Buscar

CAPÍTULO 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPÍTULO 4
O profissional de Educação Física
Introdução à Educação Física
Introdução
Nesta unidade, apresentaremos alguns temas importantes para que você, acadêmico de Educação Física, tenha um olhar crítico sobre alguns tópicos relevantes e uma formação em nível de excelência.
Estudaremos temas como noção de competência profissional, os diversos segmentos em que você poderá atuar após concluir o curso de Educação Física, conheceremos o mercado de trabalho no segmento não escolar, as especificidades da intervenção profissional, a responsabilidade social no exercício profissional, capacitação profissional, conceituação de termos como atividade física, exercício físico, desporto/esporte, Educação Física, profissional de Educação Física, o sistema CONFEF-CREF. Estudaremos também a Lei n.º 9696, de 01 de setembro de 1998, um dos mais importantes documentos, pois regulamenta a profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Regionais de Educação Física e concluímos com o guia de princípios e conduta ética do estudante de Educação Física.
Após esses estudos, a sua compreensão sobre a profissão do profissional de Educação Física e o seu papel frente à sociedade será de encantamento, você conhecerá como otimizar atividades físicas, jogos, recreação como instrumento de melhoria da saúde física, psíquica, social, educacional e inclusão social.
1. Conhecimento do objeto de trabalho, noção de competência profissional, áreas de atuação e mercado de trabalho
Neste capítulo, abordaremos alguns aspectos para a compreensão dos alunos do curso de Educação Física sobre noções de competências, área de atuação e o mercado de trabalho nos dias atuais. Iremos nos fundamentar inicialmente no ensaio dos professores Jeane Barcelos Soriano e Pedro José Winterstein intitulado “Limites e desafios para o estudo da intervenção profissional em Educação Física a partir da noção de competência”, de 2006.
Soriano e Winterstein (2006) afirmam que para compreendermos aquilo que compõe as intervenções/ações profissionais em Educação Física, ou seja, o conhecimento formalizado, as estratégias de ação, as representações, faz-se necessário reconhecer a natureza multidimensional implicada nas respostas profissionais. Podemos considerar que o emprego da noção de competência pode permitir o discernimento daquilo que orienta o processo de tomada de decisão do profissional de Educação Física.
As abordagens e discussões sobre o que deveria constituir o conhecimento formalizado e a educação profissional, bem como sobre as características de um trabalho competente, sempre foi, junto às diversas áreas, objeto de grande embate e pouco consenso (BURRAGE, 1996; TORSTENDAHL, 1996 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006).
Importantes reflexões e ensaios têm sido publicados sobre os pontos críticos da educação profissional, área de conhecimento e, até desempenho profissional. Uma crítica que se faz é que tais apontamentos têm em suas referências, ou citações, pouco ou quase nenhum estudo de campo, a partir dos quais realmente pode-se constatar as implicações ou resultados de uma determinada forma de agir, fosse em função da educação profissional equivocada ou da imaturidade da área, do ponto de vista acadêmico (LAWSON, 1990; RANGEL-BETTI, 1998 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006). Os autores desse ensaio nos alertam sobre ser urgente e necessário que os estudiosos das questões sobre Educação Física e Intervenção Profissional compreendam como ocorre esse processo.
A organização das tarefas e do trabalho organizado individualmente e em grupo;
As peculiaridades do tipo de respostas profissionais, a partir da configuração do grupo ao qual pertence o profissional;
A visão que o profissional de Educação Física possui acerca da importância e do significado do trabalho que realiza no contexto social no qual está inserido, junto aos usuários e pares;
As representações do papel desempenhado pelo profissional de Educação Física, enquanto inserido em uma determinada área de intervenção;
As características e modificações que vão se realizando junto ao conhecimento empregado pelo profissional de Educação Física no decorrer de suas intervenções profissionais.
Em diversos países europeus e na América tem havido, por parte de autoridades ligadas às instituições educacionais, empresas e associações de grupos profissionais, uma grande preocupação com essa ideia de competência profissional. Essas preocupações têm origem no processo conhecido como reestruturação produtiva, do setor industrial e da economia globalizada (DESAULNIERS, 1998; MANFREDI, 1998 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006). Muitas dessas referências foram importadas, modificadas e aplicadas no setor educacional.  Cabe ressaltar que a origem e o amadurecimento do uso e das reflexões sobre competência partem em grande medida de economistas, sociólogos, psicólogos e pedagogos ligados ao estudo e à pesquisa junto ao setor fabril.
A impressão dos autores desse ensaio é que os demais setores, incluindo a Educação Física, apropriaram e utilizaram a noção de competência mais pelo fato de ser um termo no qual se opera algum tipo de representação, portanto, um certo grau de comunicação. Nesse caso, os usos que se fazem do termo se aproximam mais do senso comum do que de algo constituído e refletido sistematicamente.
Junto a isso, então, devemos assumir que o meio no qual os profissionais, em geral, e o profissional de Educação Física, em particular, devem operar uma determinada intervenção é contingente vinculado a espaços socioculturais. Portanto, para Manfredi (1998 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006), algumas conotações relativas à noção de competência precisam ser examinadas com cautela, pois são pautadas, exclusivamente, em princípio de racionalidade técnica, constituída, muitas vezes, a partir de referências comportamentalistas (PATTO, 1981 citado por MANFREDI, 1998 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006). Nesse caso, o que de certa forma se está procurando são medidas universalizadas e padrões a serem seguidos, encobertos por subterfúgios como habilidades gerais, referências de conduta e determinadas experiências individuais, as quais acabam servindo como parâmetros de exclusão, deixando de fora habilidades outras, que não aquelas colocadas nessas referências.
1.1 Intervenções profissionais em Educação Física no segmento não escolar
O estudo e o enfoque de pesquisa das intervenções profissionais em Educação Física, mais precisamente daquelas atuantes na área não escolar, apresentam um contorno especial, por três motivos, a saber:
Um deslocamento do foco de observação na realização da pesquisa, que procura colocar as articulações e mobilização de recursos, que o profissional detém, no centro de análise, ao invés de avaliar se há ou não domínio suficiente de qualquer saber essencialmente formalizado.
A recenticidade da inserção no mercado de trabalho de bacharéis em Educação Física, supostamente mais bem preparados para atuar no universo de trabalho não escolar, para o qual a demanda existe desde os primórdios da formação profissional na área. No entanto, ainda não conseguimos apontar implicações dessa especificidade da preparação e as possíveis consequências junto à intervenção.
Começamos a ter a sensação de uma quase saturação de estudos acerca da formação profissional e, contraditoriamente, sem um impacto muito significativo na maior parte da configuração dos cursos de graduação da área. Isso, provavelmente, vem se dando em decorrência do distanciamento dos objetos desses estudos dos campos de intervenção, seja por questões metodológicas ou viés pragmático. Além de, geralmente, procurarem em suas justificativas serem norteados pela importância e necessidade de adaptação de uma área de conhecimento academicamente mais tradicional para intervenção.
Recorremos ao autor Lawson (1990 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006) para evidenciar algumas fontes de variabilidade que a organização do trabalho profissional em Educação Física pode vir a sofrer:
Receptividade e adoção de tecnologias relacionadas ao trabalho;Extensão da especialização do trabalho;
Culturas e subculturas organizacionais;
Táticas de socialização organizacional e sistemas de comunicação;
Relações para ampliar o ambiente organizacional: autonomia organizacional versus heteronomia, competição com outras organizações prestadoras de serviço;
Características dos clientes-alunos: homogeneidade versus heterogeneidade, prestação de serviço individualizado versus atendimento em grupo, composição de gênero, socioeconômica e racial, receptividade e aceitação de normas, poder formal e informal;
Sistemas de apoio organizacional: público versus privado, organizações não governamentais versus organizações financeiras;
Gerenciamento organizacional: sua estrutura, estilo e prerrogativas;
Objetivos do programa e dos sistemas de avaliação: objetivos singulares ou múltiplos, objetivos reais ou procedimentais, sistemas de responsabilidades.
