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Bruna Nolasco Doutoranda em Cirurgia - UFPE Especialista em Nutrição - Residência em Nutrição (Cirurgia Geral) - HC/UFPE Clínica Álvaro Ferraz - Cirurgia Bariátrica Nutricionista do Hospital Militar de Área de Recife Aumento da prevalência mundial ➾➾➾Triplicou desde 1975 (Principalmente no sexo feminino) • Enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que traz prejuízos à saúde. • NEM TODO AUMENTO DE PESO = OBESIDADE • Ganho ou perda de peso se associam principalmente com mudanças nos depósitos de gordura; • Gordura corpórea adequada: - Mulheres – 20 a 27% do peso - Homens – 12 a 15% do peso • Tecido adiposo se localiza principalmente sob a pele. Peso Ossos Tecido Adiposo Órgãos Músculos • A reserva energética é mantida segundo os princípios da hemodinâmica, isto é, a ingestão é igual o gasto. • A obesidade tende a surgir quando ocorre um desequilíbrio entre a ingestão e gasto calórico. • Hipotálamo: - Principal responsável pelo equilíbrio entre a ingestão e gasto calórico; - Responsável pelo comportamento alimentar. • Hormônio produzido pelo tecido adiposo branco • Atuaria no hipotálamo • Tem ação anorexígena • 90% dos obesos tem ↑ dos níveis de leptina – sugerindo resistência hipotalâmica a sua ação. • É produzida pelo estômago, que ao ficar vazio intensifica a sua secreção. • O hormônio atua no cérebro dando sensação de FOME. • Quando nos alimentamos a secreção de grelina diminui e a sensação de fome passa. • Ao contrário do que é de se esperar a quantidade de grelina nos obesos é menor que nas pessoas com o peso ideal, porém eles apresentam uma maior sensibilidade a esse hormônio. • Fatores Genéticos (30-40%) • Fatores Ambientais (60-70%) • Patologias endócrinas (raras < 5%) • Doenças Congênitas (Turner) • Drogas (corticoides, anticoncepcionais, antidepressivos, anti-histamínico) • Imobilização prolongada • Distúrbios hipotalâmicos (tumores, traumas) (Documentário) Abeso, 2016. ↑ GRELINA ↓ LEPTINA ↓ MELATONINA Estudos epidemiológicos e clínicos mostram consistentemente que os fumantes tendem a pesar menos do que os não fumantes e que ocorre ganho de peso depois da cessação do tabagismo. A nicotina tem efeitos termogênicos e redutores do apetite e seus efeitos sobre o apetite são reforçados pela cafeína. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que a cessação do tabagismo foi responsável por cerca de um quarto do aumento da prevalência do excesso de peso em homens e por cerca de um sexto do aumento em mulheres. Abeso, 2016. Deve-se usar o ponto de corte do excesso de peso (IMC >25 kg/m², sobrepeso e todos os graus de obesidade) da OMS para identificar adultos com aumento do risco cardiovascular. Em adultos acima dos 60 anos, considerar >27 kg/m². Grau: A Classe: I (Forte) • A medida da circunferência abdominal reflete melhor o conteúdo de gordura visceral que a RCQ e também se associa muito à gordura corporal total. • Pode-se realizar a medida no maior perímetro abdominal entre a última costela e a crista ilíaca, segundo recomendações da OMS. • Toma-se a medida do quadril, no seu maior diâmetro, com a fita métrica, passando sobre os trocânteres maiores. RCEst = Circunferência da cintura Estatura (cm) (Shiun, 2006). • A medição da relação cintura-estatura está sendo cada vez mais usada, sendo o ponto de corte 0,5 (a cintura deve ser menor que a metade da altura). COMPOSIÇÃO CORPORAL: DOBRAS CUTÂNEAS • Somatório das dobras, uso de equações (para cálculo do percentual de gordura); • Adipômetro; • Mais utilizadas: subescapular, tricipital, bicipital, suprailíaca; • Método influenciado pela habilidade do avaliador, pelo tipo de adipômetro utilizado, por fatores individuais, pela equação de predição usada, pelo grau de hidratação e espessura da pele, tendo uma baixa reprodutibilidade e um elevado grau de variabilidade interexaminador. A utilidade do uso rotineiro na prática clínica do método de somatória de medidas de pregas cutâneas para avaliação da composição corporal pode ser considerada, mas a eficácia é pouco estabelecida pelo alta variabilidade interexaminador e baixa reprodutibilidade. Grau: C Classe IIb (Consenso) COMPOSIÇÃO CORPORAL - BIA • Bioimpedância ou impedanciometria elétrica baseia-se no corpo ser composto por água e íons condutores elétricos; • TECIDO ADIPOSO = impõe resistência a passagem da corrente elétrica; • TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO = rico em água, bom condutor; • No exame de bioimpedância, uma corrente elétrica alternante de baixa intensidade é conduzida através do corpo. A impedância é calculada com base na composição de dois vetores: a resistência e a reatância; • Método prático que independe da habilidade do examinador, mas que pode ser influenciado pela temperatura ambiente, realização de atividade física, consumo de alimentos e bebidas, menopausa, ciclo menstrual, devendo ser realizado com jejum de pelo menos 4 h, sem atividades físicas por 12 horas, com abstinência alcoólica por 24 horas, preferencialmente sem uso de diuréticos por 7 dias, e as mulheres devem realizar entre o 7º e 21°dia do ciclo menstrual; COMPOSIÇÃO CORPORAL - BIA A utilidade do uso rotineiro na prática clínica do método de análise de bioimpedância para medir a água corporal, a massa livre de gordura, e através de equações com peso, estatura, sexo, fazer