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ED com revisão para V2 de Nutrição Clínica II 1) Classifique as Dislipidemias segundo Fredrikson e diga como deve ser o tratamento nutricional em cada uma delas. R: As dislipidemias podem ser classificadas segundo Fredrikson da seguinte forma: Tipo I - aumento da lipoproteía Quilomícron no sangue. Esta lipoproteína carrega as gorduras (saturadas e insaturadas) da alimentação, logo uma pessoa com quilomicronemia (aumento de Qm no sangue) deve restringir qualquer tipo de gordura na alimentação. Tipo II a - aumento de LDL colesterol no sangue. Esta lipoproteína carrega as gorduras saturadas da alimentação, logo uma pessoa com hipercolesterolemia (aumento do LDL colesterol no sg) deve restringir gorduras de origem animal fontes de colesterol (carne vermelha gorda, pele de frango, vísceras, gema de ovo, manteiga, ...) e de gorduras TRANS (produtos com gordura hidrogenada, como biscoitos, bolos e pães recheados e industrializados) e aumentar o consumo de alimentos fontes de PUFAS (ômega 3 (salmão, linhaça, sardinha, chia, ..); ômega 6 (óleos vegetais)) e MUFAS (ômega 9 (azeite, abacate, oleaginosas (castanhas, nozes...)) pois elas retiram a deposição do LDL colesterol nas artérias . Além disso, convém tb aumentar o consumo de alimentos roxos e vermelhos pois são antioxidantes e fibras solúveis como glucanas (ex: aveia) e pectina (ex: bagaço e cascas de frutas), pois esse tipo de fibras reduzem o colesterol endógeno já que aumentam a excreção de sais biliares nas fezes, levando o fígado à capturar mais colesterol do sangue para resintetizar sais biliares. Tipo II b - aumento de LDL e VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a partir do excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve restringir gordura animal e carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, massas, refrigerantes, doces, ...além de produtos com gorduras TRANS como bolos, biscoitos recheados e amanteigados,... e aumentar o consumo de gorduras polinsaturadas como o ômega 3, por exemplo. Tipo IV - aumento de VLDL (lipoproteína que transporta TG produzidos no fígado a partir do excesso de glicose no sangue), logo uma pessoa com esta dislipidemia deve restringir carboidratos simples como açúcar, arroz e pães brancos, massas, refrigerantes, doces, ...além de produtos com gorduras TRANS como bolos, biscoitos recheados e amanteigados,... 2) Conceitue ICC, cite 3 sintomas da doença e 4 cuidados nutricionais R: ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva): Anormalidade no bombeamento de sangue para os órgãos levando a um comprometimento da função dos mesmos. Sintomas: dispnéia, flatulência (gases) e náuseas (enjôos). Cuidados nutricionais: atenção à restrição hídrica, dieta normocalórica, hiperprotéica, rica em potássio, magnésio, nutrientes antioxidantes e tiamina (vitamina B1) e pobre em sódio e cálcio. 3) Como deve ser o tratamento nutricional de um pós-infartado? R: # Primeiro momento: Dieta Zero # Quando o paciente estiver condições de se alimentar: - Dieta Líquida nas primeiras 24 horas, seguida de pastosa e branda, hipossódica (2g de sal), hiperprotéica, hiperglicídica, pobre em alimentos fermentados, com volume dimunuído e fracionamento aumentado. - Depois dieta pobre em colesterol e gorduras em geral (saturadas), estimulantes (café, chocolate, condimentos...), hipocalórica (obesos). - Usar laxativos se necessário, a fim de previnir a flatulência. 