Buscar

IMPLANTE V

Prévia do material em texto

Implantodontia 
Planejamento e Posicionamento dos Implantes 
 
 
Plano de Tratamento 
 
O principal objetivo de um plano de tratamento é 
estabelecer uma conduta lógica, organizada e 
progressiva com finalidade de reabilitar o paciente. 
É extremamente aconselhável traçar alternativas, 
opções primárias e secundárias. 
 
Exemplo: 
Paciente desdentado total com queixa de próteses 
sem retenção. 
 
• Alternativa 1: próteses totais fixas sob 
implantes 
 
• Alternativa 2: próteses totais removíveis sobre 
implante 
 
 
 
• Alternativa 3: próteses totais convencionais. 
 
 
 
OBS: entretanto, um tratamento que envolve 
implantes pode ter inúmeros passos além de 
inúmeros fatores adversos. 
 
 
Classificação de Misch 
Classificação e planos de tratamento para arcos 
parcialmente e totalmente desdentados em 
Implantodontia. 
 
1. Classificação de Arcos Desdentados 
 
• Objetivos: organizar os planos de 
tratamento de maneira objetiva e 
diferentes situações de edentulismo. 
 
• Princípio: através das dimensões de osso 
disponíveis, indicar a estratégia no 
segmento a ser restaurado. 
 
@ODONTO.BY.GIBBS – DIREITOS AUTORAIS 
 
• Tem semelhanças com as classificações de 
Kennedy e Applegate para PPR. 
 
1.1 Classe I 
Divisão A 
• Áreas edêntulas com osso abundante 
• Altura óssea adequada maior do que 10 mm 
• Espessura maior do que 6 mm 
• Altura da coroa menor que 15mm 
 
• A direção de carga oclusal fica dentro de 30 
graus em relação ao longo eixo do dente. 
 
 
Classe I: arcada parcialmente edêntula com áreas 
edêntulas posteriores bilaterais. 
 
 
 
Divisão B 
• Áreas edêntulas que possuam espessura óssea 
moderada, variando entre 2,5 a 6 mm 
 
• Altura óssea adequada para a instalação de 
implantes, maior do que 10mm. 
 
• A direção da carga oclusal fica dentro de 30 
graus, em relação ao longo eixo do implante. 
 
• Altura da coroa deve ser menor que 15 mm 
OBS: Opções cirúrgicas incluem a osteoplastia e / 
ou implantes de pequeno diâmetro e / ou aumento 
ósseo. 
 
 
Divisão C 
• Áreas edêntulas possuem osso inadequado. 
• Pouca espessura, pouca altura e comprimento 
• Altura da coroa deve ser maior que 15 mm 
 
• A direção da carga oclusal fica fora de 30 graus 
em relação ao longo eixo do implante. 
 
OBS: opções cirúrgicas incluem aumento ósseo, 
transposição ou lateralização do nervo alveolar 
inferior. 
 
 
 
 
Divisão D 
• Áreas edêntulas com osso extremamente 
reabsorvido. 
 
• Opções cirúrgicas incluem o aumento ósseo 
 
• Altura da coroa maior que 20 mm. 
 
 
OBS: quando áreas bilaterais não estão na mesma 
divisão, o lado direito deve ser descrito antes. 
 
 
 
 
1.2 Classe II 
Área edêntula unilateral em relação aos dentes 
remanescentes. Apresenta divisões de A até D 
também. 
 
 
 
1.3 Classe III 
 
Área edêntula posterior com remanescentes 
anteriores e posteriores. Também apresenta as 
divisões de A até D. 
 
 
 
 
1.4 Classe IV 
Área edêntula anterior, possuindo divisões de A até 
D. 
 
 
 
 
 
 
Considerações 
Sobre o plano de tratamento de acordo com as 
classificações e divisões: 
 
Regras Gerais 
 
• DIVISÃO A: instalação de implantes cujos 
comprimentos são limitados por estruturas 
anatômicas como seio maxilar e canal 
mandibular. Na região anterior é o ideal, 
principalmente por causa da estética. 
 
• DIVISÃO B: ter cuidado quando fazer 
osteotomia devido à proximidade do canal 
mandibular. Caso sejam utilizados implantes 
estreitos, será necessário utilizar mais 
implantes que se utilizaria em uma divisão A. 
Como regra, seria 1 implante para cada dente 
perdido. Deve-se evitar cantilever em classes I, 
II e III e realizar aumentos ósseos em caso de 
osso com baixa densidade e / ou parafunções 
para permitir implantes de maior diâmetro. Em 
classe IV, tomar muito cuidado com estética do 
tecido mole, porque é muito comum haver 
defeitos. O aumento tecidual é frequentemente 
necessário. 
 
 
 
 
 
• DIVISÃO C: a PPR pode ser uma solução mais 
viável. O aumento ósseo será frequentemente 
necessário, sendo que na região posterior 
superior, deve-se optar pelo levantamento do 
seio maxilar. Na região posterior inferior, fazer 
a lateralização ou transposição dos nervos pode 
ser viável. 
 
• DIVISÃO D: na mandíbula é menos comum. 
Ocorre após um trauma ou patologia. Pode-se 
tentar realizar um aumento ósseo. A divisão D é 
mais comum na maxila, onde na região 
posterior, pode ser feito o levantamento de 
seio ou implantes zigomáticos. Nas classes IV, 
podem ocorrer grandes limitações para atingir 
a estética satisfatória. 
 
 
 
 
 
Arcos Totalmente Edêntulos 
 
 
 
• Tipo 1: regiões posteriores e anteriores tem 
divisões semelhantes, por exemplo, tipo 1 
divisão A. 
 
• Tipo 2: regiões posteriores semelhantes entre 
si, mas diferentes da região anterior. 
 
• Tipo 3: regiões posteriores e anteriores 
diferentes entre si. 
 
 
 
Regras Gerais 
Para pacientes totalmente desdentados 
 
• Para prótese fixa: aumento do número de 
implantes e / ou comprimento. 
 
• Para removível: se possível PR4 
 
 
Posicionamento V – L 
 
• Anteriores superiores: o longo eixo do implante 
deve estar apontando para a incisal do 
antagonista inferior. 
 
• Posteriores superiores: o longo eixo do 
implante deve estar apontando para a cúspide 
vestibular (funcional) do antagonista inferior. 
 
• Anteriores inferiores: o longo eixo do implante 
deve estar apontado para o cíngulo do dente 
antagonista superior. 
 
• Posteriores inferiores: o longo eixo do implante 
deve estar apontando para a cúspide funcional 
(lingual) do antagonista superior. 
 
 
Posicionamento M – D 
 
 
Implantes Múltiplos 
 
Regras gerais dos espaços edêntulos múltiplos 
(posicionamento) 
• Evitar cantilever quando possível 
• Evitar 3 pônticos adjacentes 
• Caninos e 1°PM devem ser pilares 
• 1 implante em cada segmento* 
*No polígono de Roy.

Continue navegando