a avaliação da composição corporal pode ser útil, e a sua eficácia está bem estabelecida. Grau: A Classe IIa (Intermediária) • Absorciometria com raios-x de dupla energia (DEXA) • Custo elevado e uso limitado na prática clínica • Mensura: gordura corporal, músculo e densidade mineral óssea; • Energias de raio-x; • Baixa exposição à radiação; • Pouca preparação do indivíduo. COMPOSIÇÃO CORPORAL – DEXA Tipos: -Tratamento dietético -Exercício Físico -Tratamento farmacológico -Tratamento cirúrgico 1. Dietas Balanceadas: - 20-30% de gorduras - 55-60% de cho - 15-20% de proteínas Essas dietas são calculadas para promover um déficit de 500 a 1.000 kcal/dia, com um mínimo de 1.000 a 1.200 kcal/d para as mulheres e 1.200 a 1.400 kcal/d para os homens (exemplo, 1.000 a 1.500 kcal por dia para mulheres e 1.200 a 1.800 kcal por dia para homens). 2. Dietas de muito baixas calorias: - proveem 400 a 800 kcal por dia e devem conter 0,8 a 1 g por quilo do peso ideal por dia de proteínas de boa qualidade e quantidades diárias recomendadas de minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais. - São utilizadas como única fonte de nutrição durante quatro a 16 semanas e, em geral, são efetivas para pacientes que não obtiveram sucesso com outros tratamentos ou que tenham comorbidades, sendo necessária intensa supervisão. - os efeitos colaterais podem incluir fadiga ou fraqueza, tonturas, constipação, pele seca, perda de cabelo, alterações menstruais e intolerância ao frio, e os efeitos secundários mais graves são desenvolvimento de gota e cálculos biliares. 3. Dieta DASH: - desenvolvido para reduzir a hipertensão em indivíduos com pressão moderada a alta, que incentiva o consumo de frutas, legumes, cereais integrais, nozes, legumes, sementes, lácteos com baixo teor de gordura e carnes magras e limita o sal, bebidas com cafeína e alcoólicas; 4. Guia alimentar: I - Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições; II - Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. III - Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. IV - Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esseprato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. V - Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! VI - Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans. VII - Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. VIII - Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, salsicha, lingüiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos. XIX - Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. XX - Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis. O QUE MAIS FUNCIONA? LOW FAT? HIGH FAT? LOW CARB? AFINAL, A GORDURA FAZ MAL? Em 2001, foi publicada a metanálise definitiva, pela Cochrane Foundation. Não há nenhuma diferença na mortalidade entre pessoas que restringiram a gordura na dieta e as que não restringiram. http://www.lowcarb-paleo.com.br/2011/12/afinal-gordura-faz-mal-consideracoes.html Há 40 anos somos bombardeados justamente com o conselho oposto. Mas, e a ciência, afinal, o que diz? LOW FAT Do ponto de vista evolutivo, a dieta low carb/high fat é a que mais se aproxima daquela a que nossos genes foram expostos durante 99,5% de sua evolução. A dieta de LOW CARB e HIGH FAT é segura? http://www.lowcarb-paleo.com.br/2012/01/dieta-de-baixo-carboidrato-portanto.html Os seguintes estudos mostram não apenas perda de peso, mas também melhora nos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Isto mesmo, uma dieta rica em gorduras (HIGH FAT) mas pobre em carboidratos (LOW CARB) produz: queda nos triglicerídeos aumento do HDL queda da glicemia queda da pressão ARTERIAL REDUÇÃO DE PESO Trata-se de estudo prospectivo, randomizado, com mais de 300 mulheres obesas, conduzido pela Universidade de Stanford, ano 2007. RESUMINDO... • Não há como negar que a dieta Atkins (restrição severa de carboidratos e consumo liberal de gorduras, inclusive saturadas) foi a melhor em todos os aspectos: o dobro da perda de peso e os melhores índices de saúde cardiovascular. • A dieta low-carb/high-fat é eficaz para perda de peso? • A dieta low-carb/high-fat é segura do ponto de vista de saúde cardiovascular? Restrição de açúcar e amido (farinha e derivados como pão e massa, além de batatas e arroz) foi comparada com outras dietas, o resultado foi sempre favorável à restrição de carboidratos. • Shai I, et al. Weight loss with a low-carbohydrate, mediterranean, or low-fat diet. N Engl J Med 2008;359(3);229–41. • Gardner CD, et al. Comparison of the Atkins, Zone, Ornish, and learn Diets for Change in Weight and Related Risk Factors Among Overweight Premenopausal Women. The a to z Weight Loss Study: A Randomized Trial. JAMA. 2007;297:969–977. • Brehm BJ, et al. A Randomized Trial Comparing a Very Low Carbohydrate Diet and a Calorie-Restricted Low Fat Diet on Body Weight and Cardiovascular Risk Factors in Healthy Women. J Clin Endocrinol Metab 2003;88:1617–1623. • Samaha FF, et al. A Low-Carbohydrate as Compared with a Low-Fat Diet in Severe Obesity. N Engl J Med 2003;348:2074–81. • Sondike SB, et al. 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Brehm BJ, et al. A Randomized Trial Comparing a Very Low Carbohydrate Diet and a Calorie- Restricted Low Fat Diet on Body Weight and Cardiovascular Risk Factors in Healthy Women. J Clin Endocrinol Metab 2003;88:1617–1623. 