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Nutrição Clínica 2 Estudo Dirigido Revisão V2

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ED com revisão para V2 de Nutrição Clínica II 
 
 1) Classifique as Dislipidemias segundo Fredrikson e diga como deve ser o 
tratamento nutricional em cada uma delas. 
 R: As dislipidemias podem ser classificadas segundo Fredrikson da seguinte 
forma: 
Tipo I - aumento da lipoproteía Quilomícron no sangue. Esta lipoproteína carrega as 
gorduras (saturadas e insaturadas) da alimentação, logo uma pessoa com 
quilomicronemia (aumento de Qm no sangue) deve restringir qualquer tipo de gordura 
na alimentação. 
Tipo II a - aumento de LDL colesterol no sangue. Esta lipoproteína carrega as gorduras 
saturadas da alimentação, logo uma pessoa com hipercolesterolemia (aumento do 
LDL colesterol no sg) deve restringir gorduras de origem animal fontes de colesterol 
(carne vermelha gorda, pele de frango, vísceras, gema de ovo, manteiga, ...) e de 
gorduras TRANS (produtos com gordura hidrogenada, como biscoitos, bolos e pães 
recheados e industrializados) e aumentar o consumo de alimentos fontes de PUFAS 
(ômega 3 (salmão, linhaça, sardinha, chia, ..); ômega 6 (óleos vegetais)) e MUFAS 
(ômega 9 (azeite, abacate, oleaginosas (castanhas, nozes...)) pois elas retiram a 
deposição do LDL colesterol nas artérias . Além disso, convém tb aumentar o 
consumo de alimentos roxos e vermelhos pois são antioxidantes e fibras solúveis 
como glucanas (ex: aveia) e pectina (ex: bagaço e cascas de frutas), pois esse tipo de 
fibras reduzem o colesterol endógeno já que aumentam a excreção de sais biliares 
nas fezes, levando o fígado à capturar mais colesterol do sangue para resintetizar sais 
biliares. 
Tipo II b - aumento de LDL e VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a 
partir do excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve 
restringir gordura animal e carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, 
massas, refrigerantes, doces, ...além de produtos com gorduras TRANS como bolos, 
biscoitos recheados e amanteigados,... e aumentar o consumo de gorduras 
polinsaturadas como o ômega 3, por exemplo. 
Tipo IV - aumento de VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a partir 
do excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve 
restringir carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, massas, 
refrigerantes, doces, ...além de produtos com gorduras TRANS como bolos, biscoitos 
recheados e amanteigados,... 
 
 
2) Conceitue ICC, cite 3 sintomas da doença e 4 cuidados nutricionais 
R: ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva): Anormalidade no bombeamento de 
sangue para os órgãos levando a um comprometimento da função dos mesmos. 
Sintomas: dispnéia, flatulência (gases) e náuseas (enjôos). Cuidados nutricionais: 
atenção à restrição hídrica, dieta normocalórica, hiperprotéica, rica em potássio, 
magnésio, nutrientes antioxidantes e tiamina (vitamina B1) e pobre em sódio e cálcio. 
3) Como deve ser o tratamento nutricional de um pós-infartado? 
R: # Primeiro momento: Dieta Zero 
 # Quando o paciente estiver condições de se alimentar: 
 - Dieta Líquida nas primeiras 24 horas, seguida de pastosa e branda, hipossódica (2g 
de sal), hiperprotéica, hiperglicídica, pobre em alimentos fermentados, com volume 
dimunuído e fracionamento aumentado. 
 - Depois dieta pobre em colesterol e gorduras em geral (saturadas), estimulantes 
(café, chocolate, condimentos...), hipocalórica (obesos). 
 - Usar laxativos se necessário, a fim de previnir a flatulência. 
4) O que se entende por Intoxicação Digitálica, cite 2 causas e 2 sintomas e diga 
quais os minerais que devemos ter seu aporte aumentado 
R: Inibição da ATPase do músculo cardíaco (parada cardíaca), devido potencialização 
do efeito do digitálico (ex: digoxina) causada principalmente quando os níveis de 
potássio e magnésio caem bastante no sangue. Fatores desencadeadores: -
Hipocalemia (baixa de potássio), - Hipomagnesemia, - Hipercalcemia 
Sinais e sintomas: anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios visuais, 
diarréia, plenitude pós-prandial, alteração de ritmo cardíaco 
 
5) Caracterize a caquexia do câncer citando as alterações que podem 
comprometer a ingestão o estado nutricional do paciente. 
R: Síndrome de extremo catabolismo, glicogenólise, gliconeogênese (decorrente 
do alto consumo de glicose pela célula cancerosa), alteração de paladar conhecida 
como disgeusia (aversão ao sabor amargo e aumento do limiar para o doce, 
salgado e azedo), diarréia, náuseas, vômitos, má absorção de nutrientes. 
 
