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Instrumentos e Técnicas de Atuação Profissional TEMA 02

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Instrumentos e Técnicas 
de Atuação Profissional 
Autor: Mara Lúcia Pereira
Tema 02
As Influências Ético-Políticas e 
Técnico-Operativas da Prática 
Profissional
seç
ões
Tema 02
As Influências Ético-Políticas e Técnico-
Operativas da Prática Profissional
Como citar este material:
PEREIRA, Mara Lúcia. Instrumentos e Técnicas 
de Atuação Profissional: As Influências Ético-
Políticas e Técnico-Operativas da Prática 
Profissional. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
As Influências Ético-Políticas e Técnico-
Operativas da Prática Profissional
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Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• As principais influências ético-políticas e técnico-operativas da prática profissional.
• O fato de que a passagem da teoria à prática necessita das definições dos fins e da 
busca dos meios, que, por sua vez, implica também influências ético-políticas e técnico-
operativas.
• Como as influências ético-políticas e técnico-operativas são necessárias à prática 
profissional interventiva do Serviço Social.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Na Prática a Teoria é Outra? 
Mitos e Dilemas na Relação entre Teoria, Prática, Instrumentos e Técnicas no Serviço 
Social, da autora Cláudia Mônica dos Santos, editora Lumen Juris, 2012, Livro-Texto 496.
Roteiro de Estudo:
Mara Lúcia PereiraInstrumentos e Técnicas de Atuação Profissional 
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Como se caracterizam as influências ético-políticas e técnico-operativas da prática 
profissional?
• Por que a passagem da teoria à prática necessita das definições dos fins e da busca 
dos meios?
• Que influências são necessárias à prática interventiva do Serviço Social?
As Influências Ético-Políticas e Técnico-Operativas da 
Prática Profissional
No tema anterior foram abordadas as influências teórico-metodológicas da prática 
profissional, em que se concluiu que uma teoria não pode ser determinada de imediato, bem 
como uma prática e seus instrumentos também não nascem de imediato de uma teoria, pois 
a teoria permite a ação, por assinalar as intenções nela presentes. Neste tema, você verá 
que a passagem da teoria à prática necessita das definições dos fins e da busca dos meios, 
que, por sua vez, implicam também influências ético-políticas e técnico-operativas.
Essas influências são necessárias à prática profissional interventiva do Serviço Social, 
e a formação profissional deve apreciar, de fato, os conhecimentos necessários dessas 
influências, quais sejam, teóricas, ético-políticas e técnico-operativas, lembrando que o 
Serviço Social é uma profissão interventiva.
Para Marx, a teleologia é inseparável da práxis humana, ela só permanece nesse processo, 
o que diferencia os homens dos animais, ou seja, o homem se distingue dos animais por 
buscar atingir seus objetivos por meio de uma ação racional, por ter uma prévia ideação. 
Desta forma, a passagem da teoria à prática é essencial à passagem da teleologia à 
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LEITURAOBRIGATÓRIA
causalidade posta; à passagem do reino da possibilidade ao reino da efetividade; à passagem 
da finalidade ideal à finalidade real. Neste processo, a teleologia ocupa um papel definitivo.
Apesar de se contestar a teleologia da causalidade, a teleologia encontra-se no âmbito 
do pensamento e a causalidade encontra-se no âmbito da matéria (natural ou social), e 
elas estão fortemente unidas, ou seja, o fim acontece sobre um objeto, e ele pretende 
transformar algo, esclarecendo um pouco, o fim pode evitar ou ser o pretexto da escolha 
daquela intenção.
Nas palavras de Lukács (2004, p. 68), referindo-se a Aristóteles, “posto o fim tem-se que 
buscar os meios para realizá-lo. Através dos meios, o fim posto se torna real”. Assim, a 
teleologia precisa do significado dos fins, o que sugere uma extensão ético-política, e da 
opção dos meios, o que sugere, também, uma extensão técnico-operativa, sendo que 
a extensão teórica tendencia tanto as opções finais quanto a opção dos instrumentos 
operativos nesse procedimento de objetivação humana. Então, há a relação de unidade 
entre teoria-fim-meio em que ocorre a realização da prática.