2. 2. Samaha FF, et al. A Low-Carbohydrate as Compared with a Low-Fat Diet in Severe Obesity. N Engl J Med 2003;348:2074–81. 3. Sondike SB, et al. Effects of a low-carbohydrate diet on weight loss and cardiovascular risk factor in overweight adolescents. J Pediatr. 2003 Mar;142(3):253–8. 4. Aude YW,et al. The National Cholesterol Education Program Diet vs a Diet Lower in Carbohydrates and Higher in Protein and Monounsaturated Fat. A Randomized Trial. Arch Intern Med. 2004;164:2141–2146. 5. Yancy WS Jr, et al. A Low-Carbohydrate, Ketogenic Diet versus a Low-Fat Diet To Treat Obesity and Hyperlipidemia. A Randomized, Controlled Trial. Ann Intern Med. 2004;140:769–777. 6. Gardner CD, et al. 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Não houve nenhuma diferença estatisticamente significativa na mortalidade entre os grupos! LOW FAT WHI (WOMEN'S HEALTH INITIATIVE), 2002. • Incluiu apenas 48835 mulheres • Objetivo: avaliar o efeito de uma dieta pobre em gorduras na saúde cardiovascular e na incidência de câncer de mama. As mulheres foram orientadas a consumir menos gordura e mais frutas e vegetais. Depois de 8 anos de seguimento, a dieta sem gordura não teve efeito significante em NENHUM dos desfechos: câncer de mama, todos os cânceres, doença coronariana, conjunto das maiores doenças crônicas ou mortalidade total. http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?volume=295&issue=6&page=655 RESULTADOS: Não houve mudança na excreção de cálcio Houve uma balanço proteico positivo Low carb NÃO leva a perda de massa muscular • Estudo prospectivo e randomizado mostra que uma dieta low carb reduz a necessidade de medicação e melhora os fatores de risco cardiovascular em diabéticos quando comparada a uma dieta de baixa gordura; V 1 1 = Efeito lipídico e glicêmico 2 2 = Maior perda de peso, melhores efeitos metabólicos 3 3 = Maior perda de peso em obesos diabéticos c/ SM 4 4 = Maior perda de peso 5 5 = Maior perda de peso, ↓TG, ↑HDL Maior perda de peso e melhora da função cardiovascular Maior perda de peso e pequena melhora na função cognitiva • Melhora significativa da sensibilidade à insulina (p<0,05) e da resposta dinâmica das células beta da pâncreas (p<0,001); • A dieta com menos carboidratos estava associada a uma diminuição significativa da resposta basal das células beta (p<0,001), insulina de jejum (p<0,001), glicemia de jejum (p<0,01), HOMA-IR (p<0,001) e testosterona total (p<0,05), quando comparada à dieta padrão; • O perfil lipídico dos pacientes melhorou significativamente nesta dieta; A dieta low carb levou a uma MELHORA da função renal. Houve ainda um aumento de cerca de 35% na excreção urinária de cálcio, sem mudanças na densidade mineral óssea (avaliada por densitometria óssea) e sem episódios de cálculo renal. 40 – 65 anos, por 2 anos Low fat: 1500 – 1800 kcal, 30% lip, 10% sat, 300 mg colesterol/dia Dieta do mediterrâneo: 1500 kcal (mulher), 1800 kcal (homem), 35% lip, 30 – 45 g azeite de oliva e oleaginosas Low carb: 20 g cho/dia, sem restrição calórica • A metanálise demonstrou que uma dieta low carb está associada a um decréscimo significativo do peso corporal, índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial sistólica e diastólica, triglicerídeos, glicose, hemoglobina glicada, insulina e proteína C reativa (PCR), além de um aumento no HDL. O colesterol LDL e a creatinina não mudaram significativamente. • Uma dieta low carb demonstrou ter efeitos favoráveis sobre o peso e sobre os maiores fatores de risco cardiovascular. Os efeitos a longo prazo não são conhecidos. • Estudo experimental, o acúmulo de gordura no fígado (esteatose) foi induzido em ratos, com uma dieta rica em SACAROSE. • Os ratos com esteatose foram então colocados em duas dietas: uma dieta controle, com mais carboidratos (a dieta da pirâmide alimentar), e outra com baixo carboidrato e alta proteína. A dieta low carb com mais proteína reverteu a esteatose nos roedores, ao contrário da dieta com mais carboidratos. Voluntários com diferentes características (magros, obesos, hiperinsulinêmicos e normoinsulinêmicos) foram submetidos a uma dieta de alta gordura e baixo carboidrato (LCHF) e a uma dieta de baixa gordura e alto carboidratos e a produção de gordura no fígado foi mensurada. A dieta low fat levou a um aumento significativo de produção de gordura no fígado, assim como o estado de hiperinsulinemia! Pois bem, houve redução significativa da doença hepática em 4 semanas de LCHF. • Por 12 meses, 148 indivíduos, homens e mulheres, negros e brancos, com IMC médio de 35 kg/m², foram RANDOMIZADOS em dois grupos: LOW CARB com calorias à vontade e LOW FAT, high carb. linha contínua-> low fat; linha pontilhada-> low carb • Ao final de 12 meses, o grupo LOW FAT estava PIOR do que quando começou! LOW FAT perdeu massa magra. E o grupo LOW CARB? Após 1 ano, o grupo low carb: - reduziu sua hemoglobina glicada de 7,6% para 6,3% - perdeu 12% do peso corporal - reduziu o uso de medicamentos em 60%. - 94% dos pacientes reduziram ou eliminaram a necessidade de insulina, e a totalidade eliminou o uso de sulfaniureias. • 60% dos grupo low carb colocou seu diabetes em remissão. "Infelizmente, muitos profissionais de saúde e nutricionistas em todo o país ainda recomendam uma dieta de alto carboidrato para pacientes com diabetes, uma recomendação