Mesmo colocados de maneira geral, esses aspectos nos oferecem uma dimensão da complexidade de variáveis organizacionais e de sua combinação, as quais estão submetidas as intervenções profissionais em Educação Física. Então, o principal problema em centrar exclusivamente nas análises, nas descrições e nas compreensões no tipo de razoamento científico, é que o trabalho profissional em Educação Física, como pertencente à organização social do trabalho, compartilha de suas variáveis, tais como divisão do trabalho, características da clientela, sistema de suporte e sistemas de recompensa, entre outros. Esses aspectos são muitas vezes ignorados no momento da realização ou sistematização do conhecimento advindo da pesquisa. Em um programa de Educação Física, é importante reconhecer essa complexidade de recursos diversos e não apenas o conhecimento científico.
Na direção de apontar a expansão do mercado de trabalho para o profissional de Educação Física, Godbout et al. (1992 apud SORIANO; WINTERSTEIN, 2006) apontam que o considerável aumento do número de pessoas envolvidas nos programas de atividade física em clubes, academias, parques, projetos esportivos e sociais, tem provocado algumas diversificações nos papéis dos profissionais de Educação Física no exercício diário da sua profissão.
Apesar de ser recente no Brasil a regulamentação da Educação Física como área profissional, os dados acerca das variáveis da intervenção profissional carecem de indicativos e levantamentos significativos e mais precisos sobre as áreas e os locais de atuação profissional. Para a compreensão daquilo que compõe as intervenções/ações profissionais, faz-se necessário reconhecer a natureza multidimensional da subjetividade do profissional de Educação Física que vai imprimir no seu modo de agir elementos em comum.
Concluindo esse estudo sobre intervenções profissionais em Educação Física, constatamos a impossibilidade de criar um sistema ou protocolo fixo de avaliação para aferir uma intervenção competente, seja de maneira geral ou mesmo na Educação Física, que é o nosso objeto de estudo.
SAIBA MAIS
A Missão do CONFEF é “garantir à sociedade que o direito constitucional de ser atendida na área de atividades físicas e esportivas seja exercido por profissionais de Educação Física”.
E que seus valores são: Tradição, Legitimidade, Comprometimento, Cooperação, Tolerância, Democracia, Saber profissional, Responsabilidade social e Solidariedade. Saiba mais em selecionando o botão abaixo.
ACESSAR
1.2 Especificidades da intervenção profissional
A intervenção profissional é a aplicação dos conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos, sobre a atividade física, com responsabilidade ética. De acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), por meio da Resolução n.º 046, de 18 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre a intervenção do profissional de Educação Física e respectivas competências e define os seus campos de atuação profissional, é possível compreender o atual estado das especificidades da intervenção profissional em Educação Física por meio dos seguintes trechos da Resolução:
1.2.1 Responsabilidade social no exercício profissional
Da intervenção profissional
A Intervenção Profissional é a aplicação dos conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos, sobre a atividade física, com responsabilidade ética. A intervenção dos profissionais de Educação Física é dirigida a indivíduos e/ou grupos-alvo, de diferentes faixas etárias, portadores de diferentes condições corporais e/ou com necessidades de atendimentos especiais e se desenvolve de forma individualizada e/ou em equipe multiprofissional, podendo, para isso, considerar e/ou solicitar avaliação de outros profissionais, prestar assessoria e consultoria.
O profissional de Educação Física utiliza diagnóstico, define procedimentos, ministra, orienta, desenvolve, identifica, planeja, coordena, supervisiona, leciona, assessora, organiza, dirige e avalia as atividades físicas, desportivas e similares, sendo especialista no conhecimento da atividade física/motricidade humana nas suas diversas manifestações e objetivos, de modo a atender às diferentes expressões do movimento humano presentes na sociedade, considerando o contexto social e histórico-cultural, as características regionais e os distintos interesses e necessidades, com competências e capacidades de identificar, planejar, programar, coordenar, supervisionar, assessorar, organizar, lecionar, desenvolver, dirigir, dinamizar, executar e avaliar serviços, programas, planos e projetos, bem como realizar auditorias, consultorias, treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares, informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas das atividades físicas, do desporto e afins.
O profissional de Educação Física, pela natureza e pelas características da profissão que exerce, deve ser devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs - Conselho Federal/Conselhos Regionais de Educação Física, possuidor da Cédula de Identidade Profissional, sendo interventor nas diferentes dimensões de seu campo de atuação profissional, o que supõe pleno domínio do conhecimento da Educação Física (conhecimento científico, técnico e pedagógico), comprometido com a produção, difusão e socialização desse conhecimento a partir de uma atitude crítico-reflexiva.
Do exercício profissional
O profissional de Educação Física exerce suas atividades por meio de intervenções legitimadas por diagnósticos, utilizando métodos e técnicas específicas, de consulta, de avaliação, de prescrição e de orientação de sessões de atividades físicas e intelectivas, com fins educacionais, recreacionais, de treinamento e de promoção da saúde, observando a Legislação pertinente e o Código de Ética Profissional e, sujeito à fiscalização em suas intervenções no exercício profissional pelo Sistema CONFEF/CREFs.
Dos meios da intervenção profissional
Na sua intervenção, o profissional de Educação Física utiliza procedimentos diagnósticos, técnicas e instrumentos de medidas e avaliação funcional, motora, biomecânica, composição corporal, programação e aplicação de dinâmica de cargas, técnicas de demonstração, auxílio e segurança à execução dos movimentos, servindo-se de instalações, equipamentos e materiais, música e instrumentos musicais, tecnicamente apropriados.
Dos locais de intervenção
O exercício do profissional de Educação Física é pleno nos serviços à sociedade, no âmbito das atividades físicas e desportivas, nas suas diversas manifestações e objetivos. O profissional de Educação Física atua como autônomo e/ou em instituições e órgãos públicos e privados de prestação de serviços em atividade física, desportiva e/ou recreativa e em quaisquer locais onde possam ser ministradas atividades físicas, tais como: instituições de administração e prática desportiva, instituições de educação, escolas, empresas, centros e laboratórios de pesquisa, academias, clubes, associações esportivas e/ou recreativas, hotéis, centros de recreação, centros de lazer, condomínios, centros de estética, clínicas, instituições e órgãos de saúde, "SPAs", centros desaúde, hospitais, creches, asilos, circos, centros de treinamento desportivo, centros de treinamento de lutas, centros de treinamento de artes marciais, grêmios desportivos, logradouros públicos, praças, parques, na natureza e outros onde estiverem sendo aplicadas atividades físicas e/ou desportivas.
1.2.2 Capacitação profissional
Considerando as exigências de qualidade e de ética profissional nas intervenções, o profissional de Educação Física deverá estar capacitado para:
Compreender, analisar, estudar, pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar os conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, levando em conta o contexto histórico cultural;
Atuar em todas as dimensões de seu campo profissional, o que supõe pleno domínio da natureza do conhecimento da Educação Física e das práticas essenciais de sua produção, difusão, socialização e de competências técnico-instrumentais, a partir de uma atitude crítico-reflexiva e ética;
Disseminar e aplicar conhecimentos práticos e teóricos sobre a Educação Física (atividade física/motricidade humana/movimento humano), analisando-os na relação dinâmica entre o ser humano e o meio ambiente;
Promover uma educação efetiva e permanente para a saúde e a ocupação do tempo livre e de lazer, como meio eficaz para a conquista de um estilo de vida ativo e compatível com as necessidades de cada etapa e condições da vida do ser humano;
Contribuir para a formação integral de crianças, jovens, adultos e idosos, no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes;
Estimular e fomentar o direito de todas as pessoas à atividade física, por vias formais e/ou não formais;
Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades de indivíduos e grupos, atuando como agente de transformação social;
Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos, inerentes à aplicação profissional.