4) O que se entende por Intoxicação Digitálica, cite 2 causas e 2 sintomas e diga quais os minerais que devemos ter seu aporte aumentado R: Inibição da ATPase do músculo cardíaco (parada cardíaca), devido potencialização do efeito do digitálico (ex: digoxina) causada principalmente quando os níveis de potássio e magnésio caem bastante no sangue. Fatores desencadeadores: - Hipocalemia (baixa de potássio), - Hipomagnesemia, - Hipercalcemia Sinais e sintomas: anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios visuais, diarréia, plenitude pós-prandial, alteração de ritmo cardíaco 5) Caracterize a caquexia do câncer citando as alterações que podem comprometer a ingestão o estado nutricional do paciente. R: Síndrome de extremo catabolismo, glicogenólise, gliconeogênese (decorrente do alto consumo de glicose pela célula cancerosa), alteração de paladar conhecida como disgeusia (aversão ao sabor amargo e aumento do limiar para o doce, salgado e azedo), diarréia, náuseas, vômitos, má absorção de nutrientes. 6) Cite 4 complicações do câncer ou de seu tratamento que podem comprometer a ingestão oral de nutrientes e cite 2 manejos nutricionais que devemos adotar para estimular a alimentação oral nestes casos. R: Mucosites: evitar alimentos ácidos e com temperaturas muito altas ou muito baixas Alteração do paladar: oferecer alimentos bem temperados e o prato deve estar com a combinação de alimentos bem colorida e se possível usar talheres de plástico ao invés dos de metal Diarréia: evitar alimentos gordurosos. Oferecer fibras solúveis, como pectina Xerostomia: oferecer sopas, caldos e evitar alimentos muito farináceo e chupar balas azedas 7) Cite 4 complicações pós-queimadura, lembrando que é um grande trauma. Qual o momento exato de iniciar o tratamento nutricional no paciente queimado e o que devemos levar em conta ao escolher a via alimentar, além dos parâmetros de escolha tradicionais. R: Úlceras de Curling (úlceras duodenais provocadas pelo alto grau de estresse metabólico), Taquipnéia (respiração ofegante), Hiperglicemia (devido elevação de cortisol e glucagon que aumentam a resistência da insulina além de serem catabólicos estimulando a glicólise e glicogenólise), Edema (devido elevação da aldosterona que eleva a retenção de água e sódio, além da queda nos níveis de albumina no sangue que também vai dar edema. Essa queda nos níveis de albumina acontece pois o fígado fica muito ocupado em produzir proteínas de fase aguda ou proteínas de inflamação que tentam controlar o processo inflamatório e de estresse para evitar a cascata de citocinas (elevação de mediadores inflamatórios que o corpo produz mas que gera uma série de efeitos colaterais como hipercoagulação, hiperglicemia, febre, ...). Iniciar alimentação somente após reposição hidroeletrolítica e estabilidade hemodinâmica. Devemos levar em conta a SCQ, pois se esta for maior que 30% deve ser indicado um suporte nutricional, mesmo que o paciente esteja em uso de via oral, deve ser dado os suplementos de caixinha (cerca de 2x ao dia (1 de manhã e outra à noite) 8) Que fórmulas exclusivas do queimado, podemos utilizar para estimar as calorias e a quantidade de proteínas de pacientes queimados adultos? R: Estimativa de Calorias segundo Curreri: (25 kcal x Kg) + (40 kcal x % SCQ) Estimativa de proteínas: (1g x Kg) + (3g x %SCQ) 9) Caracterize as fases do trauma. R: A resposta metabólica ao trauma pode dividir-se em duas fases: fase EBB e fase FLOW. A fase EBB ocorre logo após o trauma e pode permanecer de 24 a 48 horas. Caracteriza-se pela presença de choque hipovolêmico e pode estar associada à perda volêmica que muitas vezes acompanha o trauma (hemorragia). O consumo de oxigênio cardíaco e sistêmico e a pressão arterial se reduzem, com conseqüente diminuição da perfusão tecidual. Ocorre diminuição da taxa metabólica e da temperatura corporal que refletem um possível mecanismo de proteção ao período de instabilidade hemodinâmica. Conforme ocorre estabilização hemodinâmica, a fase EBB é substituída pela fase FLOW que se divide em aguda e adaptativa. Na fase aguda predomina o catabolismo. Níveis hormonais relacionados ao estresse catabólico (glicocorticóides, glucagon e catecolaminas) aumentam associados a outros mediadores como citocinas e eicosanóides. O catabolismo do tecido muscular fornece aminoácidos para a gliconeogênese e síntese hepática de proteínas de fase aguda. 