6) Cite 4 complicações do câncer ou de seu tratamento que podem comprometer 
a ingestão oral de nutrientes e cite 2 manejos nutricionais que devemos adotar 
para estimular a alimentação oral nestes casos. 
R: Mucosites: evitar alimentos ácidos e com temperaturas muito altas ou muito 
baixas 
Alteração do paladar: oferecer alimentos bem temperados e o prato deve estar 
com a combinação de alimentos bem colorida e se possível usar talheres de 
plástico ao invés dos de metal 
Diarréia: evitar alimentos gordurosos. Oferecer fibras solúveis, como pectina 
Xerostomia: oferecer sopas, caldos e evitar alimentos muito farináceo e chupar 
balas azedas 
 
7) Cite 4 complicações pós-queimadura, lembrando que é um grande trauma. 
Qual o momento exato de iniciar o tratamento nutricional no paciente queimado 
e o que devemos levar em conta ao escolher a via alimentar, além dos 
parâmetros de escolha tradicionais. 
R: Úlceras de Curling (úlceras duodenais provocadas pelo alto grau de estresse 
metabólico), Taquipnéia (respiração ofegante), Hiperglicemia (devido elevação de 
cortisol e glucagon que aumentam a resistência da insulina além de serem 
catabólicos estimulando a glicólise e glicogenólise), Edema (devido elevação da 
aldosterona que eleva a retenção de água e sódio, além da queda nos níveis de 
albumina no sangue que também vai dar edema. Essa queda nos níveis de 
albumina acontece pois o fígado fica muito ocupado em produzir proteínas de fase 
aguda ou proteínas de inflamação que tentam controlar o processo inflamatório e 
de estresse para evitar a cascata de citocinas (elevação de mediadores 
inflamatórios que o corpo produz mas que gera uma série de efeitos colaterais 
como hipercoagulação, hiperglicemia, febre, ...). Iniciar alimentação somente após 
reposição hidroeletrolítica e estabilidade hemodinâmica. Devemos levar em conta 
a SCQ, pois se esta for maior que 30% deve ser indicado um suporte nutricional, 
mesmo que o paciente esteja em uso de via oral, deve ser dado os suplementos 
de caixinha (cerca de 2x ao dia (1 de manhã e outra à noite) 
 
8) Que fórmulas exclusivas do queimado, podemos utilizar para estimar as 
calorias e a quantidade de proteínas de pacientes queimados adultos? 
R: Estimativa de Calorias segundo Curreri: (25 kcal x Kg) + (40 kcal x % SCQ) 
Estimativa de proteínas: (1g x Kg) + (3g x %SCQ) 
 
9) Caracterize as fases do trauma. 
R: A resposta metabólica ao trauma pode dividir-se em duas fases: fase EBB e 
fase FLOW. A fase EBB ocorre logo após o trauma e pode permanecer de 24 a 48 
horas. Caracteriza-se pela presença de choque hipovolêmico e pode estar 
associada à perda volêmica que muitas vezes acompanha o trauma (hemorragia). 
O consumo de oxigênio cardíaco e sistêmico e a pressão arterial se reduzem, com 
conseqüente diminuição da perfusão tecidual. Ocorre diminuição da taxa 
metabólica e da temperatura corporal que refletem um possível mecanismo de 
proteção ao período de instabilidade hemodinâmica. 
Conforme ocorre estabilização hemodinâmica, a fase EBB é substituída pela 
fase FLOW que se divide em aguda e adaptativa. Na fase aguda predomina o 
catabolismo. Níveis hormonais relacionados ao estresse catabólico 
(glicocorticóides, glucagon e catecolaminas) aumentam associados a outros 
mediadores como citocinas e eicosanóides. O catabolismo do tecido muscular 
fornece aminoácidos para a gliconeogênese e síntese hepática de proteínas de 
fase aguda. 
 