DICA DE LEITURA
Segundo as novas tendências mundiais, um profissional de excelência é um profissional que cria o hábito de estudar por toda a vida, um estudante para a vida toda. Assim, uma forma de se manter sempre bem informado é fazer a leitura das revistas do CONFEF no site do Conselho. Para ler os artigos on-line, selecione o botão abaixo.
ACESSAR
1.2.3 Especificidades da intervenção profissional
Regência/docência em Educação Física
Identificar, planejar, programar, organizar, dirigir, coordenar, supervisionar, desenvolver, avaliar e lecionar os conteúdos do componente curricular/disciplina Educação Física, na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, Médio e Superior e nas atividades de natureza técnico-pedagógicas (Ensino, Pesquisa e Extensão), no campo das disciplinas de formação técnico-profissional no Ensino Superior, objetivando a formação profissional.
Treinamento desportivo
Identificar, diagnosticar, planejar, organizar, dirigir, supervisionar, executar, programar, ministrar, prescrever, desenvolver, coordenar, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de aprendizagem, aperfeiçoamento, orientação e treinamento técnico e tático, de modalidades desportivas, na área formal e não formal.
Preparação física
Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar e aplicar métodos e técnicas de avaliação, prescrição e orientação de atividades físicas, objetivando promover, otimizar, reabilitar, maximizar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento e o desempenho físico dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e artísticas.
Avaliação física
Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, identificar necessidades, desenvolver coleta de dados, entrevistas, aplicar métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, biomecânica, motora, funcional, psicofisiológica e de composição corporal, em laboratórios ou no campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o condicionamento físico, os componentes funcionais e morfológicos e a execução técnica de movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários.
Recreação em atividade física
Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, avaliar e aplicar atividades físicas de caráter lúdico e recreativo, objetivando promover, otimizar e restabelecer as perspectivas de lazer ativo e bem-estar psicossocial e as relações socioculturais da população.
Orientação de atividades físicas
Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, desenvolver, prescrever, orientar, avaliar, aplicar métodos e técnicas motoras diversas, aperfeiçoar, orientar e ministrar os exercícios físicos, objetivando promover, otimizar, reabilitar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, condicionamento e o desempenho fisiocorporal, orientar para: o bem-estar e o estilo de vida ativo, o lazer, a sociabilização, a educação, a expressão e a estética do movimento, a prevenção de doenças, a compensação de distúrbios funcionais, o restabelecimento de capacidades fisiocorporais, a autoestima, a cidadania, a manutenção das boas condições de vida e da saúde da sociedade.
Gestão em educação física e desporto
Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, prestar consultoria, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de avaliação na organização, administração e/ou gerenciamento de instituições, entidades, órgãos e pessoas jurídicas cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou desportivas.
1.2.4 Conceituação de termos
Atividade física
Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta em um gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e socioculturais.
No âmbito da intervenção do profissional de Educação Física, a atividade física compreende a totalidade de movimentos corporais, executados no contexto de diversas práticas: ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais.
Exercício físico
Sequência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais, executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo a atingir.
Uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, do condicionamento físico, de habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional, definido de acordo com diagnóstico de necessidade ou carências específicas de seus praticantes, em contextos sociais diferenciados.
Desporto/esporte
Atividade competitiva, institucionalizado, realizado conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas, determinado por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade, podendo, também, ser praticado com liberdade e finalidade lúdica estabelecida por seus praticantes, realizado em ambiente diferenciado, inclusive na natureza (jogos: da natureza, radicais, orientação, aventura e outros). A atividade esportiva é aplicada, ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional de acordo com diagnóstico e/ou conhecimento especializado, em complementação a interesses voluntários e/ou organização comunitária de indivíduos e grupos não especializados.
Educação Física
A Educação Física contempla, dentre outros,os significados:
O conjunto das atividades físicas e desportivas;
A profissão constituída pelo conjunto dos graduados habilitados, e demais habilitados, no Sistema CONFEF/CREFs, para atender às demandas sociais referentes às atividades físicas nas suas diferentes manifestações, constituindo-se em um meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos;
O componente curricular obrigatório, em todos os níveis e modalidades do ensino básico, cujos objetivos estão expressos em Legislação específica e nos projetos pedagógicos;
Área de estudo e/ou disciplina no Ensino Superior;
O corpo de conhecimento, entendido como o conjunto de conceitos, teorias e procedimentos empregados para elucidar problemas teóricos e práticos, relacionados à esfera profissional e ao empreendimento científico, na área específica das atividades físicas, desportivas e similares.
Profissional de Educação Física
O profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo, ainda, para a consecução da autonomia, da autoestima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.
2. Conhecimento do objeto de trabalho, áreas de atuação e mercado de trabalho para o profissional de Educação Física
Para compreendermos o papel que está sendo desempenhado pelos profissionais de Educação Física nos dias atuais, devemos fazer uma viagem no tempo, nos anos de 1960, 1970 e 1980, quando o mercado de trabalho para o professor de Educação Física era constituído por dar aulas nas escolas públicas e particulares, e como treinador ou preparador físico de equipes de futebol, atletismo, natação, basquete e voleibol, entre outros. Nas escolas, o professor ministrava atividades físicas, jogos recreativos e tinha como objetivo formar o cidadão. Organizava os campeonatos internos e participava de jogos escolares. Nos clubes, preparava as equipes de competição, sendo preparador físico ou treinador. O mercado de trabalho se resumia a esses dois segmentos. Nos anos de 1970, surge o mercado das academias de ginástica, impulsionado pela mídia e pelas revistas especializadas. Destaca-se, também, a influência da novela da Rede Globo, chamada “Dancing Days”, que foi um enorme sucesso à época e a trama se passava em uma academia de ginástica. A dança, a música e os personagens com um belo corpo físico adentravam nos lares brasileiros todas as noites por meio da televisão.
Os professores de dança e ginástica eram contratados para ensinar os passos, os movimentos para a juventude da época, que dançava alegremente nas chamadas discotecas – outro fenômeno social brasileiro.
Com o término do regime militar (1985), novos mercados de trabalho foram surgindo em locais como hotéis, condomínios, centros de estética, hospitais, clínicas, centros de treinamentos públicos e privados, centros de treinamentos de lutas, parques públicos, organizações não governamentais, casas de repouso, empresas, centros e laboratórios de pesquisa e centros de lazer, entre outros. Nesse período, constatamos o surgimento de inúmeras faculdades de Educação Física, nas quais o objetivo era atender a essa demanda de mercado, formando os alunos em grande número e com bons conhecimentos técnico e científico.
Nos dias atuais (2018), a Educação Física comemora 20 anos de existência legal e milhares de profissionais exercem um trabalho reconhecido por toda a sociedade como de extrema importância. Atendem a crianças, a jovens, a adultos e a idosos em salas de ginástica, piscinas, condomínios, hotéis, parques públicos, sempre orientando e ensinando a importância da atividade física.