10) Cite 2 modificações no metabolismo das proteínas,carboidratos e lipídios decorrentes do trauma. R: Metabolismo protéico - Proteólise (levando ao aumento do catabolismo muscular e visceral e da excreção de Nitrogênio o que gera balanço nitrogenado negativo nestes pacientes) - Aumento da mobilização de aminoácidos ramificados e glutamina pelo músculo Metabolismo dos carboidratos - Aumento da mobilização de glicose (glicogenólise hepática e muscular (até 24 h após o trauma, depois ocorre a gliconeogênese, p/ produção de energia p/ cérebro, méd. óssea) - Redução da velocidade de infusão da glicose gerando elevação da glicemia (devido a redução da ação da insulina provocado pelo aumento de cortisol e glucagon que são hormônios de estresse metabólico) Metabolismo dos lipídios - Aumento da oxidação de gordura e da formação de corpos cetônicos que vão ser utilizados como fonte de energia, - Aumento de AG livres, triglicerídeos 11) Como deve ser a recomendação de energia e macronutrientes de um paciente politraumatizado? R: Necessidades energéticas: 20 a 30 Kcal/Kg /dia (peso seco), sempre iniciamos com dieta normocalórica e depois para recuperar o peso a dieta vai ficando hipercalórica Necessidades de carboidratos: No máximo 5g/Kg/dia. Nomoglicídica, as se houver necessidade de subir para mais de 60% deve-se priorizar os carboidratos com fibras Necessidades de proteínas: 1,5 a 2,0g/Kg/dia Necessidades de lipídios: No máximo 1,5g/kg/dia. P/doentes c/insuficiência respiratória, a oferta de lipídios pode ser de 45 a 55% com o objetivo de reduzir a produção de CO2 pela oxidação da glicose e poupar o trabalho respiratório. Oferecer W3, precurssor de EPA e DHA que produzem prostaglandinas antiinflamatórias. 12) Cite 3 efeitos colaterais da TARV (Terapia anti-retroviral) da AIDS R: Lipodistrofia: acúmulo de tecido adiposo na região abdominal e atrás do pescoço (giba) e perda acentuada de tecido muscular nas nádegas, pernas, braços, peitoral e rosto Dislipidemias: pois os inibidores de proteases que é um tipo de medicamento do coquetel TARV reduz 50% da ação da lipase lipoprotéica, enzima que auxilia a metabolização de gorduras Diarréia: evitar alimentos gordurosos, leite e derivados, doces concentrados. Oferecer fibras solúveis, como pectina Xerostomia: Boca seca e saliva arenosa. Oferecer sopas, caldos, frutas cítricas e evitar alimentos muito farináceo. 13) Qual a recomendação de proteínas para um aidético? R: Recomenda-se cerca de 1 a 1,4g/Kg/dia para manutenção e 1,5 a 2,0g/Kg/dia para repleção (em crise, ou seja em situação de replicação acentuada do vírus gerando estresse metabólico alto e queda brusca da imunidade, já que o vírus HIV ataca as células CD4 dos linfócitos T de imunidade) 14) Cite 5 nutrientes imunomoduladores usados no tratamento nutricional d e pacientes em situações de alto grau de estresse metabólico como o aidético em replicação acentuada do vírus, o canceroso em fase avançada, o politraumatizado, etc e cite 2 funções de cada um. R: Glutamina. É um aminoácido não essencial , que desempenha papel importante na transferência de nitrogênio entre os tecidos. Na AIDS a glutamina é fundamental como substrato para células da mucosa intestinal , pois previne a atrofia da mucosa controlando melhor os quadros diarréicos, melhora a absorção de nutrientes e previne ou evita a translocação bacteriana. • Arginina. Aumenta a síntese de colágeno , acelerando o processo de cicatrização e retenção de nitrogênio após lesões. Por sua ação na síntese proteica , estimula a produção hormonal e aumenta a ativação de linfócitos. • Zinco. Estimula a produção de leucócitos , combate os radicais livres , é essencial para a mobilização da vitamina A do fígado. Na AIDS sua carência pode ocorrer devido ao hipermetabolismo , má absorção , stress , diarréia e baixa ingestão. • Selênio. Atua como controlador dos níveis de radicais livres , evitando danos nas membranas celulares. Sua deficiência também compromete a atividade bactericida dos neutrófilos. • Cobre. Participa do metabolismo ósseo , cabelo e pele. É importante na produção de hemácias e também tem ação antioxidante. 