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ATIVIDADE NPJ

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AO JUÍZO DA TERCEIRA VARA CRIMINAL DE SÃO GONÇALO – ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Autos nº
Código nº 
CARLOS SANTOS, já qualificado nos autos da ação penal pública vem, tempestivamente, por intermédio de seu advogado com supedâneo no artigo 593 do Código de Processo Penal, interpor o presente RECURSO DE APELAÇÃO, em face da sentença de condenatória (fls.), visando a apreciação do recurso e de suas razões pelo egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Nesses termos, 
Requer deferimento.
São Gonçalo /RJ, 27 de setembro de 2020.
Advogado
OAB/RJ nº
AO JUÍZO DA TERCEIRA VARA CRIMINAL DE SÃO GONÇALO – ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Autos nº
Código nº 
			CARLOS SANTOS, devidamente qualificado nos autos vem por intermédio de seu patrono apresentar as RAZÕES DA APELAÇÃO, de acordo com o artigo 600 do CPP.
Requer deferimento.
São Gonçalo/RJ, de de 2020.
Advogado
OAB/RJ Nº
RAZÕES DE APELAÇÃO
Autos nº
Código nº 
Comarca de São Gonçalo-RJ
RECORRENTE: CARLOS SANTOS
RECORRIDO: MINISTERIO PÚBLICO ESTADUAL
EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA,DOUTOS JULGADORES
SÍNTESE PROCESSUAL
Consta na denúncia que no dia 08 de julho de 2017, o Apelante cometeu os crimes descritos na exordial acusatória de fls. 
Oferecida a denúncia, recebida no dia de de (fls. ), momento em que foi determinado a citação do acusado. 
Devidamente citado, foi apresentada resposta à acusação no dia de de (fls.). 
Realizada a audiência de instrução e julgamento (fls.), momento em que foram ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, bem como as de defesa e realizado o interrogatório do acusado. 
O Ministério Público em suas Alegações Finais pugnou pela condenação do réu nos termos da denúncia. Em ato seguinte foi apresenta as alegações finais pela defesa do acusado.
Prolatada a sentença fls. , o acusado foi condenado a pena total de 04 (quatro) anos, 09(nove) meses de detenção, em regime fechado. 
DA TEMPESTIVIDADE
Considerando a interposição do recurso de apelação às fls. , bem como certidão de fls. , os autos foram encaminhados ao patrono do recorrente que dentro do prazo legal ofereceu as respectivas razões, portanto o presente recurso obedece ao pressuposto objetivo da tempestividade. 
DO MÉRITO:
Colenda Câmara, a materialidade delitiva não está comprovada-em relação ao delito tipificado no art.303 do CTB-tendo em vista a ausência de exame de corpo de delito direto e não comparecimento da vitima KAKA ao processo.
Nessa toada, percebe-se dos autos que o edito condenatório foi pautado em laudo indireto advindo de boletim médico que não especifica as lesões sofridas. Dessa forma, pelas circunstancias do caso é imprescindível a elaboração de exame direto em atenção ao art. 158 do CPP, sendo inadequado e insuficiente o laudo indireto.
Cabe salientar que todas as provas produzidas perante a fase administrativa (inquérito policial) devem ser confirmadas na fase judicial; no caso dos autos a vitima não prestou depoimento em nenhum momento, sendo impossível assegurar a materialidade do delito.
Ademais, em caso de dúvida a Lei Fundamental e a convenção Americana de Direitos Humanos tutelam o in dubio pro reo e a presunção da inocência, logo imperiosa é a absolvição do réu nos termos do art.386 inciso VII do CPP.
Além disso, a sentença deve ser reforma tendo em vista a errônea fixação do regime inicial fechado para o cumprimento de pena, devido a regra estabelecida pelo o art.33 do CP em que na detenção o cumprimento de pena será –em regra- no regime semiaberto ou aberto. Nessa vereda, dispõe a alínea b §2º do art.33 do CP que em caso de não reincidência sendo a pena superior a 4 (quatro) anos e não superior a 8(oito) anos aplica-se o regime semiaberto, no caso dos autos o apelante é primário e de bons antecedentes.
Por fim, em caso de crime culposo o montante da pena não interfere na substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; sendo impreterível destacar que o recorrente preenche os requisitos para substituição: primariedade e bons antecedentes. Posto isso, o art. 44 do CP garante ao apelante a substituição da pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. Assim sendo, inevitável a reforma do edito condenatório. 
 DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer-se o recebimento, conhecimento e o provimento ao presente recurso, para: 
a) Reformar a sentença absolvendo o apelante quanto ao delito descrito no artigo 303 do CTB nos termos do inciso VII do art.386 do CPP;
b) Reformar a sentença estabelecendo o regime semiaberto nos termos do art. 33, §2º, alínea b do CP; 
c) Reformar a sentença substituindo a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
Nesses termos,
Requer deferimento.
São Gonçalo -RJ, 27 de setembro de 2020.
ADVOGADO
OAB/RJ

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