O profissional de Educação Física utiliza métodos próprios de diagnóstico, define procedimentos, ministra, planeja, coordena, leciona, assessora, organiza, dirige e avalia as atividades físicas e desportivas, sendo um especialista no conhecimento da atividade física. Compreende as diferentes expressões do movimento humano presentes na sociedade, considera o contexto social e histórico-cultural, as características regionais e os distintos interesses e necessidades com competência e capacidade de identificar, planejar, programar, lecionar, executar e avaliar serviços, programas e projetos. Realiza consultorias, treinamentos especializados, integra equipes multidisciplinares e interdisciplinares. Na sua intervenção, o profissional de Educação Física utiliza procedimentos diagnósticos, técnicas e instrumentos de medidas e avaliação funcional, motora, biomecânica, composição corporal, programação e aplicação de dinâmica de cargas, técnicas de demonstração, auxílio e segurança à execução dos movimentos, servindo-se de instalações, equipamentos e materiais, músicas e instrumentos musicais, tecnicamente preparados.
Nos dias de hoje, o profissional de Educação Física é capaz de compreender, estudar, pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, sempre considerando o contexto histórico-cultural. Atua em todas as dimensões de seu campo profissional, o que supõe pleno domínio da natureza do conhecimento da Educação Física e das práticas essenciais de sua produção, difusão, socialização e de competências técnicas-instrumentais a partir de uma atitude crítico-reflexiva e ética.
Esse moderno profissional promove uma educação efetiva e permanente para a saúde e a ocupação do tempo livre e de lazer, como meio eficaz para a conquista de um estilo de vida ativo e compatível com as necessidades de cada etapa e condições da vida do ser humano. Contribui para a formação integral de crianças, jovens, adultos e idosos no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes. Estimula e fomenta o direito de todas as pessoas à atividade física por vias formais e/ou não formais. Promove um estilo de vida saudável, conciliando as necessidades de indivíduos e grupos, sempre atuando como agente de transformação social. Conhece e utiliza recursos tecnológicos inerentes à atuação profissional.
Na rotina diária de trabalho, esse profissional vai realizar uma atividade como avaliação física. Primeiramente, irá diagnosticar, entrevistar, identificar as necessidades, desenvolver coleta de dados e, então, aplicar métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, biomecânica, motora, funcional, psicofisiológica e de composição corporal em laboratórios ou no campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o condicionamento físico, os componentes funcionais e morfológicos e a execução de técnicas de movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários.
Outro exemplo de atuação de um professor de Educação Física moderno é a arte de ministrar recreação em forma de atividade física. O profissional de Educação Física irá prescrever atividades físicas de caráter lúdico e recreativo objetivando promover, otimizar e restabelecer as perspectivas de lazer ativo e bem-estar psicossocial e as relações socioculturais dapopulação. Normalmente, essas atividades são desenvolvidas em escolas, clubes, projetos esportivos-sociais, acampamentos, casas de repouso de idosos, hospitais, creches, hotéis e eventos, entre outros.
Outra ação que o professor de Educação Física realiza é em gestão, esta, em Educação Física e desporto. Nesse caso, o seu trabalho é identificar, planejar, prestar consultoria, avaliar e aplicar métodos e técnicas de avaliação na organização, administração e/ou gerenciamento de instituições, entidade, órgãos e pessoas jurídicas cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou esportivas.
Destaca-se, também, o trabalho de orientação de atividades físicas, que é aplicar métodos e técnicas motoras diversas, orientar e ministrar os exercícios físicos objetivando otimizar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento e o desempenho fisiocorporal. Deve, também, orientar o seu cliente ou aluno para o bem-estar e o estilo de vida ativo, o lazer, a sociabilização, a educação, a expressão e a estética do movimento, a prevenção de doenças, a compensação de distúrbios funcionais, o restabelecimento de capacidades fisiocorporais, a autoestima, a cidadania, a manutenção das boas condições de vida e da saúde da sociedade.
Quando esse profissional de Educação Física é contratado por um clube, organização, ou pessoas para ministrar uma preparação física, ele deverá aplicar métodos e atividades físicas objetivando maximizar e aprimorar o funcionamento fisiológicoorgânico, o condicionamento e o desempenho dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e artísticas.
Se o objetivo do seu trabalho é o treinamento desportivo, deverá aplicar métodos e técnicas de aprendizagem, aperfeiçoamento, orientação e treinamento técnico e tático de modalidades desportivas, na área formal e não formal.
Se o convite for para ministrar aulas em colégios públicos, privados ou universidades, deverá planejar, programar e ministrar os conteúdos do componente curricular/disciplina Educação Física nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior e nas atividades de natureza técnico-pedagógica (ensino, pesquisa e extensão) no campo das disciplinas de formação técnico-profissional no Ensino Superior, objetivando a formação profissional.
Outro segmento que esse profissional atua é o desporto/esporte. São atividades competitivas, institucionalizadas realizadas conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas, determinadas por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade, podendo também ser praticadas com liberdade e finalidade lúdica estabelecida por seus praticantes, realizadas em ambiente diferenciado, inclusive na Natureza (p. ex., jogos ao ar livre, esportes radicais e esportes de aventura, dentre outros). A atividade esportiva aplica-se ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional de acordo com o diagnóstico e/ou conhecimento especializado, em complementação aos interesses voluntários e/ou da organização comunitária de indivíduos e grupos não especializados.
3. A intervenção do profissional de Educação Física e os desafios contemporâneos
Aqui, apresentaremos alguns aspectos para a reflexão sobre o profissional de Educação Física, sua atuação na sociedade, mercado de trabalho, competência profissional, o sistema CONFEF-CREF, a importância da regulamentação de um conselho para a profissão de Educação Física, postura ética desse profissional frente aos seus alunos e pares, e analisar os impactos que o seu trabalho produz na sociedade, guia de princípios de conduta ética do estudante de Educação Física.
Para a compreensão dos fatos é necessário conhecer um pouco da história desses professores de Educação Física que lutaram desde os anos 1940-1950 para a criação de um conselho de Educação Física e a legalização da profissão, fato que ocorreu somente no ano de 1998. Na década de 1940 existiam as associações dos professores de Educação Física – APEFs – nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Reuniões foram realizadas, propostas foram apresentadas e, finalmente, aprovaram a ideia que deveriam fundar a Federação de Professores de Educação Física – FBAPEF, no ano de 1946. Os seus objetivos eram a união da categoria e a legalização da profissão.
As críticas que são direcionadas àqueles professores são que eles não conseguiram desenvolver ações efetivas para que tais objetivos fossem alcançados. Nos anos 1980, um novo grupo de professores se reuniu e, após debates, redigiu algumas propostas pleiteando a regulamentação da profissão. Essas propostas foram convertidas em um projeto para análise e aprovação do Legislativo que, no final, foi vetado pelo Presidente da República à época, José Sarney.
No final da década de 1990, novos grupos se reuniram, novas propostas foram apresentadas e um novo projeto foi encaminhado ao Legislativo, que o aprovou e foi, portanto, promulgado pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 01 de setembro de 1998, publicado no Diário Oficial de 02 de setembro de 1998.
Hoje, nós, profissionais de Educação Física, devemos reconhecer nomes como os dos professores Inezil Penna Marinho, Jacinto Targa e Manoel Monteiro por apresentarem essa tese de regulamentação da profissão nos anos 1950. Eles apresentaram essa ideia e defenderam a sua importância sempre fazendo um paralelo com as demais profissões regulamentadas como a Ordem dos Advogados ou o Conselho dos Médicos, sem, no entanto, tomarem qualquer ação efetiva no sentido de consolidar a proposta. Hoje, com um novo olhar crítico, entende-se ter sido em virtude de, na época, os profissionais atuarem prioritariamente em escolas, os cursos serem exclusivamente de licenciatura, e os currículos voltados à formação de profissionais para atuarem no ensino formal. Historicamente, a área era responsável por preparar profissionais a um mercado predeterminado: a escola.
