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¹Aluna de Direito/vespertino. Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Professor Luis Fernando. TED 2 (N2): Resenha Crítica do Filme “A Onda”. CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS ADRIELY OLIVEIRA DOS SANTOS¹ RESENHA CRÍTICA “A ONDA” JI-PARANÁ 2020 RESENHA CRÍTICA GANSEL, Dennis. A Onda. 2008. 1. SOBRE O FILME O filme é um drama alemão baseado no livro “A Onda” de Todd Strasser de 1981 dirigido por Dennis Gansel. O elenco é composto por: Jürgen Vogel (Rainer Wenger), Frederick Lau (Tim), Max Riemelt (Marco), Jennifer Ulrich (Karo), Chistiane Paul (Anke Wenger), Jacb Matschenz (Dennis), Max Mauff (Kevin), Elyas M’Barek (Sinan), Cristina do Rego (Lisa), Amelie Kiefer (Mona), Odie Johne (Maja), Ferdinand Schmidt (Ferdi), Maxmilian Vollmar (Bomber), Tim Oliver Schultz (Jens), Fabian Preger (Kaschi), e alguns outros. 2. RESUMO DO FILME O filme relata a experiência de um professor em sala de aula em uma escola alemã, que fica responsável por lecionar sobre autocracia, mesmo que contra sua vontade. Rainer Wenger pergunta a seus alunos qual seria a possibilidade se estabelecer novamente uma autocracia na Alemanha, todos acharam a pergunta sem sentido já que a resposta era evidente, pois a Alemanha estava além disso e não seria mais possível tal acontecimento. Desafiado, manipulou-os de modo que ao final da aula, mesmo defendendo a afirmação acima, inconscientemente prestavam fiel reverência ao professor. Assim fora nos demais dias, sem perceberem estavam se tornando uma unidade. Entre eles não havia mais discriminação por raça, classe social ou religião, pois agora todos eram iguais, simpatizantes de uma mesma ideologia. Os integrantes do movimento “A Onda” - nome aderido pelos próprios alunos -, passaram a ser identificados por usarem sempre blusas ou camisetas brancas e cumprimentarem-se de maneira característica imitando uma onda com o braço direito. Houve algumas objeções logo na primeira aula. Karo e Mona foram contra o disciplinamento aplicado pelo professor Wenger desde o início, vislumbrando futuramente os possíveis transtornos que esse fascismo os poderia levar. As duas então aplicaram-se em fazer divulgações apontando o negativismo do movimento, mas por muitas vezes em vão. A onda tomou proporções jamais imaginada. No quinto dia integrantes da onda se encontraram para um ato de vandalismo, espalhando por toda a cidade pichamentos e adesivos de sua logo. No dia seguinte, o professor indignado com o posicionamento dos estudantes frente ao real significado do movimento advertiu-lhes em sala de aula. Esse seria vosso último encontro, mas mesmo com o término das aulas a onda permaneceu, e Marco, preocupado com o que mais poderia acontecer procurou o professor para que tomasse alguma providência e parasse a onda. O professor, vendo a proporção que o movimento teria chegado, preocupado, pediu permissão para reunir seus alunos por mais uma vez, no sábado de manhã todos os integrantes da onda se encontraram no auditório da escola. De maneira clara e convincente o professor informou-os que a onda não poderia permanecer, por já havia ido além de sua proposta educacional. O professor conseguira provar que o estabelecimento de uma nova autocracia na Alemanha ainda era possível e, que, inconscientemente estavam vivenciando um regime autocrata. Mediante a notícia de que a onda deixaria de existir todos ficaram abalados. Para alguns, a onda passou a significar muito, não apenas por proporcionar esse espírito de igualdade, mas também por fazer com que se sintam acolhidos e sentam-se queridos pelos demais integrantes, como aconteceu com Tim, que era um garoto solitário sem amigos e sem o apoio da família, então a onda lhe deu uma nova esperança, e sua vida não faria mais sentido sem ela. Tim ficou imensamente abalado e indignado com o término da onda, sacou uma arma e atirou no peito de um dos colegas o qual alegou que a arma não fosse verdadeira. Em meio ao turbilhão de emoções o jovem se suicidou, e por fim, Rainer Wenger fora preso.- 3. CONCLUSÃO DA RESENHISTA Em seu enredo, o filme traz de forma muito dinâmica a prática de formação de um regime ditatorial, neste processo, vemos os impactos que isso causa nos indivíduos envolvidos e aos em torno. O que me chamou atenção é a ilustração de como os jovens se sentem ao pertencer a um grupo social, mesmo que isso lhe exija renúncias e lhe cause certas perdas. É como se fosse necessário ser aceito. Isso leva o jovem a fazer coisas que talvez ele nem queira e/ou goste pelo simples desejo de receber aprovação. O personagem Tim demonstra esse isso muito bem. O filme nos leva a refletir que algo que por muito parece inofensivo pode na verdade ser extremamente perigoso. Inicialmente a onda parece ser apenas um movimento social de inclusão, mas vemos que aos poucos ela passa a dominar pequenos grupos, e quando bem alimentado, um movimento como este pode se tornar um instrumento de dominações de massas, como já aconteceu na Alemanha com os Nazistas e até mesmo no Brasil (1964-1985). Desta forma, o filme colabora para o melhor entendimento de como uma ditadura pode ser implantada e, com isso, como pode-se agir para que isso não aconteça, não deixando ser atraído por tal manipulação. 4. INDICAÇÕES DA RESENHISTA A trama abarca em sua cinematografia a experiência de um regime autocrata vivida por um professor e seus alunos na Alemanha moderna. Aborda muitos temas interessantes: separação de grupos sociais; a forma de aplicação da autoridade instituída; formas de aplicação de poder; dentre outros. Os atores e o enredo foram bem dinâmicos. O filme é belíssimo e a mensagem passada ao telespectador é muito forte, a qual merece reflexão. Deste modo, aconselho e indico, afirmativamente, este filme para todos os admiradores da ciência política, em especial, aos estudantes de Direito. DADOS PESSOAIS Adriely Oliveira dos Santos Aluna do Curso de Direito
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