que pode prejudicá-los e contribuir para o aumento de sua obesidade e piora do controle de seu diabetes, consequentemente aumentando sua chance de vir a desenvolver complicações da doença no futuro." "Há uma concepção errônea de que a Associação Americana de Cardiologia (AHA) apoia uma dieta de baixa gordura", diz Rachel Johnson, PhD, MPH, RD, professora de nutrição na Universidade de Vermont e última presidente do Comitê de Nutrição da AHA. "Nós não estamos mais dizendo que uma dieta low fat (baixa gordura) é a resposta. O QUE MAIS FUNCIONA? LOW FAT? HIGH FAT? LOW CARB? DEVE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO – LOW CARB: • Não se conhece os benefícios a longo prazo; • Evitar quantidades mais que excessivas de gorduras; • Preferir as gorduras próprias do alimento, priorizando mono e poli-insaturadas; • Intervenção terapêutica para atingir objetivos; • Resposta individual do paciente. O QUE MAIS FUNCIONA? JEJUM INTERMITENTE JEJUM INTERMITENTE Dias alternados (20h de jejum) sem ingestão calórica emdias alternados (intervalos de jejum de 36 horas) 1 dia: somente água (intervalo de jejum de 28 horas) 20 semanas: 1 dia por semana jejum OU jejuns consecutivos de 5 dias a cada 5 semanas (400-600 kcal em dias de jejum) 8 semanas: <20% da ingestão habitual em dias alternados; dieta ad libitum em dias sem jejum 8 semanas: dieta para emagrecer com jejum modificado em dias alternados (∼25% das necessidades energéticas totais) 6 meses: 25% de restrição de energia 2 dias por semana 12 semanas: 25% das necessidades energéticas alternam com a ingestão ad libitum 6 semanas: 25 a 30% de energia no sábado, segunda e quarta; ad libitum outros dias 3 meses: 25% de restrição de energia 2 dias consecutivos por semana 12 semanas: dieta para perda de peso com jejum modificado em dias alternados (∼25% das necessidades energéticas) 8 semanas: dieta para perda de peso com jejum modificado em dias alternados (25% das necessidades energéticas) 8 semanas: 1 refeição por dia 2 semanas: jejum noturno das 19:00 às 06:00 (≥11 horas) 1 dia: jejum noturno prolongado até a refeição do almoço (≥13 horas) 6 semanas: jejum noturno prolongado até a refeição do almoço ao meio-dia • Praticamente em todos os estudos houve perda de peso com a utilização do jejum intermitente; • Praticidade destas intervenções, pois leva a fome intensa em dias de jejum; • Necessidades de estudos ranomizados em humanos; • Para o público interessado na melhora da composição corporal e saúde em geral; • Limitações existem; • Supervisão nutricional. CAMELLIA SINENSIS IRVINGIA GABONENSIS GARCINIA CAMBOGIA CITRUS AURANTIUM GLUCOMANAN PYSILLIUM ORIENTAÇÕES NO USO... • Poucas evidências confiáveis... TRATAMENTO FARMACOLÓGICO • É adjuvante das terapias dirigidas com foco na modificação dos hábitos de vida relacionados com orientações nutricionais para diminuir o consumo de calorias na alimentação e exercícios para aumentar o gasto calórico; • Individualizado; • Sob supervisão médica; INDICAÇÕES: • 1) IMC maior ou igual a 30 kg/m2; • 2) IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² na presença de comorbidades (dependendo do medicamento); • 3) Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. A história prévia de falência com tentativa com dieta com restrição calórica é suficiente. Abeso, 2016. MEDICAMENTOS APROVADOS NO BRASIL • Existem, atualmente, três medicamentos aprovados para tratamento da obesidade no Brasil: sibutramina, orlistate e liraglutida 3,0 mg. SIBUTRAMINA • Bloqueia a recaptação de noradrenalina (NE) e de serotonina (SE) e leva a redução da ingestão alimentar; • Pode levar a uma pequena elevação média de 3-5 mmHg na pressão arterial diastólica e de 2 a 4 bpm na freqüência cardíaca, efeitos que devem ser cuidadosamente monitorados; • Estudo SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes Trial) = um aumento de 16% do risco de desfechos cardiovasculares não fatais combinados no grupo sibutramina em relação ao grupo placebo (11,4% versus 10,0%, respectivamente) – PROIBIÇÃO DO MEDICAMENTO SIBUTRAMINA • No Brasil, a ANVISA não proibiu a sibutramina, uma vez que ela é segura na população sem doença cardiovascular estabelecida; • A dose aprovada de sibutramina é de 1 cápsula de 10 ou de 15 mg pela manhã; • a sibutramina recebeu, sem nenhuma evidência, uma tarja preta com os dizeres: “Venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência”! ORLISTATE • O orlistate é um análogo da lipstatina inibidor de lipases gastrintestinais (GI) que se liga no sítio ativo da enzima através de ligação covalente, fazendo com que cerca de um terço dos triglicérides ingeridos permanecem não digeridos e não sejam absorvidos pelo intestino, sendo eliminados nas fezes. • Em diabéticos, vários estudos mostraram benefícios com perda de peso, reduções de glicemia de jejum, pós-prandial, insulinemia, hemoglobina glicada, além de benefícios no perfil lipídico e redução da circunferência abdominal. • Esteatorreia, flatus com descarga de gordura e urgência fecal. Pelo seu efeito de causar disabsorção de gorduras, deve-se ficar atento à possibilidade de deficiência de vitaminas lipossoluveis (A, D, E K). ORLISTATE • Estudos mostram que pacientes em uso de orlistat por 1-2 anos não tiveram mudanças nas concentrações séricas das vitaminas lipossolúveis, mas após 4 anos de uso, os níveis séricos