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FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTIVO MASCULINO

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Fisiologia teórica – 2019.1 hhhhhh Yasmin Kuroki
Fisiologia do sistema reprodutivo masculino
Estrutura interna do testículo
As células dos testículos estão organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides são produzidos. A testosterona é secretada pelas células intersticiais (células de Leydig). Ao redor dos túbulos seminíferos, estão as células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e pela sustentação das células da linhagem germinativa, ou seja, as que irão gerar os espermatozoides.
Percurso do espermatozoide 
Produzido nos túbulos seminíferos (dividido em túbulo contorcido e reto). Desses túbulos, vai para a rede testicular. Da rede, o espermatozoide vai para os cones eferentes (que formam a cabeça do epidídimo). Da cabeça do epidídimo, vai para um tubo enovelado, chamado de ducto epididimário/ducto enovelado (forma a cauda do epidídimo - local que armazena 75% do espermatozoide). Vai para a cauda do epidídimo e depois para o ducto deferente (armazena 15% dos espermatozoides; meio extragonadal de armazenamento de espermatozoide e também é um canal), que passa medialmente.
Estrutura do túbulo seminífero
Da parede do túbulo para o lúmen, podemos encontrar: membrana basal, espermatogônia (célula precursora do espermatozoide), compartimento basal (entre membrana basal e a junção fechada, tem espermatogônia), compartimento adluminal, lúmen tubular (espaço dentro dos túbulos seminífero).
Funções da célula de sertoli
· Fagocitam os corpos residuais remanescentes do processo espermatogênico e células germinativas em degeneração;
· Converte testosterona produzida pelas células de Leydig em estrogênios, pela ação do FSH;
· Converte testosterona em diidrotestosterona
· Sintetiza ABP (proteína carreadora de andrógeno. Transporta testosterona do interstício para dentro dos túbulos).
· Sintetiza inibina que inibe o FSH hipofisário;
· Sintetiza ativina que estimula a liberação de FSH hipofisário;
· Forma uma barreira imunológica impedindo a passagem de spz para o interstício impedindo uma reação antígeno anticorpo e consequente processo inflamatório;
Pouco espermatozoide - ativina estimulam liberação de FSH hipofisário.
Muito espermatozoide - inibina inibe liberação de FSH hipofisário.
Regulação da temperatura testicular
As enzimas dependem de um pH bom e uma temperatura ótima. Por isso, a temperatura testicular deve ser uma temperatura abaixo da corporal, para que não desnature enzimas.
Testículo tem termorregulação própria. Estruturas que participam:
· Músculo cremáster - Quando faz frio ele contrai, levando o testículo para dentro do anel inguinal. Quando faz calor, ele relaxa. 
· Escroto - Tem túnica dartos e camada de músculo liso involuntária, que contrai quando está frio e relaxa quando está fazendo calor.
· Plexo pampiniforme - Conjunto de veias e artéria testicular. O sangue que está nessa malha de veias é frio. O sangue que passa pela artéria é um sangue quente. - Mecanismo de perda de calor por condução contracorrente.
Criptorquidismo
A criptorquidia ocorre quando um testículo ou os dois ficam parados em algum ponto a caminho da bolsa escrotal.
· Unilateral - só um testículo desce para bolsa escrotal, o outro fica na cavidade abdominal. Subfértil.
· Bilateral - ambos os testículos ficam na cavidade abdominal. Infértil. 
· Não afeta a produção de hormônios nos testículos.
· Produz testosterona, mas não produz espermatozoides.
· Não produz espermatozoides normais.
· Propenso a torsão do cordão espermático.
· Probabilidade maior de ser neoplásico.
· É de fundo genético.
Fases da espermatogênese
Transformação de células tronco (espermatogônias) em espermatozoides.
· Fase de proliferação ou de multiplicação: inicia-se na puberdade e ocorre de modo contínuo, durante toda a vida do indivíduo. As células primordiais dos testículos, diploides, aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias.
· Fase de crescimento: Um pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos de primeira ordem, também chamados espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diploides.