15) Para que serve o Clearance de Creatinina? R: Serve para avaliar a taxa de filtração renal e formação de urina. Também funciona como um indicador de terapia dialítica. 16) Cite 6 características metabólicas em um paciente com insuficiência renal R: Anemia, devido a falta de eritropoietina; hipocalcemia, devido a falta da vitamina D ativa; descontrole da pressão arterial devido a falta de renina e comprometimento do sistema renina-angiotensina; hipercalemia (acúmulo de potássio no sangue pois o rim não consegue eliminar); azotemia ou uremia (acúmulo de amônia, creatinina, ácido úrico, uréia no sangue) e baixa metabolização de aminoácidos essenciais. 17) Caracterize as diferentes formas de diálise renal incluindo a diferença de recomendação protéica. R: Hemodiálise: 1,2 a 1,4g/Kg/dia (recomendação de proteínas), restrição de 1000ml de líquidos e reposição de vitaminas hidrossolúveis que são perdidas no líquido de diálise A hemodiálise vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. Em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Diálise Peritoneal (1,3 a 1,5g/Kg/dia), restrição de 1000ml de líquidos e reposição de vitaminas hidrossolúveis A diálise peritoneal funciona de maneira diferente. A invés de utilizar um filtro artificial para “limpar” o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas, e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. 18) No tratamento conservador como deve ser a recomendação de energia e de macronutrientes e micronutrientes? R: Pacientes em tratamento conservador (não-dialítico) ✓ VET: 30 a 35 kcal/kg/dia ✓ Carboidratos: 55% a 65% ✓ Lipídios: 30% a 35% ✓ Proteínas: A oferta de proteínas deve ser 0,8 g/kg para TFG > 55ml e 0,6 g/kg p/ TFG 25 a 54 ml (tolerável até 0,75 g/kg) e 0,3g/kg + suplementação de aa essenciais e/ou cetoácidos* para TFG menor que 25ml. Cerca de 50% a 60% da oferta proteica deve ser de AVB. A dieta hipoprotéica suplementada com uma mistura de cetoácidos e aminoácidos essenciais parece melhorar os sintomas urêmicos, as alterações metabólicas, corrigir a proteinúria ao mesmo tempo que promove manutenção de estado nutricional adequado. ✓ Não precisa restringir líquidos ✓ Restringir sódio, potássio e fósforo (presentes na abóbora, peixes, oleaginosas, leguminosas, aveia, fígado) ✓ Aumentar o aporte de cálcio, zinco, ferro, simbióticos, vitamina B6, B9 e B12 (para síntese de células vermelhas), nutrientes antioxidantes. 19) Qual a relação entre o excesso de vitamina C e a nefrolitíase? R: O excesso da ingestão de vitamina C leva a uma acentuada formação intestinal de oxalato de cálcio e conseqüentemente de sua excreção urinária favorecendo a formação de cálculos renais. 20) Cite 3 recomendações nutricionais para portadores de cálculos renais de ácido úrico e 3 para portadores de cálculo de oxalato de cálcio. R: Ácido Úrico: evitar alimentos ricos em purina (carnes vermelhas, vísceras, sardinha, caldos de carne e galinha, ...); aumentar a hidratação e o consumo de alimentos que alcalinizem a urina, como frutas, legumes. Oxalato de cálcio: evitar alimentos ricos em ácido oxálico (chocolate, tomate, espinafre, acelaga, ...); aumentar a hidratação e o consumo de alimentos ricos em potássioe que acidifiquem a urina, como carnes e cereais. 