começaram a diminuir. Portanto, deve-se considerar a suplementação com polivitamínicos em pacientes que fizerem uso desta medicação a longo prazo. Nestes casos, os polivitamínicos devem ser usados 2 horas antes ou 1 hora após a ingestão do orlistate. LIRAGLUTIDA • Agonista do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1); • Tem uma ação hipotalâmica em neurônios envolvidos no balanço energético, em centros ligados a prazer e recompensa e uma ação menor na velocidade de esvaziamento gástrico; • Restritivos – que diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de comportar. • Disabsortivos – que reduzem a capacidade de absorção do intestino. • Técnicas mistas – com pequeno grau de restrição e desvio curto do intestino com discreta má absorção de alimentos. É um procedimento relativamente novo (2000); Boa eficácia sobre o controle da hipertensão e de dislipidemias. RESTRITIVA BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL RESTRITIVA Método pouco utilizado no Brasil; Limita-se a ingestão de alimentos sólidos; Coloca-se por videolaparoscopia; Consiste na introdução de uma cinta de silicone com dispositivo externo. Estudada desde a década de 60; Técnica mais praticada no Brasil (75% das cirurgias realizadas); Perda de 40 a 45% do peso inicial; MISTA DERIVAÇÕES BILIOPANCREÁTICAS - SCOPINARO MISTA Pouco utilizada atualmente; Reservatório gástrico = 200 ml; 2 metros de alça alimentar; Resta 50 cm de intestino (íleo) para comunicação do alimento com enzimas biliopancreáticas (absorção de gorduras). DERIVAÇÕES BILIOPANCREÁTICAS – DUODENAL SWITCH – MISTA Controle pilórico mantido; Sleeve gástrico = 200 ml; 2,5 metros de alça alimentar Resta 80 cm de intestino (íleo terminal) para comunicação do alimento com enzimas biliopancreáticas. TERAPIA AUXILIAR - BALÃO INTRAGÁSTRICO -Procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade. -O balão é preenchido com 500 ml do líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina. -O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. -É indicado para pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m2) Cirurgia Bariátrica Endoscópica ABORDAGEM CIRÚRGICA • Quando fazer? • Reuniões informativas • Aspectos clínicos, cirúrgicos, nutricionais e comportamentais • Equipe multidisciplinar • Familiares • Procedimento cirúrgico • Permanência hospitalar • Grupos básicos de alimentos • Tipos de preparações de alto valor nutricional • Padrões alimentares adequados • Desmistificar tabus • Importância da mudança de hábito alimentar • Consequências cirúrgicas → desnutrição • Evolução da dieta • Suplementação vitamínico-mineral • História de peso • História clínica • História psicológica • Anamnese alimentar • Atividade física DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA AVALIAÇÃO DIETÉTICA AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA INDICAÇÃO DA CIRURGIA • Pacientes com IMC ≥ 40 kg/m² • Pacientes com IMC ≥ 35 kg/m² + 1 ou mais comorbidades: • Pacientes com IMC de 30-34,9 kg/m² com Diabetes ou Síndrome metabólica Guidelines Obesity Surgery, 2013. Bariátrica para Diabéticos Ter pelo menos 10 anos de diabetes; Caso paciente não responda ao tto clínico com mudanças de estilo de vida e medicamentos; • Contraindicações: - Alcoolismo, dependência de drogas, doenças psiquiátricasgraves, retardo mental, pacientes que não tentaram outros tratamentos. • PRÉ-OPERATÓRIO • 1º AO 15º DPO • 15º-30º DPO • A PARTIR DO 30º DPO • 1º ANO: 3/3 MESES • 2º ANO: 4/5 MESES • DEPOIS 1 A 2 VEZES/ANO • Identificar e tratar possíveis deficiências nutricionais • Minimizar risco cirúrgico, com redução do peso no pré-operatório • Dieta Líquida • Volume livre • Alimentar-se no mínimo de 3/3horas • Todos os alimentos liquidificados e peneirados • Sem sacarose • Sem gorduras • Maltodextrina ou palatinose • Simbiótico ??? • Água • Água de coco • Chás • Refresco de frutas • Iogurte light sem açúcar (líquido) • Vitaminas ralas • Leite desnatado • Caldos • Gelatina diet • Picolé de fruta sem açúcar (de frutas) • 3 dias de dieta pré-op= quando não existe esteatose nem alterações de TGO E TGP • 5-7 dias= esteatose por enzimas e/ou ultrassom leve • 7-10 dias= moderada • 10-15 dias= grave SUPPLEMENTATION TO PREVENT NUTRITIONAL DEFICIENCIES • The causes of nutritional deficiencies in obesity are multifactorial and include the following: high intake of calorically dense foods with low nutritional quality (43, 44), limited bioavailability of some nutrients (e.g., vitamin D) (45), chronic inflammation status that affects iron metabolism, and small intestinal bacterial overgrowth (SIBO), which can lead to deficiencies in some vitamins (e.g., thiamin, vitamin B-12, and fat-soluble vitamins) (44). The most common preoperative deficiencies found in studies include vitamin B-12, iron, folic acid, vitamin D, and thiamin (46–52). This evidence supports the need to identify and correct preoperative nutritional deficiencies as part of the comprehensive preoperative evaluation (5). Impaired presurgery nutritional status is found to be related to postoperative nutritional deficiencies as well and is associated with metabolic complications (4, 53). Therefore, daily multivitamin supplementation is recommended during the preoperative diet (23) ã2017 American Society for Nutrition. Adv Nutr 2017;8:382–94; doi:10.3945/an.116.014258. ABSORÇÃO