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Oscilações Amortecidas MHS amortecido Em diversas situações do nosso cotidiano, os movimentos oscilatórios têm uma duração finita, eles têm um começo e um fim. Não ficam se movendo no ir e vir de modo indefinido. Isso acontece, basicamente, devido a atuação de forças dissipativas tais como as forças de atrito. Em uma situação simples as forças dissipativas podem ser representadas por uma função que depende linearmente da velocidade. Vamos considerar um sistema composto de uma mola de constante elástica k com uma das extremidades presa ao teto e a outra suspendendo um corpo de massa m . Nesse corpo está presa uma haste vertical que tem a sua outra extremidade presa a um anteparo que está mergulhado em um líquido. Quando o anteparo se move no líquido esse movimento é amortecido por uma força que surge devido à viscosidade do líquido. Essa força dissipativa pode ser descrita por uma equação do tipo: onde b é chamado de constante de amortecimento. A resultante das forças que atuam no corpo de massa m é dada por: ou seja: A forma diferencial da equação anterior é: Uma Solução desta equação, no caso de o amortecimento ser pequeno, é: Em que Ao que é a amplitude máxima e Em que ωo é a frequência angular sem amortecimento. Uma vez que a energia de uma oscilador é proporcional ao quadrado da amplitude, a energia de um oscilador subamortecido também diminui exponencialmente com o tempo EXEMPLO Oscilações Forçadas e Ressonância Podemos forçar um oscilador a oscilar. Por exemplo, quando aplicamos uma força periódica a uma criança num balanço de jardim, pois queremos que as oscilações continuem. A força mais fácil de se tratar matematicamente (e de aplicar) é uma força periódica na forma: e portanto sinusoidal. Somando todas as forças do oscilador, incluindo a força de atrito e a força aplicada, a equação torna-se então: onde γ= b/m. Na solução, a oscilação “deverá” ter a mesma frequência que a da força aplicada (w’). Uma solução da expressão anterior, para grandes valores de tempo, é a seguinte: com: e Oscilador forçado com atrito – frequência de ressonância. Quando a frequência da força aplicada é igual à frequência natural do oscilador, a amplitude da oscilação é máxima. Por exemplo, no caso da criança no balanço de jardim, sabemos que a oscilação será máxima se aplicarmos uma força em ressonância com a frequência de oscilação natural do balanço. As ressonâncias são também responsáveis por vibrações indesejáveis em sistemas mecânicos, ruptura de estruturas como prédios e pontes sob a ação de ventos ou ondas sísmicas, etc. Todas as vezes que um oscilador está sujeito a uma força periódica com a mesma frequência que sua frequência natural, observaremos o fenómeno de ressonância. Dizemos que a força está em fase com a oscilação. O sistema massa-mola quando excitado tem como característica a existência de UMA freqüência específica onde ocorre o fenômeno da ressonância.O fator refere-se ao valores do amortecimento e A é a amplitude da oscilação. Oscilações Forçadas. Todas as estruturas mecânicas tem uma ou mais frequências naturais de oscilação. Se a estrutura for submetida a uma força externa periódica cuja frequência coincida com uma das frequências naturais, a amplitude da oscilação atingirá valores elevados que podem levar ao colapso da estrutura. Este fenômeno é denominado ressonância. Um exemplo histórico do fenômeno de ressonância foi a queda da ponte pênsil do estreito de Tacoma (Washington, EUA) quando ventos soprando sobre a ponte provocaram oscilações de ressonância que levaram à sua destruição em novembro de 1940, quatro meses depois de ter sido inaugurada. A ponte, de 840 m de comprimento e 12 m de largura, foi aberta para o trânsito em 1º de julho. Logo ficou conhecida pelas desagradáveis oscilações quando ventava. No dia 7 de novembro, um vento de 60 a 70 km/h provocou uma oscilação na ponte com uma frequência de 36 vibrações por minuto (0.6 Hz). Quando a amplitude da oscilação ficou muito grande, a ponte foi interditada. As 10 h, um cabo cedeu e a ponte começou a vibrar num modo de oscilação ressonante de torção em relação à linha central da estrada (twisting resonant mode, f0 =0.2 Hz). O mecanismo que causou a catástrofe parece ter sido as oscilações causadas pelos vórtices alternados provocados pelo vento. Uma vez que a ponte começou oscilar desta forma, o movimento levou a formação de outros vórtices auto-induzidos (motion –induced vortices). Este movimento acabou levando a ponte para sua frequência de ressonância. E. Hecht, Physics Brooks & Cole, 1994 A freqüência da oscilação causada pelos vórtices alternados provocados pelo vento, coincidia com a frequência de vibração natural da estrutura (condição de ressonância). Quando a taxa com que a energia era absorvida do vento superou as perdas por atrito, a amplitude das oscilações aumentaram, levando-a ao colapso da ponte pouco depois das 11 h. E. Hecht, Physics (Brooks & Cole, 1994) Curvas de ressonância: A2 vs ©2008 by W.H. Freeman and Company Efeito do vento na estrutura de uma ponte incorretamente projetada. Ponte de Tacoma (1940) Simulação computacional do efeito do vento na estrutura de uma ponte. The London Millennium Footbridge: ficou fechada por dois anos para corrigir a oscilação lateral que surgia sempre que o número de pessoas na ponte chegava a 2000. ©2008 by W.H. Freeman and Company Modos de Oscilação Modo Simétrico Modo AntissimétricoTorção Oscilação Continua... ...Ondas
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