21) Diferencie Síndrome Nefrótica da Síndrome Nefrítica ou GNDA e cite como deve ser a oferta calórica e protéica em cada uma destas patologias R: Síndrome nefrítica é uma inflamação no glomérulo caracterizada por hematúria, leve proteinúria, febre, edema, HAS e oligúria que pode ser decorrente de infecções recorrentes por bactérias do gênero cocus. A dieta deve ser restrita em sódio, hipercalórica, normo a hiperprotéica, normoglicídica e normo a hipolipídica, rica em nutrientes antiinflamatórios como ômega 3, alho, gengibre. Síndrome nefrótica é uma doença que afeta de forma acentuada a pressão oncótica levando a proteinúria maciça, albuminúria e conseqüentemente dislipidemias. A dieta deve ser adequada em calorias (normocalórica) podendo em casos de baixo peso elevar um pouco as calorias já que doenças que afetam os rins podem gerar emagrecimento pois são de estresse metabólico alto, hipoprotéica com reposição de 1g de ptn AVB para cada 5 gramas de proteína perdida na urina, normoglicídica, hipolipídica (restringir gorduras saturadas e TRANS pois devido a grande perda de proteínas a metabolização de gorduras fica comprometida gerando elevação principalmente de colesterol no sangue) e restrita em sódio 22) Como deve ser o planejamento dietoterápico de uma pessoa portadora do mal de Parkinson, enfatizando a recomendação de proteínas? R: Normocalórica: VET: 26 a 34Kcal x Kg. Em muitos casos precisará utilizar suplementos calóricos (ex: Nutridrink sem sabor); Normoprotéica cerca de 0,8 a 1,0g x Kg. Estudos sugerem uma restrição protéica (cerca de 10g de proteína) durante o dia e uma recomendação de acordo com a RDA para o período noturno, alegando que este esquema melhoraria a ação do levedopa (medicação tomada durante o dia), pois este medicamento compete com o mesmo sítio de absorção que os aminoácidos Normoglicídica (priorizar carboidratos complexos) e Normolipídica (priorizar as gorduras PUFAS e MUFAS) ✓ Com o avanço da doença a rigidez muscular acaba dificultando os movimentos de cabeça e pescoço e a alimentação pode tornar-se muito vagarosa. Pode acontecer disfagia e até mesmo líquidos ralos (ex: água, refrescos) precisarão ser espessados para evitar engasgos (ex. de espessantes: Thick easy; Nutilis). Com o avanço da doença podem precisar de GTT 23) Cite alguns cuidados nutricionais para uma pessoa com Doença de Alzheimer R: suplementar nutrientes antioxidantes (selênio, vitaminas C, E, A e carotenóides como o betacaroteno, luteína e zeaxantina (esses 2 últimos presentes em grande quantidade na gema do ovo) suplementar vitamina B12, B9 e B6 para reduzir o acúmulo de homocisteína nas artérias cerebrais e também junto com a vitamina C ajudam na síntese de neurotransmissores como dopamina) uso de simbióticos. Povilhar farelo de aveia, ou farinha de linhaça, ou alguma outra farinha integral em frutas ou nas grandes refeições para prevenir constipação ômega 3 (o DHA atua na saúde dos neurônios, para o desenvolvimento cerebral e na neurotransmissão) vitamina D (existem receptores de vit D no cérebro que atuam na formação de novas memórias) consumo de café e chás pode ter um papel protetor contra o declínio cognitivo, doença de Alzheimer e demência evitar o uso frequente de panelas de alumínio e minimizar a ingestão de antiácidos, fermento em pó dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay). Esta dieta baseia-se na limitação de sódio, produtos industrializados origem animal e dos alimentos com elevado teor de gordura saturada e gorduras TRANS e o incentivo ao consumo de vegetais verdes-escuros, oleaginosas, peixes, aves, azeite, frutas roxas, abacate, cereais integrais. 24) O que é uma dieta cetogênica? No tratamento de qual patologia ela é útil? Caracterize o planejamento nutricional desta dieta. R: É uma dieta composta basicamente por lipídios. É utilizada por crianças com crises recorrentes de epilepsia. Seu planejamento consiste: cerca de 75 a 90% do VET é composto por lipídios o resto é completado pelas proteínas (a oferta segue a recomendação da RDA) e carboidratos. 