· Fase de maturação: Também é rápida, nos machos, e corresponde ao período de ocorrência da meiose. Depois da primeira divisão meiótica, cada espermatócito de primeira ordem origina dois espermatócitos de segunda ordem (espermatócitos secundários ou espermatócitos II). Como resultam da primeira divisão da meiose, já são haploides, embora possuam cromossomos duplicados. Com a ocorrência da segunda divisão meiótica, os dois espermatócitos de segunda ordem originam quatro espermátides haploides.
· Espermiogênese: É o processo que converte as espermátides em espermatozoides, perdendo quase todo o citoplasma. As vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossomo, localizado na extremidade anterior dos espermatozoides. O acrossomo contém enzimas que perfuram as membranas do óvulo, na fecundação.
· Os centríolos migram para a região imediatamente posterior ao núcleo da espermátide e participam da formação do flagelo, estrutura responsável pela movimentação dos espermatozoides. Grande quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e pela produção de ATP, concentram-se na região entre a cabeça e o flagelo, conhecida como peça intermediária.
Fases resumidas
· Mitose (2n) – transformação de espermatogônias em espermatócitos primário. Ocorre no compartimento basal.
· Meiose reducional (n) - Transformação dos espermatócitos primário em espermatócitos secundário. Ocorre no compartimento adluminal.
· Meiose equacional (n) - Transformação de espermatócitos secundário em espermátide. Ocorre no compartimento adluminal.
· Espermiogênese – transformação das espermátide em espermatozoide. O corre no compartimento adluminal.
Espermiogênese
Transformação de espermátide em espermatozoide.
· Inicia nos túbulos seminíferos e termina no epidídimo;
· Formação da cauda do espermatozoide para ajudar na motilidade;
· Desenvolvimento das mitocôndrias para fornecer energia – peça intermediária;
· Desenvolvimento do acrossoma para produzir hilaluronidase e outras enzimas para penetração no ovócito (perfuram zona pelúcida);
· Perda dos corpos residuais;
· Formação do espermatozoide maduro com suas principais partes: cabeça, peça intermediária, peça principal e peça final;
· Células de Sertoli fagocitose corpos residuais.
Espermiação
O espermatozoide maturo é libertado entre as células de Sertoli para o lúmen do túbulo seminífero, num processo designado espermiação. Os espermatozoides resultantes já maturaram, mas não são dotados de motilidade, sendo que, nesta etapa, são ainda inviáveis.
Controle hormonal da espermatogênese
LH do macho = ICSH
No hipotálamo é produzido o GnRH, que vai para a hipófise anterior estimulando-a a produzir e liberar ICSH e FSH.
· ICSH - estimula produção de testosterona pelas células de Leydig, que vai uma parte para o vaso sanguíneo (funções extragonadais) e outra para as células germinativas (espermatogênese).
· FSH - age dentro das células de Sertoli, estimula a produção de inibina, ABP, transformação de testosterona em estrógeno, transformação de testosterona em diidrotestosterona. 
Toda vez que aumenta testosterona no sangue, retroage para o hipotálamo e vai fazer feedback negativo inibindo liberação de GnRH e também faz feedback negativo na hipófise anterior, inibindo o LH.
FSH é controlado por uma inibina e uma ativina. Toda vez que aumenta produção de FSH, ativa processo de espermatogênese. O aumento de espermatozoides faz as células de Sertoli produzirem inibina, que inibe liberação de FSH na hipófise e inibe liberação de GnRH no hipotálamo (feedback negativo). Quando diminui produção de espermatozoide, as células de Sertoli produzem ativina, que faz feedback positivo para GnRH no hipotálamo e FSH na hipófise.
Mecanismo de síntese datestosterona
Colesterol é ativado no testículo pelo LH, que ativa uma enzima que transforma colesterol em pregnenolona. Outras enzimas da cadeia metabólica vão agir e, no final, gera testosterona.
· LH é importante para síntese de testosterona.
· Testosterona transformada em diidrotestosterona (um esteroide sexual, androgênico e um hormônio endógeno, muito mais potente que a testosterona).
· Finasterida - impede formação de testosterona em diidrotestosterona.
Funções da testosterona
Testosterona é um hormônio produzido nos testículos (nos homens) e nos ovários (nas mulheres). Os homens produzem cerca de trinta vezes mais testosterona do que as mulheres.
Intragonadal
· Túbulos seminíferos – espermatogênese.
· Epidídimo - maturação espermatozoide.
