza muscular progressiva, cãibras, 
fasciculações (contrações musculares espasmódicas) e descoordenação. 
Infelizmente, atualmente, não existe nenhum tratamento especifico para a ELA. 
Sendo, o principal objetivo do tratamento médico e do cuidado de enfermagem 
manter/melhorar a função, o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. O único 
medicamento aprovado para tratamento da ELA é o Riluzol (Rilutek) que ainda não tem 
sua ação bem esclarecida, porem as suas propriedades sugerem que ele pode exercer 
efeito neuroprotetor nos estágios iniciais da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
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12. Distrofias musculares 
As distrofias musculares constituem um grupo de distúrbios musculares 
incuráveis, caracterizados por enfraquecimento progressivo e debilidade dos músculos 
esqueléticos ou voluntários. A distrofia muscular de Duchenne, é o tipo mais comum 
(prevalência no sexo masculino). 
Na distrofia muscular observa-se degeneração e perda das fibras musculares, 
variação no tamanho, fagocitose e regeneração das fibras musculares e substituição do 
tecido muscular por tecido conjuntivo. Os pacientes apresentam graus variáveis de 
debilidade e fraqueza musculares e elevação anormal dos níveis séricos das enzimas 
musculares. 
O tratamento tem por meta manter o paciente ativo e funcionando o mais 
normalmente possível e minimizar a deterioração funcional. Para isso, é prescrito um 
programa de exercícios terapêuticos individualizados para evitar a rigidez, as 
contraturas e a atrofia por desuso dos músculos. Os cuidados de enfermagem têm por 
objetivo manter a função em níveis ótimos e melhorar a qualidade de vida. 
 
Traumatismo crânio encefálico 
 
O traumatismo crânio encefálico (TCE) ou lesão crânio encefálica pode provocar 
condições que variam desde uma concussão leve até o coma e morte, sua forma mais 
grave é conhecida como lesão cerebral traumática (LCT), Figura 7. As causas mais 
comuns de LCT são quedas, acidentes de trânsito, colisão de objetos e assaltos. 
O dano ao cérebro ocorre por duas formas: lesão primária e lesão secundária. 
Vejamos rapidamente cada uma delas. 
 Lesão primária: dano inicial ao cérebro que resulta de um evento traumático que 
pode incluir contusões, lacerações e vasos sanguíneos rompidos devido ao 
impacto, aceleração/desaceleração ou penetração de objetos estranhos. 
 Lesão secundária: evolui durante as horas e dias seguintes após a lesão inicial 
devido uma administração inadequada de nutrientes e oxigênio às células 
cerebrais. 
A lesão crânio encefálica abrange uma ampla classificação que inclui a lesão ao 
couro cabeludo, crânio ou cérebro. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
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1. Lesão do couro cabeludo: é classificada, geralmente, como lesão de menor 
gravidade. É possível observar sangramento extenso, pois os vasos sanguíneos se 
contraem mal. O trauma pode ocasionar: abrasão, contusão, laceração ou 
hematoma subgaleal. 
2. Fraturas de crânio: consiste numa lesão de continuidade do crânio. As fraturas 
de base de crânio produzem hemorragias e pode ser observado o sinal de Battle 
(equimose sobre o mastoide); extravasamento de LCR pelas orelhas (otorreia de 
LCR) e pelo nariz (rinorreia de LCR). 
3. Lesão cerebral: as lesões cerebrais podem ser fechadas (não penetrantes) ou 
abertas (quando um objeto penetra no cérebro). As lesões cerebrais podem ser 
classificadas em: concussão, contusão, lesões axônicas difusas e hemorragias 
intracerebrais. É possível observar as seguintes manifestações clinicas: 
1. Alteração do nível de consciência; 
2. Confusão mental; 
3. Anormalidades pupilares; 
4. Alteração ou ausência do reflexo da ânsia; 
5. Ausência de reflexo córneo; 
6. Aparecimento súbito de déficits neurológicos; 
7. Alterações nos sinais vitais; 
8. Alteração da visão e audição; 
9. Disfunção sensorial; 
10. Cefaleia; 
11. Convulsões. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 7. Fisiopatologia das lesões cerebrais traumáticas. 
 
Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 8. Tratamento inicial de pacientes com lesões crânio encefálicas graves. 
 
Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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Agora passaremos para os diagnósticos e intervenções de enfermagem. 
Diagnósticos de enfermagem 
1. Eliminação traqueobrônquica ineficaz e troca gasosa prejudicada relacionada com a lesão 
cerebral. 
2. Perfusão tecidual cerebral alterada relacionada com PIC aumentada, PPC diminuída e 
possíveis convulsões. 
3. Déficit do volume de líquido relacionado com nível de consciência diminuído e 
disfunção hormonal. 
4. Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais relacionada com as demandas 
metabólicas aumentadas, restrição de líquidos e ingesta inadequada. 
5. Risco de lesão (autoinflingida ou direcionada a outros) relacionado com convulsões, 
desorientação, agitação ou dano cerebral. 
6. Risco de temperatura corporal alterada relacionado com mecanismos reguladores de 
temperatura danificados no cérebro. 
7. Risco de integridade da pele prejudicada relacionado com repouso no leito, 
hemiparesia, hemiplegia, imobilidade ou agitação. 
8. Processos de pensamento alterados (déficits na função intelectual, de comunicação, 
memória e processamento de informações) relacionados com a lesão cerebral. 
9. Distúrbio do padrão de sono relacionado com lesão cerebral e verificações 
neurológicas frequentes. 
10. Processos familiares disfuncionais relacionados com a não responsividade do 
paciente, imprevisibilidade do resultado, período de recuperação prolongado e 
incapacidade física residual e déficit emocional do paciente. 
11. Déficit de conhecimento sobre lesão cerebral, recuperação e processo de 
reabilitação. 
 
Intervenções de enfermagem 
1. Monitorar função neurológica: nível de consciência, sinais vitais e função motora; 
2. Manter vias aéreas livres; 
3. Monitorar o equilíbrio hídrico e eletrolítico; 
4. Promover uma nutrição adequada; 
5. Evitar lesões provocadas por longos períodos no leito; 
6. Manter temperatura corporal; 
 
 
 
 
 
 
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7. Manter integridade da pele; 
8. Impedir distúrbios do padrão de sono (não interromper os períodos de descanso do 
paciente); 
9. Apoiar e auxiliar a família; 
10. Monitorar e tratar complicações. 
 
Traumatismo raquimedular 
 A lesão raquimedular é considerada um distúrbio de saúde importante e pode ser 
classificada em duas categorias: 
1. Lesão primaria: resulta do traumatismo inicial e geralmente são permanentes; 
2. Lesão secundaria:resulta de uma contusão ou lesão por laceração, na qual as 
fibras nervosas começam a se intumescer e se desintegrar. 
 
 
 
 
 
 
 
As manifestações clínicas dependem do tipo e do nível da lesão, conforme está 
descrito abaixo. 
1. Síndrome Medular Central 
1. Características: déficits motores (os membros superiores comparados aos membros 
inferiores; a perda sensorial varia, porém é mais acentuada nos membros 
superiores); a disfunção intestinal/vesical é variável ou a função pode estar 
inteiramente preservada. 
2. Causa: Lesão ou edema da região central da medula espinal, geralmente na área 
cervical. Pode ser causada por lesões por hiperextensão. 
 
Vértebras mais acometidas: 
- 5ª, 6ª e 7ª vertebras cervicais; 
- 12ª vertebra torácica; 
- 1ª vertebra lombar. 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
3. Síndrome Medular Anterior 
1. Características: Perda da sensação de dor e temperatura e da função motora é 
notada abaixo do nível da lesão; as sensações de toque leve, posição e vibração 
permanecem intactas. 
2. Causa: pode ser causada por uma hérnia de disco aguda ou por lesões por 
hiperextensão associadas a fraturas–luxações de vértebras. Pode ocorrer também 
em consequência de uma lesão à artéria espinal anterior, que supre os 66% 
anteriores da medula espinal. 
 
