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Excelentíssimo Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da __º Vara de Família e Sucessões da Comarca de Aracaju/SE Fernanda, brasileira, solteira, profissão, portadora do CIRG sob nº e CPF/MF de nº, residente e domiciliada em Aracaju/SP com telefone x e endereço de e-mail x. Por meio de sua advogada, nacionalidade, estado civil, portadora da OAB de nº e no CPF/MF com endereço de e-mail x e telefone x, com escritório profissional localizado em endereço x onde deverá receber citações e intimações, vem respeitosamente diante de Vossa Excelência propor ação de RECONHECIMENTO DE PARTERNIDADE C/C ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA, em face de Caio, brasileiro, solteiro, empresário, portador do CIRG de nº e CPF/MF sob nº, residente e domiciliado em Rio Grande do Sul/RS, pelos fatos e direitos a seguir expostos: I. PRELIMINARMENTE DA JUSTIÇA GRATUITA: INICIALMENTE postula-se os benefícios da justiça gratuita, com fundamento no art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e artigo 4º da Lei 1.060/50, não possuir condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, possíveis recursos ou sucumbências, pois se encontra desempregada e gestante. II. DOS FATOS Requerido é um próspero empresário que visitava Aracaju semanalmente para tratar de negócios, durante o ano de 2015, onde desta forma conheceu a requerente, e desde então a mantiveram um relacionamento amoroso publicamente, sempre viajando. O requerente por sua vez sempre fazia questão de apresenta-la como sua namorada. Após algum tempo, ao descobrir que estava gravida, deu a notícia ao requerido e este recusou-se a reconhecer o filho, dizendo que o relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada somente pela genitora. Diante de tal situação, ficou desesperada, pois quando se encontrava desempregada e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, conforme atestado por seu médico, era de risco. Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a sobrevivência da futura criança. III. DO DIREITO III.I DA TUTELA DE URGENCIA ANTECIPATORIA: Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da requerente, convém salientar que esta não pode aguardar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que sus necessidades são perenes e urgentes. Com isso, a concessão da tutela de urgência tenha sua satisfação atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e como forma de proteger a própria saúde e sua gestação. Sendo assim, o art. 300 do NCPC, expressa: “Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferece-la.” Assim, a concessão da tutela tem como objetivo definir os alimentos gravídicos e provisórios a autora, para que consiga chegar ao fim da gestação bem. Dessa maneira, demonstrado pela requerente um fato concreto e objetivo preenchendo os requisitos para a concessão da tutela. III.II DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE: Vossa Excelência, diante dos fatos expostos o genitor se recusa reconhecer a paternidade do nascituro em situações como está o Código Civil preconiza: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.” “Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I - no registro do nascimento; II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.” No mesmo sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre o direito da criança em ter reconhecido seu estado de filiação: “Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça” Excelência, o genitor até a presente data se nega e se obstem de fazer o reconhecimento da paternidade. Protegendo o direito do menor, enseja a execução do exame de DNA, o qual em caso de negativa do requerido, segundo ordenamento jurídico presume-se a veracidade dos fatos em que se tenta provar: Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter o exame” Sendo assim, de uma forma ou outra o paternidade será reconhecida e assim por diante deverá o mesmo a participar do fim da gestação, fazer o devido registro civil do menor. III.III DOS ALIMENTOS GRAVIDICOS: A genitora encontra-se desempregada, sem auferir qualquer valor para seu sustento e o dinheiro que tem é insuficiente para suprir com as despesas inerentes a gestação. Conforme relatado o genitor é um prospero empresário é possui condições para colaborar com esta fase que se diz respeito a seu filho, por tanto é dever que colabore com a genitora para o bom curso da gestação. É indispensável que seja determinado alimentos em valor que supra todas as necessidades da requerente e atendendo a possibilidade do alimentante, conforme disposto no art. 1694 do Código Civil: Art. 1694. Podem os parente, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender ás necessidades da sua educação Parag 10º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.” A lei 11.804/08 que disciplina o direito a alimentos gravídicos e a forma como ele será exercido em seu art. 2º, que: “Os alimentos de que trata esta lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referente a alimentação especial, assistência medica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.” Por tanto, o dever do requerido em suprir as principais despesas desta fase é inequívoco. O art. 6º da referida lei traz ainda que a existência de indícios de paternidade é o suficiente para que seja devido os alimentos. E neste caso não dúvidas sobre a paternidade, uma vez que ambos mantinham um relacionamento saudável e publico, onde a oitiva de testemunhas podem provar o relato. Perante a tal situação, não resta outro meio senão a determinação imediata de alimentos provisórios que possui total amparo da lei 5.478/68 em seu parágrafo 4º que o juiz ao despachar o pedido, fixará desde logo alimentos provisórios, para que de caráter alimentar deste processo, é indispensável a subsistência da requerente e para o filho que carrega em seu ventre ou seja, tal circunstancia confere grave risco do perecimento do resultado útil do processo. Enseja-se a fixação de alimentos em valor que supra todas as necessidades da gestante e seu filho em 30% da rende mensal auferida pelo requerido. IV. DOS PEDIDOS Dianteexposto, requer: a) Que seja concedido as benesses da justiça gratuita nos termos da lei, uma vez que autora encontra-se desempregada. b) A intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do artigo 698, do NCPC. c) A citação do requerido para responder a presente ação d) Que seja designada a audiência de conciliação, e não havendo êxito, seja designada audiência de instrução e julgamento para a oitiva das partes e testemunhas e) A concessão da tutela de urgência antecipatória, para fixação de alimentos provisórios equivalente a 30% (trinta por cento) do capital auferido durante o mês, devendo ser depositados na conta poupança da genitora, todo dia 05 de cada mês e que ao final se convertam em definitivos para sustentar a criança que está para nascer. f) Que feito o reconhecimento de paternidade nos termos da lei. Da-se a causa o valor de R$1.045,00 (mil e quarente e cinco reais) para efeitos fiscais. Nestes termos, Pede o deferimento. Aracaju, 28 de agosto de 2020. ADVOGADOxxx OAB xxxx
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