Extragonadal
· Desenvolvimento e manutenção da libido;
· Desenvolvimento e secreção das glândulas acessórias;
· Anabolizante – aumenta a massa muscular; em excesso, faz feedback negativo o tempo todo, inibindo eixo hipotálamo-hipofisário.
· Hipertrofia músculos cordas das vocais - voz grave no homem;
· Descida dos testículos;
· Aumenta a textura da pele;
· Maior massa muscular;
· Aumenta o crescimento e densidade dos ossos;
· Estreitamento pelve;
· Diferenciação dos ductos de Wolff em reprodutor masculino e inibição ductos de Muller;
· Diferenciação dos ductos de Muller na fêmea em reprodutor feminino e inibição dos ductos Wolff;
Funções do epidídimo
O epidídimo consiste em um delgado ducto, altamente contorcido, responsável pela coleta e armazenamento dos espermatozoides produzidos nos testículos. Situa-se posteriormente ao testículo, no interior do saco escrotal.
Ducto tortuoso enovelado (cauda do epidídimo) – armazena cerca de 75% dos spz e maturação de espermatozoides.
Funções dos ductos deferentes
Originam na cauda do epidídimo e termina na ampola - armazenamento de espermatozoide. É no local onde se faz a vasectomia.
Fases do ato sexual
1 - Lubrificação 
Estimulação sexual desencadeia um reflexo parassimpático que libera acetilcolina que estimula as glândulas bulbouretrais e uretrais a secretarem muco.
2- Ereção 
Centro da ereção fica na medula sacral do animal. Estimulação sexual estimula o parassimpático que libera óxido nítrico e acetilcolina dilatando as artérias do pênis aumentando o influxo de sangue para os corpos cavernosos e consequente aumento do seu tamanho e diâmetro e contração dos músculos isquiocavernosos comprimindo as veias dorsais impedindo o retorno venoso.
Coleta de sêmen com vagina artificial
3- Emissão 
Com o aumento da estimulação sexual ocorre um reflexo simpático e liberação de noradrenalina que age em alfa 1 promovendo a contração da cauda do epidídimo, canal deferente, próstata, vesículas seminais e ducto ejaculador lançando os espermatozoides e líquido seminal na uretra peniana. Ainda não é ejaculação.
4- Ejaculação 
Com o enchimento da uretra peniana com o sêmen aumenta os potenciais de ação para a medula lombar desencadeando uma contração rítmica dos músculos uretrais, músculos isquiocavernosos e bulbo esponjoso, comprimindo as bases do tecido erétil do pênis e expulsando o sêmen da uretra peniana para o sistema reprodutor feminino. A emissão e a ejaculação são denominadas de orgasmo masculino.
5- Resolução 
Conta muito com ação da medula adrenal. Contração do músculo liso dos corpos cavernosos pela ação do simpático esvaziando o sangue do pênis ocorrendo relaxamento do mesmo.
Glândulas acessórias
· Ampola
· V. seminais
· Próstata
· Bulbouretrais
· Uretrais
Puberdade nos animais
Ocorre quando o animal é capaz de produzir pela primeira vez número suficiente de SPZ.
Esteroides anabólicos
Derivados de andrógenos e alterados para maximizar sua ação anabólica e minimizar seus efeitos colaterais androgênicos.
· Não é possível produzir anabólicos livres de atividade androgênica;
· Os efeitos colaterais reprodutivos são similares os da ação da testosterona;
· Exercem Feedback negativo no eixo hipotalâmico-hipofisário;
· Administração constante leva a diminuição da função da hipófise e da função endócrina testicular;
Consequências para o corpo
· Aumentam a capacidade do corpo de utilizar a proteína, permitindo ao atleta treinar com maior intensidade sem perder massa muscular;
· Aumentam a capacidade do corpo de desenvolver massa muscular;
· Aumentam a capacidade do corpo ganhar força;
· Aumentam a capacidade do corpo desenvolver resistência;
· Atuam como anti-inflamatórios, ajudando tanto a prevenir como a curar machucados.
EFEITOS DO USO DE ANABOLIZANTES A LONGO PRAZO
· Redução tamanho dos testículos;
· Reduz a quantidade e qualidade do sêmen;
· Diminuição diâmetro células Sertoli;
· Degeneração testicular: atrofia túbulos seminíferos e células de Leydig.

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