25) Conceitue Esclerose Múltipla, Mal de Lou Gehrig, Síndrome de Guillain- Barré e Miastenia Grave e caracterize o tratamento nutricional destas patologias. R: Esclerose Múltipla é a degeneração da bainha de mielina. A dieta deve ser hipocalórica, hipolipídica mas com alto teor de W6, hipoalergênica e restrita em carboidratos simples. Mal de Lou Gehrig é a destruição progressiva dos nervos motores. Para a dieta deve-se: evitar alimentos secos farelentos, pois podem causar engasgo no paciente, devido à redução no peristaltismo bucal.; evitar alimentos duros (ex: bife ou vegetais crus). Devido à disfagia até os líquidos finos podem ser difíceis de serem engolidos. Nestes casos indica-se a alimentação enteral. A parenteral não é necessária, pois o paciente com esta patologia usualmente apresenta o TGI funcionante. Uma sonda naso-gástrica pode ser a opção para a nutrição a curto prazo. Deve-se aumentar o consumo de fibras por causa da constipação Síndrome de Guillain-Barré é a destruição dos nervos periféricos.Na dieta deve-se evitar excesso de carboidratos, principalmente os simples, pois estes pacientes freqüentemente vão estar em respirador mecânico. Ao mesmo tempo a dieta deve ser hiperprotéica e normo a hiperlipídica (de acordo com a adequação do VET). O uso de suporte enteral pode se tornar necessário por causa da disfagia. Miastenia Grave caracteriza-se por fraqueza dos músculos esqueléticos principalmente os da face comprometendo mastigação pois esta se torna muito vagarisa. Refeições de consistência líquida a pastosa devem ser mais fracionadas e menos volumosas. Um período de descanso de meia hora antes das refeições diminui a fadiga na hora das refeições, por isso o café da manhã deve ser a refeição mais densa, pois o período de descanso muscular foi maior. 26) Conceitue LES, cite 4 manifestações clínicas e caracterize seu tratamento. R: LES (Lupús Eritomatoso Sistêmico) é uma doença autoimune onde o sistema imunológico produz um anticorpo que ataca as células do organismo. Se manifesta por manchas na pele e hipersensibilidade ao sol, dores articulares e insuficiência renal. Não existe um tratamento nutricional específico para o lupus, mas devido a terapia com corticóides, dieta normocalórica, normoprotéica, normoglicídica (restrita em carboidratos refinados, pois estes pacientes tendem a apresentar dislipidemia do tipo IV (aumento de TG endógenos) e resistência insulínica) e hipolipídica (priorizando PUFAS e MUFAS). A dieta também deve ser restrita em sódio (por causa do edema e HAS) e xenobióticos e rica em ômega 3, simbióticos, nutrientes antioxidantes. 27) Diferencie Gota de Artrite Reumatóide e cite 3 características do tratamento nutricional de cada uma destas patologias R: Gota é o acúmulo de ácido úrico nas articulações gerando inflamação que se inicia nos pés e vai acometendo outras articulações, enquanto que a artrite reumatóide é uma inflamação nas articulações que acomete principalmente as interfalanges das mãos. Tratamento nutricional na gota é evitar alimentos ricos em purina (ex: vísceras, sardinha, bacalhau, frutos do mar, carne vermelha, tomate, feijão preto), em sódio e em gorduras e para a artrite reumatóide a dieta deve ser normocalórica, hiperprotéica (1,5 a 2,0g/Kg), normolipídica rica em W3 e normoglicídica. Deve-se aumentar a oferta de alimentos antiinflamatórios (chá de semente de sucupira, extrato de romã, gengibre, alho, cebola, …), suplementar colágeno junto com silício e v itamina C e também pode prescrever glicosamina + condroitina, ótimos para regenerar cartilagem. 28) Diferencie Osteoartrose de Osteoporose. Cite 4 recomendações nutricionais para pacientescom osteoporose. R: Osteoartrose é o desgaste da cartilagem articular e osteoporose é a desmineralização óssea. Alimentos ricos em Ca e vitamina D como folhosos verde- escuros (exceto espinafre); leite e derivados (prefira iogurtes e leite integral ou semi- desnatado, pois o cálcio é melhor absorvido em meio ácido e com vitamina D que é veiculada através da gordura do leite e derivados), soja, orégano, sardinha, salmão
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