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modelo de pedido de alimentos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO,, DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE TERRAS INFINITAS.
Nora West-Allen, brasileira, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora, Iris West, brasileira,divorciada, profissão xxxxxx, estado civil divorciado , CPF inscrito sob o nº xxxxxxx RG nº xxxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxxxx, número.xxxxxxxx CEP xxxxxxx, bairro xxxxxxxx, cidade-UF xxxxxxx., endereço eletrônico xxxxxxxx. vem respeitosamente à presença de vossa excelência, através de seu advogado infra-assinado, procuração em anexo, com fundamento na lei 5.478/68, artigos 1.694 e 1.696 do Código Civil (CC), bem como o artigo 229/ art. 226 § 7º da Constituição Federal (CF), propor:
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS CC DANO MATERIAL E MORAL
 Barry Allen, brasileiro, profissão xxxxxx, estado civil divorciado , CPF inscrito sob o nº xxxxxxx RG nº xxxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxxxx, número.xxxxxxxx CEP xxxxxxx, bairro xxxxxxxx, cidade-UF xxxxxxx., endereço eletrônico xxxxxxxx, em razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Cumpre inicialmente destacar que o (a) requerente não possui condições de arcar com os custos do processo sem prejuízo da do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência, razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal (CF).
2. DOS FATOS
A autora é legítima filha do requerido, conforme certidão de nascimento (doc xxxxx), nascido em decorrência de relacionamento entre a sua genitora e o requerido, que chegaram a conviver juntos em forma de união estável.
Acontece que o relacionamento do casal não prosperou e a convivência tornou-se insustentável, tendo o demandado deixado o lar do casal e voltado a morar com os seus pais.
Após a separação, a genitora do autor, desempregada, passou a conviver sozinha com a criança, não tendo a mínima condição de prover o seu sustento do lar, já que não pode exercer atividade profissional em razão de não ter com quem deixar a criança, nem tem condições de pagar para que um cuidador assim o faça.
É importante salientar que Barry fixou com Iris, na escritura pública devidamente formalizada e registrada em Cartório (documento anexo) que pagaria alimentos para a Nora, em virtude da necessidade reconhecida de forma voluntária e fixada livremente pelas partes naquele documento, na presença de testemunhas, no valor mensal de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
No entanto, após a Crise Barry ficou extremamente abalado e deixou de cumprir sua obrigação de prestar alimentos nos últimos 3 (três) meses, deixando Nora à mercê, pois necessita e muitíssimo de tais valores para se manter, inclusive, para o custeio do tratamento médico para o qual dedica praticamente todo referido valor, o que está também declarado e reconhecido pelo seu genitor na escritura pública firmada.
Ressalte-se que antes da separação era o réu quem arcava com todas as despesas do lar e após a separação não tem mais contribuído com os custos necessários a educação e sustento do filho, mesmo após ser procurado inúmeras vezes pela genitora do autor.
Diante disso, não restou outra alternativa ao autor, senão a propositura da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.
3. DO DIREITO
O direito a alimentos, está expresso na nossa Constituição Federal, mais precisamente no seu artigo 229, que assim nos diz:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696 do CC, que assim nos diz:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros
Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.
Ora, está claro o dever de prestação de alimentos não é exclusivo na genitora do autor, e sim também do seu pai, é óbvio que o réu deve cumprir com suas obrigações, de forma a contribuir para que o autor tenha uma qualidade de vida razoável.
4. DA NECESSIDADE E POSSIBILIDADE
A genitora do requerente no momento não possui a menor condição de arcar com despesas que proporcionem uma qualidade de vida justa a sua filha.
 Por outro lado, a situação financeira do réu é boa, conforme relatos de inúmeras testemunhas que no momento oportuno serão arroladas, além disso é de conhecimento notório no bairro de residência do réu que este exerce a função de empresário do ramo de... recebendo aproximadamente a quantia de R$... (valor por extenso), o que demonstra total possibilidade de arcar com as despesas mínimas necessárias a proporcionar uma qualidade de vida digna a seu filho.
5. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Diante do exposto, mostra-se necessária a fixação de alimentos provisórios em favor do autor, ante a sua necessidade urgente de obtenção de recursos financeiros destinados a prover uma justa qualidade de vida.
Por outro lado, está evidente que a nossa legislação protege aquele que necessita de alimentos, no caso, está demonstrado a filiação do autor, a necessidade e possibilidade de pagamentos dos valores pleiteados, fazendo-se imperiosa a fixação de alimentos provisórios em favor da criança.
Diz assim o artigo 300, caput do CPC:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Mais certeiro ainda é o artigo 4º da Lei 5.478/68:
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Logo, o autor tem plena confiança e espera serenamente que vossa excelência, ao analisar a presente inicial, de pronto, defira os alimentos requeridos, como medida da mais pura e lídima justiça.
6. DO DANO MATERIAL E MORAL
 
De acordo com o grande filósofo grego, Platão:
 
“não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educá-los”.
 