10) Cite 2 modificações no metabolismo das proteínas,carboidratos e 
lipídios decorrentes do trauma. 
R: Metabolismo protéico 
 - Proteólise (levando ao aumento do catabolismo muscular e visceral e da 
excreção de Nitrogênio o que gera balanço nitrogenado negativo nestes pacientes) 
 - Aumento da mobilização de aminoácidos ramificados e glutamina pelo 
músculo 
Metabolismo dos carboidratos 
 - Aumento da mobilização de glicose (glicogenólise hepática e muscular (até 
24 h após o trauma, depois ocorre a gliconeogênese, p/ produção de energia p/ 
cérebro, méd. óssea) 
 - Redução da velocidade de infusão da glicose gerando elevação da glicemia 
(devido a redução da ação da insulina provocado pelo aumento de cortisol e glucagon 
que são hormônios de estresse metabólico) 
Metabolismo dos lipídios 
 - Aumento da oxidação de gordura e da formação de corpos cetônicos que vão 
ser utilizados como fonte de energia, 
 - Aumento de AG livres, triglicerídeos 
 
11) Como deve ser a recomendação de energia e macronutrientes de um 
paciente politraumatizado? 
 R: Necessidades energéticas: 20 a 30 Kcal/Kg /dia (peso seco), sempre 
iniciamos com dieta normocalórica e depois para recuperar o peso a dieta vai ficando 
hipercalórica 
 Necessidades de carboidratos: No máximo 5g/Kg/dia. Nomoglicídica, as se houver 
necessidade de subir para mais de 60% deve-se priorizar os carboidratos com fibras 
 Necessidades de proteínas: 1,5 a 2,0g/Kg/dia 
 Necessidades de lipídios: No máximo 1,5g/kg/dia. P/doentes c/insuficiência 
respiratória, a oferta de lipídios pode ser de 45 a 55% com o objetivo de reduzir a 
produção de CO2 pela oxidação da glicose e poupar o trabalho respiratório. Oferecer 
W3, precurssor de EPA e DHA que produzem prostaglandinas antiinflamatórias. 
 
12) Cite 3 efeitos colaterais da TARV (Terapia anti-retroviral) da AIDS 
R: Lipodistrofia: acúmulo de tecido adiposo na região abdominal e atrás do 
pescoço (giba) e perda acentuada de tecido muscular nas nádegas, pernas, 
braços, peitoral e rosto 
 Dislipidemias: pois os inibidores de proteases que é um tipo de medicamento 
do coquetel TARV reduz 50% da ação da lipase lipoprotéica, enzima que auxilia a 
metabolização de gorduras 
Diarréia: evitar alimentos gordurosos, leite e derivados, doces concentrados. 
Oferecer fibras solúveis, como pectina 
Xerostomia: Boca seca e saliva arenosa. Oferecer sopas, caldos, frutas cítricas 
e evitar alimentos muito farináceo. 
 
13) Qual a recomendação de proteínas para um aidético? 
R: Recomenda-se cerca de 1 a 1,4g/Kg/dia para manutenção e 1,5 a 2,0g/Kg/dia 
para repleção (em crise, ou seja em situação de replicação acentuada do vírus 
gerando estresse metabólico alto e queda brusca da imunidade, já que o vírus HIV 
ataca as células CD4 dos linfócitos T de imunidade) 
 
 14) Cite 5 nutrientes imunomoduladores usados no tratamento nutricional 
d e pacientes em situações de alto grau de estresse metabólico como o 
aidético em replicação acentuada do vírus, o canceroso em fase avançada, o 
politraumatizado, etc e cite 2 funções de cada um. 
 R: Glutamina. É um aminoácido não essencial , que desempenha papel 
importante na transferência de nitrogênio entre os tecidos. Na AIDS a glutamina é 
fundamental como substrato para células da mucosa intestinal , pois previne a 
atrofia da mucosa controlando melhor os quadros diarréicos, melhora a absorção 
de nutrientes e previne ou evita a translocação bacteriana. 
• Arginina. Aumenta a síntese de colágeno , acelerando o processo de 
cicatrização e retenção de nitrogênio após lesões. 
Por sua ação na síntese proteica , estimula a produção hormonal e aumenta a 
ativação de linfócitos. 
• Zinco. Estimula a produção de leucócitos , combate os radicais livres , é 
essencial para a mobilização da vitamina A do fígado. 
Na AIDS sua carência pode ocorrer devido ao hipermetabolismo , má absorção , 
stress , diarréia e baixa ingestão. 
• Selênio. Atua como controlador dos níveis de radicais livres , evitando danos 
nas membranas celulares. Sua deficiência também compromete a atividade 
bactericida dos neutrófilos. 
• Cobre. Participa do metabolismo ósseo , cabelo e pele. 
É importante na produção de hemácias e também tem ação antioxidante. 
 