Para Lukács (2004, p. 69): “um projeto ideal se realiza materialmente, uma finalidade pensada 
transforma a realidade material, insere na realidade algo de material que, no confronto com 
a natureza, apresenta algo de qualitativamente e radicalmente novo”. Entende-se que a 
finalidade não anda sozinha, não se distingue caso não tenha uma animação para isso, 
e para que a finalidade ideal se torne finalidade real é necessário procurar, inventar ou 
transformar os meios para demudar a causalidade dada em causalidade posta, e, assim, a 
finalidade poderá tornar-se realidade.
Todos os dias as pessoas buscam meios que lhe deem respostas aos fins. Este buscar 
os meios para transformar a causalidade dada demanda uma noção, mesmo que ínfima, 
das decisões que envolvem esse objeto (natural ou social), um conhecimento de conexões 
causais dos objetos, uma noção do real, das decisões do real, sem o qual não é possível 
transformar esse objeto sob o risco de conservar a finalidade no domínio ideal.
Lukács (1978, p. 8), quando afirma que há uma relação existente entre esses elementos, 
resume:
o trabalho é um ato de pôr consciente e, portanto, pressupõe um conhecimento 
concreto, ainda que jamais perfeito, de determinadas finalidades e de 
determinados meios [...] quanto mais elas [as ciências] crescem, se intensificam 
etc., tanto maior se torna a influência dos conhecimentos assim obtidos sobre 
as finalidades e os meios de efetivação do trabalho.
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E toda esta necessidade de se buscar meios para a realização de uma necessidade faz com 
que as pessoas busquem sempre mais alternativas que deem possibilidades à realização de 
sua intenção, ou seja, procurem objetos que tenham propriedades adequadas à efetivação 
de sua intenção.
Na definição de Lukács, aprender o real pela consciência – tão necessário ao pôr teleológico 
– tem o caráter de reflexo, pois, caso fosse preciso um conhecimento teórico para o homem 
trabalhar, o trabalho não existiria, uma vez que é o trabalho que desenvolve a consciência, 
sendo esta o produto tardio do desenvolvimento do homem, porém de maneira nenhuma 
secundária. Ainda segundo Lukács (2004, p. 81), com base em Marx, “a realidade do 
pensamento, o caráter não mais epifenomênico da consciência só pode ser aprendido e 
demonstrado na práxis”. Então, vê-se que para o autor o trabalho é considerado uma forma 
originária de todas as práxis.
Enquanto profissionais, as pessoas afiançam a obrigação com os direitos e interesses dos 
usuários, no amparo da qualidade dos serviços prestados, em contraposição à herança 
conservadora do passado. 
Ao referir-se constantemente ao trabalho simples, e com menos intensidade, Lukács (2004, 
p. 181), menciona as posições teleológicas secundárias e em nenhum período alude 
inteiramente à prática de uma profissão:
O homem que age praticamente na sociedade encontra diante de si uma 
segunda natureza, em relação à qual, se quiser manejá-la com sucesso, deve 
comportar-se da mesma forma que com relação à primeira, ou seja, deve 
procurar transformar o curso dos acontecimentos, que é independente da 
sua consciência, num fato posto por ele, deve, depois de ter-lhe conhecido a 
essência, imprimir-lhe a marca da sua vontade. Isto é, no mínimo, o que toda 
práxis social razoável deve tirar de estrutura originária do trabalho.
Com isso, o autor oferece a probabilidade de entender agregações a uma prática profissional 
que coloca posições teleológicas secundárias, mas lembra que, ainda se as posições 
teleológicas secundárias forem ocasionadas do trabalho, devem-se ter reservas no trato 
igualitário das duas.
Foram realizadas enormes aquisições acadêmico-profissionais no sentido dese construir 
uma nova forma de se pensar e fazer o Serviço Social, dirigidas por uma perspectiva teórico-
metodológica apoiada na teoria social crítica e em princípios éticos de um humanismo 
radicalmente histórico, norteadores do projeto de profissão que se protege. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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O exercício do profissional de Serviço Social exige, portanto, um sujeito que tenha capacidade 
para indicar, para ajustar com a instituição seus projetos, para proteger seu campo de 
trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais. E isso requer do profissional ir 
além das rotinas institucionais e buscar atingir no movimento da realidade as tendências e 
possibilidades nela presentes, passíveis de serem adaptadas pelo profissional, ampliadas 
e modificadas em projetos de trabalho.