Essa frase nos mostra exegeticamente o quão importante se faz um pai na vida de uma filha.
 
A relevância na vida de um ser humano de ter alguém pra lhe amparar, lhe ensinar os valores morais, a tradição da família, enfim, ser um exemplo a ser seguido.
 
Todos sabemos da importância da presença do pai na vida de um filho, entretanto, não se pode mensurar os danos causados pela ausência dessa figura paterna.
 
Os meandros da mente humana são difíceis de serem compreendidos, assim como os reflexos das atitudes exteriores que podem alterá-los, principalmente quando estas partem de alguém que naturalmente teria o dever moral e objetivo de cuidar, amparar, proteger, dar afeto.
Destarte, Excelência, é sabido que não há e nem haverá lei alguma que obrigue alguém a amar, pois um sentimento tão puro, nobre e benfazejo não pode ser imposto juridicamente a ninguém.
 
Ama-se ou não! A falta de amor de um pai para com seu filho, pode até ser socialmente reprovável, mas não enseja nada, pelo menos juridicamente.
 
Entretanto, ambos os pais têm o dever OBJETIVO de manter os filhos, quando menores, em sua companhia e educá-los e isso não ocorreu em relação ao requerido, quando da infância e adolescência do requerente.
 
Ademais, tal comportamento do requerido deixou marcas profundas na personalidade do requerente, que hoje já encontra-se saindo da adolescência e entrando na fase adulta, mas sem a noção da figura paterna em sua vida.
 
Esse tipo de prejuízo é algo incomensurável.
É sabidoque no ordenamento pátrio já existe previsão sobre o dano em decorrência do abandono afetivo, como se observa na decisão do STJ no Recurso Especial nº1.159.242 – SP:
Além disso sabe-se que a menor possui a doença grave preexistente no qual era tratada com o dinheiro da pensão pago pelo genitor, com o atraso do pagamento, a mãe da jovem, em TOTAL DESESPERO pegou dinheiro emprestado no valor de R$ 1500,00 (mil e quinhentos reais) o tratamento teve de ser interrompido agravando ainda mais o problema de saúde da jovem Nora West-Allen.
 
Desta feita, nos embasamos no Princípio da Paternidade Responsável, disposto no art. 226 § 7º da Carta da Primavera de 1988, para pedir a indenização por dano material e moral do atraso dos pagamentos, pois entre os deveres jurídicos paternos, um deles é prestar assistência à sua prole, seja ela de natureza material ou moral, e no caso em tela houve o “non facere” desse dever por parte do requerido, ensejando assim, uma indenização pelo agravamento de saúde sofrido, requerendo a Vossa Excelência que condene o requerido ao pagamento a ser arbitrado no mínimo em 10 (dez) salários mínimos;
7. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:
1. Concessão de alimentos provisórios no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) a serem depositados na conta nº xxxxxx, agência. xxxxxxx, banco xxxxxxxx;
2. O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na forma lei, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família;
3. Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC;
4. A citação do requerido, para que compareça em audiência de autocomposição a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, conforme artigo 344 do CPC.
5. A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito, em conformidade com o artigo 178, II do CPC;
6. O pagamento da indenização por danos morais em decorrência do abandono moral e afetivo do requerente pelo requerido, a ser arbitrado no mínimo em 8 (oito) salários mínimos.
7. O pagamento dos danos materiais referente ao valor que Iris West foi abrigada a pegar emprestado para não interromper o tratamento da sua filha que possui moléstia grave.
8. A procedência da presente ação, condenando-se o requerido na prestação de alimentos definitivos, na proporção de em R$ 500,00 (quinhentos reais), equivalente a 55% (cinquenta e cinco por cento) do salário mínimo, a ser depositado na conta corrente do banco xxxxxx, agência xxxx, conta nº xxxxxx, conta em nome de Iris West.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em especial a testemunhal, documental, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça.
Dá-se a causa o valor de R$.11.000,00 (onze mil reais) para efeitos fiscais.
Nestes termos,
pede deferimento.
Terras Infinitas e xxxxxxxx,
advogado OAB nº xxxxxxxxxxxxx

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