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Delirium,delirio e alucinação

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DELIRIUM
 - Quadro sindrômico causado por alteração do nível de consciência, em pacientes com distúrbios cerebrais agudos.
- DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994) compreendem o Delirium como comprometimento da consciência passando considerado-lo como seu aspecto principal. Neste sentido, o Delirium não está associado exclusivamente aos transtornos psiquiátricos, mas também, a outras condições orgânicas crônicas (como, por exemplo, as síndromes demenciais, infecção, encefalopatia hepática, intoxicação por drogas e evento cirúrgico de grande porte) (Santos, 2005; Wacker, 2005).
- DSM-IV subdivide o Delirium de acordo com sua etiologia, definindo-o como:
(1) delirium por condição médica geral; 
 (2) delirium devido à intoxicação por sustâncias;
(3) delirium devido à abstinência de substâncias; 
 (4) delirium devido a múltiplas etiologias; 
(5) delirium sem outras especificações.
 - O CID-10 compreende o Delirium como uma disfunção cerebral aguda caracterizada por alterações do estado de consciência transitórias e flutuantes, acompanhadas de compromisso cognitivo, apresentando rebaixamento do nível de consciência e consequentemente da atenção com confusão mental, pensamento ilógico e desorganização do discurso, agitação psicomotora, porém, existem casos que podem ocorrer, também, retração, hipersonolência e lentificação motora (Dalgalarrondo, 2000), além das alterações sono-vigília, como insônia no período noturno e sonolência no período diurno. Seu início é geralmente agudo, variando de algumas horas até poucos dias (Wacker, 2005). 
 - O delirium é uma das síndromes mais freqüentes na prática clínica diária, principalmente em pacientes com doenças somáticas (emergências e enfermarias médicas) e em idosos (Trzepacz; Meagher; Wise, 2006).
 - O delirium diz respeito, portanto, aos vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais.Trata-se de um quadro que oscila muito ao longo do dia. Geralmente, o paciente está com o sensório claro pela manhã e no início da tarde e seu nível de consciência “afunda” no final da tarde e à noite, surgindo, então, ilusões e alucinações visuais e intensificando-se a desorientação e a confusão do pensamento e do discurso.
 
DELÍRIO
 - idéia delirante; alteração do juízo de realidade encontrada principalmente em psicóticos esquizofrênicos
- O Delírio é uma alteração relacionada à formação de juízos, sendo um erro do processo de ajuizar que tem origem na doença mental (Dalgalarrondo, 2000).
- É o desenvolvimento de um conjunto de juízos falsos em consequência de condições patológicas preexistentes e que não se corrigem por meios racionais (Paim, 1986).
- As principais características do Delírio são:
 (1)uma convicção extraordinária;
 (2)não são susceptíveis à influência e;
 (3)possuem um conteúdo impossível (Cheniaux, 2011). 
-É através dos juízos que discernimos o que é real do que é fruto da nossa imaginação (Cheniaux, 2011). Neste sentido, compreende-se o Delírio ou idéias delirantes como juízos patologicamente falsos.
- O Delírio é categorizado em três tipos: delírio primário (ou ideia delirante), delírio secundário (ou ideia deliróide) e idéia sobrevalorada.
* O delírio primário é caracterizado como juízo falso deve apresentar três características básicas: 1 - deve apresentar-se como uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável; 2 - deve ser impenetrável e incompreensível para o indivíduo normal, bem como, impossível de sujeitar-se às influências de correções quaisquer, seja através da experiência ou da argumentação lógica e; 3 - impossibilidade de conteúdo plausível (Cheniaux, 2011; Paim, 1986; Dalgalarrondo, 2000).
* O delírio secundário ou ideia deliróide tem origem compreensível em estados psicologicamente alterados, como nos transtornos do humor, alterações da sensopercepção e rebaixamento do nível de consciência (Cheniaux, 2011). Podem também ser compreendidos como equívocos passageiros provocados por percepções enganosas e outras desse tipo (Paim, 1986). Por exemplo: as idéias de ruína e de culpa na depressão, idéias de perseguição no delirium tremens, as idéias de grandeza na mania (Cheniaux, 2011).
* Idéia sobrevalorada é uma idéia errônea por exagero afetivo em que a carga afetiva muito intensa afeta o julgamento da realidade (Cheniaux, 2011) e a idéia passa a preponderar sobre as demais, de forma pouco racional, afetando o comportamento do indivíduo (Dalgalarrondo, 2000).
ALUCINAÇÃO
- percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo, é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.
- As alucinações auditivas, são o tipo de alucinação mais freqüente nos transtornos mentais e podem ser divididas em simples e complexas (estas de maior interesse à psicopatologia).
- Alucinações auditivas simples são aquelas nas quais se ouvem apenas ruídos primários. Elas são menos freqüentes que as alucinações auditivas complexas.
- O tinnitus, ou tinnitus aurium, corresponde à sensação subjetiva de ouvir ruídos (em um ou nos dois ouvidos), tais como zumbidos, burburinhos, cliques, estalidos. Pode ser objetivo (ao se examinar o ouvido do paciente, também se ouve um leve ruído decorrente de turbulência intravascular, aumento do fluxo sangüíneo ou movimentos na tuba auditiva) ou subjetivo (apenas este tipo pode ser classificado propriamente como uma alucinação simples).
- A forma de alucinação auditiva complexa mais freqüente e significativa em psicopatologia é a alucinação audioverbal, na qual o paciente escuta vozes sem qualquer estímulo real. São vozes que geralmente o ameaçam ou insultam. Quase sempre a alucinação audioverbal é de conteúdo depreciativo e/ou de perseguição. Em alguns casos, as vozes ordenam que o paciente faça isso ou aquilo (são as chamadas vozes de comando), podendo, inclusive, mandar que ele se mate. Às vezes, as vozes comentam as atividades corriqueiras do paciente, por exemplo, “olha, agora o João está indo beber água, agora ele vai lavar a mão...” (são as chamadas vozes que comentam a ação). 
- Sonorização do pensamento (do alemão Gedankenlautwerden), muito próxima do eco do pensamento, é experimentada como a vivência sensorial de ouvir o pensamento, no momento mesmo em que este está sendo pensado (sonorização) ou de forma repetida, logo após ter sido pensado (como eco do pensamento). (1. Sonorização do próprio pensamento. É um fenômeno do tipo alucinatório no qual a vivência é semelhante a uma alucinação auditiva audioverbal, em que o paciente reconhece claramente que está ouvindo os próprios pensamentos, escuta-os no exato momento em que os pensa; 2. Sonorização de pensamentos como vivência alucinatório-delirante. É a experiência na qual o indivíduo ouve pensamentos que foram introduzidos em sua cabeça por alguém estranho, sendo agora ouvidos por ele.)
Referência 
CARIBÉ CERQUEIRA, Gustava Luis.Delirium e Delírio. Psicologia.pt, 2015. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0931.pdf Acesso em: 22 outubro 2020.
Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed. 2000.

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