Para a autora Cláudia Mônica dos Santos, o Serviço Social é uma profissão interventiva 
e, por isso, demanda influências. Por exemplo, a formação profissional deve contemplar, 
de fato, os conhecimentos necessários a essas competências e resgata a unidade entre 
teoria–finalidade–meio–prática no contexto de uma prática profissional que requer posições 
teleológicas secundárias, indicando que esses elementos implicam tanto a dimensão ético-
política quanto a técnico-operativa.
LEITURAOBRIGATÓRIA
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia as Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social no site do Portal Serviço Social/
Bacharelado em Serviço Social. 
Disponível em: <http://pt.wikiversity.org/wiki/Portal:Servi%C3%A7o_Social/Bacharelado_
em_Servi%C3%A7o_Social#DIRETRIZES_GERAIS_PARA_O_CURSO_DE_SERVI.
C3.87O_SOCIAL>. Acesso em: 2 jan. 2014.
O presente documento contém a Proposta de Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço 
Social, produto de um amplo e sistemático debate realizado pelas Unidades de Ensino a 
partir de 1994, quando a XXVIII Convenção Nacional da Associação Brasileira de Ensino 
de Serviço Social (ABESS), ocorrida em Londrina-PR, em outubro de 1993, deliberou sobre 
os encaminhamentos da revisão do Currículo Mínimo vigente desde 1982 (Parecer CFE nº 
412, de 04/08/1982 e Resolução nº 6 de 23/09/82). 
http://pt.wikiversity.org/wiki/Portal:Servi%C3%A7o_Social/Bacharelado_em_Servi%C3%A7o_Social#DIRETRIZES_GERAIS_PARA_O_CURSO_DE_SERVI.C3.87O_SOCIAL
http://pt.wikiversity.org/wiki/Portal:Servi%C3%A7o_Social/Bacharelado_em_Servi%C3%A7o_Social#DIRETRIZES_GERAIS_PARA_O_CURSO_DE_SERVI.C3.87O_SOCIAL
http://pt.wikiversity.org/wiki/Portal:Servi%C3%A7o_Social/Bacharelado_em_Servi%C3%A7o_Social#DIRETRIZES_GERAIS_PARA_O_CURSO_DE_SERVI.C3.87O_SOCIAL
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LINKSIMPORTANTES
Leia o artigo Instrumentalidade do Serviço Social 1, de Yolanda Guerra. 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmAMAE/instrumentalidade-
servico-social>. Acesso em: 2 jan. 2014.
O artigo tem o objetivo de refletir sobre a instrumentalidade no exercício profissional do 
assistente social como uma propriedade ou determinado modo de ser que a profissão adquire 
no interior das relações sociais, no confronto entre as condições objetivas e subjetivas do 
exercício profissional. 
Leia o artigo: MIOTO, Regina Célia Tamaso; LIMA, Telma Cristiane Sasso. Dimensões 
técnico-operativa do Serviço Social em foco: sistematização de um processo investigativo. 
Texto & Contextos (Online), v. 8, p. 22-48, 2009. 
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/5673>. 
Acesso em: 2 jan. 2014.
Este artigo problematiza a dimensão técnico-operativa do exercício profissional dos 
assistentes sociais no contexto do projeto da profissão, articulando-a às dimensões teórico-
metodológica e ético-política. 
Vídeos
Assista ao vídeo: Curso – O Método em Marx, com José Paulo Netto.
Aula 1: Hegel e Marx: a filosofia do direito hegeliano e a crítica de Marx.
Aula 2: A especificidade em Marx.
Aula 3: Da filosofia à crítica da economia política.
Aula 4 e 5: A crítica da economia política e a teoria social.
Disponível em: <http://www.cristinapaniago.com/jos%C3%A9_p_netto_-_
curso_o_m%C3%A9todo_em_marx_->. Acesso em: 2 jan. 2014.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmAMAE/instrumentalidade-servico-social
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmAMAE/instrumentalidade-servico-social
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/5673
http://www.cristinapaniago.com/jos%C3%A9_p_netto_-_curso_o_m%C3%A9todo_em_marx_-
http://www.cristinapaniago.com/jos%C3%A9_p_netto_-_curso_o_m%C3%A9todo_em_marx_-
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Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Com base no que Marx relata sobre o pa-
pel definitivo que a teleologia ocupa na prá-
xis humana, comente sobre a teleologia a 
partir da visão deste autor.