MICRONUTRIENTES PROTEÍNAS • According to experts’ current recommendations the amount of protein in diet of patients after bariatric surgery should be 1-1.5 mg per 1 kg of desired body weight which is 60-80 g per day. In case of patients after BPD or BPDDS, demand for protein increases of further 30% and it is 90-120 g/day [16, 20, 24, 28]; • Schinkel et al. recommend daily intake of protein of 2.1 g per kg of desired body mass (or 0.95 g/kg of current body weight) [37]. According to Moize and Heber, demand for protein 1.5 g/kg of desired body mass may help to maintain positive nitrogen balance and prevent the loss of lean body mass [20, 32]. PROTEÍNAS • Results of multiple studies prove that consumption of protein by patients during the first year after the surgery is insufficient in comparison to the demand [3, 30, 32]. Usually, it is caused by intolerance of high-protein products such as red meat (beef, veal), chicken and turkey (except when it is well chopped), eggs and milk [14, 35, 38]. One of the symptoms of protein deficiency is hair loss; • In such situation, supplementation is recommended – with high-protein nutrients (isolates of whey protein). What is more, diet should be enriched with zinc sources (milk and dairy products, whole-grain products, pulses) vitamin B6 (wheat germ, pulses, nuts, yeast) and pantothenic acid (whole-grain products, wheat bran, pulses, yeast). RECOMENDAÇÕES • Restrição calórica - Valor inicial ingerido = 500 kcal (líquida), evolui até 1200 kcal (sólida); - Proteínas = 1,0 a 1,5 g/kg de peso ideal (60-80g/dia, 25%) - Carboidratos = 45% - Lipídeos = 30% Aills L, Blankenship J, Buffington C, Furtado M, Parrot J. ASMBS Allied Health Nutritional Guidelines for the Surgical Weight Loss Patient. SOARD 4 (2008) S73-S108. PROPOSTA • Facilitar que o processo de cuidado nutricional seja cumprido, enfatizando a avaliação pré e pós-operatória, suplementação e correção de deficiências de micronutrientes. • A otimização dos resultados pós-operatórios e o estado nutricional inicia-se no pré-operatório. • Pacientes deveriam ser educados antes e depois da cirurgia no que se refere a deficiências nutricionais associadas com alterações fisiológicas, que envolvam, principalmente digestão, absorção, metabolismo e excreção de nutrientes. • A cirurgia pode exacerbar uma deficiência nutricional pré- existente, no entanto, a triagem para identificar essas deficiências na maioria das vezes não são realizadas. • Pesquisas a cerca do assunto aumentam, no entanto o follow- up diminui. RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS TIAMINA (B1) • Triagem é recomendada para todos os pacientes (C) • Deficiência de 29% • Carreada pela albumina RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS TIAMINA (B1) • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) Risco aumentado: • Mulheres (B) • Africanos (B) • Pacientes sem atendimento nutricional em pré-operatório (B) • Com sintomas gástrico (náusea, vômitos, dilatação jejunal, megacólon, constipação (B) • Desnutrição, perda excessiva de peso, uso abusivo de álcool • Nessa população, deve-se avaliar B1 por pelo menos 6 meses (B) TIAMINA RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 12 mg/dia ou 50 mg dia (preferível) ou Multivitamínico 2 comp/dia Oral: 100 mg, 2 a 3 vezes ao dia 200 mg/dia RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS CIANOCOBALAMINA (B12) • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) • Deficiência: 2-18% em obesos • Elevação de ÁCIDO METILMALÔNICO (> 0,4 micromol/L) é o melhor indicador para identificar deficiência de B12 RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS CIANOCOBALAMINA (B12) • Triagem é recomendada para todos os pacientes, principalmente nos submetidos a DGYR, SG, BPD/DS (B) • Acompanhamento de 3 em 3 meses no 1º anos pós-cirúrgico e após anualmente • Deficiência: em 2-5 anos: < 20% na DGYR / 4-20% no SG Ocorre pelas intolerâncias alimentares ou redução na ingestão de alimentos proteicos e que contém B12 na composição, como também pela baixa secreção de fator intrínseco. CIANOCOBALAMINA (B12) RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 350-500 mcg/dia (sublingual) 1000 mcg/mês (parenteral) 1000 mcg/dia 1000 mcg/dia RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ÁCIDO FÓLICO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) • Deficiência: 54% em obesos • A ↓ folato sérico, ↑ homocisteína = deficiência de folato RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS ÁCIDO FÓLICO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B), atenção especial para mulheres com idade fértil (B) • Deficiência: 65% • Baixa ingestão de fontes de folato e não uso de multivitamínico • Ocorre pela redução de vitamina B12 (cofator para conversão em forma ativa) ÁCIDO FÓLICO RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 400-800 mcg/dia (oral) 800-1000 mcg/dia (lactantes) 1000 mcg/dia 1 mg/dia RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS FERRO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) • Para diagnóstico deve-se também conhecer os níveis de ferritina e transferrina (B) • Deficiência: 45% em obesos • A ferritina não deve ser unicamente usada para o diagnóstico de deficiência de ferro • Deficiência: ferro < 50 µg/dL, ferritina < 20 µg/dL, transferrina > 450 µg/dL RECOMENAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS FERRO • Triagem recomendada a cada 3 meses após a cirurgia e anualmente após 1 ano (B) • Deficiência (após 3 meses a 10 anos): • BGA: 14% • SG: < 18% • DGYR: 20-55% • BPD: 13-62% • DS: 8-50% • Ocorre pela baixa produção de HCL, intolerância à carne vermelha FERRO RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 18 mg/dia (sem histórico de anemia) 45 – 60 mg/dia (mulheres com menstruação, submetidos a DGYR, SG e BPD/DS) 150-200 mg/dia Se persistir: 300 mg,2 a 3 vezes/dia 65 mg/dia RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS VITAMINA D E CÁLCIO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (A) • Deficiência de vitamina D: 90% em obesos RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS VITAMINA D E CÁLCIO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) • 100% de deficiência • 25 (OH) vitamina D – melhor forma de avaliar VITAMINA D RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 3000 UI/dia 2000-6000 UI/dia 50.000 UI, de 1 a 3 vezes/semana 4000 UI/dia CÁLCIO RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA BPD/DS: 1800-2400 mg/dia LAGB, SG, DGYR: 1200-1500 mg/dia BPD/DS: 1800-2400 mg/dia LAGB, SG, DGYR: 1200- 1500 mg/dia 2,5 g/dia RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS VITAMINAS A, E, K • Triagem é recomendada para todos os pacientes (C) • Deficiência de vitamina A: 14% em obesos • Deficiência de vitamina E: 2,2% em obesos • Deficiência de vitamina K: sem evidências • Sinais e sintomas • Deficiência de vitamina A: ↓ proteína ligadora de retinol, ↓ retinol plasmático • Deficiência de vitamina E: ↓ -tocoferol RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS VITAMINAS A, E, K • Triagem é recomendada para todos os pacientes (B) • Deficiência de vitamina A: 70% após DGYR e BPD/DS • Deficiência de vitamina E e K: incomuns VITAMINA A RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA LAGB: 5.000 UI/dia DGYR e SG: 5.000 – 10.000 UI/dia DS: 10.000 UI/dia Sem acometimento de córnea: 10.000-25.000 UI/dia Com acometimento: 50.000- 100.000 UI/dia por 3 dias e após: 50.000 UI/dia por 2 semanas 3.000 mcg/dia e 10.000 UI/dia VITAMINA E RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA 15 mg/dia 100-400 UI/dia (sem evidências claras) 1.000 mg/dia VITAMINA K RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA LAGB, SG, DGYR: 90-120 mcg/dia DS: 300 mcg/dia Oral: 1-2 mg/dia Parenteral: 1-2 mg/semana ND RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ZINCO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (D) – principalmente para DGYR, derivação biliopancreática/switch duodenal • Deficiência de Zn: 24-28% em obesos / 74% em BPD/DS • Sinais e sintomas: ↓ sérica RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS ZINCO • Triagem é recomendada para todos os pacientes (C) – principalmente para DGYR, BPD/DS (anualmente) • Deficiência: • 70% em BPD/DS • 40% em DGYR • 19% em SG • 34% em BGA Ocorre pelo não uso do multivitamínico e após bypass, por exclusão do duodeno e jejuno proximal ZINCO RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA BPD/DS: multivitamínico com 200% RDA (16-22 mg/dia) 60 mg, 2x ao dia 40 mg DGYR: multivitaminico com 100-200% RDA (8-22 mg/dia) SG/LAGB: multivitamínico com 100% RDA (8-11 mg/dia) Recomenda-se 8-15 mg de Zn para 1 mg de Cu RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS COBRE • Triagem é recomendada para todos os pacientes (D) – principalmente para DGYR, derivação biliopancreática/switch duodenal • Resultados interpretados com cautela • Deficiência: 70% em obesos RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS COBRE • Triagem é recomendada para todos os pacientes (C) – principalmente para DGYR, BPD/DS (anual) • Avaliar pelo cobre • Deficiência: 90% após BPD/DS 10-20% após DGYR COBRE RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO RECOMENDAÇÕES PARA DEFICIÊNCIA UL/ANVISA BPD/DS: 200% RDA (2 mg/dia) SG, LAGB: 100% RDA (1 mg/dia) Leve-moderada: 3-8 mg/dia (oral) Severa: 2-4 mg/dia (IV) 10 mg • Cardápios individualizados • Alimentos/preparações equiparados aos da dieta habitual • Preparações de fácil digestão e menos fermentativas • Suplementos dietéticos e de módulos • Suplemento vitamínico-mineral • Queixas • Aceitação da dieta • Avaliação do Estado Nutricional (para acompanhar perda de peso eficaz) • Dieta líquida (liquidificar e coar) • Sem forçar a ingestão • 200ml (máximo) por refeição • Dieta individualizada • Evitar reutilizar preparações • Sem sacarose • Sem gordura • Sem lactose • Maltodextrina / Palatinose • Vitamínico mineral SUPLEMENTOS PROTEICOS • Água • Água de coco • Chás • Refresco de frutas • Iogurte sem lactose e sem açúcar (líquido) • Vitaminas ralas (com leite sem lactose ou de soja) • Leite sem lactose ou de soja • Caldos ralos (suplementados com proteínas) • Picolé de fruta sem açúcar (de frutas) • Dieta líquida-pastosa • Não precisa fracionar • Alimentos liquidificados sem coar e/ou amassados • Sem sacarose • Sem lactose • Sem gorduras • Continuam os suplementos!!! • Frutas amassadas • Sopas • Iogurtes e coalhadas light sem lactose sem açúcar • Papa e mingau • Papinhas de bebê • Purês • Tubérculos amassados • Requeijão ou cream cheese light (sem lactose) • Dieta Livre → MASTIGAÇÃO • Suplementos (multivitamínico, ferro, B12, complexo B1) QUEDA DE CABELO? • SUPLEMENTAÇÃO PROTEICA; • ÔMEGA 3; • FORMULAÇÕES MANIPULADAS; Manipular dose diária em cápsula de: • Metionina ............................... 