Um acontecimento marcante nesse breve relato histórico da criação e regulamentação de um Conselho de Educação Física ocorreu no ano de 1972, no III Encontro de professores de Educação Física, organizado pela Associação dos Professores de Educação Física da Guanabara, cidade do Rio de Janeiro.
Após a apresentação de diversas propostas e debates, uma recomendação foi aprovada, a proposta de criação de Conselhos Regionais e Federal de Educação Física, em que se destaca o seguinte registro deliberativo:
“4º tema: Conselhos Regionais e Federal dos titulados em Educação Física e Desporto:
É de interesse dos titulados em Educação Física e Desporto a criação dos Conselhos Regionais e Federal, reguladores da profissão.
O Código de Ética Profissional é fundamental para as relações de trabalho entre os titulados em Educação Física e Desporto, tanto na área particular, como no oficial.
Os participantes do III Encontro dos professores de Educação Física retificam o trabalho que foi executado no encontro anterior, sobre o problema da criação dos Conselhos Regionais e Federal dos titulados em Educação Física e Desportos e, solicitam providências junto às autoridades do Executivo e Legislativo Federal. ”
Contudo, somente em meados dos anos 1980 que são efetivamente identificadas as ações para a apresentação do projeto e regulamentação da profissão no Legislativo.
Assim, fica claro que a questão da regulamentação é uma aspiração antiga da categoria profissional. Essas ideias foram debatidas desde os anos 1950 em diversos eventos, pelos formadores de opinião, e se transformaram em ação efetiva apenas a partir da década de 1980, quando, então, encontramos a questão da regulamentação profissional sendo efetivamente debatida e, as ações concretas, políticas, sendo efetivamente dinamizadas.
No início dos anos 1980, resgata-se a Federação Brasileira de Associações de Educação Física – FBAPEF que, mediante uma atuação efetiva e democrática, motiva o surgimento de Associações de Professores de Educação Física – APEFs, em todos os estados brasileiros. Nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro,Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, dentre outros, ao longo da década de 1980, as APEFs promoveram diversos congressos. A pauta era discutir os rumos da disciplina e da profissão. A necessidade de consolidar a regulamentação recebeu aprovação em todos os estados.
Fundamentado nessas propostas, foi formatado um projeto de Lei que foi encaminhado à Assembleia Legislativa. Recebeu o número PL4559/84 e, após tramitações de praxe, foi aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 1989. Porém, foi vetado pelo presidente da República, José Sarney, baseando-se em parecer exarado pelo Ministério do Trabalho. Em razão dessa decepção, as APEFs entraram em colapso. O processo de desativação ocorreu inclusive no congresso da FBAPEF de 1990.
No início de 1994, um grupo de estudantes de Educação Física preocupados com o crescente aumento de pessoas sem formação atuando no mercado emergente (academias, clubes, condomínios), procurou a APEF-RJ. A APEF, então, reafirmou a posição de que, para impedir tal abuso, fazia-se necessário um instrumento jurídico que determinasse serem os egressos das escolas de Educação Física os profissionais responsáveis pela dinamização das atividades físicas.
Inicia-se uma nova luta pela regulamentação do profissional de Educação Física. Em janeiro de 1995, durante o congresso da FIEP, em Foz do Iguaçu, foi lançado oficialmente o “Movimento pela Regulamentação do Profissional de Educação Física”. Em todos os eventos relativos à área (congressos, seminários, convenções), foram promovidas conferências, mesas redondas, debates relativos à regulamentação. Nas escolas de Educação Física, os estudantes promoviam encontros de discussão a respeito da regulamentação. Um novo projeto de Lei é então apresentado no ano de 1997. Esse projeto foi aprovado por unanimidade em reunião ordinária e remetido para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação. Foi aprovado na Câmara dos Deputados e, em junho de 1998, passou a ser analisado e apreciado pelo Senado, onde também foi aprovado por unanimidade e encaminhado à sanção presidencial.
Em 01 de setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a Lei 9696/98, que foi publicada no Diário Oficial da União em 2 de setembro de 1998. Neste dia, encerrou-se uma luta por direitos trabalhistas iniciada nos anos 1940-1950 e uma nova Era se abriu para essa categoria de profissionais abnegados, que utilizam as atividades esportivas e o jogo como instrumento de educação, inclusão social e formação de cidadãos.  No dia 01 de setembro comemora-se, em todo o país, o dia do profissional de Educação Física.
DICA DE LEITURA
Nunes e col. (2010) escreveram um artigo científico no qual articulam os desafios na formação do profissional bacharel em Educação Física, nos documentos oficiais e a sua intervenção no mundo do trabalho. Ampliam as percepções e avaliam a proposta de formação nos saberes e conhecimentos para esse campo de atuação, além de apresentarem desafios e perspectivas para formar o bacharel em Educação Física no Brasil.
Para ler esse documento, selecione o botão abaixo.
ACESSAR
4. O sistema CONFEF/CREF como elemento-chave nas representações sociais sobre a Educação Física
O sistema CONFEF/CREF é o órgão responsável pelo exercício profissional na área de Educação Física e que tem como objetivo investigar com fins educativos e científicos as possíveis formas de expressão de atividade física. Atua no sentido que todos os profissionais de Educação Física possuam uma formação acadêmica de excelente nível e participem de programas de aprimoramento técnico-científico e cultural. Esses profissionais se organizam em todos os estados brasileiros através dos CREFs, que são os Conselhos Regionais de Educação Física. Para a compreensão da importância desse sistema para a categoria dos profissionais de Educação Física, devemos conhecer um pouco da história das lutas de professores de Educação Física para a legalização da profissão.
Esse processo começou nos anos 1940-1950 sem que conseguissem resultados efetivos. No ano de 1984, um grupo de intelectuais de Educação Física se reuniu em um congresso na cidade de Belo Horizonte e após muitos debates, redigiu um documento no qual numerava as diretrizes para uma nova Educação Física brasileira. Esse importante documento foi a Carta Belo Horizonte (1984).
No ano de 1989 houve outro grande encontro de professores de Educação Física nos Jogos escolares brasileiros, que emitiram um documento estabelecendo os nortes para um esporte comprometido com a educação. No campo internacional, no ano de 1999, a área de Educação Física foi objeto de três encontros internacionais importantes que analisaram os principais aspectos das práticas básicas educativas:
World Summit on Physican Education (Berlim):
onde foi expedida a Agenda Berlim, a qual estabeleceu, principalmente, a necessidade de uma Educação Física de qualidade, após concluírem sua importância para a sociedade.
III Encontro de Ministros e Responsáveis pelo Esporte e Educação Física (III MINIPS / Punta del Leste):
cujas conclusões constituíram a Declaração de Punta del Leste, que ofereceu diretrizes para as ações governamentais a favor da Educação Física e do esporte.
Congresso Mundial FIEP (Foz do Iguaçu):
onde foi lançado o Manifesto Mundial FIEP de Educação Física 2000. Este manifesto, a partir do pressuposto do direito de todos à Educação Física, renovou o conceito de Educação Física e estabeleceu as suas relações com as outras áreas (educação, esporte, cultura, ciência, saúde, lazer, turismo) e ainda evidenciou o seu compromisso com os grandes problemas/questões da humanidade nesse limiar de século (exclusão social, países subdesenvolvidos, pessoas com necessidades especiais, meio ambiente, cultura da paz).