15) Para que serve o Clearance de Creatinina? 
R: Serve para avaliar a taxa de filtração renal e formação de urina. Também funciona 
como um indicador de terapia dialítica. 
 
16) Cite 6 características metabólicas em um paciente com insuficiência renal 
 R: Anemia, devido a falta de eritropoietina; hipocalcemia, devido a falta da 
vitamina D ativa; descontrole da pressão arterial devido a falta de renina e 
comprometimento do sistema renina-angiotensina; hipercalemia (acúmulo de potássio 
no sangue pois o rim não consegue eliminar); azotemia ou uremia (acúmulo de 
amônia, creatinina, ácido úrico, uréia no sangue) e baixa metabolização de 
aminoácidos essenciais. 
 
 
17) Caracterize as diferentes formas de diálise renal incluindo a diferença de 
recomendação protéica. 
 R: Hemodiálise: 1,2 a 1,4g/Kg/dia (recomendação de proteínas), restrição de 
1000ml de líquidos e reposição de vitaminas hidrossolúveis que são perdidas no 
líquido de diálise 
A hemodiálise vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais 
minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. Em geral, é 
realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o 
auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. 
Diálise Peritoneal (1,3 a 1,5g/Kg/dia), restrição de 1000ml de líquidos e reposição de 
vitaminas hidrossolúveis 
A diálise peritoneal funciona de maneira diferente. A invés de utilizar um filtro 
artificial para “limpar” o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana 
localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação 
de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um 
soro na cavidade abdominal. Após um período de permanência do banho de diálise na 
cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas, e é então retirado, 
sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. 
 
18) No tratamento conservador como deve ser a recomendação de energia e 
de macronutrientes e micronutrientes? 
 R: Pacientes em tratamento conservador (não-dialítico) 
✓ VET: 30 a 35 kcal/kg/dia 
✓ Carboidratos: 55% a 65% 
✓ Lipídios: 30% a 35% 
✓ Proteínas: A oferta de proteínas deve ser 0,8 g/kg para TFG > 55ml e 0,6 g/kg 
p/ TFG 25 a 54 ml (tolerável até 0,75 g/kg) e 0,3g/kg + suplementação de aa 
essenciais e/ou cetoácidos* para TFG menor que 25ml. Cerca de 50% a 60% 
da oferta proteica deve ser de AVB. A dieta hipoprotéica suplementada com 
uma mistura de cetoácidos e aminoácidos essenciais parece melhorar os 
sintomas urêmicos, as alterações metabólicas, corrigir a proteinúria ao mesmo 
tempo que promove manutenção de estado nutricional adequado. 
✓ Não precisa restringir líquidos 
✓ Restringir sódio, potássio e fósforo (presentes na abóbora, peixes, oleaginosas, 
leguminosas, aveia, fígado) 
✓ Aumentar o aporte de cálcio, zinco, ferro, simbióticos, vitamina B6, B9 e B12 
(para síntese de células vermelhas), nutrientes antioxidantes. 
 
19) Qual a relação entre o excesso de vitamina C e a nefrolitíase? 
R: O excesso da ingestão de vitamina C leva a uma acentuada formação 
intestinal de oxalato de cálcio e conseqüentemente de sua excreção urinária 
favorecendo a formação de cálculos renais. 
 
20) Cite 3 recomendações nutricionais para portadores de cálculos renais de 
ácido úrico e 3 para portadores de cálculo de oxalato de cálcio. 
R: Ácido Úrico: evitar alimentos ricos em purina (carnes vermelhas, vísceras, 
sardinha, caldos de carne e galinha, ...); aumentar a hidratação e o consumo de 
alimentos que alcalinizem a urina, como frutas, legumes. 
 Oxalato de cálcio: evitar alimentos ricos em ácido oxálico (chocolate, tomate, 
espinafre, acelaga, ...); aumentar a hidratação e o consumo de alimentos ricos em 
potássioe que acidifiquem a urina, como carnes e cereais. 
 
