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Patologias do Aparelho Locomotor e Sistema Tegumentar Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Tumores epiteliais malignos: ▪Carcinoma de células escamosas ▪Carcinoma de células basais → Carcinoma de células escamosas: Desencadeado por exposição a luz solar. Ocorre me pessoas de idade mais avançada. 5% sofrem metástases para linfonodos regionais. ● Patogenia: As mutações em TP53 causadas por danos ao DNA induzidos pela luz UV são comuns, como as mutações ativadoras do HRAS e inativadoras nos receptores Notch, que transmitem sinais que regulam a diferenciação ordenada do epitélio escamoso normal. Em adição a essas mutações induzidas, a luz UV (UVB em particular) pode ter um efeito imunossupressor transitório na pele por prejudicar a apresentação de antígeno pelas células de Langerhans. Esse efeito pode contribuir para a tumorigênese pelo enfraquecimento da imunovigilância. Os pacientes que estão imunocomprometidos como resultado da quimioterapia, de transplante de órgão ou que possuem xeroderma pigmentoso apresentam risco aumentado. ● Morfologia: Os carcinomas de células escamosas in situ aparecem como placas eritematosas, escamosas e bem definidas; muitos são precedidos pelas queratoses actínicas. Fase avançada: as lesões invasivas são nodulares, exibem escamas variáveis e podem ulcerar. Microscopicamente, o carcinoma de células escamosas in situ é caracterizado por atipia celular intensa em todas as camadas da epiderme, com aglomeração e desorganização nuclear. Os tumores invasivos, definidos pela invasão da membrana basal, exibem graus variáveis de diferenciação, variando de tumores com células arranjadas em lóbulos ordenados que exibem queratinização extensa a neoplasias que apresentam células altamente anaplásicas com focos de necrose e queratinização celular individual abortiva (disqueratose). Carcinoma de células escamosas invasivo. A, Lesão nodular hiperqueratótica localizada na orelha e associada com metástase de um proeminente linfonodo pós-auricular (seta). B, O tumor invade a derme infiltrando o colágeno, como projeções irregulares de células escamosas atípicas, que nesse caso exibe acantólise. Patologias do Aparelho Locomotor e Sistema Tegumentar Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Carcinoma de células escamosas que invadiu camada basal. Há presença de pérolas queratinosas (carcinoma bem diferenciado). ** Em carcinomas moderadamente não há presença de pérolas de queratina; processo de disceratose. ** Carcinomas pouco diferenciados há extenso pleomorfismos. Imagem ampliada. Invasão das células escamosas na camada basal. Carcinoma bem diferenciado. Ninhos de células escamosas com presença de pérolas córneas. Patologias do Aparelho Locomotor e Sistema Tegumentar Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Carcinoma moderadamente diferenciado pela ausência de pérola córnea. → Carcinoma de células basais: Exposição solar Possui crescimento lento e tem raras metástases. Relacionado a imunossupressão e pessoas com defeitos hereditários no reparo de DNA. ● Patogenia: O carcinoma de células basais está associado com a desregulação da via de sinalização de Hedgehog. Defeitos herdados no gene PTCH, um supressor tumoral que regula a sinalização da via de Hedgehog, causa o carcinoma de células basais familial na síndrome de Gorlin. A via de Hedgehog é um importante regulador do desenvolvimento embrionário, e anomalias de desenvolvimento sutis são também frequentemente observadas nas pessoas afetadas. Alguns componentes da via de Hedgehog estão mutados na grande maioria dos carcinomas de células basais esporádicos. As mutações em TP53 também são comuns, tanto nos tumores hereditários quanto nos esporádicos. ● Morfologia: Macroscopicamente, os carcinomas de células basais se manifestam como pápulas peroladas, que muitas vezes contêm vasos sanguíneos subepidérmicos dilatados e proeminentes (telangiectasias). Alguns tumores contêm melanina e, por isso, podem ser semelhantes aos nevos melanocíticos ou melanoma. Microscopicamente, as células tumorais se assemelham às células normais da camada basal da epiderme, da qual foram derivadas. Originam-se da epiderme ou do epitélio folicular e não ocorrem nas superfícies das mucosas. Dois padrões comuns são observados: crescimentos multifocais derivados da epiderme (padrão superficial) ou lesões nodulares que crescem em direção à porção inferior da derme como cordões ou ilhas de células com basofilia variável e núcleos hipercromáticos incorporados a uma matriz estromal fibrosa ou mucinosa. As células na periferia Patologias do Aparelho Locomotor e Sistema Tegumentar Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé do tumor se alinham na camada mais externa (padrão denominado “em paliçada”), que muitas vezes se separa do estroma, criando uma fenda característica. Ninhos de células basais.
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