No Brasil, no ano de 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a categoria dos professores de Educação Física, atuando politicamente com deputados, senadores, empresários de grandes grupos educacionais, apresentou um projeto de Lei objetivando a legalização da categoria dos profissionais de Educação Física. Finalmente, em 01 de setembro de 1998, a Lei 9696/98 foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
Foi a concretização de um sonho dos professores de Educação Física, que desde os anos 1940-1950 acreditaram e lutaram para que esse sonho se tornasse realidade. Coube a professores de gerações futuras lutar politicamente e concretizar esse sonho, a regulamentação da profissão de Educação Física e a criação do Conselho Federal (CONFEF) e Conselhos Regionais (CREFs) de Educação Física.
LEI Nº 9.696, DE 1 DE SETEMBRO DE 1998.
‍
Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° O exercício das atividades de Educação Física e a designação de Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais regularmente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física.
Art. 2° Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os seguintes profissionais:
I - os possuidores de diploma obtido em curso de Educação Física, oficialmente autorizado ou reconhecido;
II - os possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição de ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em vigor;
III - os que, até a data do início da vigência desta Lei, tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física.
Art. 3° Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participarde equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto.
Art. 4° São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Educação Física.
Art. 5° Os primeiros membros efetivos e suplentes do Conselho Federal de Educação Física serão eleitos para um mandato tampão de dois anos, em reunião das associações representativas de Profissionais de Educação Física, criadas nos termos da Constituição Federal, com personalidade jurídica própria, e das instituições superiores de ensino de Educação Física, oficialmente autorizadas ou reconhecidas, que serão convocadas pela Federação Brasileira das Associações dos Profissionais de Educação Física - FBAPEF, no prazo de até noventa dias após a promulgação desta Lei.
Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 1 de setembro de 1998; 177o da Independência e 110o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Edward Amadeo
Um dos mais importantes documentos aprovados pelo CONFEF-CREF foi o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física. Esse Código de ética está fundamentado nas Declarações universais dos Direitos Humanos e da Cultura, na Agenda 21 - que conceitua a proteção do Meio ambiente no contexto das relações entre os homens em sociedade, e, ainda, nos indicadores da Carta Brasileira de Educação Física 2000. Este documento, juntamente com a legislação referente à Educação Física e seus profissionais nas esferas federal, estadual e municipal, constitui o fundamento para a função mediadora do sistema CONFEF-CREF no que concerne ao código de ética. Ao se regulamentar a Educação Física como atividade profissional, foi identificada paralelamente a importância de conhecimentos técnicos e científicos especializados à necessidade de desenvolvimento de competências específicas para a sua aplicação que possibilite estender a toda sociedade os valores e os benefícios advindos da sua prática. Esse Código propõe normatizar a articulação das dimensões técnicas e sociais com a dimensão ética de forma a garantir o desempenho profissional de Educação Física. A união de conhecimento científico e atitude referendada à necessidade de um saber e de um saber fazer que venham a se efetivar como um saber bem e um saber fazer bem.
Apresentamos, para leitura, as diretrizes para a sua carreira profissional, o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física e o guia de conduta ética dos estudantes de Educação Física.
4.1 Código de Ética dos Profissionais de Educação Física
‍
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º - O exercício da profissão exige do profissional de Educação Física conduta compatível com os preceitos da Lei n.º 9.696/1998, do Estatuto do CONFEF, deste Código, de outras normas expedidas pelo Sistema CONFEF/CREFs e com os demais princípios da moral individual, social e profissional.
Parágrafo Único - Este Código de Ética constitui-se em documento de referência para os Profissionais de Educação Física, no que se refere aos princípios e diretrizes para o exercício da profissão e aos direitos e deveres dos beneficiários das ações e dos destinatários das intervenções.
Art. 2º - Para os efeitos deste Código, considera-se:
I - beneficiário, o indivíduo ou instituição que utilize os serviços do Profissional de Educação Física;
II - destinatário, o Profissional de Educação Física.
Art. 3º - O Sistema CONFEF/CREFs reconhece como Profissional de Educação Física, o profissional identificado consoante às características da atividade que desempenha nos campos estabelecidos da profissão.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 4º - O exercício profissional em Educação Física pautar-se-á pelos seguintes princípios:
I - o respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo;
II - a responsabilidade social;
III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza;
IV - o respeito à ética nas diversas atividades profissionais;
V - a valorização da identidade profissional no campo das atividades físicas, esportivas e similares;
VI - a sustentabilidade do meio ambiente;
VII - a prestação, sempre, do melhor serviço a um número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade;
VIII - a atuação dentro das especificidades do seu campo e área do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços.
Art. 5º - São diretrizes para a atuação dos órgãos integrantes do Sistema CONFEF/CREFs e para o desempenho da atividade profissional em Educação Física:
I - comprometimento com a preservação da saúde do indivíduo e da coletividade, e com o desenvolvimento físico, intelectual, cultural e social do beneficiário de sua ação;
II - aperfeiçoamento técnico, científico, ético e moral dos Profissionais registrados no Sistema CONFEF/CREFs;
III - transparência em suas ações e decisões, garantida por meio do pleno acesso dos beneficiários e destinatários às informações relacionadas ao exercício de sua competência legal e regimental;
IV - autonomia no exercício da profissão, respeitados os preceitos legais e éticos e os princípios da bioética;
V - priorização do compromisso ético para com a sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza corporativista;
VI - integração com o trabalho de profissionais de outras áreas, baseada no respeito, na liberdade e independência profissional de cada um e na defesa do interesse e do bem-estar dos seus beneficiários.
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades e Deveres
Art. 6º - São responsabilidades e deveres do Profissional de Educação Física:
I - promover a Educação Física no sentido de que se constitua em meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seus beneficiários, através de uma educação efetiva, para promoção da saúde e ocupação saudável do tempo de lazer;
II - zelar pelo prestígio da profissão, pela dignidade do Profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;
III - assegurar a seus beneficiários um serviço profissional seguro, competente e atualizado, prestado com o máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência;
IV - elaborar o programa de atividades do beneficiário em função de suas condições gerais de saúde;
V - oferecer a seu beneficiário, de preferência por escrito, uma orientação segura sobre a execução das atividades e dos exercícios recomendados;
VI - manter o beneficiário informado sobre eventuais circunstâncias adversas que possam influenciar o desenvolvimento do trabalho que lhe será prestado;
VII - renunciar às suas funções, tão logo se verifique falta de confiança por parte do beneficiário, zelando para que os interesses do mesmo não sejam prejudicados e evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VIII - manter-se informado sobre pesquisas e descobertas técnicas, científicas e culturais com o objetivo de prestar melhores serviços e contribuir para o desenvolvimento da profissão;
IX - avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal, e somente aceitar encargos quando se julgar capaz de apresentar desempenho seguro para si e para seus beneficiários;
X - zelar pela sua competência exclusiva na prestação dos serviços a seu encargo;
XI - promover e facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural das pessoas sob sua orientação profissional;
XII - manter-se atualizado quanto aos conhecimentos técnicos, científicos e culturais;
XIII - guardar sigilo sobre fato ou informação de que tiver conhecimento em decorrência do exercício da profissão, admitindo-se a exceção somente por determinação judicial ou quando o fato for imprescindível como única forma de defesa perante o Tribunal de Ética do Sistema CONFEF/CREFs;
XIV - responsabilizar-se por falta cometida no exercício de suas atividades profissionais, independentemente de ter sido praticada individualmente ou em equipe;
XV - cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão;
XVI - emitir parecertécnico sobre questões pertinentes a seu campo profissional, respeitando os princípios deste Código, os preceitos legais e o interesse público;
XVII - comunicar formalmente ao Sistema CONFEF/CREFs fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivados pelo respeito à lei e à ética no exercício da profissão;
XVIII - apresentar-se adequadamente trajado para o exercício profissional, conforme o local de atuação e a atividade a ser desempenhada;
XIX - respeitar e fazer respeitar o ambiente de trabalho;
XX - promover o uso adequado dos materiais e equipamentos específicos para a prática da Educação Física;
XXI - manter-se em dia com as obrigações estabelecidas no Estatuto do CONFEF.