21) Diferencie Síndrome Nefrótica da Síndrome Nefrítica ou GNDA e cite 
como deve ser a oferta calórica e protéica em cada uma destas patologias 
R: Síndrome nefrítica é uma inflamação no glomérulo caracterizada por hematúria, 
leve proteinúria, febre, edema, HAS e oligúria que pode ser decorrente de 
infecções recorrentes por bactérias do gênero cocus. A dieta deve ser restrita em 
sódio, hipercalórica, normo a hiperprotéica, normoglicídica e normo a hipolipídica, 
rica em nutrientes antiinflamatórios como ômega 3, alho, gengibre. 
Síndrome nefrótica é uma doença que afeta de forma acentuada a pressão 
oncótica levando a proteinúria maciça, albuminúria e conseqüentemente 
dislipidemias. A dieta deve ser adequada em calorias (normocalórica) podendo em 
casos de baixo peso elevar um pouco as calorias já que doenças que afetam os 
rins podem gerar emagrecimento pois são de estresse metabólico alto, 
hipoprotéica com reposição de 1g de ptn AVB para cada 5 gramas de proteína 
perdida na urina, normoglicídica, hipolipídica (restringir gorduras saturadas e 
TRANS pois devido a grande perda de proteínas a metabolização de gorduras fica 
comprometida gerando elevação principalmente de colesterol no sangue) e restrita 
em sódio 
 
22) Como deve ser o planejamento dietoterápico de uma pessoa portadora do 
mal de Parkinson, enfatizando a recomendação de proteínas? 
R: Normocalórica: VET: 26 a 34Kcal x Kg. Em muitos casos precisará utilizar 
suplementos calóricos (ex: Nutridrink sem sabor); 
 Normoprotéica cerca de 0,8 a 1,0g x Kg. Estudos sugerem uma restrição 
protéica (cerca de 10g de proteína) durante o dia e uma recomendação de acordo 
com a RDA para o período noturno, alegando que este esquema melhoraria a ação 
do levedopa (medicação tomada durante o dia), pois este medicamento compete 
com o mesmo sítio de absorção que os aminoácidos 
 Normoglicídica (priorizar carboidratos complexos) e Normolipídica (priorizar 
as gorduras PUFAS e MUFAS) 
 
✓ Com o avanço da doença a rigidez muscular acaba dificultando os movimentos 
de cabeça e pescoço e a alimentação pode tornar-se muito vagarosa. Pode 
acontecer disfagia e até mesmo líquidos ralos (ex: água, refrescos) precisarão 
ser espessados para evitar engasgos (ex. de espessantes: Thick easy; Nutilis). 
Com o avanço da doença podem precisar de GTT 
 
23) Cite alguns cuidados nutricionais para uma pessoa com Doença de 
Alzheimer 
 R: suplementar nutrientes antioxidantes (selênio, vitaminas C, E, A e 
carotenóides como o betacaroteno, luteína e zeaxantina (esses 2 últimos 
presentes em grande quantidade na gema do ovo) 
 suplementar vitamina B12, B9 e B6 para reduzir o acúmulo de 
homocisteína nas artérias cerebrais e também junto com a vitamina C ajudam na 
síntese de neurotransmissores como dopamina) 
 uso de simbióticos. Povilhar farelo de aveia, ou farinha de linhaça, ou 
alguma outra farinha integral em frutas ou nas grandes refeições para prevenir 
constipação 
 ômega 3 (o DHA atua na saúde dos neurônios, para o desenvolvimento 
cerebral e na neurotransmissão) 
 vitamina D (existem receptores de vit D no cérebro que atuam na formação 
de novas memórias) 
 consumo de café e chás pode ter um papel protetor contra o declínio 
cognitivo, doença de Alzheimer e demência 
 evitar o uso frequente de panelas de alumínio e minimizar a ingestão de 
antiácidos, fermento em pó 
 dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative 
Delay). Esta dieta baseia-se na limitação de sódio, produtos industrializados 
origem animal e dos alimentos com elevado teor de gordura saturada e gorduras 
TRANS e o incentivo ao consumo de vegetais verdes-escuros, oleaginosas, 
peixes, aves, azeite, frutas roxas, abacate, cereais integrais. 
 
24) O que é uma dieta cetogênica? No tratamento de qual patologia ela é 
útil? Caracterize o planejamento nutricional desta dieta. 
R: É uma dieta composta basicamente por lipídios. É utilizada por crianças com 
crises recorrentes de epilepsia. Seu planejamento consiste: cerca de 75 a 90% do 
VET é composto por lipídios o resto é completado pelas proteínas (a oferta segue 
a recomendação da RDA) e carboidratos. 
 