Síndrome de Brown-Séquard (Síndrome Medular Lateral) 
1. Características: observa-se uma paralisia ou paresia ipsilateral, juntamente com 
a perda ipsilateral do tato, pressão e vibração e perda contralateral da dor e da 
temperatura. 
2. Causa: é causada por uma hemissecção transversa da medula espinal (metade da 
medula espinal é transeccionada), geralmente em consequência de uma lesão por 
arma branca ou por um projétil, fraturas–luxações do processo articular 
unilateral ou, possivelmente, uma ruptura de disco aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
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Fonte: Brunner & Suddarth, 2011. 
 É importante iniciar o tratamento imediatamente, porque o manuseio incorreto 
pode levar o paciente a incapacidade, causar maior dano e perda da função neurológica. 
Os cuidados iniciais devem incluir uma rápida avaliação e imobilização, retirada e 
estabilização do paciente. 
 Na fase aguda o tratamento tem por objetivos prevenir lesões secundárias, 
observar sintomas e déficits neurológicos progressivos e evitar complicações. O uso de 
metilprednisolona intravenosa em altas doses é aceito como terapia padrão para lesão 
medular em muitos países. É importante também, manter uma alta pressão parcial de 
oxigênio (PaO2) para evitar hipoxemia e piorar o déficit neurológico da medula. O 
tratamento requer imobilização e redução das luxações (restauração da posição normal) 
estabilização da coluna vertebral. 
A cirurgia está indicada em qualquer uma das seguintes situações: 
1. Compressão da medula é evidente; 
2. A lesão resulta em um corpo vertebral fragmentado ou instável; 
3. A lesão envolve uma ferida que penetra a medula; 
4. Fragmentos ósseos estão no canal vertebral; 
5. O estado neurológico do paciente está se deteriorando. 
Com base nos dados clínicos do histórico veremos agora os diagnósticos e 
intervenções de enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
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Diagnósticos de Enfermagem 
1. Padrão respiratório ineficaz relacionado com a fraqueza ou paralisia dos 
músculos abdominais e intercostais e com a incapacidade de depurar secreções. 
2. Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada com a fraqueza dos músculos 
intercostais. 
3. Mobilidade física e no leito prejudicada relacionada com comprometimento 
motor e sensorial. 
4. Sensopercepção alterada relacionada com comprometimento motor e sensorial. 
5. Risco de integridade da pele prejudicada relacionado com a imobilidade e a 
perda sensorial. 
6. Eliminação urinária alterada relacionada com a incapacidade de urinar 
espontaneamente. 
7. Constipação intestinal relacionada com a presença de intestino atônico como 
resultado da ruptura autônoma. 
8. Dor e desconforto agudo relacionados com o tratamento e a imobilidade 
prolongada. 
Intervenções de enfermagem 
1. Manter vias aéreas libres; 
2. Melhorar a mobilidade após estabilização da coluna vertebral; 
3. Promover adaptações às alterações sensoriais e perceptivas; 
4. Manter a integridade da pele; 
5. Manter a eliminação urinaria (realizar cateterismo vesical intermitente); 
6. Melhorar a função intestinal; 
7. Proporcionar medidas de conforto; 
8. Monitorar e tratar complicações como tromboflebite, hipotensão ortostática, 
disreflexia autonômica; 
9. Orientar cuidados domiciliares. 
 
Tumores do Sistema Nervoso Central 
 
O tumor encefálico consiste em uma lesão intracraniana localizada que ocupa 
determinado espaço dentro do crânio e cresce habitualmente como uma massa esférica, 
mas também pode exibir um crescimento difuso e infiltrar os tecidos. 
 
 
 
 
 
 
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Existem duas categorias de tumores cerebrais: 
1. Tumores encefálicos primários: são originados de células e estruturas dentro 
do encéfalo. Suas causas ainda são desconhecidas. Revisaremos essa categoria 
de tumores. 
2. Tumores encefálicos secundários ou metastáticos: são desenvolvidos a partir 
de estruturas fora do encéfalo. 
Classificação dos tumores encefálicos em adultos: 
1. Tumores Intracerebrais 
1. Gliomas – infiltram qualquer parte do encéfalo; tipo mais comum de tumor 
encefálico; 
2. Astrocitomas (graus I e II); 
3. Glioblastoma multiforme (astrocitoma de graus III e IV); 
4. Oligodendrocitoma (graus baixo e alto); 
5. Ependimoma (graus I e IV); 
6. Meduloblastoma 
7. Tumores que se Originam de Estruturas de Sustentação 
1. Meningiomas; 
2. Neuromas (neuroma acústico, schwannoma); 
3. Adenomas hipofisários; 
4. Tumores de Desenvolvimento 
1. Angiomas; 
2. Cisto dermoide, epidermoide, teratoma, craniofaringioma; 
3. Lesões Metastáticas 
 
Os tumores encefálicos podem produzir sinais e sintomas neurológicos focais ou 
generalizados. 
1. Sintomas generalizados: aumento da PIC, cefaleia, vômitos e distúrbios visuais; 
2. Sintomas focais: hemiparesia, convulsões e alterações do estado mental. 
Diversas modalidades de tratamento clínico estão disponíveis, incluindo 
quimioterapia e radioterapia com feixe externo, e são utilizadas isoladamente ou em 
combinação com a ressecção cirúrgica. Mas, a radioterapia constitui a base do 
tratamento de muitos tumores encefálicos, pois, diminui a incidência de recidiva dos 
tumores que não são ressecados por completo. 
 
 
 
 
 
 
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Os cuidados de enfermagem incluem: avaliação dos reflexos de vomito e 
deglutição, fazer o paciente sentar ereto para se alimentar e ter equipamento de 
aspiração prontamente disponível, realizar avaliações neurológicas, monitorar os sinais 
vitais, verificar a função motora, proteger pacientes que apresentam convulsões, avaliar 
fala, movimentos oculares, entre outras atividades. 
 