XXII - portar e utilizar a Cédula de Identidade Profissional - CIP como documento identificador do pleno direito ao exercício profissional, observando, imperiosamente, o período de vigência do referido documento.
Art. 7º - No desempenho das suas funções é vedado ao Profissional de Educação Física:
I - contratar, direta ou indiretamente, serviços que possam acarretar danos morais para si próprio ou para seu beneficiário, ou desprestígio para a categoria profissional;
II - auferir proventos que não decorram exclusivamente da prática correta e honesta de sua atividade profissional;
III - assinar documento ou relatório elaborado por terceiros, sem sua orientação, supervisão ou fiscalização;
IV - exercer a profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício por pessoa não habilitada ou impedida;
V - concorrer, no exercício da profissão, para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
VI - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse a ele confiado;
VII - interromper a prestação de serviços sem justa causa e sem notificação prévia ao beneficiário;
VIII - transferir, para pessoa não habilitada ou impedida, a responsabilidade por ele assumida pela prestação de serviços profissionais;
IX - aproveitar-se das situações decorrentes do relacionamento com seus beneficiários para obter, indevidamente, vantagem de natureza física, emocional, financeira ou qualquer outra;
X – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para registro no Sistema CONFEF/CREFs.
XII - vincular o seu nome e/ou registro a atividades de cunho manifestamente duvidoso.
Art. 8º - No relacionamento com os colegas de profissão, com outros profissionais nos diversos espaços de atuação profissional, a conduta do profissional de Educação Física será pautada pelos princípios de consideração, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da categoria profissional, sendo-lhe vedado:
I - fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras a colegas de profissão, ou a outros profissionais nos diversos espaços de atuação profissional;
II - aceitar encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão, desde que permaneçam as mesmas condições originais;
III - apropriar-se de trabalho, iniciativa ou solução encontrados por terceiros, apresentando-os como próprios;
IV - provocar desentendimento com colega que venha o substituir no exercício profissional;
V - pactuar, em nome do espírito de solidariedade, com erro ou atos infringentes das normas éticas ou legais que regem a profissão.
Art. 9º - No relacionamento com os órgãos e entidades representativos da categoria e da classe, o profissional de Educação Física observará as seguintes normas de conduta:
I - exercer com interesse e dedicação o cargo de dirigente de entidades de classe que lhe seja oferecido, podendo escusar-se de fazê-lo mediante justificação fundamentada;
II - jamais se utilizar de posição ocupada na direção de entidade de classe em benefício próprio, diretamente ou através de outra pessoa;
III - denunciar aos órgãos competentes as irregularidades no exercício da profissão ou na administração das entidades de classe de que tomar conhecimento;
IV - auxiliar a fiscalização do exercício Profissional;
V - zelar pelo cumprimento deste Código;
VI - não formular, junto a beneficiários e estranhos, mau juízo das entidades de classe ou de Profissionais não presentes, nem atribuir seus erros ou as dificuldades que encontrar no exercício da Profissão à incompetência e desacertos daqueles;
VII - acatar as deliberações emanadas do Sistema CONFEF/CREFs;
VIII - manter-se em dia com as obrigações legais e pecuniárias relativas ao exercício profissional estabelecidas pelo Conselho Regional de Educação Física – CREF no qual tenha registro.
CAPÍTULO IV
Dos Direitos e Benefícios
Art. 10 - São direitos do Profissional de Educação Física:
I - exercer a Profissão sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, idade, opinião política, cor, orientação sexual ou de qualquer outra natureza;
II - recorrer ao Conselho Regional de Educação Física, quando impedido de cumprir a lei ou este Código, no exercício da profissão;
III - requerer desagravo público ao Conselho Regional de Educação Física sempre que se sentir atingido em sua dignidade profissional;
IV - recusar a adoção de medida ou o exercício de atividade profissional contrários aos ditames de sua consciência ética, ainda que permitidos por lei;
V - participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, principalmente na busca de aprimoramento técnico, científico e ético;
VI - apontar falhas e/ou irregularidades nos regulamentos e normas, formalmente, por escrito, aos gestores de eventos e de instituições que oferecem serviços no campo da Educação Física quando os julgar tecnicamente incompatíveis com a dignidade da profissão e com este Código ou prejudiciais aos beneficiários;
VII - receber salários ou honorários pelo seu trabalho profissional.
Parágrafo Único - As falhas e/ou irregularidades apontadas de acordo com o inciso VI deste artigo, quando não atendidas, deverão ser transformadas em denúncia que será formulada ao CREF, por escrito.
Art. 11 - As condições para a prestação de serviços do profissional de Educação Física serão definidas previamente à execução, de preferência, por meio de contrato escrito e, com pertinência na legislação vigente, sua remuneração será estabelecida em função dos seguintes aspectos:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a ser prestado;
II - o tempo que será consumido na prestação do serviço;
III - a possibilidade do Profissional ficar impedido ou proibido de prestar outros serviços no mesmo período;
IV - o fato de se tratar de serviço eventual, temporário ou permanente;
V - a necessidade de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou do País;
VI - a competência e o renome do Profissional;
VII - os equipamentos e instalações necessários à prestação do serviço;
VIII - a oferta de trabalho no mercado onde estiver inserido;
IX - os valores médios praticados pelo mercado em trabalhos semelhantes.
§ 1º - O profissional de Educação Física poderá transferir a prestação dos serviços a seu encargo a outro Profissional de Educação Física, com a anuência do beneficiário.
§ 2º - É vedado ao profissional de Educação Física oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou concorrência desleal.
CAPÍTULO V
Das Infrações e Penalidades
Art. 12 - O descumprimento do disposto neste Código constitui infração ética, ficando o infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade da infração:
I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa;
II - censura pública;
III - suspensão do exercício da Profissão;
IV - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato.
Art. 13 - Incorre em infração ética o Profissional que tiver conhecimento de transgressão deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho Regional de Educação Física.
Art. 14 – As Comissões de Ética, as Juntas de Instrução e Julgamento, os TribunaisRegionais de Ética e o Tribunal Superior de Ética são órgãos do Sistema CONFEF/CREFs com suas áreas de abrangência e competências elencadas no Código Processual de Ética do Sistema CONFEF/CREFs.
Parágrafo Único - O documento mencionado no caput deste artigo corresponde ao ordenamento adjetivo no que respeita a materialidade do fenômeno ético no âmbito do exercício profissional da Educação Física e, garante os princípios norteadores da justiça alicerçados no devido processo legal, na ampla defesa, no contraditório e, no duplo grau de jurisdição.
CAPÍTULO VI
Disposições Finais
Art. 15 - O registro no Sistema CONFEF/CREFs implica, por parte dos Profissionais de Educação Física, total aceitação e submissão às normas e princípios contidos neste Código.
Art. 16 - Com vistas ao contínuo aperfeiçoamento deste Código, serão desenvolvidos procedimentos metódicos e sistematizados que possibilitem a reavaliação constante dos comandos nele contidos.
Art. 17 - Os casos omissos serão analisados e deliberados pelo Conselho Federal de Educação Física.
Publicado no DOU n.º 221, de 19 de novembro de 2015 – Seção 1 – fls. 129 e 130.
4.2 Guia De Conduta Ética Dos Estudantes De Educação Física
Livro - Guia de conduta ética dos estudantes de Educação Física
Fonte: Confef
DICA DE LEITURA
No site do CONFEF estão disponíveis diversos outros documentos importantes para uma atuação profissional e ética.