Questão 2:
O Serviço Social é uma profissão interven-
tiva e, por isso, demanda influências. Por 
exemplo, a formação profissional deve, por 
sua vez, contemplar, de fato, os conheci-
mentos necessários a essas competências 
e resgata a unidade entre teoria–finalida-
de–meio–prática no contexto de uma prá-
tica profissional que requer posições tele-
ológicas secundárias, indicando que esses 
elementos implicam:
a) Tanto a dimensão teórico-metodológica 
quanto a técnico-política.
b) Tanto a dimensão ético-metodológica 
quanto a técnico-teórica.
c) Tanto a dimensão ético-política quanto 
a técnico-operativa.
d) Tanto a dimensão teórico-política 
quanto a técnico-metodológica.
e) Tanto a dimensão teórico-metodológica 
quanto a técnico-metodológica.
AGORAÉASUAVEZ
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Questão 3:
I. A finalidade caminha sozinha e 
se concretiza caso não tenha um 
movimento para isso.
II. A finalidade fica parada e não se 
concretiza caso não tenha um 
movimento para isso.
III. A finalidade não caminha sozinha, 
não se concretiza caso não tenha um 
movimento para isso.
IV. A finalidade fica parada e se concretiza 
caso tenha um movimento para isso.
V. A finalidade caminha sozinha e não se 
concretiza caso tenha um movimento 
para isso.
Qual afirmativa está CORRETA?
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV. 
e) V.
Questão 4:
A necessidade que põe finalidades põe tam-
bém necessidade de buscar meios para a 
efetivação dessas finalidades. Esse movi-
mento faz com que os homens aperfeiçoem 
seus conhecimentos sobre os objetos a se-
rem transformados para entender as neces-
sidades, como também faz com que desen-
volvam as habilidades necessárias para agir. 
Assim, a busca dos meios, ao mesmo tempo 
em que consagra alguns conhecimentos so-
bre a natureza e as habilidades no manuseio 
dos instrumentos para a ação, também gera 
a busca de novas necessidades que reque-
rem novos conhecimentos sobre os objetos 
mais adequados para atingir os fins propos-
tos. Assinale a alternativa correta:
a) É pela busca dos meios para não 
efetivar uma posição do fim que os 
conhecimentos do real se desenvolvem, 
que a ciência se origina e se aperfeiçoa.
b) É pela busca dos meios para efetivar 
uma posição do fim que os conhecimentos 
do real não se desenvolvem, que a ciência 
se origina e se aperfeiçoa.
c) É pela busca dos meios para efetivar 
uma posição do fim que os conhecimentos 
do não real se desenvolvem, que a ciência 
se origina e se aperfeiçoa.
d) É pela busca dos meios para efetivar 
uma posição do fim que os conhecimentos 
do real se desenvolvem, que a ciência se 
origina e se aperfeiçoa.
e) É pela busca dos meios para 
efetivar algumas posições do fim que o 
conhecimento do real não se desenvolve, 
que a ciência não se origina e não se 
aperfeiçoa.
AGORAÉASUAVEZ
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 5:
São verdadeiras as afirmativas:
I. A posição teleológica tem por limite as 
determinações da causalidade.
II. Na prática profissionalinterventiva 
do Serviço Social, a formação 
profissional não deve contemplar, de 
fato, os conhecimentos necessários às 
competências desse profissional.
III. III- Um fim só pode ser posto em relação 
a um objeto, ou seja, a finalidade não 
incide sobre uma matéria, pois ela não 
pretende transformar algo.
IV. IV- Desta forma, a passagem da teoria 
à prática é inerente à passagem da 
teleologia à causalidade posta; à 
passagem do reino da possibilidade ao 
reino da efetividade; à passagem da 
finalidade ideal à finalidade real.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Questão 6:
Como Lukács resume a relação existen-
te entre o conhecimento da realidade, em 
geral, e o conhecimento dos objetos con-
cretos?
Questão 7:
As motivações morais e éticas remetem à 
questão do valor. Lukács ressalta a relação 
intrínseca entre o aspecto objetivo e subje-
tivo do valor. Descreva-a.
Questão 8:
A prática interventiva do Serviço Social re-
quer as dimensões teórico-metodológica, 
ético-política e técnico-operativa, as quais 
devem contemplar conhecimentos neces-
sários a essas competências. Quais seriam 
esses conhecimentos?