Falaremos brevemente sobre os tumores da coluna vertebral. Vamos lá? 
 
Os tumores da coluna vertebral são classificados de acordo com sua relação 
anatômica com a medula espinal. Esses tumores incluem lesões intramedulares, lesões 
extra medulares - intraduraise lesões extra medulares – extradurais. 
Os sintomas são: dores localizadas ou em pontada, fraqueza, perda de reflexos 
acima do tumor ate uma perda progressiva da função motora e paralisia, déficits 
sensoriais crescentes abaixo do nível da lesão. 
O tratamento de tumores vai depender do tipo, localização do tumor, sintomas 
de apresentação e estado físico do paciente. O tratamento primário é constituído pela 
cirurgia para a maioria dos tumores. Outras modalidades de tratamento incluem a 
remoção parcial do tumor, a descompressão da medula espinal, a quimioterapia e a 
radioterapia, particularmente para tumores intramedulares e lesões metastáticas. 
É necessário que o enfermeiro preste cuidado no período pré-operatório que 
enfatizem o reconhecimento de alterações neurológicas, controle da dor e manejo de 
alterações nas atividades da vida diária. Após a intervenção cirúrgica o paciente deve 
ser monitorado em relação ao estado neurológico, função sensorial e sinais vitais. 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SARAH 
 
 
1. Um paciente acaba de sofrer uma crise isquêmica transitória (CIT). Para 
formular o plano de cuidados, o (a) enfermeiro (a) deve considerar que: 
 
a) Os sintomas da CIT duram de 24 a 48 horas. 
b) A maioria dos pacientes permanecem com algum efeito neurológico residual após 
uma CIT. 
c) O sintoma mais comum de uma CIT é a incapacidade de falar no período de até 36 
horas. 
d) Um acidente vascular cerebral pode ocorrer após uma CIT. 
 
COMENTÁRIOS: 
O acidente isquêmico transitório ou crise isquêmica transitória corresponde a uma 
deficiência temporária de fornecimento sanguíneo no cérebro. Podem ser causados por 
ateroma e coágulos. Se não fornecer ao paciente 
Os sintomas da CIT são de início súbito, variáveis e duram geralmente de 2 a 30 
minutos, havendo a recuperação total da pessoa. As principais manifestações clínicas 
são as seguintes: 
 Perda de sensibilidade; 
 Debilidade ou paralisia; 
 Perda parcial da visão ou audição; 
 Alterações cognitivas; 
 Desequilíbrio. 
O tratamento da maioria dos pacientes consiste em controlar os fatores de risco, 
como o colesterol, diabetes, hipertensão, obesidade entre outros. Pois, o paciente pode 
apresentar após uma CIT o acidente vascular cerebral. 
Portanto, gabarito letra D. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Na clínica médica, é admitido um senhor de 75 anos, após um acidente vascular 
cerebral (AVC). Ele apresenta fraqueza em hemicorpo esquerdo e ausência do 
reflexo de deglutição. Possui incontinência esfincteriana e constipação intestinal. A 
pressão arterial está em 90X50 mmHg, e a hemoglobina está em 10 g/dL. Qual das 
seguintes alternativas corresponde à prioridade para este paciente? 
a) Realizar exame para pesquisa de sangue oculto nas fezes. 
b) Acionar fisioterapia para iniciar exercícios no dimídio esquerdo do corpo. 
c) Manter a pele limpa e seca. 
d) Manter a cabeceira do leito elevada a 30°. 
 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o quadro apresentado na questão a prioridade seria manter a 
cabeceira elevada, pois o paciente apresenta ausência do reflexo de deglutição. Além 
disso, é importante ajudar o paciente durante as refeições, colocar o alimento do lado 
não afetado da boca e dar bastante tempo para ele comer. 
Logo, gabarito letra D. 
 
3. Um homem chega ao serviço de emergência após acidente automobilístico. O 
exame neurológico mostra que a Escala de Coma de Glasgow corresponde a 4. O 
paciente está em que estado neurológico? 
a) Minimamente responsivo. 
b) Estado vegetativo persistente. 
c) Coma profundo. 
d) Sonolento, mas reage facilmente aos estímulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
 A Escala de Coma de Glasgow (Quadro 1) baseia-se em três critérios: abertura 
ocular, resposta verbal e resposta motora. A escala é aplicada com o objetivo de 
monitorar as alterações provocadas por lesão cerebral traumática, porém não substitui 
uma avaliação neurológica. 
 Sua pontuação varia de 3 (coma profundo) a 15 pontos (normal). Vejamos 
abaixo a interpretação dos resultados encontrados. 
3 = Coma profundo; 
4 = Coma profundo; 
7 = Coma intermediário; 
11 = Coma superficial; 
15 = Normalidade. 
 