25) Conceitue Esclerose Múltipla, Mal de Lou Gehrig, Síndrome de Guillain-
Barré e Miastenia Grave e caracterize o tratamento nutricional destas 
patologias. 
 R: Esclerose Múltipla é a degeneração da bainha de mielina. A dieta deve ser 
hipocalórica, hipolipídica mas com alto teor de W6, hipoalergênica e restrita em 
carboidratos simples. 
 Mal de Lou Gehrig é a destruição progressiva dos nervos motores. Para a dieta 
deve-se: evitar alimentos secos farelentos, pois podem causar engasgo no paciente, 
devido à redução no peristaltismo bucal.; evitar alimentos duros (ex: bife ou vegetais 
crus). Devido à disfagia até os líquidos finos podem ser difíceis de serem engolidos. 
Nestes casos indica-se a alimentação enteral. A parenteral não é necessária, pois o 
paciente com esta patologia usualmente apresenta o TGI funcionante. Uma sonda 
naso-gástrica pode ser a opção para a nutrição a curto prazo. Deve-se aumentar o 
consumo de fibras por causa da constipação 
 Síndrome de Guillain-Barré é a destruição dos nervos periféricos.Na dieta 
deve-se evitar excesso de carboidratos, principalmente os simples, pois estes 
pacientes freqüentemente vão estar em respirador mecânico. Ao mesmo tempo a dieta 
deve ser hiperprotéica e normo a hiperlipídica (de acordo com a adequação do VET). 
 O uso de suporte enteral pode se tornar necessário por causa da disfagia. 
 Miastenia Grave caracteriza-se por fraqueza dos músculos esqueléticos 
principalmente os da face comprometendo mastigação pois esta se torna muito 
vagarisa. Refeições de consistência líquida a pastosa devem ser mais fracionadas e 
menos volumosas. Um período de descanso de meia hora antes das refeições diminui 
a fadiga na hora das refeições, por isso o café da manhã deve ser a refeição mais 
densa, pois o período de descanso muscular foi maior. 
 
26) Conceitue LES, cite 4 manifestações clínicas e caracterize seu tratamento. 
 R: LES (Lupús Eritomatoso Sistêmico) é uma doença autoimune onde o 
sistema imunológico produz um anticorpo que ataca as células do organismo. Se 
manifesta por manchas na pele e hipersensibilidade ao sol, dores articulares e 
insuficiência renal. Não existe um tratamento nutricional específico para o lupus, mas 
devido a terapia com corticóides, dieta normocalórica, normoprotéica, normoglicídica 
(restrita em carboidratos refinados, pois estes pacientes tendem a apresentar 
dislipidemia do tipo IV (aumento de TG endógenos) e resistência insulínica) e 
hipolipídica (priorizando PUFAS e MUFAS). A dieta também deve ser restrita em sódio 
(por causa do edema e HAS) e xenobióticos e rica em ômega 3, simbióticos, nutrientes 
antioxidantes. 
 
27) Diferencie Gota de Artrite Reumatóide e cite 3 características do 
tratamento nutricional de cada uma destas patologias 
R: Gota é o acúmulo de ácido úrico nas articulações gerando inflamação que 
se inicia nos pés e vai acometendo outras articulações, enquanto que a artrite 
reumatóide é uma inflamação nas articulações que acomete principalmente as 
interfalanges das mãos. 
Tratamento nutricional na gota é evitar alimentos ricos em purina (ex: vísceras, 
sardinha, bacalhau, frutos do mar, carne vermelha, tomate, feijão preto), em sódio e 
em gorduras e para a artrite reumatóide a dieta deve ser normocalórica, hiperprotéica 
(1,5 a 2,0g/Kg), normolipídica rica em W3 e normoglicídica. Deve-se aumentar a oferta 
de alimentos antiinflamatórios (chá de semente de sucupira, extrato de romã, 
gengibre, alho, cebola, …), suplementar colágeno junto com silício e v itamina C e 
também pode prescrever glicosamina + condroitina, ótimos para regenerar cartilagem. 
 
28) Diferencie Osteoartrose de Osteoporose. Cite 4 recomendações 
nutricionais para pacientescom osteoporose. 
 R: Osteoartrose é o desgaste da cartilagem articular e osteoporose é a 
desmineralização óssea. Alimentos ricos em Ca e vitamina D como folhosos verde-
escuros (exceto espinafre); leite e derivados (prefira iogurtes e leite integral ou semi-
desnatado, pois o cálcio é melhor absorvido em meio ácido e com vitamina D que é 
veiculada através da gordura do leite e derivados), soja, orégano, sardinha, salmão

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