100mg • Cisteína ................................... 100mg • Cistina ...................................... 50mg • Taurina ................................... 100mg • Biotina ....................................... 2mg • Piridoxal 5-fosfato .................... 10mg • Vitamina C ................................ 50mg • Selênio (quelado) .................... 100mcg • Ferro (quelado) .......................... 15mg • Cobre (quelado) ........................... 1mg • Zinco (quelado) ......................... 15mg • Cálcio (quelado) ....................... 200mg • Vitamina D3 ............................. 400 UI • Silício (orgânico) ........................ 10mg • Aviar ...................................... 30 doses Posologia: Tomar 1 dose por dia, por 30 dias. Não repetir receita. %PEP = PEP X 100/EP PEP (perda do excesso de peso): peso pré-operatório – peso atual EP (excesso de peso): peso pré-operatório – peso ideal • 15% - 3 meses • 35% - 6 meses • 65-75% - 12/18 meses • Acompanhamento nutricional periódico!!! • A cirurgia bariátrica tem sido apontada como o único tratamento para alcançar perda de peso adequada e durável; • Até quando o tratamento cirúrgico pode ser considerado definitivo? Novais PFS, Junior IR, Leite CVS, Oliveira MRM. Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54(3):303-10. • Metanálise incluindo mais de 22.000 pacientes mostrou que a perda do excesso de peso após by-pass gástrico variou entre 56,7-66,4% em dois anos de pós operatório. Buchwald H et al. JAMA; 2004; 292(14)1723-37. • Estudos a longo prazo tem mostrado algum grau de insucesso após todos os tipos de cirurgia bariátrica; -Em dois anos de pós operatório: Média de perda do excesso de peso → 60 – 70% -Em cinco anos: 50% -Em oito anos: 45% Deitel M. Obes Surg 2001; 11(4)474. • No Bypass gástrico em Y de Roux, após dois anos ocorre aumento no % de reganho de peso; • Bypass gástrico: 30% de reganho de peso em 18-24 meses pós cirurgia; Wykowski K; Krouse HJ. Gastroenterol Nurs; 36(2): 129-35, 2013 Mar-Apr. • A obesidade é doença crônica, progressiva e que necessita de tratamento específico mesmo após a cirurgia bariátrica. Hsu LK, et al. Psychosom med 1998; 60:338-46; Reinhold RB. Surg Gynecol Obstet. 1982;155:385-94; Lopez PP, et al. Med Clin North Am. 2007;91:471-83. Brolin RE. Ann Surg. 2007;246(1):163-4. Burgos et al,2010 • Dilatação da bolsa gástrica • Aumento da capacidade absortiva do intestino delgado • Aumento do consumo energético • Qualidade inadequada na alimentação • Sedentarismo • Redução da taxa metabólica basal • Falta de acompanhamento multidisciplinar • Alterações hormonais • Técnica operatória • FALTA DE ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL Tabela 1. Fatores relacionados ao reganho de peso em pacientes submetidos à DGYR, após 10 anos de realização da cirurgia. Variáveis Reganho de Peso P Sim Não N % N % SexoMasculino 8 88,9 1 11,1 0,176 Feminino 21 65,6 11 34,4 Acompanhamento Nutricional Sim 2 40,0 3 60,0 0,139 Não 27 75,0 9 25,0 Atividade Física Sim 8 61,5 5 38,5 0,300 Não 21 75,0 7 25,0 Comorbidades Associadas Sim 6 75,0 2 25,0 0,569 Não 23 69,7 10 30,3 Teste Exato de Fisher. Orientação – Pós graduação Aluna: Maríllia Raquel de Lima APLICAÇÃO DE PLASMA DE ARGÔNIO • O adequado acompanhamento multidisciplinar e, particularmente, nutricional, torna-se importante aliado à manutenção do peso após cirurgia. Alvarez-Leite; Diniz, 2013. MINHA PESQUISA DOUTORADO • Parâmetros musculares e cognitivos em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica: Qual o impacto dos nutrientes? Objetivo Geral: • Verificar associação existente entre ingestão de nutrientes e parâmetros musculares e cognitivos em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, Bypass e Sleeve gástrico, de um hospital universitário Objetivos Específicos: • Avaliar a composição corporal dos pacientes submetidos à cirurgia, tipo Bypass e Sleeve gástrico. • Verificar ocorrência de sarcopenia em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. • Analisar a capacidade funcional, arquitetura muscular e o nível de atividade física dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. • Avaliar função cognitiva dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. • Observar a prevalência de reganho ponderal após a cirurgia e analisar possíveis correlações com a ingestão de nutrientes, parâmetros musculares e cognitivos. ATIVIDADE EM SALA ATIVIDADE PARA CASA • Imagine que você atenderá um paciente candidato a realização de cirurgia bariátrica. • Dados antropométricos: • Sexo: feminino • Idade: 18 anos • Peso: 110 kg • Estatura: 1,71 m • Comorbidades: HAS e DM • Esteatose hepática: grave • Já realizou por três anos outras intervenções para perda de peso; todas, sem sucesso. • Pergunta-se: • 1. A paciente tem indicação de realizar este procedimento? Justifique. • 2. Construa seu plano alimentar de pré e pós operatório (todas as fases). • 3. Quais suplementações serão necessárias para a paciente? Você, como nutricionista, deverá orientalá- la. brunanolascosiqueira@gmail.com brunanolasco.nutri ... Depois de tudo: Gratidão! mailto:brunanolascosiqueira@gmail.com
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