Quadro 1. Escala de Coma de Glasgow 
 
 Sendo assim, gabarito letra C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. No serviço de emergência, o (a) enfermeiro (a) recebe um adulto jovem com a 
seguinte história: após tropeçar, bateu a cabeça no meio-fio. Segundo informações 
colhidas, ele ficou inconsciente por um momento e, depois que acordou, não se 
recordava do que aconteceu. Pouco tempo depois, se queixou de cefaleia intensa e 
solicitou que o levasse ao pronto atendimento. No caso do (a) enfermeiro (a) 
considerar a possibilidade de elevação da pressão intracraniana (PIC), qual seria o 
primeiro sinal detectado: 
a) Assimetria das pupilas. 
b) Diminuição do nível de consciência. 
c) Padrão respiratório irregular. 
d) Movimentos involuntários. 
 
COMENTÁRIOS: 
O primeiro sinal do aumento da PIC é uma alteração no nível de consciência do 
paciente. Outros indicadores precoces são: lentificação da fala e demora a responder a 
sugestões verbais. 
Portanto queridos (as), está correta a alternativa B. 
 
5. O (A) enfermeiro (a) assiste a um paciente em pós-operatório de craniotomia, 
que está com sonda vesical de demora. Na primeira hora de pós-operatório, o 
débito urinário foi de 1.500 ml. O mesmo volume foi mensurado na segunda hora. 
O (A) enfermeiro (a) deve suspeitar de: 
 
a) Síndrome de Cushing. 
b) Diabetes Mellitus. 
c) Crise adrenal. 
d) Diabetes Insípidus. 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
Como bem sabemos, a craniotomia envolve a abertura cirúrgica do crânio e tem 
por objetivos remover tumor, aliviar a PIC elevada, remover um coágulo sanguíneo ou 
controlar uma hemorragia. 
Apresentarei alguns diagnostico de enfermagem e intervenções. 
Diagnóstico de enfermagem Intervenção de enfermagem 
Risco de padrão respiratório ineficaz 
relacionado ao edema cerebral pós-operatório. 
- Manter paciente em ventilação controlada, 
caso prescrita; 
- Monitorar os resultados dos gases arteriais 
para determinar o estado respiratório; 
- Aplicar aspiração a faringe e traqueia 
cautelosamente para remover secreções; 
- Elevar cabeceira quando prescrito; 
- Não administrar nada pela boca ate que 
sejam demostrados os reflexos de tosse e 
deglutição. 
Risco de desequilíbrio do volume de liquido 
relacionado à pressão intracraniana e 
diuréticos. 
- Monitorar a poliúria (>2,5litros/dia), 
especialmente durante a primeira semana de 
pós-operatório; o diabetes insipido pode 
ocorrer em pacientes com lesão em torno da 
hipófise e hipotálamo; 
- Monitorar densidade da urina, níveis séricos 
e urinários de eletrólitos; 
- Pesar o paciente diariamente; manter um 
registro de ingesta e excreção. 
Sensopercepção (visão/audição) alterada 
relacionada ao edema periorbital e aos 
curativos na cabeça. 
- Empregar medidas de apoio até recuperação; 
- Usar medidas prescritas para aliviar os sinais 
de edema periocular: lubrificar as pálpebras e 
em torno dos olhos, aplicar compressas friassobre os olhos; 
- Orientar sempre o paciente quanto ao tempo 
e espaço. 
 
Sendo assim, alternativa correta D. 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÔES OUTRAS BANCAS 
 
6. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) O reparo cirúrgico de um paciente com aneurisma é 
realizado com enxertos de substituição ou com reparo endovascular usando um stent-
enxerto ou enxerto de parede. Considerando os cuidados de enfermagem para o paciente 
que foi submetido a reparo endovascular, leia as frases abaixo e a seguir assinale a 
alternativa correta. 
I- Permanecer em decúbito dorsal durante 6 horas. 
II- Manter o paciente em posição ventral e sem elevação da cabeceira por 24 horas. 
III- Os sinais vitais são obtidos inicialmente a cada 15 minutos e, em seguida, a 
intervalos progressivamente mais longos, se o estado do paciente estiver estável. 
IV- O local de acesso deve ser examinado quanto à apresentação de sangramento, 
pulsação, edema, dor e formação de hematoma. 
a) Apenas as frases II e III estão corretas 
b) As frases II, III e IV estão corretas 
c) Apenas as frases I, III e IV estão corretas 
d) Apenas a frase IV está correta 
 