Confira todos eles em: <http://www.confef.org.br> e faça parte do seleto grupo de profissionais competentemente engajados com essa maravilhosa profissão.
Síntese
Abordamos nesta unidade alguns aspectos relevantes para a formação do aluno do curso de Educação Física como noção de competência profissional implicada nas intervenções em Educação Física, a relação de causalidade entre competência e intervenção profissional de excelência, as diretrizes para intervenção do estudante de Educação Física e suas respectivas competências, o sistema CONFEF-CREF como elemento-chave nas representações sociais sobre a Educação Física (o guia de princípios e conduta ética do estudante de Educação Física), os desafios e os impactos que a intervenção do profissional de Educação Física produz na sociedade, a expansão do mercado de trabalho para o profissional de Educação Física.
Acreditamos que após a leitura e a reflexão crítica desses tópicos, os alunos do curso de Educação Física terão uma noção da história da Educação Física brasileira, lutas políticas para a legalização da profissão, os diversos segmentos para atuação do profissional de Educação Física, as competências profissionais, a criação do sistema CONFEF-CREF, o Código de ética dos profissionais e o guia de princípios de conduta ética do estudante de Educação Física.
Referências Bibliográficas
BURRAGE, Michael. De la educación práctica a la educación professional académica pautas de conflicto y adaptación en Inglaterra, Francia y Estados Unidos. In: ROTHBLATT, S.; WITTROCK B. La Universidad europea y Americana desde 1800: las tres transformaciones de la Universidad moderna. Barcelona: Ediciones Pomares-Corredor, 1996. p.156-206. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
CONFEF. Livro guia de conduta ética dos estudantes de educação física. Disponível em: <http://www.listasconfef.org.br/arquivos/guia_do_estudante.pdf>. Acesso 21 jun. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CONFEF. Resolução CONFEF n.º 307/2015 de 09/11/2015. Publicada no DOU n.º 221 de 19 de novembro de 2015 – Seção 1 – fls. 129 e 130. Disponível em: <http://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381>. Acesso em: 21 jun. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CONFEF. Resolução CONFEF nº 046/2002 de 18/02/2002. Publicada no DOU nº 53 de 19 de março de 2002 - seção 1 - pág. 134. Disponível em: <http://www.confef.org.br/confef/resolucoes/82>. Acesso em: 21 jun. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – CONFEF. Regulamentação da Educação Física no Brasil. Rio de Janeiro, 2018. 6p. disponível em: Disponível em: <http://www.confef.org.br/confef>. Acesso em: 21 jun. 2018.
DESAULNIERS, J. B. R. Introdução. In: _____. (org.). Formação e trabalho e competência. Porto Alegre: Edipucrs, 1998. p. 7-16.
GODBOUT, P.; SAMSON, J.; BÉRUBÉ, G. The service component of the physical activity sciences. In: BOUCHARD, C.; McPERSON, B. D.; TAYLOR, A. W. Physical activity sciences. Champaing: Human Kinetics Publishers, 1992. cap.16. p.131-137. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
LAWSON, H. A. Beyond positivism: Research, practice, and undergraduate Professional education. Quest, n.42, p.161-183, 1990. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
MARTINS, Iguatemy Maria de Lucena (org.). Intervenção profissional e formação superior em educação física: articulação necessária para a qualidade do exercício profissional. Sistema CONFEF/CREFs - Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, Rio de Janeiro, 2015. 86p. Disponível em: <http://www.listasconfef.org.br/arquivos/INTERVENCAO_DOCUMENTO_FINAL.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.
MANFREDI, S. M. Trabalho, qualificação e competência profissional: das dimensões sociais e políticas. Educação e Sociedade, ano XIX, n.64, p.13-49, 1998. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
NUNES, Marcello Pereira; VOTRE, Sebastião Josué; SANTOS, Wagner dos. O profissional em educação física no Brasil: desafios e perspectivas no mundo do trabalho. Motriz: rev. educ. fis.,  Rio Claro ,  v. 18, n. 2, p. 280-290,  June  2012 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-65742012000200008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 maio  2018.
RANGEL-BETTI, I. C. A. Educação física e o ensino médio: analisando um processo de aprendizagem profissional. São Carlos, 1998. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de São Carlos. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
TOJAL, João Batista (org.). Ética profissional na Educação Física. Shape: CONFEF, Rio de Janeiro, 2004, 299p. Disponível em: <http://www.listasconfef.org.br/arquivos/etica/livro_etica.pdf>. Acesso em: 21 jun.2018.
TORSTENDAHL, Rolf. La transformación de la educación profesional en el siglo XIX. In: ROTHBLATT, S; WITTROCK, B. La Universidad europea y americana desde 1800: las tres transformaciones de la Universidad moderna. Barcelona: Ediciones Pomares-Corredor, 1996. p.121-155. In: SORIANO, Jeane Barcelos; WINTERSTEIN, Pedro José. Limites e Desafios para o Estudo da Intervenção Profissional em Educação Física a partir da Noção de Competência. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 175-195, jan-abr. 2006. ISSN 1982-8918. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2888>. Acesso em: 16 maio 2018.
PAIVA, V. A Psicologia redescobrirá a sexualidade? In: Psicologia em Estudo, Maringá. v. 13, n. 4, p. 641-651, out.-dez. 2008, p. 65. Depto. de Psicologia. Universidade Estadual de Maringá.
PEREIRA NETO, Élida F.; RAMOS, Márcia Z; SILVEIRA, Esalba Maria C. Configurações familiares e implicações para o trabalho em saúde da criança em nível hospitalar. Physis-Revista de Saúde Coletiva, v. 26, n. 3, 2016.
POCAHY, Fernando Altair; NARDI, Henrique Caetano. Saindo do armário e entrando em cena: juventudes, sexualidades e vulnerabilidade social. Estudos Feministas, v. 15, n. 1, p. 45, 2007.
ROSA, Mirian Debieux. O lugar da criança e a família na contemporaneidade. In: A criança o infantil na clínica psicanalítica. Literal – Escola de Psicanálise de Campinas, n. 9, 2006.
ROUDINESCO, Elisabeth. A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
RUBIN, Gayle. Pensando o Sexo: Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade. Tradução de Felipe Bruno Martins Fernandes e revisão de Miriam Pillar Grossi.
RUBIN, G. Thinking Sex: Notes for a Radical Theory of the Politics of Sexuality [1984]. In: ABELOVE, Henry; BARALE, Michèle; HALPERIN, David. (eds.) The Lesbian and Gay Studies Reader. Nova York, Routledge, 1994.
SILVA, Cristiane Gonçalves da. Sexualidade, conjugalidade e direitos entre jovens religiosos da região metropolitana de São Paulo. Tese Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Social, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2010, 261 p.
SILVEIRA, Rosa Maria Godoy et al. Educação em Direitos Humanos: fundamentos teórico-metodológicos. João Pessoa: Editora Universitária, p. 313-334, 2007.
TEPERMAN, Daniela. O exercício da parentalidade na contemporaneidade: um estudo sobre a transmissão. In: Formação de Profissionais e a criança-sujeito, n. 7, São Paulo, 2009.  Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032008000100029&lng=en&nrm=abn>. Acesso em: 11 fev. 2017.
WAGNER, Luciane Carniel; VIEIRA, Grazielli Padilha; MACIEL, Vera Elaine Marques. A terceirização dos cuidados infantis: um fenômeno histórico. Revista de Educação do Cogeime – Ano 26 – n. 51 – julho-dezembro 2017.
WINNICOTT, Donald W. A criança e o seu mundo. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
© 2019 - LAUREATE - Todos direitos reservados

Continue navegando

Outros materiais