Questão 9:
É na relação de unidade entre teoria–fim–
meio que ocorre a efetivação da prática. 
Explique esta afirmação.
Questão 10:
Como têm início os conhecimentos neces-
sários à busca dos meios nos primórdios 
do trabalho que são frutos da observação, 
da experiência de vida, da acumulação das 
experiências no trabalho?
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Neste tema, você aprendeu que as influências ético-políticas e técnico-operativas são 
essenciais na atuação do profissional de Serviço Social, em que é oferecida a possibilidade 
de entender agregações a uma prática profissional que põe arranjos teleológicos 
complementares, mas é enfatizado também que, apesar de os arranjos teleológicos 
complementares se originarem do trabalho, devem existir reservas no trato igualitário de 
ambas. Você verificou, também, o resgate da unidade entre teoria–finalidade–meio–prática 
no contexto de uma prática profissional e que promove arranjos teleológicos complementares, 
indicando que esses elementos implicam tanto a extensão ético-política quanto a técnico-
operativa.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
LÚKACS, G. Introdução a uma Estética Marxista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
_______. Ontologia Del Ser Social: El Trabajo. Buenos Aires: Herramienta, 2004.
_______. As Bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem. Revista Te-
mas de Ciências Humanas, São Paulo: Livraria Editora de Ciências Humanas, n. 4, 1978.
MARX, K. Introdução à Crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Editora Nova Cultu-
ral, 1996. (Coleção Os Pensadores)
_______. O Capital. Livro Primeiro. São Paulo: DIFEL, 1982. v. I.
SANTOS, Cláudia Mônica. Na Prática a Teoria é Outra? Mitos e Dilemas na Relação entre 
Teoria, Prática, Instrumentos e Técnicas no Serviço Social. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
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Âmbito: campo de ação; perímetro; limite.
Interventiva: que diz respeito à intervenção. Relativo à intervenção. 
Prévia ideação: anterior; o que vem antes. Ato ou efeito de idear.
Radicalmente: extremamente, completamente, fundamentalmente, essencialmente, 
perfeitamente. 
Teleologia: doutrina acerca das causas finais. Teoria que explica os seres pelo fim a que 
aparentemente são destinados.
Questão 1
Resposta: Para Marx (1982), a teleologia é imanente à práxis humana, ela só existe nesse 
processo, o que distingue os homens dos animais, ou seja, o homem se diferencia dos 
animais por buscar atingir seus objetivos por meio de uma ação racional, por ter uma prévia-
ideação. Dessa forma, a passagem da teoria à prática é inerente à passagem da teleologia 
à causalidade posta; à passagem do reino da possibilidade ao reino da efetividade; à 
passagem da finalidade à finalidade real. Nesse processo, a teleologia ocupa um papel 
determinante.
GLOSSÁRIO
GABARITO
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Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
Questão 4
Resposta: Alternativa D.
Questão 5
Resposta: Alternativa B.
Questão 6
Resposta: “O trabalho é um ato de pôr consciente e, portanto, pressupõe um conhecimento 
concreto, ainda que jamais perfeito, de determinadas finalidades e de determinados meios 
[...] quanto mais elas [as ciências] crescem, se intensificam etc., tanto maior se torna a 
influência dos conhecimentos assim obtidos sobre as finalidades e os meios de efetivação 
do trabalho”.
Questão 7
Resposta: O valor é posto por uma decisão subjetiva, mas as valorações surgem na 
objetividade social. Elas são produto do processo social objetivo, estando em conformidade 
com as necessidades e possibilidades sócio-históricas dos homens.
Questão 8
Resposta: Conhecimentos teóricos, conhecimentos ético-políticos e conhecimentos 
procedimentais, visto que o Serviço Social é uma profissão interventiva.
Questão 9
Resposta: A teleologia necessita da definição dos fins – o que implica uma dimensão ético-
política – e da escolha dos meios – o que implica, também, uma dimensão técnico-operativa 
–, sendo que a dimensão teórica influencia tanto as opções finalísticas quanto a escolha 
dos instrumentos operativos nesse processo de objetivação humana.
Questão 10
Resposta: O conhecimento tem início com a experiência que se abstrai, que rompe com a 
imediaticidade do dado empírico.
GABARITO