COMENTÁRIOS: 
Um aneurisma intracraniano (cerebral) é uma dilatação das paredes de uma artéria 
cerebral que se desenvolve em consequência da fraqueza da parede arterial. 
Quando os aneurismas sofrem ruptura, ocorre um sangramento súbito no espaço 
subaracnoideo causando hemorragia com sintomas relacionados à irritação meníngea - 
acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh). 
A intervenção cirúrgica para seu tratamento pode ser feita por métodos cirúrgicos 
(craniotomia como forma de acesso) e por técnicas intra-arteriais (angiografia 
superseletiva com colocação de microcateter e obliteração do aneurisma). 
Dentre os cuidados PO apresentados no enunciado acima, a única assertiva que 
contempla uma conduta errônea é a que se refere à adoção da posição ventral. Em 
cirurgias intracranianas, o decúbito a ser mantido é o dorsal com elevação de até 30º da 
cabeceira para redução da pressão intracraniana (PIC). 
 
Portanto, a resposta correta é a letra C. 
 
 
 
 
 
 
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7. (Prefeitura de Jaguariaíva-PR/MSCONCURSOS/2014) Distúrbios de atenção, 
percepção, julgamento e memória, incapacidade de se localizar em tempo e espaço, ou 
seja, local, data, dia da semana, caracteriza: 
a) Coma. 
b) Estado de alerta. 
c) Estado de estupor. 
d) Confusão mental. 
 
COMENTÁRIOS: 
Segundo Jarvis (2012) os termos utilizados para avaliação do estado mental são 
comumente usados na prática clínica. Espalham-se pelo continuum de totalmente alerta 
ao coma profundo. Os termos são qualitativos e, portanto, nem sempre são confiáveis. 
Alerta: acordado ou despertado facilmente, orientado, consciente dos estímulos 
externos e internos e responde de forma adequada, conduz interações interpessoais 
significativas. 
Letárgico ou sonolento: não está totalmente alerta, tende a dormir quando não 
estimulado, pode ser despertado quando chamado pelo nome ou em voz normal, mas 
parece sonolento; responde adequadamente às perguntas ou aos comandos, mas o 
pensamento parece estar lento e distorcido; desatento, perde a linha de pensamento; os 
movimentos espontâneos estão diminuídos. 
Obnubilado (estado de transição entre a letargia e o estupor): dorme a maior parte 
do tempo, é difícil de despertar - precisa que gritem com ele ou o sacudam 
vigorosamente; age de modo confuso quando é despertado; conversa em monossílabos, 
a fala pode ser arrastada ou incoerente. Requer estiimulação constante mesmo para 
cooperação superficial. 
Estupor: espontaneamente inconsciente, responde apenas ao ser agitado 
persistente e vigorosamente ou por estímulos dolorosos; tem resposta motora apropriada 
(ou seja, retira a mão para evitar a dor); de outra forma apenas geme, resmunga ou 
move-se de modo inquieto; a atividade reflexa persiste. 
Coma: completamente inconsciente, sem resposta à dor ou a qualquer estímulo 
interno ou externo (p.ex., quando aspirado, não tenta afastar a sonda), o coma leve 
envolve alguma atividade reflexa, mas nenhum movimento proposital; o coma profundo 
não apresenta resposta motora. 
 
 
 
 
 
 
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Estado confusional agudo: entorpecimento da consciência (cognição diminuída, 
redução da vigília); desatento, conversa incoerente, memória recente prejudicada e 
confabulação sobre eventos recentes, muitas vezes agitado e com alucinações visuais, 
desorientado; a confusão mental piora à noite, quando os estímulos ambientais são 
reduzidos. 
 
Isto posto, percebemos que a alternativa correta é a letra D. 
 
8. (EBSERH/HUJM-UFMT/AOCP/2014) Homem, 21 anos, tetraplégico por trauma 
raquimedular há cerca de um ano, foi admitido no início da manhã na Clínica Médica, 
para tratamento de infecção de trato urinário. Ele apresenta-se consciente, orientado, 
pouco comunicativo, mantendo pressão arterial basal de 90/60mmHg, temperatura 
axilar de 38,4o.C com frequência cardíaca de 102bpm, eupneico, sendo puncionado 
acesso venoso periférico em membro superior esquerdo para administração de anti-
térmico e início de esquema antimicrobiano prescrito pelo médico. Durante o decorrer 
do dia teve boa aceitação alimentar e hídrica, via oral, com necessidade de auxílio, sem 
eliminações fisiológicas espontâneas, sendo mantido no leito, com mudança de decúbito 
realizada pela equipe de enfermagem a cada duas horas. No final da tarde, apresentava-
se sudoreico, com faces ruborizadas, piloereção, dilatação das pupilas, queixando-se de 
cefaleia, com pressão arterial de 130/80mmHg, frequência cardíaca de 110bpm, discreto 
aumento da frequência respiratória e temperatura axilar de 37,5º.C. Diante desse 
quadro, a conduta imediata a ser adotada é 
a) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente na posição 
sentada. 
b) o esvaziamento vesical com sonda de alívio e colocação do paciente em decúbito 
dorsal. 
c) o estimulação reto-digital e colocação do paciente em decúbito lateral esquerdo. 
d) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente na posição 
sentada. 
e) a administração de nova dose de anti-térmico e colocação do paciente em decúbito 
dorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
O texto acima apresenta um caso de paciente com bexigoma e constipação 
intestinal secundários à bexiga e intestinos neurogênicos, 
A lesão da medula espinal (LM) é um dos mais graves acometimentos que pode 
afetar o ser humano e com enorme repercussão física, psíquica e social. Considera-se 
lesão medular toda injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone 
medular e cauda equina), podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e 
psicoafetivas. 
As repercussões urológicas causadas pela lesão na medula espinhal constituem 
umas das maiores preocupações para a equipe de reabilitação, pois o mau 
funcionamento vesical pode, quando assistido inadequadamente, acarretar complicações 
que vão desde a infecção urinária, cálculos vesicais até fístulas penoescrotais, refluxo 
vésico-ureteral, hidronefrose e em casos extremos, perda da função renal. 
Naqueles pacientes com alta pressão de esvaziamento, rígido cateterismo 
intermitente deve ser instituído desde o início, com controle medicamentoso e controle 
periódico da função renal.FONTE: Diretrizes de atenção à pessoa com lesão medular (BRASIL, 2012). 
 
Logo, a resposta correta é a letra A. 
 
9. (Instituto Federal do Sertão de Pernambuco-IF/MSCONCURSOS/2014) Ao 
avaliar os reflexos tendinosos profundos, realiza-se o teste de Babinski, que deve ser 
negativo nos adultos. A dorsiflexão do grande artelho, acompanhada do afastamento dos 
demais artelhos, constitui o sinal de Babinski positivo, que pode ser causado pelas 
situações a seguir, exceto: 
 
a) Lesão do sistema nervoso central. 
b) Inconsciência associada à intoxicação por álcool. 
c) Inconsciência associada à intoxicação por droga. 
d) Período pós-convulsivo. 
e) Lesão do tendão de Aquiles. 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
Um reflexo de Babinski positivo após 2 anos ou 2 anos e meio de idade ocorre em 
doenças do trato piramidal. Podendo indicar lesão superior no neuronio motor da 
medula espinhal na região torácica ou lombar, ou pode indicar doença cerebral. 
 
Logo, lesão de tendão não justifica a presença de Babinski positivo, o que torna a 
letra E o gabarito da nossa questão. 
 
10. (EBSERH/HUCAM-UFES/Instituto AOCP/2014) Homem, 23 anos, vítima de 
trauma raquimedular, portador de bexiga e intestino neurogênicos devido à lesão óssea 
em T2. Ao elaborar o plano de cuidados para a alta deste paciente, o enfermeiro deve 
considerar 
a) intestino espástico e orientar sobre estimulação retal digital 
b) intestino flácido e orientar sobre dieta obstipante 
c) bexiga neurogênica arreflexa e encorajar o paciente a urinar ou desencadear a micção 
em intervalos regulares 
d) bexiga neurogênica autônoma e orientar sobre a manobra de Credé 
e) risco de disreflexia autonômica e orientar sobre adoção imediata de posição 
Trendelenburg 
 
COMENTÁRIOS: 
O texto apresentado refere-se a um caso de intestino espástico resultante de uma 
lesão medular. Vamos entender melhor os conceitos básicos para uma melhor 
compreensão com a descrição a seguir: 
A lesão da medula espinal (LM) é um dos mais graves acometimentos que pode 
afetar o ser humano e com enorme repercussão física, psíquica e social. Considera-se 
lesão medular toda injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone 
medular e cauda equina), podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e 
psicoafetivas. 
A motilidade do cólon é basicamente autônoma recebendo pouca influência do 
sistema nervoso central. Após uma fase inicial de íleo neurogênico que pode ocorrer na 
 
 
 
 
 
 
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fase aguda da LM, o tubo digestivo retorna a apresentar movimentos peristálticos, 
ficando somente comprometido o funcionamento esfincteriano. 
O esfíncter anal compõe-se de uma porção interna de controle involuntário e uma 
porção externa de controle voluntário. O esfíncter anal interno permanece contraído a 
maior parte do tempo. Seu relaxamento é determinado por arco reflexo desencadeado 
pela chegada das fezes à ampola retal. 
Nas lesões acima do cone medular, este reflexo está preservado e às vezes 
hiperativo, sendo a perda do controle do esfíncter anal externo que, neste casos, 
normalmente mantém-se hipertônico e contraído, determina o impedimento da 
eliminação normal das fezes, predominando neste pacientes a obstipação. 
Nos pacientes com lesão no nível do cone ou da cauda equina, este reflexo está 
abolido ou diminuído, predominando a contração do esfí ncter interno e consequente 
obstipação. Como o esfí ncter externo está flácido ou atônico e musculatura do esfíncter 
interno não é muito forte, com o acúmulo de fezes na ampola retal pode haver perda 
involuntária de fezes aos esforços. 
Compete à equipe multi profi ssional orientar o paciente com lesão medular a 
ingerir dieta não obsti pante (rica em fibras), realizar manobras como massagens 
abdominais , seguir as medidas laxativas prescritas, orientar, prescrever ou realizar, se 
for o caso, o “toque retal” conjuntamente, 
com o objetivo de atingir uma rotina de esvaziamento que não prejudique seu coti 
diano ou acarrete na formação de fecaloma. 
 
FONTE: Diretrizes de atenção à pessoa com lesão medular (BRASIL, 2012). 
 
Logo, a resposta correta é a letra A. 
 
11. (EBSERH/MCO-UFBA/IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta um 
exemplo de complicação associada que pode ocorrer durante um episódio convulsivo. 
a) Alcalose metabólica caracterizada por níveis diminuídos de bicarbonato. 
b) Alcalose respiratória causada por hipoventilação alveolar. 
c) Anoxia devido à obstrução das vias respiratórias pela língua. 
d) Anemia devido à diminuição de hemoglobina. 
e) Colelitíase devido a traumatismos. 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
As convulsões são episódios anormais de atividade motora, sensorial, autônoma e 
física que resultam em descarga súbita excessiva dos neurônios cerebrais. A 
classificação internacional de convulsões diferencia entre dois tipos principais: crises 
parciais, que começam em uma parte do cérebro, e as crises generalizadas, que 
envolvem descargas elétricas em todo o cérebro. 
A causa subjacente é um distúrbio elétrico nas células nervosas em uma seção do 
cérebro. A perda da consciência associada, o excesso de movimentos ou a perda de 
tônus muscular ou do movimento muscular e distúrbios do comportamento, humor, 
sensação e percepção podem ocorrer durante uma crise. 
O paciente está em risco de hipoxia/anoxia, vômitos e aspiração pulmonar. Para 
evitar complicações, o paciente é posicionado em decúbito lateral para facilitar a 
drenagem das secreções orais e a aspiração é realizada, quando necessário, para manter 
uma via respiratória patente e evitar aspiração. 
Cumpre ressaltar que a obstrução hipofaríngea (queda da língua) também confere 
risco de anoxia para esses pacientes. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra C. 
 
12. (Prefeitura de Santa Mariana-PR/FUNTEF-PR/2014) A Escala de Coma ou 
Escala de Glasgow é usada para analisar parâmetros de abertura ocular, resposta verbal 
e motora em pacientes atendidos em situações de emergência. Após esta análise é 
possível representar quantitativamente o nível de consciência da vítima. Sendo assim, 
ao se deparar com uma vítima que apresenta olhos fechados que só se abrem mediante 
um estímulo verbal, que não consegue articular palavras, emitindo apenas murmúrios, 
que localiza o estímulo doloroso e tenta escapar dele, retirando a região estimulada, o 
quadro encontrado é caracterizado como: 
 
a) Total da pontuação menor que 08, portanto vítima está em coma. 
b) Total da pontuação entre 09 e 13, portanto vítima com TCE moderado. 
c) Total da pontuação maior ou igual 08, portanto vítima com TCE leve. 
d) Total da pontuação maior que 08, portanto vítima está em coma. 
 
 
 
 
 
 
 
 Curso de Enfermagem p/ o Concurso da Rede Sarah 
 
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COMENTÁRIOS: 
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) define o nível de consciência mediante a 
observação do comportamento, baseando-se em um valor numérico. 
É o sistema de pontuação mais utilizado internacionalmente para avaliação de 
pacientes comatosos em cuidados intensivos. 
A ECG proporciona uma abordagem padronizada e universal para monitorar e 
avaliar os achados da avaliação neurológica. É um instrumento clínico 
com grande valor preditivo e sensibilidade para avaliar pacientes com alterações 
do nível de consciência em serviços de emergência. 
A ECG

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